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Resistência italiana: diferenças entre revisões

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A '''Resistência italiana''' (em [[língua italiana|italiano]], ''Resistenza italiana'' ou ''partigiana'') foi um movimento armado de oposição ao [[fascismo]] e à ocupação da [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] pela [[Alemanha Nazista]], bem como à [[República Social Italiana]] fundada por [[Benito Mussolini]]. A Resistência italiana enquadra-se historicamente no fenômeno europeu mais amplo de resistência à [[Europa ocupada pela Alemanha Nazista|ocupação nazista]].<ref>[https://www.huffingtonpost.com/ruth-benghiat/post_9362_b_7148902.html "The Italian Resistance: Lessons and Legacies"]. Página acessada em 9 de dezembro de 2017.</ref> Seu principal representante era o [[Comitê de Libertação Nacional Italiano|CLN Italiano]]


Como movimento armado, baseado em uma estratégia de [[guerrilha]]s, surge quando a Itália é invadida pela [[Alemanha Nazista|Alemanha]], após o estabelecimento do [[Armistício de Cassibile]], a [[8 de setembro]] de [[1943]], entre a Itália e os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]].<ref>{{citar web|url=http://news.bbc.co.uk/onthisday/hi/dates/stories/september/8/newsid_3612000/3612037.stm|titulo=ON THIS DAY {{!}} 8 SEPTEMBER|acessodata=26 de Agosto de 2024|website=BBC Home}}</ref> Muitos,{{quem}} entretanto, consideram que a Resistência Italiana já existisse desde [[1922]], quando tem início a ascensão do [[fascismo]]. Seus membros eram conhecidos como ''partigiani.'' (que é o plural de ''partigiano'')
A '''Resistência italiana''' (em [[língua italiana|italiano]], ''Resistenza italiana'' ou ''partigiana'') foi um movimento armado de oposição ao [[fascismo]] e à ocupação da [[Reino de Itália (1861–1946)|Itália]] pela [[Alemanha nazista]], bem como à [[República Social Italiana]] - fundada por [[Benito Mussolini]], em território controlado pelas tropas alemãs - durante a [[Segunda Guerra Mundial]]. A Resistência italiana enquadra-se historicamente no fenômeno europeu mais amplo de resistência à ocupação [[Nazismo|nazista]].


Grupos posteriores são formados por soldados do [[Exército Real Italiano]] que conseguiram escapar da invasão alemã da [[Península Itálica]] efetuada após [[Pietro Badoglio]] substituir [[Benito Mussolini]] como [[Presidente do Conselho de Ministros da Itália|primeiro-ministro]] do [[Reino de Itália (1861–1946)|Reino da Itália]].<ref>{{citar livro|título=La Marina de 8 de setembro de 1943 até o fim do conflito|ultimo=Fioravanzo|primeiro=Giuseppe|página=424|páginas=1}}</ref> Esses grupos se expandem com a captura de armas dos alemães e fornecimento de armas em missões aéreas arriscadas em que forças aliadas como a força aérea brasileira lançavam armas do ar.<ref>{{citar livro|título=Quando os britânicos chegam, estamos todos mortos|ultimo=Balbo|primeiro=Adriano|editora=Blu Edzioni|ano=2005}}</ref> esses paraquedistas saltavam em áreas desprotegidas e eram escondidos por moradores locais.<ref>{{citar livro|título=Operation Tombola|ultimo=Farran|primeiro=Roy Alexander|editora=Sons & Co LTA|ano=1960|local=Glascow}}</ref> Os grupos se utilizavam muito de [[Emboscada|emboscadas]] para cumprir seus objetivos. Quando cercados eles usavam o conhecimento do local para achar rotas de fuga para escapar. Esses rebeldes dependiam de moradores locais para obter [[Suprimento|suprimentos]] e esconderijos.<ref>{{citar livro|título=A Resistência Italiana: Fascistas, Guerrilhas e os Aliados.|ultimo=Behan|primeiro=Tom|editora=Pluto|ano=2009|local=Londres}}</ref>
Como movimento armado, baseado em uma estratégia de [[guerrilha]]s, surge quando a Itália é invadida pela [[Alemanha]], após o estabelecimento do [[Armistício de Cassabile]] ([[8 de setembro]] de [[1943]], entre a Itália e os [[Aliados da Segunda Guerra Mundial|Aliados]]. Muitos, entretanto, consideram que a Resistência Italiana já existisse desde [[1922]], quando tem início a ascensão do [[fascismo]]. Seus membros eram conhecidos como ''partigiani''.


Após a rendição das tropas alemãs, o movimento se dissolveu, em abril de [[1945]]. Calcula-se que tenham participado da luta armada da Resistência mais de 300.000 pessoas - das quais, cerca de 35.000 eram mulheres - de tendências políticas diferentes e às vezes antagônicas. Havia [[Democracia Cristã|católicos]], [[Partido Comunista Italiano|comunistas]], [[Liberalismo clássico|liberais]], [[socialistas]], [[Casa de Savóia|monarquistas]], [[Anarquismo|anarquistas]], entre outros. Os partidos que participavam da Resistência, reunidos no ''Comitê de Liberação Nacional'' (CLN), constituiriam mais tarde os primeiros governos do pós-guerra.
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Na Resistência estão as origens da [[República Italiana]]. A [[assembleia constituinte]], eleita em [[1946]] foi majoritariamente composta pelos partidos do CLN, que elaboraram a [[constituição]] da República Italiana, inspirada nos princípios da [[democracia]] e do [[antifascismo]]. Em [[2 de junho]] de [[1946]], um [[referendo]] resultou na abolição da [[monarquia]] e na instalação de uma [[república]], com a adoção da nova constituição em [[1 de janeiro]] de [[1948]].
Na Resistência estão as origens da [[República Italiana]]. A [[assembleia constituinte]], eleita em [[1946]] foi majoritariamente composta pelos partidos do CLN, que elaboraram a [[constituição]] da República Italiana, inspirada nos princípios da [[democracia]] e do [[antifascismo]]. Em [[2 de junho]] de [[1946]], um [[referendo]] resultou na abolição da [[monarquia]] e na instalação de uma [[república]],<ref>{{citar web|url=https://www.nationalww2museum.org/war/articles/fascist-king-victor-emmanuel-iii-italy|titulo=The Fascist King: Victor Emmanuel III of Italy|data=14 de Julho de 2021|acessodata=26 de Agosto de 2024|website=The National WWII Museum - New Orleans|lingua=en}}</ref><ref name=":0">{{citar periódico |url=https://theitalianlawjournal.it/data/uploads/6-italj-1-2020/23-calabresi-godi.pdf |título=Italian Constitutionalism and Its Origins |ultimo=Calabresi |primeiro=Steven G. |ultimo2=Godi |primeiro2=Matteo}}</ref> com a adoção da nova constituição em [[1 de janeiro]] de [[1948]].<ref name=":0" />


==Ver também==
==Ver também==
*[[Crimes de Guerra da Itália]]
*[[Movimento de resistência]]
*[[Movimento de resistência]]
*[[Partisan]]
*[[Partisan]]
*[[Resistência alemã]]
*[[Resistência alemã]]
*[[Resistência francesa]]
*[[Resistência Francesa|Resistência francesa]]

{{Referências}}


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[[Categoria:História da Itália]]
[[Categoria:História da Itália]]
[[Categoria:Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Antifascismo]]
[[Categoria:Antifascismo]]
[[Categoria:Antinazismo]]
[[Categoria:Antinazismo]]
[[Categoria:Movimentos de libertação nacional]]
[[Categoria:Movimentos de libertação nacional]]
[[Categoria:Movimentos de resistência na Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Movimentos de resistência na Segunda Guerra Mundial]]
[[Categoria:Itália na Segunda Guerra Mundial]]

Edição atual tal como às 16h25min de 26 de agosto de 2024

Bandeira do Arditi del Popolo, organização antifascista de Civitavecchia. Mostra um machado cortando o fasces (símbolo adotado pelo fascismo).
Partisans (partigiani) italianos.
Um membro da resistência italiana, em agosto de 1944, na cidade de Florença.

A Resistência italiana (em italiano, Resistenza italiana ou partigiana) foi um movimento armado de oposição ao fascismo e à ocupação da Itália pela Alemanha Nazista, bem como à República Social Italiana — fundada por Benito Mussolini. A Resistência italiana enquadra-se historicamente no fenômeno europeu mais amplo de resistência à ocupação nazista.[1] Seu principal representante era o CLN Italiano

Como movimento armado, baseado em uma estratégia de guerrilhas, surge quando a Itália é invadida pela Alemanha, após o estabelecimento do Armistício de Cassibile, a 8 de setembro de 1943, entre a Itália e os Aliados.[2] Muitos,[quem?] entretanto, consideram que a Resistência Italiana já existisse desde 1922, quando tem início a ascensão do fascismo. Seus membros eram conhecidos como partigiani. (que é o plural de partigiano)

Grupos posteriores são formados por soldados do Exército Real Italiano que conseguiram escapar da invasão alemã da Península Itálica efetuada após Pietro Badoglio substituir Benito Mussolini como primeiro-ministro do Reino da Itália.[3] Esses grupos se expandem com a captura de armas dos alemães e fornecimento de armas em missões aéreas arriscadas em que forças aliadas como a força aérea brasileira lançavam armas do ar.[4] esses paraquedistas saltavam em áreas desprotegidas e eram escondidos por moradores locais.[5] Os grupos se utilizavam muito de emboscadas para cumprir seus objetivos. Quando cercados eles usavam o conhecimento do local para achar rotas de fuga para escapar. Esses rebeldes dependiam de moradores locais para obter suprimentos e esconderijos.[6]

Após a rendição das tropas alemãs, que foi realizada em parte graças a ajuda de tropas da resistência em batalhas como a de Bolonha,[7] o movimento se dissolveu, em abril de 1945. Calcula-se que tenham participado da luta armada da Resistência mais de 300 000 pessoas — das quais, cerca de 35 000 eram mulheres — de tendências políticas diferentes e às vezes antagônicas. Havia católicos, comunistas, liberais, socialistas, monarquistas, anarquistas, entre outros.[8] Os partidos que participavam da Resistência, reunidos no Comitê de Liberação Nacional (CLN), constituiriam mais tarde os primeiros governos do pós-guerra.

Na Resistência estão as origens da República Italiana. A assembleia constituinte, eleita em 1946 foi majoritariamente composta pelos partidos do CLN, que elaboraram a constituição da República Italiana, inspirada nos princípios da democracia e do antifascismo. Em 2 de junho de 1946, um referendo resultou na abolição da monarquia e na instalação de uma república,[9][10] com a adoção da nova constituição em 1 de janeiro de 1948.[10]

Referências

  1. "The Italian Resistance: Lessons and Legacies". Página acessada em 9 de dezembro de 2017.
  2. «ON THIS DAY | 8 SEPTEMBER». BBC Home. Consultado em 26 de Agosto de 2024 
  3. Fioravanzo, Giuseppe. La Marina de 8 de setembro de 1943 até o fim do conflito. [S.l.: s.n.] p. 424. 1 páginas 
  4. Balbo, Adriano (2005). Quando os britânicos chegam, estamos todos mortos. [S.l.]: Blu Edzioni 
  5. Farran, Roy Alexander (1960). Operation Tombola. Glascow: Sons & Co LTA 
  6. Behan, Tom (2009). A Resistência Italiana: Fascistas, Guerrilhas e os Aliados. Londres: Pluto 
  7. Ginsborg, Paul (1990). A History of Contemporary Italy. pp. 57–70. [S.l.]: Penguin Book. p. 57-70. 13 páginas 
  8. Umberto, Eco. «Ur-Fascism» (em inglês). New York Review of Books 
  9. «The Fascist King: Victor Emmanuel III of Italy». The National WWII Museum - New Orleans (em inglês). 14 de Julho de 2021. Consultado em 26 de Agosto de 2024 
  10. a b Calabresi, Steven G.; Godi, Matteo. «Italian Constitutionalism and Its Origins» (PDF) 
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