Saltar para o conteúdo

Leilane Assunção: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Acréscimo de parágrafo a respeito de capítulo que a autora colaborou em livro.
Remoção de categoria temporária
(Há 11 revisões intermédias de 4 utilizadores que não estão a ser apresentadas)
Linha 15: Linha 15:
* [[pesquisadora]]
* [[pesquisadora]]
}}
}}
| morte_data = [[12 de novembro]] de [[2018]]
| morte_data = [[13 de novembro]] de [[2018]]
}}'''Leilane Assunção''' ([[Ceará-Mirim|Ceará Mirim]], [[14 de março]] de [[1981]] — [[Natal]], [[12 de novembro]] de [[2018]]) foi uma [[Historiador|historiadora]], [[Feminismo|professora universitária]], [[Feminismo|feminista]], ativista antiproibicionista e dos [[direitos humanos]]. É considerada a primeira [[mulher trans]] a ocupar um cargo de professora em uma universidade brasileira.<ref>{{Citar web|ultimo=Duarte|primeiro=Rafael|url=https://saibamais.jor.br/2018/11/quem-foi-leilane-assuncao-a-primeira-professora-universitaria-trans-do-brasil/|titulo=Quem foi Leilane Assunção, a primeira professora universitária trans do Brasil|data=2018-11-14|acessodata=2024-10-08|website=Saiba Mais|lingua=pt-br}}</ref>
}}'''Leilane Assunção''' ([[Ceará-Mirim|Ceará Mirim]], 14 de março de 1981<ref>{{Citar web|ultimo=Varela|primeiro=Victor|url=https://saibamais.jor.br/2019/03/que-as-sementes-de-marielle-brotem-na-luta-lgbt/|titulo=Que as sementes de Marielle brotem na luta LGBT!|data=2019-03-14|acessodata=2024-10-16|website=Saiba Mais|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{citar web|ultimo=Catarinas|url=https://catarinas.info/morre-leilane-assuncao-primeira-transgenero-a-ocupar-o-cargo-de-professora-universitaria/|titulo=Morre Leilane Assunção, primeira transgênero a ocupar o cargo de professora universitária|data=13/11/2018|acessodata=16/10/2024|website=Catarinas}}</ref> — [[Natal]], 13 de novembro de 2018)<ref>{{citar web|ultimo=Lucon|primeiro=Neto|url=https://www.geledes.org.br/morre-leilane-assuncao-doutora-professora-universitaria-e-mulher-trans-aos-37-anos/#:~:text=Leilane%20Assun%C3%A7%C3%A3o%20morreu%20nessa%20ter%C3%A7a-feira%20(13)%20aos%2037%20anos.%20Ela,|titulo=Morre Leilane Assunção, doutora, professora universitária e mulher trans, aos 37 anos|data=17/11/2018|acessodata=16/10/2024|website=Portal Gelédes}}</ref> foi uma [[Historiador|historiadora]], [[Feminismo|professora universitária]], [[Feminismo|feminista]], ativista antiproibicionista e dos [[direitos humanos]]. É considerada a primeira [[mulher trans]] a ocupar um cargo de professora em uma universidade brasileira.<ref>{{Citar web|ultimo=Duarte|primeiro=Rafael|url=https://saibamais.jor.br/2018/11/quem-foi-leilane-assuncao-a-primeira-professora-universitaria-trans-do-brasil/|titulo=Quem foi Leilane Assunção, a primeira professora universitária trans do Brasil|data=2018-11-14|acessodata=2024-10-08|website=Saiba Mais|lingua=pt-br}}</ref>
Doutora em Ciências Sociais pela [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte|Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)]], dedicou sua vida à defesa dos direitos da população LGBT e à luta pela igualdade e reconhecimento de pessoas trans.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://noticias.unb.br/artigos-main/2639-leilane-assuncao-vive|titulo=UnB Notícias - Leilane Assunção vive|data=2018-11-28|acessodata=2024-10-08|website=UnB Notícias|lingua=pt-br}}</ref>
Doutora em Ciências Sociais pela [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]] (UFRN), dedicou sua vida à defesa dos direitos da população LGBT e à luta pela igualdade e reconhecimento de pessoas trans.<ref name=":0">{{Citar web|url=https://noticias.unb.br/artigos-main/2639-leilane-assuncao-vive|titulo=UnB Notícias - Leilane Assunção vive|data=2018-11-28|acessodata=2024-10-08|website=UnB Notícias|lingua=pt-br}}</ref>


== Biografia ==
== Biografia ==
Leilane Assunção ingressou na [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]] para estudar [[História]], onde passou por sua transição de gênero. Inicialmente identificada como Leandro, foi durante sua graduação que Leilane redescobriu-se como mulher trans aos 24 anos, ainda na [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte|UFRN]]. No entanto, enfrentou dificuldades para ter seu nome social foi desrespeitado até 2011, após anos de resistência e processos judiciais contra a própria universidade.<ref>{{citar web|ultimo=Lecon|primeiro=Neto|url=https://www.geledes.org.br/morre-leilane-assuncao-doutora-professora-universitaria-e-mulher-trans-aos-37-anos/|titulo=Morre Leilane Assunção, doutora, professora universitária e mulher trans, aos 37 anos|data=17/11/2018|acessodata=08/10/2024|website=Portal Geledés}}</ref>
Leilane Assunção ingressou na [[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]] (UFRN) para estudar [[História]], onde passou por sua transição de gênero aos 24 anos, ainda na UFRN. No entanto, enfrentou dificuldades para ter seu nome social respeitado até 2011 pela instituição, precisando ingressar com processos judiciais contra a própria universidade em razão disso.<ref>{{citar web|ultimo=Lecon|primeiro=Neto|url=https://www.geledes.org.br/morre-leilane-assuncao-doutora-professora-universitaria-e-mulher-trans-aos-37-anos/|titulo=Morre Leilane Assunção, doutora, professora universitária e mulher trans, aos 37 anos|data=17/11/2018|acessodata=08/10/2024|website=Portal Geledés}}</ref>


Formada em História, Leilane concluiu o mestrado e doutorado em [[Ciências sociais|Ciências Sociais]] na UFRN, especializando-se em pesquisas sobre o [[Brasil]] contemporâneo, artes e questões de gênero. Além disso, foi professora substituta na mesma instituição, onde trabalhou ativamente até o fim de seu contrato.<ref name=":0" />
Formada em História, Leilane concluiu o mestrado e doutorado em [[Ciências sociais|Ciências Sociais]] na UFRN, especializando-se em pesquisas sobre o [[Brasil]] contemporâneo, artes e questões de gênero. Além disso, foi professora substituta na mesma instituição, onde trabalhou ativamente até o fim de seu contrato.<ref name=":0" />
Linha 34: Linha 34:


== Reconhecimento ==
== Reconhecimento ==
Em [[2011]], recebeu das mãos da então presidenta [[Dilma Rousseff|Dilma Roussef]] o [[Prêmio Direitos Humanos]] na categoria [[Igualdade de género|Igualdade de Gênero]], Doutora [[Berenice Bento]], por defender os direitos das [[Travesti (identidade de gênero)|travestis]] e [[Transexualidade|transexuais]]. Recebeu agradecimentos em dissertações de mestrado, livros e publicações de artigos científicos.<ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47604 |título=Violações de direitos humanos pela mídia: uma análise sobre a transfobia nos portais de notícias online do RN e sua representação social |data=2022-03-31 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Lima |primeiro=Janaína de |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.scielo.org/id/wk5mr|título=Brasil, ano zero: estado, gênero, violência|ultimo=Bento|primeiro=Berenice|data=2021|editora=EDUFBA}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48406 |título=Etnografando a batalha do vinho: uma análise da cena dos duelos de MCs face à estrutura social brasileira |data=2020-07-20 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Silva |primeiro=Michael Guedes da |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/28247 |título=Existimos porque resistimos: história, lutas e conquistas do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes-Gami |data=2019-08-30 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Santos |primeiro=José Adailton Sousa dos |lingua=pt-BR}}</ref>
Em [[2011]], recebeu das mãos da então presidenta [[Dilma Rousseff]] o [[Prêmio Direitos Humanos]] na categoria [[Igualdade de género|Igualdade de Gênero]], Doutora [[Berenice Bento]], por defender os direitos das [[Travesti (identidade de gênero)|travestis]] e [[Transexualidade|transexuais]]. Recebeu agradecimentos em dissertações de mestrado, livros e publicações de artigos científicos.<ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/47604 |título=Violações de direitos humanos pela mídia: uma análise sobre a transfobia nos portais de notícias online do RN e sua representação social |data=2022-03-31 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Lima |primeiro=Janaína de |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.scielo.org/id/wk5mr|título=Brasil, ano zero: estado, gênero, violência|ultimo=Bento|primeiro=Berenice|data=2021|editora=EDUFBA}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/48406 |título=Etnografando a batalha do vinho: uma análise da cena dos duelos de MCs face à estrutura social brasileira |data=2020-07-20 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Silva |primeiro=Michael Guedes da |lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/28247 |título=Existimos porque resistimos: história, lutas e conquistas do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes-Gami |data=2019-08-30 |acessodata=2024-10-08 |ultimo=Santos |primeiro=José Adailton Sousa dos |lingua=pt-BR}}</ref>


Produz o capítulo 7 denominado ''Na História da escravidão, uma reflexão para a cidadania no século XXI'' na obra ''O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade''.<ref>{{Citar livro|url=https://ri.ufrb.edu.br/handle/123456789/800|título=O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade|ultimo=Givigi|primeiro=Ana Cristina Nascimento|ultimo2=Dornelles|primeiro2=Priscila Gomes|ultimo3=Oliveira|primeiro3=Camila Silva de|ultimo4=Meyer|primeiro4=Dagmar Estermann|ultimo5=Pocahy|primeiro5=Fernando Altair|ultimo6=Rodrigues|primeiro6=Alexsandro|ultimo7=Souza|primeiro7=Simone Brandão|ultimo8=Miranda|primeiro8=Valéria dos Santos Noronha|ultimo9=Assunção|primeiro9=Leilane|data=2013|editora=Universidade Federal do Recôncavo da Bahia}}</ref> O livro constitui o resultado da produção teórica do [https://www.ufrb.edu.br/bibliotecacfp/noticias/88-i-festival-anual-de-multiplas-sexualidades-esta-com-inscricoes-abertas I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades realizado entre os dias 15 e 18 de maio de 2012 na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia].
Produz o capítulo 7 denominado ''Na História da escravidão, uma reflexão para a cidadania no século XXI'' na obra ''O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade''.<ref>{{Citar livro|url=https://ri.ufrb.edu.br/handle/123456789/800|título=O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade|ultimo=Givigi|primeiro=Ana Cristina Nascimento|ultimo2=Dornelles|primeiro2=Priscila Gomes|ultimo3=Oliveira|primeiro3=Camila Silva de|ultimo4=Meyer|primeiro4=Dagmar Estermann|ultimo5=Pocahy|primeiro5=Fernando Altair|ultimo6=Rodrigues|primeiro6=Alexsandro|ultimo7=Souza|primeiro7=Simone Brandão|ultimo8=Miranda|primeiro8=Valéria dos Santos Noronha|ultimo9=Assunção|primeiro9=Leilane|data=2013|editora=Universidade Federal do Recôncavo da Bahia}}</ref> O livro constitui o resultado da produção teórica do [https://www.ufrb.edu.br/bibliotecacfp/noticias/88-i-festival-anual-de-multiplas-sexualidades-esta-com-inscricoes-abertas I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades realizado entre os dias 15 e 18 de maio na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia] evento em que construiu o debate sobre os desafios do acesso de homossexuais no Ensino Superior<ref>{{Citar web|url=https://ufrb.edu.br/portal/noticias/2895-i-festival-de-multiplas-sexualidades-cahl-promove-manifestacao-contra-homofobia-e-debate-acesso-a-educacao|titulo=I Festival de Múltiplas Sexualidades: CAHL promove manifestação contra homofobia e debate acesso à educação|acessodata=2024-10-12|website=UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia|lingua=pt-br}}</ref>.


Em 2019, o Sindicato dos Docentes da UFRN (ADURN) exibiu uma entrevista com Leilane, intitulada "Leiane Assunção, presente", como forma de homenagem, onde ela conta sua trajetória como estudante, primeira professora trans do Brasil e militante dos direitos humanos.<ref>{{Citation|title=Leilane Assunção, presente!|url=https://www.youtube.com/watch?v=PCOlcZdXAFw|date=2019-03-15|accessdate=2024-10-08|last=ADURN-Sindicato}}</ref>
Em 2019, o Sindicato dos Docentes da UFRN (ADURN) exibiu uma entrevista com Leilane, intitulada "Leiane Assunção, presente", como forma de homenagem, onde ela conta sua trajetória como estudante, primeira professora trans do Brasil e militante dos direitos humanos.<ref>{{Citation|title=Leilane Assunção, presente!|url=https://www.youtube.com/watch?v=PCOlcZdXAFw|date=2019-03-15|accessdate=2024-10-08|last=ADURN-Sindicato}}</ref>


Em [[2023]], a vereadora [[Brisa Bracchi|Brisa Brachi]] propôs a criação da Comenda Leilane Assunção, para aqueles que se destacam na promoção, defesa da cidadania [[LGBT|LGBTI]] e na luta contra a [[Violência contra pessoas LGBT|LGBTIfobia]] em Natal. Em [[2024]], a Câmara Municipal de Natal aprovou a criação da Comenda Leilane Assunção.<ref>{{Citar web|url=https://www.cmnat.rn.gov.br/noticias/3516/cmara-aprova-projeto-para-garantir-socorro-a-vtimas-de-engasgo-em-natal|titulo=Câmara aprova projeto para garantir socorro a vítimas de engasgo em Natal|acessodata=2024-10-08|website=www.cmnat.rn.gov.br|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Arruda|primeiro=Cassiano|url=https://blog.tribunadonorte.com.br/territoriolivre/natal-cria-comenda-para-valorizar-lesbicas-e-gays/|titulo=Natal cria comenda para valorizar lésbicas e gays|data=2024-06-15|acessodata=2024-10-08|website=Território Livre|lingua=pt-BR}}</ref>
Em [[2023]], a vereadora [[Brisa Bracchi|Brisa Brachi]] propôs a criação da Comenda Leilane Assunção, para aqueles que se destacam na promoção, defesa da cidadania LGBT e na luta contra a [[Violência contra pessoas LGBT|LGBT-fobia]] em Natal. Em [[2024]], a Câmara Municipal de Natal aprovou a criação da Comenda Leilane Assunção.<ref>{{Citar web|url=https://www.cmnat.rn.gov.br/noticias/3516/cmara-aprova-projeto-para-garantir-socorro-a-vtimas-de-engasgo-em-natal|titulo=Câmara aprova projeto para garantir socorro a vítimas de engasgo em Natal|acessodata=2024-10-08|website=www.cmnat.rn.gov.br|lingua=pt-br}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Arruda|primeiro=Cassiano|url=https://blog.tribunadonorte.com.br/territoriolivre/natal-cria-comenda-para-valorizar-lesbicas-e-gays/|titulo=Natal cria comenda para valorizar lésbicas e gays|data=2024-06-15|acessodata=2024-10-08|website=Território Livre|lingua=pt-BR}}</ref>


Em sua homenagem, foram criados diversos coletivos e organizações que recebem seu nome, como o Coletivo LGBT+ Leilane Assunção, em Natal<ref>{{Citar web|ultimo=Duarte|primeiro=Rafael|url=https://saibamais.jor.br/2019/09/coletivo-lgbt-leilane-assuncao-avalia-ir-a-justica-contra-o-estado-por-discriminacao-no-rn/|titulo=Coletivo LGBT Leilane Assunção avalia ir à Justiça contra o Estado por discriminação no RN|data=2019-09-02|acessodata=2024-10-08|website=Saiba Mais|lingua=pt-br}}</ref>, além do Coletivo Leilane Assunção, ligado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da [[Universidade Estadual de Campinas|Unicamp]].<ref>{{Citar web|url=https://unicamp.br/unicamp/eventos/2021/05/11/coletivo-leilane-assuncao-recebe-inscricoes-para-atividades-line/#:~:text=O%20objetivo%20do%20Leilane%20Assun%C3%A7%C3%A3o,das%20universidades%20p%C3%BAblicas%20em%20geral.|titulo=Coletivo Leilane Assunção recebe inscrições para atividades on-line|data=2021-05-15|acessodata=2024-10-08|website=Unicamp|lingua=pt-br}}</ref>
Em sua homenagem, foram criados diversos coletivos e organizações que recebem seu nome, como o Coletivo LGBT+ Leilane Assunção, em Natal,<ref>{{Citar web|ultimo=Duarte|primeiro=Rafael|url=https://saibamais.jor.br/2019/09/coletivo-lgbt-leilane-assuncao-avalia-ir-a-justica-contra-o-estado-por-discriminacao-no-rn/|titulo=Coletivo LGBT Leilane Assunção avalia ir à Justiça contra o Estado por discriminação no RN|data=2019-09-02|acessodata=2024-10-08|website=Saiba Mais|lingua=pt-br}}</ref> além do Coletivo Leilane Assunção, ligado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da [[Universidade Estadual de Campinas|Unicamp]].<ref>{{Citar web|url=https://unicamp.br/unicamp/eventos/2021/05/11/coletivo-leilane-assuncao-recebe-inscricoes-para-atividades-line/#:~:text=O%20objetivo%20do%20Leilane%20Assun%C3%A7%C3%A3o,das%20universidades%20p%C3%BAblicas%20em%20geral.|titulo=Coletivo Leilane Assunção recebe inscrições para atividades on-line|data=2021-05-15|acessodata=2024-10-08|website=Unicamp|lingua=pt-br}}</ref>


== Morte ==
== Morte ==
Leilane Assunção morreu aos 37 anos, vítima de infecção causada por um [[Fungi|fungo]], após 30 dias internadas no Hospital Giselda Trigueiro, em [[Natal (Rio Grande do Norte)|Natal]]. Sua morte causou comoção entre amigos, colegas e ex-alunos.<ref>{{Citar web|ultimo=Norte|primeiro=Redação Tribuna do|url=https://tribunadonorte.com.br/natal/morre-a-professora-e-historiadora-leilane-assuncao/|titulo=Morre a professora e historiadora Leilane Assunção|data=2018-11-13|acessodata=2024-10-08|website=Tribuna do Norte|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/11/mortes-professora-universitaria-transexual-lutou-pela-igualdade.shtml|titulo=Leilane Assunção (1981 - 2018) - Mortes: Professora universitária, transexual lutou pela igualdade|data=2018-11-16|acessodata=2024-10-08|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>
Leilane Assunção<ref>{{Citar web|url=https://www.esquerdadiario.com.br/spip.php?page=gacetilla-articulo&id_article=26406|titulo=Leilane Assunção: PRESENTE|acessodata=2024-10-25|website=www.esquerdadiario.com.br}}</ref> morreu aos 37 anos, vítima de infecção causada por um [[Fungi|fungo]], após 30 dias internadas no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal. Sua morte causou comoção entre amigos, colegas e ex-alunos.<ref>{{Citar web|ultimo=Norte|primeiro=Redação Tribuna do|url=https://tribunadonorte.com.br/natal/morre-a-professora-e-historiadora-leilane-assuncao/|titulo=Morre a professora e historiadora Leilane Assunção|data=2018-11-13|acessodata=2024-10-08|website=Tribuna do Norte|lingua=pt-BR}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2018/11/mortes-professora-universitaria-transexual-lutou-pela-igualdade.shtml|titulo=Leilane Assunção (1981 - 2018) - Mortes: Professora universitária, transexual lutou pela igualdade|data=2018-11-16|acessodata=2024-10-08|website=Folha de S.Paulo|lingua=pt-BR}}</ref>

Diretoria do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) Seção Natal publicou nota de pesar pelo falecimento da professora Leilane Assunção.<ref>{{Citar web|ultimo=anapaula|url=https://www.sinasefern.org.br/nota-de-pesar-pelo-falecimento-da-profa-dra-leilane-assuncao/#|titulo=Nota de pesar pelo falecimento da Profª Drª Leilane Assunção|data=2018-11-13|acessodata=2024-10-25|website=Sinasefe RN|lingua=pt-BR}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
Linha 51: Linha 53:
* [[Brisa Bracchi]]
* [[Brisa Bracchi]]
* [[Berenice Bento]]
* [[Berenice Bento]]
* [[Thabatta Pimenta]]


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==
SILVA, Leilane Assunção da. '''Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical'''. 2013.[https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/13837]
SILVA, Leilane Assunção da. ''Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical''. 2013.<ref>{{Citar periódico |url=https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/13837 |título=Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical |data=2013-03-22 |acessodata=2024-10-19 |ultimo=Silva |primeiro=Leilane Assunção da}}</ref>


== Referências ==
== Referências ==
Linha 62: Linha 65:
[[Categoria:Mortos em 2018]]
[[Categoria:Mortos em 2018]]
[[Categoria:Professoras]]
[[Categoria:Professoras]]
[[Categoria:!Mais Diversidade em Teoria da História na Wiki (Selecionados)]]

Revisão das 14h18min de 27 de novembro de 2024

Leilane Assunção
Leilane Assunção
Nascimento 14 de março de 1981
Ceará-Mirim, Rio Grande do Norte
Morte 13 de novembro de 2018
Natal
Nacionalidade brasileira
Cidadania Brasil
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Ocupação
Causa da morte infecção

Leilane Assunção (Ceará Mirim, 14 de março de 1981[1][2]Natal, 13 de novembro de 2018)[3] foi uma historiadora, professora universitária, feminista, ativista antiproibicionista e dos direitos humanos. É considerada a primeira mulher trans a ocupar um cargo de professora em uma universidade brasileira.[4]

Doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), dedicou sua vida à defesa dos direitos da população LGBT e à luta pela igualdade e reconhecimento de pessoas trans.[5]

Biografia

Leilane Assunção ingressou na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) para estudar História, onde passou por sua transição de gênero aos 24 anos, ainda na UFRN. No entanto, enfrentou dificuldades para ter seu nome social respeitado até 2011 pela instituição, precisando ingressar com processos judiciais contra a própria universidade em razão disso.[6]

Formada em História, Leilane concluiu o mestrado e doutorado em Ciências Sociais na UFRN, especializando-se em pesquisas sobre o Brasil contemporâneo, artes e questões de gênero. Além disso, foi professora substituta na mesma instituição, onde trabalhou ativamente até o fim de seu contrato.[5]

Ativismo

Além de sua trajetória acadêmica, Leilane foi uma ativa defensora dos direitos humanos, principalmente das pautas LGBT. Representou a professora Berenice Bento ao receber o Prêmio Nacional de Direitos Humanos em 2011, destacando-se como uma voz importante na defesa dos direitos de travestis e mulheres transsexuais. Ela também foi uma das fundadoras do ciclo de debates antiproibicionistas e da Marcha da Maconha em Natal, promovendo discussões críticas sobre a descriminalização das drogas, que ela acreditava ser essencial para combater a violência associada ao tráfico e ao consumo estigmatizado.[7][8]

Leilane criticava a despolitização do movimento LGBT, defendendo que a luta por direitos deveria ir além das festividades e se concentrar em debates sobre inclusão, direitos e cidadania. Para ela, a legalização das drogas não era apenas uma questão de saúde pública, mas de justiça social. Também era conhecida por sua hospitalidade e generosidade, realizando anualmente o "Natal dos sem Natal", uma celebração voltada a pessoas da comunidade LGBT que enfrentavam rejeição familiar e passariam as festividades sozinhos.[9]

Em 2016, foi convidada para participar do Programa Xeque Mate, da TV Universitária do Rio Grande do Norte (TVU) respondendo perguntas dos estudantes de Comunicação Social da UFRN.[10]

Ainda em 2016, fundou a Rede Nacional de Feministas Antiproibicionistas (RENFA).[11][12]

Reconhecimento

Em 2011, recebeu das mãos da então presidenta Dilma Rousseff o Prêmio Direitos Humanos na categoria Igualdade de Gênero, Doutora Berenice Bento, por defender os direitos das travestis e transexuais. Recebeu agradecimentos em dissertações de mestrado, livros e publicações de artigos científicos.[13][14][15][16]

Produz o capítulo 7 denominado Na História da escravidão, uma reflexão para a cidadania no século XXI na obra O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade.[17] O livro constitui o resultado da produção teórica do I Festival Anual de Múltiplas Sexualidades realizado entre os dias 15 e 18 de maio na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia evento em que construiu o debate sobre os desafios do acesso de homossexuais no Ensino Superior[18].

Em 2019, o Sindicato dos Docentes da UFRN (ADURN) exibiu uma entrevista com Leilane, intitulada "Leiane Assunção, presente", como forma de homenagem, onde ela conta sua trajetória como estudante, primeira professora trans do Brasil e militante dos direitos humanos.[19]

Em 2023, a vereadora Brisa Brachi propôs a criação da Comenda Leilane Assunção, para aqueles que se destacam na promoção, defesa da cidadania LGBT e na luta contra a LGBT-fobia em Natal. Em 2024, a Câmara Municipal de Natal aprovou a criação da Comenda Leilane Assunção.[20][21]

Em sua homenagem, foram criados diversos coletivos e organizações que recebem seu nome, como o Coletivo LGBT+ Leilane Assunção, em Natal,[22] além do Coletivo Leilane Assunção, ligado ao Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp.[23]

Morte

Leilane Assunção[24] morreu aos 37 anos, vítima de infecção causada por um fungo, após 30 dias internadas no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal. Sua morte causou comoção entre amigos, colegas e ex-alunos.[25][26]

Diretoria do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) Seção Natal publicou nota de pesar pelo falecimento da professora Leilane Assunção.[27]

Ver também

Bibliografia

SILVA, Leilane Assunção da. Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical. 2013.[28]

Referências

  1. Varela, Victor (14 de março de 2019). «Que as sementes de Marielle brotem na luta LGBT!». Saiba Mais. Consultado em 16 de outubro de 2024 
  2. Catarinas (13 de novembro de 2018). «Morre Leilane Assunção, primeira transgênero a ocupar o cargo de professora universitária». Catarinas. Consultado em 16 de outubro de 2024 
  3. Lucon, Neto (17 de novembro de 2018). «Morre Leilane Assunção, doutora, professora universitária e mulher trans, aos 37 anos». Portal Gelédes. Consultado em 16 de outubro de 2024 
  4. Duarte, Rafael (14 de novembro de 2018). «Quem foi Leilane Assunção, a primeira professora universitária trans do Brasil». Saiba Mais. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  5. a b «UnB Notícias - Leilane Assunção vive». UnB Notícias. 28 de novembro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  6. Lecon, Neto (17 de novembro de 2018). «Morre Leilane Assunção, doutora, professora universitária e mulher trans, aos 37 anos». Portal Geledés. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  7. Duarte, Rafael (14 de novembro de 2018). «Quem foi Leilane Assunção, a primeira professora universitária trans do Brasil». Saiba Mais. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  8. «Morre Leilane Assunção, primeira transgênero a ocupar o cargo de professora universitária». Portal Catarinas. 13 de novembro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  9. «Leilane Assunção (1981 - 2018) - Mortes: Professora universitária, transexual lutou pela igualdade». Folha de S.Paulo. 16 de novembro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  10. TVURN (24 de novembro de 2017), Xeque Mate: Leilane Assunção BL 02, consultado em 8 de outubro de 2024 
  11. «RENFA » Sobre Nós». RENFA. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  12. «Manual Feminista Anirracista pelo Desencarceramento» (PDF). Revista da RENFA. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  13. Lima, Janaína de (31 de março de 2022). «Violações de direitos humanos pela mídia: uma análise sobre a transfobia nos portais de notícias online do RN e sua representação social». Consultado em 8 de outubro de 2024 
  14. Bento, Berenice (2021). Brasil, ano zero: estado, gênero, violência. [S.l.]: EDUFBA 
  15. Silva, Michael Guedes da (20 de julho de 2020). «Etnografando a batalha do vinho: uma análise da cena dos duelos de MCs face à estrutura social brasileira». Consultado em 8 de outubro de 2024 
  16. Santos, José Adailton Sousa dos (30 de agosto de 2019). «Existimos porque resistimos: história, lutas e conquistas do Grupo Afirmativo de Mulheres Independentes-Gami». Consultado em 8 de outubro de 2024 
  17. Givigi, Ana Cristina Nascimento; Dornelles, Priscila Gomes; Oliveira, Camila Silva de; Meyer, Dagmar Estermann; Pocahy, Fernando Altair; Rodrigues, Alexsandro; Souza, Simone Brandão; Miranda, Valéria dos Santos Noronha; Assunção, Leilane (2013). O Recôncavo baiano sai do armário: universidade, gênero e sexualidade. [S.l.]: Universidade Federal do Recôncavo da Bahia 
  18. «I Festival de Múltiplas Sexualidades: CAHL promove manifestação contra homofobia e debate acesso à educação». UFRB - Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Consultado em 12 de outubro de 2024 
  19. ADURN-Sindicato (15 de março de 2019), Leilane Assunção, presente!, consultado em 8 de outubro de 2024 
  20. «Câmara aprova projeto para garantir socorro a vítimas de engasgo em Natal». www.cmnat.rn.gov.br. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  21. Arruda, Cassiano (15 de junho de 2024). «Natal cria comenda para valorizar lésbicas e gays». Território Livre. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  22. Duarte, Rafael (2 de setembro de 2019). «Coletivo LGBT Leilane Assunção avalia ir à Justiça contra o Estado por discriminação no RN». Saiba Mais. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  23. «Coletivo Leilane Assunção recebe inscrições para atividades on-line». Unicamp. 15 de maio de 2021. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  24. «Leilane Assunção: PRESENTE». www.esquerdadiario.com.br. Consultado em 25 de outubro de 2024 
  25. Norte, Redação Tribuna do (13 de novembro de 2018). «Morre a professora e historiadora Leilane Assunção». Tribuna do Norte. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  26. «Leilane Assunção (1981 - 2018) - Mortes: Professora universitária, transexual lutou pela igualdade». Folha de S.Paulo. 16 de novembro de 2018. Consultado em 8 de outubro de 2024 
  27. anapaula (13 de novembro de 2018). «Nota de pesar pelo falecimento da Profª Drª Leilane Assunção». Sinasefe RN. Consultado em 25 de outubro de 2024 
  28. Silva, Leilane Assunção da (22 de março de 2013). «Clara Nunes como obra de arte: a epistemologia das ciências humanas a partir da cultura musical». Consultado em 19 de outubro de 2024