British Rail: diferenças entre revisões
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'''British Railways''' ('''BR'''), à partir de [[1965]] apresentada comercialmente como '''British Rail''', foi uma [[empresa estatal]] que operou a maior parte do sistema de [[transporte ferroviário]] terrestre na [[Grã-Bretanha]] entre [[1948]] e [[1997]]. Foi formada a partir da [[nacionalização]] das chamadas ''[[Big Four (transporte ferroviário britânico)|Big Four]]'' (as quatro grandes companhias ferroviárias britânicas), e privatizada em etapas entre [[1994]] e [[1997]]. Originalmente uma marca comercial do Executivo Ferroviário da [[British Transport Commission]], tornou-se uma corporação estatutária independente em janeiro de [[1963]], quando foi formalmente renomeada como [[British Railways Board|British Railways Board (BRB)]]<ref>s.1 Transport Act 1962</ref> |
'''British Railways''' ('''BR'''), à partir de [[1965]] apresentada comercialmente como '''British Rail''', foi uma [[empresa estatal]] que operou a maior parte do sistema de [[Transporte ferroviário na Grã-Bretanha|transporte ferroviário]] terrestre na [[Grã-Bretanha]] entre [[1948]] e [[1997]]. Foi formada a partir da [[nacionalização]] das chamadas ''[[Big Four (transporte ferroviário britânico)|Big Four]]'' (as quatro grandes companhias ferroviárias britânicas), e privatizada em etapas entre [[1994]] e [[1997]]. Originalmente uma marca comercial do Executivo Ferroviário da [[British Transport Commission]], tornou-se uma corporação estatutária independente em janeiro de [[1963]], quando foi formalmente renomeada como [[British Railways Board|British Railways Board (BRB)]]<ref>s.1 Transport Act 1962</ref> |
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O período de nacionalização viu mudanças radicais no sistema. Deu-se início a um processo de [[diesel]]ização e [[eletrificação]]. Em [[1968]], as [[locomotivas a vapor]] foram totalmente substituídas por tração a diesel e elétrica, exceto pela [[Vale of Rheidol Railway]] (uma linha turística de [[bitola]] estreita). Os passageiros substituíram o [[frete]] como a principal fonte de negócios e um terço da rede foi fechada pelos cortes do [[Beeching Axe]] da [[década de 1960]] em um esforço para reduzir os [[subsídio]]s do setor. |
O período de nacionalização viu mudanças radicais no sistema. Deu-se início a um processo de [[diesel]]ização e [[eletrificação]]. Em [[1968]], as [[locomotivas a vapor]] foram totalmente substituídas por tração a diesel e elétrica, exceto pela [[Vale of Rheidol Railway]] (uma linha turística de [[bitola]] estreita). Os passageiros substituíram o [[frete]] como a principal fonte de negócios e um terço da rede foi fechada pelos cortes do [[Beeching Axe]] da [[década de 1960]] em um esforço para reduzir os [[subsídio]]s do setor. |
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===Nacionalização em 1948=== |
===Nacionalização em 1948=== |
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[[File:70013 Oliver Cromwell Carlisle Kingmoor.jpg|thumb|[[BR Standard Class 7 70013 Oliver Cromwell|Locomotiva 70013 ''Oliver Cromwell'']]]] |
[[File:70013 Oliver Cromwell Carlisle Kingmoor.jpg|thumb|[[BR Standard Class 7 70013 Oliver Cromwell|Locomotiva 70013 ''Oliver Cromwell'']]]] |
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O sistema de [[transporte ferroviário]] na [[Grã-Bretanha]] desenvolveu-se durante o [[século XIX]]. Após o agrupamento de [[1923]] sob o [[Railway Act 1921]], havia quatro grandes companhias ferroviárias, as chamadas ''[[Big Four (transporte ferroviário britânico)|Big Four]]'', cada uma dominando sua própria área geográfica: a [[ |
O sistema de [[transporte ferroviário]] na [[Grã-Bretanha]] desenvolveu-se durante o [[século XIX]]. Após o agrupamento de [[1923]] sob o [[Railway Act 1921]], havia quatro grandes companhias ferroviárias, as chamadas ''[[Big Four (transporte ferroviário britânico)|Big Four]]'', cada uma dominando sua própria área geográfica: a [[Great Western Railway]] (GWR), a [[London, Midland and Scottish Railway|London, Midland and Scottish Railway (LMS)]], a [[London and North Eastern Railway|London and North Eastern Railway (LNER)]] e [[Southern Railway (Inglaterra)|Southern Railway (SR)]]. Durante a [[Primeira Guerra Mundial]], as ferrovias estavam sob controle do estado, o que perdurou até [[1921]]. A [[nacionalização]] completa havia sido considerada e o Railway Act 1921<ref>{{cite web |title=The State and the Railways |url=http://hansard.millbanksystems.com/lords/1920/aug/03/the-state-and-the-railways |work=[[Hansard]] |date=3 de Agosto de 1920 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20090719130758/http://hansard.millbanksystems.com/lords/1920/aug/03/the-state-and-the-railways |archive-date=19 de Julho 2009 |language=en |url-status= }}</ref> às vezes é considerado um precursor disso, mas o conceito foi rejeitado. A nacionalização foi posteriormente realizada após a [[Segunda Guerra Mundial]], sob a [[Transport Act 1947]]. Essa lei previa a estatização da rede como parte de uma política de nacionalização dos [[serviços públicos]] do [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|governo trabalhista]] de [[Clement Attlee]]. A British Railways surgiu como o nome comercial do Executivo Ferroviário da [[British Transport Commission|British Transport Commission (BTC)]] em 1º de janeiro de [[1948]], quando assumiu os ativos das ''Big Four''.<ref>{{cite web |url=http://www.railwaysarchive.co.uk/docSummary.php?docID=67 |title=Transport Act 1947 |author=Her Majesty's Government |year=1947 |via=The Railways Archive |publisher=Her Majesty's Stationery Office |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20120325224406/http://www.railwaysarchive.co.uk/docsummary.php?docID=67 |archive-date=25 de Março de 2012 |language=en |url-status= }}</ref> |
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Havia também [[ferrovia]]s conjuntas entre as Quatro Grandes e algumas ferrovias leves a serem consideradas. Foram excluídas da nacionalização linhas industriais como a [[Oxfordshire Ironstone Railway]]. O [[London Underground]], serviço de [[metrô]] da capital inglesa – de propriedade pública desde [[1933]] – também foi nacionalizado, tornando-se o [[London Transport Executive]], parte da British Transport Commission. A [[Bicester Military Railway]] já era administrada pelo governo. O serviço elétrico [[Liverpool Overhead Railway]] foi outro excluído da nacionalização.<ref>{{cite web|url=https://www.citymetric.com/transport/liverpool-overhead-railway-was-legendary-it-worth-rebuilding-3575|title=The Liverpool Overhead Railway was legendary – but is it worth rebuilding? {{!}} CityMetric|website=www.citymetric.com|date=4 de Janeiro de 2018 |access-date=|archive-url=https://web.archive.org/web/20180426080003/https://www.citymetric.com/transport/liverpool-overhead-railway-was-legendary-it-worth-rebuilding-3575|archive-date=26 de Abril de 2018|language=en|url-status=}}</ref> |
Havia também [[ferrovia]]s conjuntas entre as Quatro Grandes e algumas ferrovias leves a serem consideradas. Foram excluídas da nacionalização linhas industriais como a [[Oxfordshire Ironstone Railway]]. O [[London Underground]], serviço de [[metrô]] da capital inglesa – de propriedade pública desde [[1933]] – também foi nacionalizado, tornando-se o [[London Transport Executive]], parte da British Transport Commission. A [[Bicester Military Railway]] já era administrada pelo governo. O serviço elétrico [[Liverpool Overhead Railway]] foi outro excluído da nacionalização.<ref>{{cite web|url=https://www.citymetric.com/transport/liverpool-overhead-railway-was-legendary-it-worth-rebuilding-3575|title=The Liverpool Overhead Railway was legendary – but is it worth rebuilding? {{!}} CityMetric|website=www.citymetric.com|date=4 de Janeiro de 2018 |access-date=|archive-url=https://web.archive.org/web/20180426080003/https://www.citymetric.com/transport/liverpool-overhead-railway-was-legendary-it-worth-rebuilding-3575|archive-date=26 de Abril de 2018|language=en|url-status=}}</ref> |
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O Executivo Ferroviário estava consciente de que algumas linhas da rede (então muito densa) não eram lucrativas e difíceis de justificar socialmente, e um programa de fechamentos começou quase imediatamente após a nacionalização. No entanto, a posição financeira geral da BR tornou-se gradualmente pior até que uma perda operacional foi registrada em [[1955]]. O próprio Executivo foi abolido em [[1953]] pelo [[Partido Conservador (Reino Unido)|governo conservador]] e o controle da BR transferido para a Comissão-mãe. Outras mudanças na British Transport Commission, ao mesmo tempo, incluíram o retorno do [[transporte rodoviário]] ao [[setor privado]]; no entanto, a BR manteve seu próprio (menor) serviço rodoviário interno. |
O Executivo Ferroviário estava consciente de que algumas linhas da rede (então muito densa) não eram lucrativas e difíceis de justificar socialmente, e um programa de fechamentos começou quase imediatamente após a nacionalização. No entanto, a posição financeira geral da BR tornou-se gradualmente pior até que uma perda operacional foi registrada em [[1955]]. O próprio Executivo foi abolido em [[1953]] pelo [[Partido Conservador (Reino Unido)|governo conservador]] e o controle da BR transferido para a Comissão-mãe. Outras mudanças na British Transport Commission, ao mesmo tempo, incluíram o retorno do [[transporte rodoviário]] ao [[setor privado]]; no entanto, a BR manteve seu próprio (menor) serviço rodoviário interno. |
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===Plano de Modernização de 1955=== |
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[[File:Bristol Pullman (8226781197).jpg|thumb|Locomotiva [[Blue Pullman]] no depósito de manutenção de [[Bristol Bath Road]]]] |
[[File:Bristol Pullman (8226781197).jpg|thumb|Locomotiva [[Blue Pullman]] no depósito de manutenção de [[Bristol Bath Road]]]] |
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O relatório, posteriormente conhecido como '' |
O relatório, posteriormente conhecido como ''Modernisation Plan'' (Plano de Modernização),<ref>{{cite web |url=http://www.railwaysarchive.co.uk/docSummary.php?docID=23 |title=Modernisation and Re-Equipment of British Rail |author=British Transport Commission |via=The Railways Archive |publisher=British Transport Commission |year=1954 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20061031102337/http://www.railwaysarchive.co.uk/docSummary.php?docID=23 |archive-date=31 de Outubro de 2006 |language=en |url-status= }}</ref> foi publicado em janeiro de [[1955]]. Pretendia trazer o sistema ferroviário para o [[século XX]]. Um [[Livro Branco]] do [[governo britânico]], produzido em [[1956]], afirmava que a modernização ajudaria a eliminar o déficit financeiro da BR até [[1962]]. No entanto, os números tanto deste quanto do plano original foram produzidos por razões políticas e não com base em análises detalhadas<ref name="last trains">Loft, Charles (2013) Last Trains – Dr Beeching and the Death of Rural England {{ISBN|9781849545006}}</ref> O objetivo era aumentar a velocidade, confiabilidade, segurança e capacidade das linhas por meio de uma série de medidas que tornariam os serviços mais atraentes para passageiros e operadores de carga, recuperando assim o [[Trânsito|tráfego]] perdido para as estradas. |
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Importantes áreas incluem: |
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Um outro [[relatório]] da British Rail, este confeccionado por um comitê presidido por Sir [[David Serpell]], foi publicado em [[1983]]. O [[Relatório Serpell]] não fez recomendações como tal, mas estabeleceu várias opções para a rede, incluindo, em seu extremo, um sistema esquelético de menos de 2.000 km de rotas (1.240 milhas). Este relatório não foi bem recebido e o governo decidiu, discretamente, deixá-lo na prateleira. Enquanto isso, a BR foi gradualmente reorganizada, com a estrutura regional sendo finalmente abolida e substituída por setores liderados por empresas. Esse processo, conhecido como "setorização", levou a um foco muito maior do cliente nos setores dedicados. |
Um outro [[relatório]] da British Rail, este confeccionado por um comitê presidido por Sir [[David Serpell]], foi publicado em [[1983]]. O [[Relatório Serpell]] não fez recomendações como tal, mas estabeleceu várias opções para a rede, incluindo, em seu extremo, um sistema esquelético de menos de 2.000 km de rotas (1.240 milhas). Este relatório não foi bem recebido e o governo decidiu, discretamente, deixá-lo na prateleira. Enquanto isso, a BR foi gradualmente reorganizada, com a estrutura regional sendo finalmente abolida e substituída por setores liderados por empresas. Esse processo, conhecido como "setorização", levou a um foco muito maior do cliente nos setores dedicados. |
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[[File:Beeching axe 1 and NUR response.jpg|thumb|left|280px|Cópia do ''The Reshaping of British Railways, Part 1: Report'', o primeiro [[relatório de Beeching]], que recomendou o fechamento de muitas [[linhas ferroviárias]] britânicas antieconômicas, exposta no [[National Railway Museum]], em [[York]], ao lado de uma cópia da resposta publicada do [[National Union of Railwaymen]], chamada ''The Mis-shaping of British Railways, Part 1: Retort''.]] |
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===Transport Act 1968=== |
===Transport Act 1968=== |
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Após a eleição do [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]] nas [[Eleições gerais no Reino Unido em 1964|eleições gerais britânicas de 1964]], em uma plataforma de revisão de muitos dos cortes, [[Tom Fraser]] autorizou o fechamento de 1.071 milhas de linhas ferroviárias, seguindo as recomendações do [[Relatório Beeching]].<ref>David Henshaw: The Great Railway Conspiracy. p. 165 (3rd Edition, 2013) {{ISBN|978-0-957651 1-0-4}}</ref> Depois que ele renunciou em [[1967]], sua substituta, Barbara Castle, continuou a política de fechamento de linhas e estações, mas introduziu os primeiros [[subsídio]]s ferroviários do governo para ferrovias socialmente necessárias, mas não lucrativas, na [[Transport Act 1968]]. Parte dessas disposições foi a criação de um Executivo de Transporte de Passageiros (em [[Língua inglesa|inglês]], ''Passenger Transport Executive'' ou PTE) em áreas metropolitanas maiores. Antes disso, o [[transporte público]] era administrado por autoridades locais individuais e empresas privadas, com pouca coordenação. Os PTEs assumiram a responsabilidade (mas não a propriedade) da gestão das redes ferroviárias locais. |
Após a eleição do [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]] nas [[Eleições gerais no Reino Unido em 1964|eleições gerais britânicas de 1964]], em uma plataforma de revisão de muitos dos cortes, [[Tom Fraser]] autorizou o fechamento de 1.071 milhas de linhas ferroviárias, seguindo as recomendações do [[Relatório Beeching]].<ref>David Henshaw: The Great Railway Conspiracy. p. 165 (3rd Edition, 2013) {{ISBN|978-0-957651 1-0-4}}</ref> Depois que ele renunciou em [[1967]], sua substituta, Barbara Castle, continuou a política de fechamento de linhas e estações, mas introduziu os primeiros [[subsídio]]s ferroviários do governo para ferrovias socialmente necessárias, mas não lucrativas, na [[Transport Act 1968]]. Parte dessas disposições foi a criação de um Executivo de Transporte de Passageiros (em [[Língua inglesa|inglês]], ''Passenger Transport Executive'' ou PTE) em áreas metropolitanas maiores. Antes disso, o [[transporte público]] era administrado por autoridades locais individuais e empresas privadas, com pouca coordenação. Os PTEs assumiram a responsabilidade (mas não a propriedade) da gestão das redes ferroviárias locais. |
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===Setorização=== |
===Setorização=== |
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[[File:Charing Cross station geograph-3300926-by-Ben-Brooksbank.jpg|thumb|Veículo [[British Rail Class 465]], da [[Network SouthEast]], na [[Estação ferroviária de Charing Cross]]]] |
[[File:Charing Cross station geograph-3300926-by-Ben-Brooksbank.jpg|thumb|Veículo [[British Rail Class 465]], da [[Network SouthEast]], na [[Estação ferroviária de Charing Cross]]]] |
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Com a setorização ocorrida em [[1982]], foram criados três setores de passageiros: o [[InterCity]], operando os principais serviços expressos; London & South East (rebatizada de [[Network SouthEast]] em [[1986]]), operando serviços de transporte regional na área de [[Londres]]; Provincial (rebatizado [[Regional Railways]] em [[1989]]), responsável por todos os outros serviços de passageiros. Nos [[condados metropolitanos]], os serviços locais eram administrados pelos PTE's. A Provincial foi o mais subsidiado (passageiro/km) dos três setores; na formação, seus custos eram quatro vezes maiores que sua receita.<ref name="Thomas">{{cite Q|Q112224535 |author-link=David St John Thomas|first=David St John|last=Thomas |author2=Whitehouse, Patrick |language=en}}</ref> |
Com a setorização ocorrida em [[1982]], foram criados três setores de passageiros: o [[InterCity (British Rail)|InterCity]], operando os principais serviços expressos; London & South East (rebatizada de [[Network SouthEast]] em [[1986]]), operando serviços de transporte regional na área de [[Londres]]; Provincial (rebatizado [[Regional Railways]] em [[1989]]), responsável por todos os outros serviços de passageiros. Nos [[condados metropolitanos]], os serviços locais eram administrados pelos PTE's. A Provincial foi o mais subsidiado (passageiro/km) dos três setores; na formação, seus custos eram quatro vezes maiores que sua receita.<ref name="Thomas">{{cite Q|Q112224535 |author-link=David St John Thomas|first=David St John|last=Thomas |author2=Whitehouse, Patrick |language=en}}</ref> |
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Como a British Railways era uma operação tão grande, operando não apenas ferrovias, mas também [[balsa]]s, [[navios a vapor]] e [[hotéis]], considerou-se difícil analisar os efeitos da [[nacionalização]].<ref>{{cite book |last=Boocokc |first=Colin |title=Spotlight on BR: British Railways 1948–1998 Success or Disaster? |language=en |year=1998 |isbn=978-0-906899-98-4}}</ref> Os [[preços]] subiram rapidamente neste período, subindo 108% em termos reais de [[1979]] a [[1994]].<ref>{{cite book |title=British Rail 1974–1997: From Integration to Privatisation |last=Gourvish |first=Terry |language=en |page=277}}</ref> |
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==Marca== |
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===Pré-1960=== |
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Após a [[nacionalização]] de [[1948]], a British Railways começou a adaptar as cores corporativas no [[material rodante]] que herdou de suas empresas ferroviárias predecessoras. Inicialmente, um azul expresso (seguido pelo [[verde Brunswick]] da [[Great Western Railway]], em [[1952]]) foi usado em [[locomotiva]]s de passageiros, e o estilo [[London and North Western Railway|London and North Western Railway (LNWR)]] forrado de preto para locomotivas de tráfego misto, com o verde sendo mais amplamente adotado posteriormente.<ref>{{cite book |first1=Brian |last1=Haresnape |title=Railway Liveries: BR Steam 1948-1968 |last2=Boocock |first2=Colin |year=1989 |publisher=[[Ian Allan Publishing|Ian Allan]] |location=Shepperton |isbn=0-7110-1856-1 |page=11 }}</ref>{{sfn|Height|Cresswell|1979}} |
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O desenvolvimento de uma identidade corporativa para a organização foi dificultado pelas ambições concorrentes da [[British Transport Commission|British Transport Commission (BTC)]] e do ''Railway Executive''. Este último tentou introduzir um [[logotipo]] moderno e curvo no estilo [[Art Déco]], que também pudesse servir de padrão para os totens de sinalização das [[Estações ferroviárias|estações]]. A BR acabou adotando a marca comum da BTC (um [[leão]] montado em uma roda raiada, projetado por [[Cecil Thomas]]) como seu primeiro logotipo corporativo; na barra sobreposta à roda da marca, o nome da BTC foi substituído pelas palavras "British Railways". Este logotipo, apelidado de ''"Cycling Lion"'', foi utilizado de [[1948]] a [[1956]] nas laterais das locomotivas, enquanto o estilo oval foi adotado para sinais de estação em toda a [[Grã-Bretanha]], cada um colorido de acordo com a região BR apropriada, usando a fonte [[Gill Sans]] primeiramente adotada pela [[London and North Eastern Railway|London and North Eastern Railway (LNER)]] em [[1923]].{{sfn|Jackson|2013}} |
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Em [[1956]], a BTC recebeu uma [[realização heráldica]] do [[College of Arms]] e do [[Lord Lyon]]. Então o presidente do BTC, [[Brian Robertson, 1º Barão Robertson de Oakridge|Brian Robertson]], queria um logotipo maior para as ferrovias. A segunda marca corporativa da BR ([[1956]]–[[1965]]), projetada em consulta com [[Charles Franklyn]], adaptou o original, representando um leão desenfreado emergindo de uma coroa heráldica e segurando uma roda raiada, tudo dentro de um círculo com o nome "British Railways" exibido em uma barra de cada lado. Uma variante com o nome em um círculo também foi usada nas locomotivas.{{sfn|Jackson|2013}} |
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File:Lion on Wheel emblem on the side of M79990.jpg|O logo anterior com o [[leão]] |
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File:Train Stations and Trains National Rail Museum (5632693721).jpg|A versão posterior do leão nas locomotivas BR |
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File:British Railways London Midland Region station totem for Liverpool Central Low Level.jpg|Sinalização da estação [[Liverpool Central]] usando o totem em [[art déco]] |
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===Década de 1960=== |
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[[File:British Rail - colour reversed logo.svg|thumb|O tradicional logotipo da British Rail conhecido como ''Double Arrow'' (setas duplas), desenvolvido por [[Gerry Barney]] ([[1965]])]] |
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O zelo pela modernização na era Beeching levou ao próximo exercício de reformulação da marca, e a administração da BR desejou se desfazer dos motivos [[heráldico]]s anacrônicos e desenvolver uma identidade corporativa para rivalizar com a [[London Transport Executive]]. O painel de design da BR montou um grupo de trabalho liderado por [[Milner Gray]], da [[Design Research Unit]]. Eles elaboraram um Manual de Identidade Corporativa que estabeleceu um padrão de marca e design coerente para toda a organização, especificando ''Rail Blue'' e Cinza Pérola como o esquema de cores padrão para todo o [[material rodante]]; [[Rail Alphabet]], fonte sem [[serifa]] projetada por [[Jock Kinneir]] e [[Margaret Calvert]], como o tipo de letra corporativo padrão; e apresentando o agora icônico símbolo de identidade corporativa do logotipo ''Double Arrow''. Projetado por [[Gerry Barney]] (também da DRU), era formado por duas [[flecha]]s entrelaçadas em duas linhas paralelas, simbolizando uma [[ferrovia]] de via dupla. Foi comparado a um raio ou arame farpado, também ganhando o apelido de ''"a flecha da indecisão"''.<ref>{{cite web |url=https://madebysix.wordpress.com/2012/01/05/the-arrow-of-indecision/ |title=The Arrow of Indecision |website=madebysix.wordpress.com |date=5 de Janeiro de 2012 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20170427102214/https://madebysix.wordpress.com/2012/01/05/the-arrow-of-indecision/ |archive-date=27 de Abril de 2017 |language=en |url-status=}}</ref><ref>{{cite web |last=Shannon |first=Paul |title=Blue Diesel Days |work=<!--This webpage is actually a publisher's advert for the book (ISBN 978-0-7110-3225-5), but shows online the usage of the phrase referenced. A link to the book itself might be better in due course...--> |publisher=[[Ian Allan Publishing]] |url=http://www.ianallanpublishing.com/product.php?productid=56658&cat=1027&bestseller=Y |archive-url=https://archive.today/20081201010813/http://www.ianallanpublishing.com/product.php?productid=56658&cat=1027&bestseller=Y |archive-date=1 de Dezembro de 2008 |language=en |access-date=}}</ref> Uma imagem espelhada da seta dupla foi usada a [[bombordo]] das chaminés das [[balsa]]s [[Sealink]], de propriedade da BR. A nova identidade corporativa e a Double Arrow foram lançadas em [[1965]], e a marca da organização foi truncada para "British Rail".{{sfn|Jackson|2013}}{{sfn|Height|Cresswell|1979}} Este agora é empregado como um símbolo genérico em placas de rua na [[Grã-Bretanha]] denotando estações ferroviárias,<ref>{{cite web |title=The Traffic Signs Regulations and General Directions 2002 (SI 2002:3113) |author=Her Majesty's Government |year=2002 |url=http://www.opsi.gov.uk/si/si2002/023113dh.gif |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20090419172250/http://www.opsi.gov.uk/si/si2002/023113dh.gif |archive-date=19 de Abril de 2009 |language=en |url-status=}}</ref> e ainda é impresso em bilhetes de [[trem]] como parte da marca ''National Rail'' gerenciada conjuntamente pelo [[Rail Delivery Group]]. |
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===Pós-década de 1960=== |
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[[File:Livree BR.GIF|thumb|right|upright|[[Libré]]s corporativos]] |
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A uniformidade da marca BR continuou até que o processo de setorização foi introduzido na [[década de 1980]]. Certas operações da BR, como [[InterCity (British Rail)|InterCity]], [[Network SouthEast]], [[Regional Railways]] ou [[Rail Express Systems]] começaram a adotar suas próprias identidades, introduzindo logotipos e esquemas de cores que eram essencialmente variantes da marca British Rail. Eventualmente, como a setorização se transformou em um prelúdio para a [[privatização]], a marca unificada desapareceu, com a notável exceção do ''Double Arrow'', que sobrevive até hoje e serve como uma marca genérica para denotar serviços ferroviários na [[Grã-Bretanha]].{{sfn|Jackson|2013}} O ''Manual de Identidade Corporativa'' da empresa é apontado como um pedaço da história do [[design]] britânico e há planos para sua reedição.<ref>{{cite news |title=Is the British Rail logo a design icon? |url=https://www.bbc.co.uk/news/uk-35144496 |work=BBC News |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20151220132046/http://www.bbc.co.uk/news/uk-35144496 |archive-date=20 de Dezembro de 2015}}</ref> |
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==Rede== |
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===Regiões=== |
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Com sua criação em [[1948]], a British Railways foi dividida em regiões que inicialmente se baseavam nas áreas em que as antigas ''[[Big Four (transporte ferroviário britânico)|Big Four]]'' operavam; posteriormente, várias linhas foram transferidas entre regiões. Notavelmente, estas incluíam as antigas linhas [[Great Central Railway]] que passou do [[Região Leste da British Railway]] para a [[Região Londres Midland da British Railway|Região Londres Midland]], e a [[West of England Main Line]] da [[Região Sul da British Railway|Região Sul]] para a [[Região Oeste da British Railway|Região Oeste]]. |
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* [[Região Sul da British Railways|Região Sul]]: antigas linhas ''Southern Railway''. |
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* [[Região Oeste da British Railways|Região Oeste]]: antigas linhas ''Great Western Railway''. |
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* [[Região Londres Midland da British Railways|Região Londres Midland]]: antigas linhas ''London, Midland and Scottish Railway'', na [[Inglaterra]] e [[País de Gales]]. |
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* [[Região Leste da British Railways|Região Leste]]: antigas linhas ''London and North Eastern Railway'' no sul de [[York]]. |
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* [[Região Anglia da British Railways|Região Anglia]]: separada da Região Leste em [[1988]].<ref>{{cite book |last=Baker |first=Stuart K. |title=Rail Atlas Great Britain & Ireland |edition=5th |year=1988 |orig-year=1977 |publisher=Oxford Publishing Co |location=Yeovil |isbn=0-86093-419-5|page=40 |id=T419 |language=en }}</ref> |
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* [[Região Nordeste da British Railways|Região Nordeste]]: antigas linhas ''London and North Eastern Railway'' na Inglaterra, ao norte de York. |
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* [[Região Escocesa da British Railways|Região Escocesa]]: todas as linhas, independentemente da empresa de origem, na [[Escócia]]. |
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A Região Nordeste foi fundida com a Região Leste em [[1967]]. |
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===Setorização=== |
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[[File:BR InterCity Logo.svg|thumb|right|[[Logotipo]] da [[InterCity (British Rail)|InterCity]] com a [[andorinha]] voando]] |
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[[File:Regional railways logo.svg|thumb|right|Logo da [[Regional Railways]]]] |
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Em [[1982]], as regiões foram abolidas como prestadoras de serviços (mas mantidas para administração) e substituídas por "setores empresariais", um processo conhecido como setorização. |
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Os setores de passageiros foram (no início de [[Década de 1990|1990]]): |
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* [[InterCity (British Rail)|InterCity]] (serviço expresso). |
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** [[Caledonian Sleeper]] (serviços de [[trens]] noturnos, posteriormente transferidos para a [[ScotRail]]). |
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** [[Gatwick Express]] (serviço expresso de/para o [[Aeroporto de Londres Gatwick]]) |
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* [[Network SouthEast]] (serviços [[suburbano]]s de [[Londres]]). |
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* [[Regional Railways]] (serviços regionais). |
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** [[Alphaline]] (adicionado em [[1994]], com serviços regionais expressos aprimorados de passageiros) |
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** [[ScotRail]] (serviços regionais e sub-intermunicipais na [[Escócia]]). |
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** [[First TransPennine Express]] (serviços sub-intermunicipais no Norte). |
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Além disso, os setores sem serviços de passageiros foram: |
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* [[Trainload Freight (British Rail)|Trainload Freight]], recebia os trens de [[frete]] de carga. |
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* [[Railfreight Distribution (British Rail)|Railfreight Distribution]], recebia o frete não-ferroviário. |
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* [[Freightliner Group|Freightliner]], recebia o tráfego intermodal. |
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* [[Rail Express Systems]], recebia o tráfego de encomendas. |
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A manutenção e os trabalhos de [[engenharia]] restantes foram divididos em uma nova empresa, a [[British Rail Engineering Limited|British Rail Maintenance Limited]]. Os novos setores foram subdivididos. |
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Isso encerrou o período azul da BR à medida que novas pinturas foram adotadas gradualmente. As [[Infraestrutura (engenharia)|infraestruturas]] continuaram a ser da responsabilidade das regiões até à iniciativa ''"Organisation for Quality"'' (Organização pela Qualidade) em [[1991]], altura em que também esta foi transferida para os setores. A [[Região Anglia da British Railways|Região Anglia]] foi criada no final de [[1987]], sendo seu primeiro Gerente-Geral John Edmonds, nomeado em 19 de outubro de 1987. A separação total da [[Região Leste da British Railways|Região Leste]] - além das necessidades de projeto de engenharia - ocorreu em 29 de abril de [[1988]]. Ela administrava os serviços de [[London Fenchurch Street]] e [[Estação Liverpool Street|Liverpool Street]], seu limite oeste sendo [[Hertford East (Estação Ferroviária)|Hertford East]], [[Meldreth (Estação Ferroviária)|Meldreth]] e [[Whittlesea (Estação Ferroviária)|Whittlesea]].<ref>{{cite magazine |date=Dezembro de 1987 |editor-last=Slater |editor-first=John |title=Anglia Region created |magazine=[[Railway Magazine]] |location=Cheam |publisher=Prospect Magazines |volume=133 |issue=1040 |language=en |page=758 |issn=0033-8923}}</ref><ref>{{cite magazine |date=Julho de 1988 |editor1-last=Slater |editor1-first=John |title=Anglia takes over |magazine=[[Railway Magazine]] |location=Cheam |publisher=Prospect Magazines |volume=134 |issue=1047 |page=426 |language=en |issn=0033-8923}}</ref> |
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A antiga rede BR, com as rotas troncais da [[West Coast Main Line]], [[East Coast Main Line]], [[Great Western Main Line]], [[Great Eastern Main Line]] e [[Midland Main Line]], entre outras linhas. |
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[[File:British Transport Police at Stratford (7661260732).jpg|thumb|right|170px|Oficiais da [[British Transport Police]] em serviço]] |
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==Segurança== |
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O policiamento da rede foi realizado pela [[British Transport Police]] (BTP). Com a criação da [[British Transport Commission]] (BTC) por meio do [[Transport Act 1947]], que unificou o sistema ferroviário do país, foi criada a [[British Transport Commission Police]] (BTCP) em 1º de janeiro de [[1949]], formada pelas quatro antigas forças policiais ferroviárias, além da [[London Transport Police]], Canal Police e várias forças portuárias menores. Em [[1957]], o inquérito Maxwell-Johnson descobriu que os requisitos de policiamento para a ferrovia não podiam ser atendidos pelas forças civis e que era essencial que uma força especializada fosse mantida. Em 1º de janeiro de [[1962]], a BTCP deixou de cobrir as propriedades da [[British Waterways]] (autoridade de [[navegação]] para a maioria dos [[Canal|canais]], [[rio]]s e [[doca]]s na [[Inglaterra]], [[Escócia]] e [[País de Gales]]).<ref>{{cite web |url=http://www.btp.police.uk/History%20Society/Publications/History%20Society/Constituent%20Force/Canal%20Forces/Sharpness%20Dock%20Police%20%20(1874%201948).htm |archive-url=https://web.archive.org/web/20040614073125/http://www.btp.police.uk/History%20Society/Publications/History%20Society/Constituent%20Force/Canal%20Forces/Sharpness%20Dock%20Police%20%20%281874%201948%29.htm |url-status= |language=en |archive-date=14 de Junho de 2004 |title=Sharpness Dock Police (1874–1948) |website=British Transport Police }}</ref> Exatamente um ano depois, quando a BTC foi abolida, o nome da força foi alterado para British Transport Police. Este nome e seu papel no policiamento da rede ferroviária continuaram após [[1994]], ano de início da [[privatização]] do sistema. |
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==Finanças== |
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Apesar de sua [[nacionalização]] em [[1947]] "como um dos pontos-chave da [[economia]]",<ref>{{cite web |url=http://www.rail.co.uk/british-railway-history/british-railways/ |title=History of Railways in Britain |work=Rail.co.uk |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20151207124639/http://www.rail.co.uk/british-railway-history/british-railways/ |archive-date=7 de Dezembro de 2015 |language=en |url-status=}}</ref> a British Rail não foi lucrativa durante a maior parte<ref>{{cite web |url=http://www.rail.co.uk/british-railway-history/ |title=History of the British Railway |work=Rail.co.uk |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20151128090614/http://www.rail.co.uk/british-railway-history/ |archive-date=28 de Novembro 2015 |language=en |url-status=}}</ref> de sua história.<ref>{{cite book |title=British Railways 1948–73: A Business History |first=T. R. |last=Gourvish |publisher=Cambridge University Press |year=2011 |language=en |isbn=978-0-521-18883-8}}</ref> [[Jornais]] noticiaram que, até a [[década de 1990]], o [[subsídio]] ferroviário público era considerado dentro do cálculo do [[lucro]] da empresa;<ref>{{cite news |url=https://www.independent.co.uk/news/british-rail-profit-figure-masks-doubling-of-subsidy-1589866.html |title=British Rail 'profit' figure masks doubling of subsidy |work=Independent |first=Christian |last=Wolmar |date=23 de Outubro de 2011 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20151231205914/http://www.independent.co.uk/news/british-rail-profit-figure-masks-doubling-of-subsidy-1589866.html |archive-date=31 de Dezembro de 2015 |language=en |url-status=}}</ref> já em [[1961]], a British Railways estava perdendo £300.000 por dia.<ref>{{cite web |url=http://blogs.spectator.co.uk/coffeehouse/2013/03/fifty-years-on-from-beeching-and-britains-railways-are-better-than-ever/ |title=Fifty years on from Beeching and Britain's railways are better than ever |work=The Spectator |first=Sebastian |last=Payne |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20150928193402/http://blogs.spectator.co.uk/coffeehouse/2013/03/fifty-years-on-from-beeching-and-britains-railways-are-better-than-ever/ |archive-date=28 de Setembro de 2015 |language=en |url-status=}}</ref> |
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Embora a [[empresa]] fosse considerada a única opção de [[transporte público]] em muitas [[áreas rurais]], os [[Cortes de Beeching]] tornaram os [[ônibus]] o meio disponível em alguns destes locais.<ref>{{cite journal |url=http://www.jrtr.net/jrtr09/f12_wek.html |title=Railway Services for Rural Areas |first=John |last=Welsby |journal=Japan Railway & Transport Review |issue=9 |pages=12–17 |access-date= |language=en |archive-url=https://web.archive.org/web/20160303233508/http://www.jrtr.net/jrtr09/f12_wek.html |archive-date=3 de Março de 2016 |url-status=}}</ref> Apesar do aumento do [[congestionamento]] do [[Trânsito|tráfego]] e dos [[preço]]s dos [[combustíveis]] rodoviários começando a subir na [[década de 1990]], a British Rail permaneceu sem uma receita positiva. Após a setorização, a [[InterCity (British Rail)|InterCity]] tornou-se não apenas lucrativa, mas também uma das 150 maiores empresas da [[Grã-Bretanha]], fornecendo viagens de [[Centro urbano|centro]] a centro de cidade em todo o país, de [[Aberdeen]] e [[Inverness]], no norte, a [[Poole]] e [[Penzance]], no sul.<ref>{{cite news |url=http://www.railstaff.uk/2013/12/19/the-fall-and-rise-of-britains-railways-3/ |title=The fall and rise of Britain's railways |work=[[Railnews|Rail Staff News]] |date=19 de Dezembro de 2013 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20161111193714/http://www.railstaff.uk/2013/12/19/the-fall-and-rise-of-britains-railways-3/ |archive-date=11 de Novembro de 2016 |language=en |url-status=}}</ref> |
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===Investimentos=== |
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Em [[1979]], o novo governo [[Partido Conservador (Reino Unido)|Conservador]] liderado por [[Margaret Thatcher]] era visto como antiferroviário, não querendo comprometer verba pública com as ferrovias. No entanto, a British Rail foi autorizada a gastar seu próprio dinheiro com a aprovação do governo. Isso levou a uma série de projetos de [[eletrificação]] sendo aprovados, incluindo a [[East Coast Main Line]], o [[Ramal ferroviário|ramal]] da [[Doncaster (Estação Ferroviária)|estação de Doncaster]] para [[Leeds (Estação Ferroviária)|Leeds]], e as linhas em [[East Anglia]] saindo de [[London Liverpool Street]] para [[Norwich (Estação Ferroviária)|Norwich]] e [[King's Lynn (Estação Ferroviária)|King's Lynn]]. |
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[[File:GBR rail passengers by year 1830-2023.png|thumb|350px|alt=Line graph|Uso ferroviário de passageiros na [[Grã-Bretanha]], [[1830]]-[[2021]]]] |
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[[File:UK total rail subsidies 1986-2015.png|thumb|[[Subsídio]] ferroviário do [[Reino Unido]] entre [[1985]] e [[2015]], mostrando o enorme aumento após o [[Acidente ferroviário de Hatfield|desastre de Hatfield]], em [[2000]]]] |
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A lista com datas aproximadas de conclusão inclui: |
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*[[Estação St Pancras|St Pancras]] – [[Bedford (Estação Ferroviária)|Bedford]] 1981–83 |
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*[[Rock Ferry (Estação Ferroviária)|Rock Ferry]] – [[Hooton (Estação Ferroviária)|Hooton]] 1985 |
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*[[Hitchin (Estação Ferroviária)|Hitchin]] – [[Leeds (Estação Ferroviária)|Leeds]] 1985–88 |
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*[[Colchester (Estação Ferroviária)|Colchester]] – [[Norwich (Estação Ferroviária)|Norwich]] 1986 |
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*[[Bishops Stortford (Estação Ferroviária)|Bishops Stortford]] – [[Cambridge (Estação Ferroviária)|Cambridge]] 1987 |
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*[[Estação de Watford Junction|Watford Junction]] – [[St Albans Abbey]] 1988 |
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*[[Royston (Estação Ferroviária)|Royston]] – Cambridge 1988 |
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*[[Snow Hill Tunnel (Estação Ferroviária de Londres)|Snow Hill Tunnel (Londres)]] como parte do projeto [[Thameslink]] 1988 |
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*[[Doncaster (Estação Ferroviária)|Doncaster]] – [[York (Estação Ferroviária)|York]] 1989 |
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*[[Airdrie (Estação Ferroviária)|Airdrie]] – [[Drumgelloch (Estação Ferroviária)|Drumgelloch]] 1989 |
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*York – [[Estação Edinburgh Waverley|Edinburgh Waverley]] 1991 |
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*[[Carstairs (Estação Ferroviária)|Carstairs]] – Edinburgh Waverley 1991 |
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*Cambridge – [[King's Lynn (Estação Ferroviária)|King's Lynn]] 1992 |
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*Hooton – [[Ellesmere Port (Estação Ferroviária)|Ellesmere Port]] e [[Chester (Estação Ferroviária)|Chester]] 1993–94 |
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*[[Estação Paddington (Londres)|Paddington (Londres)]] – [[Heathrow Terminal 4 (Estação Ferroviária)|Heathrow Terminal 4]] 1993–98 |
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*Leeds e [[Bradford Forster Square]] – [[Skipton (Estação Ferroviária)|Skipton]] e [[Ilkley (Estação Ferroviária)|Ilkley]] 1994 |
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No sudoeste, a [[South West Main Line]] de [[Bournemouth]] a [[Weymouth (Dorset)|Weymouth]] foi eletrificada junto com outra eletrificação do terceiro trilho de 750 V DC no sul. Em [[1988]], a linha para [[Aberdare]] foi reaberta. Um anúncio da British Rail apresentava algumas das estruturas ferroviárias mais conhecidas da Grã-Bretanha, incluindo a [[Forth Rail Bridge]], [[Royal Albert Bridge]], [[Viaduto Glenfinnan]] e a estação [[London Paddington]].<ref>{{cite AV media |url=https://www.youtube.com/watch?v=EsyyJaX0j3Y |title=Britain's Railway Advert 16:9 HD |date=31 de Agosto de 2011 |via=YouTube |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20150522030634/https://www.youtube.com/watch?v=EsyyJaX0j3Y |archive-date=22 de Maio de 2015 |language=en |url-status=}}</ref> A estação [[Liverpool Street]] foi reconstruída e reinaugurada pela [[rainha Elizabeth II]], e uma nova estação foi construída no [[Aeroporto de Stansted]] em [[1991]]. No ano seguinte, a [[Maesteg Line]] foi reaberta. Em [[1988]], a [[Windsor Link Line]] foi construída em [[Manchester]] e provou ser uma importante peça de infraestrutura.<ref>{{cite magazine |title=Bridge completes Windsor Link |magazine=Railway Magazine |issue=1046 |date=Junho de 1988 |language=en |page=350 }}</ref> |
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===Bilhete APTIS=== |
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[[File:Annotated APTIS.jpg|thumb|left|320px|Um bilhete [[APTIS]] de [[1996]], para viajar de [[Leamington Spa]] para [[Bradford-on-Avon]]]] |
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Antes da introdução do [[APTIS]] ([[sigla]] em [[Língua inglesa|inglês]] para ''Sistema de Emissão de Bilhetes de Passageiros e Contabilidade''), a British Rail usava o [[bilhete ferroviário Edmondson]], introduzido pela primeira vez na [[década de 1840]] e eliminado no início dos [[anos 1970]]. Os bilhetes emitidos pelo sistema APTIS tinham uma quantidade considerável de informações apresentadas em um formato padrão e consistente. Este formato formou a base para todos os sistemas de emissão de tickets subsequentes introduzidos na rede ferroviária britânica. O APTIS sobreviveu em uso generalizado por vinte anos mas, no início dos [[anos 2000]], foi amplamente substituído por sistemas de bilhética mais modernos. Algumas máquinas deste sistema na área da [[Grande Londres]] foram modificadas como APTIS-ANT (sem diferenças óbvias para o bilhete emitido) para torná-los compatíveis com o [[cartão Oyster]].<ref>Ticketing: APTIS replacement takes shape ''Modern Railways'' issue 631 April 2001 pages 37-42</ref> As últimas máquinas APTIS foram removidas no final de [[2006]], pois não havia opção de atualizá-las para aceitar pagamentos com [[cartão de crédito]] com [[chip]] e [[Número de identificação pessoal|PIN]]. A última emissão de um bilhete APTIS-ANT no [[Reino Unido]] usando uma das máquinas foi na [[Upminster (Metropolitano de Londres)|estação de Upminster]] em 21 de março de [[2007]].<ref name="Rail563">An apt end for BR's APTIS ''[[Rail (magazine)|Rail]]'' issue 563 11 April 2007 page 14</ref><ref>[https://web.archive.org/web/20080724185058/http://www.c2c-online.co.uk/latest_updates/news/last_call_for_ticket_work_horse Last call for ticket work horse] [[c2c]] 23 March 2007</ref><ref>Last APTIS ticket sold ''[[Today's Railways UK]]'' issue 66 June 2007 page 11</ref> |
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[[File:Aptis ProStation.jpg|thumb|right|200px|''APTIS ProStation'', uma atualização experimental para o sistema de emissão de bilhetes APTIS, em [[1996]]]] |
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Anteriormente à [[privatização]] da rede ferroviária, a British Rail introduziu vários cartões de desconto por meio do APTIS, que estavam disponíveis para determinados grupos demográficos, emitidos por esquemas nacionais ou regionais: |
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*[[16–25 Railcard]], cartão anual que dá descontos em certos tipos de passagens ferroviárias, disponível para qualquer pessoa com idade entre 16 e 25 anos e alguns [[estudante]]s [[adulto]]s acima dessa [[faixa etária]]; |
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*[[Network Railcard]], destinado a incentivar as viagens ferroviárias de [[lazer]], oferecendo descontos para adultos e [[criança]]s acompanhantes nas mais variadas tarifas fora dos [[horários de pico]], tendo sido introduzido em [[1986]], após a criação do setor [[Network SouthEast]] da BR em partes do [[sul da Inglaterra]]; |
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*[[Disabled Persons Railcard]], esquema tarifário que oferece aos passageiros com [[Deficiência|necessidades especiais]] benefícios na rede ferroviária nacional, incluindo um desconto de 1/3 nas [[tarifa]]s. Foi introduzido em [[1981]] para coincidir com [[Ano Internacional das Pessoas Deficientes]]; |
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*[[Senior Railcard]], cartão anual introduzido em [[1970]], disponível para pessoas com 60 anos ou mais, oferecendo descontos em certos tipos de bilhetes ferroviários. |
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===Privatização=== |
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Em [[1989]], a [[Vale of Rheidol Railway]], uma [[ferrovia]] de [[bitola]] estreita, tornou-se a primeira parte da British Rail a ser privatizada. Entre [[1994]] e [[1997]], a BR como um todo passou pelo processo de [[privatização]].<ref>{{cite web |url=http://www.railwaysarchive.co.uk/docSummary.php?docID=12 |title=Railways Act 1993 |author=Her Majesty's Government |year=1903 |via=The Railways Archive |publisher=Her Majesty's Stationery Office |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20060520015332/http://www.railwaysarchive.co.uk/docSummary.php?docID=12 |archive-date=20 de Maio de 2006 |language=en|url-status= }}</ref> A propriedade dos [[trilho]]s e da [[Infraestrutura (engenharia)|infraestrutura]] passou para as mãos da [[Railtrack]] em 1º de abril de [[1994]]. As operações de passageiros foram posteriormente franqueadas a 25 [[Companhia ferroviária|operadoras]] do [[setor privado]]. Das seis empresas de [[frete]], cinco foram vendidas à [[multinacional]] [[canadense]] [[Wisconsin Central Ltd.]] para formar a EWS, enquanto a [[Freightliner]] foi vendida em uma [[operação de compra]] pela administração.<ref>{{cite web |url=http://www.ews-railway.co.uk/about/history.html |title=EWS Railway—Company History |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20060930234359/http://www.ews-railway.co.uk/about/history.html <!-- Bot retrieved archive --> |archive-date=30 de Setembro de 2006 |language=en}}</ref> |
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A [[Waterloo & City Line]], parte da [[Network SouthEast]], não foi incluída na privatização e foi transferida para o [[metrô de Londres]] em abril de 1994.<ref>{{cite magazine |title=LUL to take over the Drain |magazine=[[Modern Railways]] |issue=547 |date=Abril de 1994 |language=en |page=201 }}</ref> As obrigações remanescentes da British Rail foram transferidas para a [[BRB (Residuary) Limited]]. |
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A privatização, proposta pelo governo [[Partido Conservador (Reino Unido)|Conservador]] de [[John Major]] em [[1992]], teve a oposição do [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]] e dos [[sindicato]]s ferroviários. Embora os Trabalhistas, inicialmente, propusessem reverter o processo,<ref>{{cite news |url=https://www.independent.co.uk/news/uk/blair-softpedals-over-reversing-br-privatisation-1567308.html |title=Blair soft-pedals over reversing BR privatisation |first=Donald |last=Macintyre |date=10 de Janeiro de 1995 |newspaper=The Independent |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20150925155237/http://www.independent.co.uk/news/uk/blair-softpedals-over-reversing-br-privatisation-1567308.html |archive-date=25 de Setembro de 2015 |language=en |url-status=}}</ref> o manifesto do [[Novo Trabalhismo]] de [[1997]] se opôs aos planos conservadores de privatizar o metrô de Londres.<ref>{{cite web |url=http://www.labour-party.org.uk/manifestos/1997/1997-labour-manifesto.shtml |archive-url=https://web.archive.org/web/20020821164207/http://www.labour-party.org.uk/manifestos/1997/1997-labour-manifesto.shtml |url-status= |archive-date=21 de Agosto de 2002 |at=Railways |title=Labour Party Manifesto |year=1997 |work=labour-party.org.uk (website unaffiliated with the official Labour Party)|language=en}}</ref> Os sindicatos ferroviários historicamente se opuseram à privatização, mas Lew Adams, ex- secretário geral da ''Associated Society of Locomotive Engineers and Firemen'', entidade representativa de [[engenheiro]]s e [[bombeiro]]s ferroviários, passou a trabalhar para o [[Virgin Rail Group]] e mudou de posição, afirmando em entrevista a um [[programa de rádio]] em [[2004]]: "Todo o tempo que foi no setor público, tudo o que conseguimos foram cortes, cortes, cortes. E hoje há mais membros no sindicato, mais [[maquinista]]s e mais [[trens]] circulando. A realidade é que funcionou, protegemos [[emprego]]s e conseguimos mais empregos."<ref>{{cite web |url=http://www.pppcouncil.ca/pdf/cknw.pdf |archive-url=https://web.archive.org/web/20130625153929/http://pppcouncil.ca/pdf/cknw.pdf |archive-date=25 de Junho de 2013 |title=TRANSCRIPT FROM THE BILL GOOD SHOW, CKNW RADIO, VANCOUVER – Interview with Lew Adams, Board Member, Strategic Rail Authority, UK |date=26 de Novembro de 2004 |publisher=Canadian Council for Public-Private Partnerships website |type=transcript |language=en |url-status=}}</ref><ref name="Virgin1">{{cite news |url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/the_company_file/196210.stm |title=Union boss hops on board Virgin |work=BBC News |date=19 de Outubro de 1998 |access-date= |archive-url=https://web.archive.org/web/20170831121820/http://news.bbc.co.uk/1/hi/business/the_company_file/196210.stm |archive-date=31 de Agosto de 2017 |language=en |url-status=}}</ref> |
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O processo de privatização começou quando os setores de passageiros da BR foram divididos em 25 [[franquia]]s paralelas<ref>{{cite web |url= http://www.parliament.uk/briefingpapers/commons/lib/research/briefings/snbt-01157.pdf |title= Railways: privatisation, 1987-1996 |access-date= |publisher= House of Commons Library |date=18 de Março de 2010 |url-status= |language=en |archive-url= https://web.archive.org/web/20101013201522/http://www.parliament.uk/briefingpapers/commons/lib/research/briefings/snbt-01157.pdf |archive-date=13 de Outubro de 2010 }}</ref> – estas eram operadoras de propriedade pública que operavam nas áreas de franquia planejadas antes de as franquias reais serem licitadas: |
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Como a British Railways era uma operação tão grande, operando não apenas ferrovias, mas também [[balsa]]s, [[navios a vapor]] e [[hotéis]], considerou-se difícil analisar os efeitos da [[nacionalização]].<ref>{{cite book |last=Boocokc |first=Colin |title=Spotlight on BR: British Railways 1948–1998 Success or Disaster? |language=en |year=1998 |isbn=978-0-906899-98-4}}</ref> Os [[preços]] subiram rapidamente neste período, subindo 108% em termos reais de [[1979]] a [[1994]].<ref>{{cite book |title=British Rail 1974–1997: From Integration to Privatisation |last=Gourvish |first=Terry |page=277}}</ref> |
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Transporte ferroviário no Reino Unido (en) |
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British Railways (BR), à partir de 1965 apresentada comercialmente como British Rail, foi uma empresa estatal que operou a maior parte do sistema de transporte ferroviário terrestre na Grã-Bretanha entre 1948 e 1997. Foi formada a partir da nacionalização das chamadas Big Four (as quatro grandes companhias ferroviárias britânicas), e privatizada em etapas entre 1994 e 1997. Originalmente uma marca comercial do Executivo Ferroviário da British Transport Commission, tornou-se uma corporação estatutária independente em janeiro de 1963, quando foi formalmente renomeada como British Railways Board (BRB)[1]
O período de nacionalização viu mudanças radicais no sistema. Deu-se início a um processo de dieselização e eletrificação. Em 1968, as locomotivas a vapor foram totalmente substituídas por tração a diesel e elétrica, exceto pela Vale of Rheidol Railway (uma linha turística de bitola estreita). Os passageiros substituíram o frete como a principal fonte de negócios e um terço da rede foi fechada pelos cortes do Beeching Axe da década de 1960 em um esforço para reduzir os subsídios do setor.
Com a privatização, a responsabilidade pela via, sinalização e estações foi transferida para a Railtrack (posteriormente colocada sob controle público como Network Rail), com serviços administrados por empresas operadoras de trens. O tradicional logotipo, conhecido como Double Arrow (setas duplas) permaneceu e agora é empregado como um símbolo genérico na sinalização urbana da Grã-Bretanha, denotando estações ferroviárias.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Nacionalização em 1948
[editar | editar código-fonte]O sistema de transporte ferroviário na Grã-Bretanha desenvolveu-se durante o século XIX. Após o agrupamento de 1923 sob o Railway Act 1921, havia quatro grandes companhias ferroviárias, as chamadas Big Four, cada uma dominando sua própria área geográfica: a Great Western Railway (GWR), a London, Midland and Scottish Railway (LMS), a London and North Eastern Railway (LNER) e Southern Railway (SR). Durante a Primeira Guerra Mundial, as ferrovias estavam sob controle do estado, o que perdurou até 1921. A nacionalização completa havia sido considerada e o Railway Act 1921[3] às vezes é considerado um precursor disso, mas o conceito foi rejeitado. A nacionalização foi posteriormente realizada após a Segunda Guerra Mundial, sob a Transport Act 1947. Essa lei previa a estatização da rede como parte de uma política de nacionalização dos serviços públicos do governo trabalhista de Clement Attlee. A British Railways surgiu como o nome comercial do Executivo Ferroviário da British Transport Commission (BTC) em 1º de janeiro de 1948, quando assumiu os ativos das Big Four.[4]
Havia também ferrovias conjuntas entre as Quatro Grandes e algumas ferrovias leves a serem consideradas. Foram excluídas da nacionalização linhas industriais como a Oxfordshire Ironstone Railway. O London Underground, serviço de metrô da capital inglesa – de propriedade pública desde 1933 – também foi nacionalizado, tornando-se o London Transport Executive, parte da British Transport Commission. A Bicester Military Railway já era administrada pelo governo. O serviço elétrico Liverpool Overhead Railway foi outro excluído da nacionalização.[5]
O Executivo Ferroviário estava consciente de que algumas linhas da rede (então muito densa) não eram lucrativas e difíceis de justificar socialmente, e um programa de fechamentos começou quase imediatamente após a nacionalização. No entanto, a posição financeira geral da BR tornou-se gradualmente pior até que uma perda operacional foi registrada em 1955. O próprio Executivo foi abolido em 1953 pelo governo conservador e o controle da BR transferido para a Comissão-mãe. Outras mudanças na British Transport Commission, ao mesmo tempo, incluíram o retorno do transporte rodoviário ao setor privado; no entanto, a BR manteve seu próprio (menor) serviço rodoviário interno.
Plano de Modernização de 1955
[editar | editar código-fonte]O relatório, posteriormente conhecido como Modernisation Plan (Plano de Modernização),[6] foi publicado em janeiro de 1955. Pretendia trazer o sistema ferroviário para o século XX. Um Livro Branco do governo britânico, produzido em 1956, afirmava que a modernização ajudaria a eliminar o déficit financeiro da BR até 1962. No entanto, os números tanto deste quanto do plano original foram produzidos por razões políticas e não com base em análises detalhadas[7] O objetivo era aumentar a velocidade, confiabilidade, segurança e capacidade das linhas por meio de uma série de medidas que tornariam os serviços mais atraentes para passageiros e operadores de carga, recuperando assim o tráfego perdido para as estradas.
Importantes áreas incluem:
- Eletrificação das linhas principais, na Região Leste, Kent, Birmingham para Liverpool/Manchester e Escócia Central;
- Dieselização em grande escala para substituir as locomotivas a vapor;
- Novo material rodante de passageiros e mercadorias;
- Resinalização e acompanhamento de renovações;
- Pátios de triagem modernos;
- O fechamento de um número não especificado, mas relativamente pequeno, de linhas.
O governo parecia endossar o programa de 1955 (que custou £1,2 bilhão), mas o fez principalmente por razões políticas.[7] Isso incluiu a retirada da tração a vapor e sua substituição por locomotivas a diesel (e algumas elétricas). Nem todas as modernizações seriam eficazes na redução de custos. O programa de dieselização concedeu contratos principalmente a fornecedores britânicos, que tinham experiência limitada na fabricação de locomotivas a diesel e apressaram o comissionamento com base na expectativa de eletrificação rápida; isso resultou em um número de locomotivas com projetos ruins e falta de padronização. Ao mesmo tempo, o frete conteinerizado estava sendo desenvolvido. O programa de construção do pátio de triagem foi um fracasso, baseado na crença na viabilidade contínua do tráfego de vagões em face da competição rodoviária, cada vez mais efetiva, e na falta de planejamento antecipado eficaz ou avaliações realistas do frete futuro.[8] Um documentário de 2002 transmitido pela BBC Radio 4 culpou as decisões da década de 1950 pela condição "atribulada" do sistema ferroviário da época.[9]
Os relatórios de Beeching
[editar | editar código-fonte]No final da década de 1950, as finanças das ferrovias continuaram a piorar; enquanto o número de passageiros cresceu após a restauração de muitos serviços que haviam sido reduzidos durante a Segunda Guerra, em 1959 o governo interveio, limitando a quantia que o British Transport Commission poderia gastar sem autoridade ministerial. Um Livro Branco propondo a reorganização foi publicado no ano seguinte, e uma nova estrutura entrou em vigor com a Transport Act 1962.[10] Isso aboliu o BTC e o substituiu por vários conselhos separados, incluindo o British Railways Board, que entrou em vigor em 1º de janeiro de 1963.[11] Após discussões semi-secretas sobre as finanças ferroviárias pelo Comitê Stedeford, nomeado pelo governo em 1961, um de seus membros, o Dr. Richard Beeching, foi convidado para o cargo de presidente do BTC, permanecendo enquanto este durou, e depois tornando-se o primeiro presidente do British Railways Board.[12]
Um grande censo de tráfego em abril de 1961, que durou uma semana, foi usado na compilação de um relatório sobre o futuro da rede. Este relatório, batizado The Reshaping of British Railways, foi publicado pelo BRB em março de 1963.[13][14] Beeching apresentou alguns números terríveis: Um terço da rede transportava apenas 1% do tráfego. Dos 18.000 vagões de passageiros, 6.000 foram usados apenas 18 vezes por ano ou menos. Embora mantê-los custasse entre £3 milhões e £4 milhões por ano, eles faturavam apenas cerca de £0,5 milhão. As propostas trazidas, que ficaram conhecidas como os Cortes de Beeching (Beeching Cuts), foram igualmente dramáticas. Um terço de todos os serviços de passageiros e mais de 4.000 das 7.000 estações seriam fechadas.[15]
A maioria dos fechamentos foi realizada entre 1963 e 1970 (incluindo alguns que não haviam sido listados no relatório), enquanto outros sugeridos não foram efetuados. Tais fechamentos foram duramente criticados à época.[16] Um pequeno número de estações e linhas fechadas sob o programa de Beeching foram reabertas, com outras novas reaberturas propostas.[17]
Um segundo relatório de Beeching, "The Development of the Major Trunk Routes", foi publicado em 1965.[18] Este não recomendou fechamentos como o anterior, mas delineou uma "rede para o desenvolvimento". O destino do resto da rede não foi discutido no relatório.
Pós-Beeching
[editar | editar código-fonte]A base para calcular as tarifas de passageiros mudou em 1964. No futuro, as tarifas em algumas rotas - como as rurais, de férias e serviços de transporte regional - seriam fixadas em um nível mais alto do que em outras; anteriormente, elas eram calculadas usando uma taxa simples para a distância percorrida, que na época era de 3 pennies por milha na segunda classe e 4,5 pennies por milha na primeira classe[19] (equivalente a £0,27 e £0,4, respectivamente, em 2021).
Em 1966, uma política racista de recrutamento de guardas na Estação Euston conhecida como "Whites only" (somente brancos), acordada entre o sindicato local e a administração da estação,[20][21] foi abandonada após o caso de Asquith Xavier, um migrante de Dominica que teve sua promoção recusada nesses fundamentos, ser levantado no Parlamento Britânico e assumido pela então Secretária de Estado dos Transportes, Bárbara Castle.[22]
Os níveis de passageiros diminuíram constantemente de 1962 até o final dos anos 1970,[23] e atingiram um nível baixo em 1982.[24] As melhorias na rede incluíram a conclusão da eletrificação da Great Eastern Main Line, de Londres a Norwich, entre 1976 e 1986, e da East Coast Main Line, da capital inglesa até Edimburgo, na Escócia, entre 1985 e 1990. Um fechamento de rota principal durante este período de relativa estabilidade da rede foi a da linha eletrificada Woodhead Line, entre Manchester e Sheffield: o serviço de passageiros cessou em 1970 e o de mercadorias em 1981.
As décadas de 1980 e 1990 viram o fechamento de algumas ferrovias que sobreviveram aos Cortes de Beeching uma geração antes, mas que viram os serviços de passageiros serem retirados. Isso incluiu a maior parte da Chester and Connah's Quay Railway em 1992, a seção de Brierley Hill a Walsall da South Staffordshire Line em 1993, enquanto a seção de Birmingham a Wolverhampton da Great Western Railway foi fechada em três fases entre 1972 e 1992.
Um outro relatório da British Rail, este confeccionado por um comitê presidido por Sir David Serpell, foi publicado em 1983. O Relatório Serpell não fez recomendações como tal, mas estabeleceu várias opções para a rede, incluindo, em seu extremo, um sistema esquelético de menos de 2.000 km de rotas (1.240 milhas). Este relatório não foi bem recebido e o governo decidiu, discretamente, deixá-lo na prateleira. Enquanto isso, a BR foi gradualmente reorganizada, com a estrutura regional sendo finalmente abolida e substituída por setores liderados por empresas. Esse processo, conhecido como "setorização", levou a um foco muito maior do cliente nos setores dedicados.
Transport Act 1968
[editar | editar código-fonte]Após a eleição do Partido Trabalhista nas eleições gerais britânicas de 1964, em uma plataforma de revisão de muitos dos cortes, Tom Fraser autorizou o fechamento de 1.071 milhas de linhas ferroviárias, seguindo as recomendações do Relatório Beeching.[25] Depois que ele renunciou em 1967, sua substituta, Barbara Castle, continuou a política de fechamento de linhas e estações, mas introduziu os primeiros subsídios ferroviários do governo para ferrovias socialmente necessárias, mas não lucrativas, na Transport Act 1968. Parte dessas disposições foi a criação de um Executivo de Transporte de Passageiros (em inglês, Passenger Transport Executive ou PTE) em áreas metropolitanas maiores. Antes disso, o transporte público era administrado por autoridades locais individuais e empresas privadas, com pouca coordenação. Os PTEs assumiram a responsabilidade (mas não a propriedade) da gestão das redes ferroviárias locais.
A legislação de 1968 criou cinco novos órgãos. Estes foram:
- West Midlands Passenger Transport Executive, em 1 de Outubro de 1969;
- Greater Manchester Passenger Transport Executive (South East Lancashire & North East Cheshire), em 1º de 1969 (agora Greater Manchester)
- Merseytravel, em 1º de Dezembro de 1969 (agora Liverpool City Region)
- Tyneside Passenger Transport Executive, em 1º de Janeiro de 1970 (agora Tyne and Wear)
- Strathclyde Partnership for Transport, em 1º de Junho de 1973 (agora Strathclyde)
Esta foi a primeira subdivisão real da BR desde a sua criação em 1949 e, provavelmente, salvou muitas linhas destinadas ao fechamento, notadamente a Liverpool, Crosby and Southport Railway, que agora faz parte da rede Merseyrail.
Setorização
[editar | editar código-fonte]Com a setorização ocorrida em 1982, foram criados três setores de passageiros: o InterCity, operando os principais serviços expressos; London & South East (rebatizada de Network SouthEast em 1986), operando serviços de transporte regional na área de Londres; Provincial (rebatizado Regional Railways em 1989), responsável por todos os outros serviços de passageiros. Nos condados metropolitanos, os serviços locais eram administrados pelos PTE's. A Provincial foi o mais subsidiado (passageiro/km) dos três setores; na formação, seus custos eram quatro vezes maiores que sua receita.[26]
Como a British Railways era uma operação tão grande, operando não apenas ferrovias, mas também balsas, navios a vapor e hotéis, considerou-se difícil analisar os efeitos da nacionalização.[27] Os preços subiram rapidamente neste período, subindo 108% em termos reais de 1979 a 1994.[28]
Marca
[editar | editar código-fonte]Pré-1960
[editar | editar código-fonte]Após a nacionalização de 1948, a British Railways começou a adaptar as cores corporativas no material rodante que herdou de suas empresas ferroviárias predecessoras. Inicialmente, um azul expresso (seguido pelo verde Brunswick da Great Western Railway, em 1952) foi usado em locomotivas de passageiros, e o estilo London and North Western Railway (LNWR) forrado de preto para locomotivas de tráfego misto, com o verde sendo mais amplamente adotado posteriormente.[29][30]
O desenvolvimento de uma identidade corporativa para a organização foi dificultado pelas ambições concorrentes da British Transport Commission (BTC) e do Railway Executive. Este último tentou introduzir um logotipo moderno e curvo no estilo Art Déco, que também pudesse servir de padrão para os totens de sinalização das estações. A BR acabou adotando a marca comum da BTC (um leão montado em uma roda raiada, projetado por Cecil Thomas) como seu primeiro logotipo corporativo; na barra sobreposta à roda da marca, o nome da BTC foi substituído pelas palavras "British Railways". Este logotipo, apelidado de "Cycling Lion", foi utilizado de 1948 a 1956 nas laterais das locomotivas, enquanto o estilo oval foi adotado para sinais de estação em toda a Grã-Bretanha, cada um colorido de acordo com a região BR apropriada, usando a fonte Gill Sans primeiramente adotada pela London and North Eastern Railway (LNER) em 1923.[31]
Em 1956, a BTC recebeu uma realização heráldica do College of Arms e do Lord Lyon. Então o presidente do BTC, Brian Robertson, queria um logotipo maior para as ferrovias. A segunda marca corporativa da BR (1956–1965), projetada em consulta com Charles Franklyn, adaptou o original, representando um leão desenfreado emergindo de uma coroa heráldica e segurando uma roda raiada, tudo dentro de um círculo com o nome "British Railways" exibido em uma barra de cada lado. Uma variante com o nome em um círculo também foi usada nas locomotivas.[31]
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O logo anterior com o leão
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A versão posterior do leão nas locomotivas BR
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Sinalização da estação Liverpool Central usando o totem em art déco
Década de 1960
[editar | editar código-fonte]O zelo pela modernização na era Beeching levou ao próximo exercício de reformulação da marca, e a administração da BR desejou se desfazer dos motivos heráldicos anacrônicos e desenvolver uma identidade corporativa para rivalizar com a London Transport Executive. O painel de design da BR montou um grupo de trabalho liderado por Milner Gray, da Design Research Unit. Eles elaboraram um Manual de Identidade Corporativa que estabeleceu um padrão de marca e design coerente para toda a organização, especificando Rail Blue e Cinza Pérola como o esquema de cores padrão para todo o material rodante; Rail Alphabet, fonte sem serifa projetada por Jock Kinneir e Margaret Calvert, como o tipo de letra corporativo padrão; e apresentando o agora icônico símbolo de identidade corporativa do logotipo Double Arrow. Projetado por Gerry Barney (também da DRU), era formado por duas flechas entrelaçadas em duas linhas paralelas, simbolizando uma ferrovia de via dupla. Foi comparado a um raio ou arame farpado, também ganhando o apelido de "a flecha da indecisão".[32][33] Uma imagem espelhada da seta dupla foi usada a bombordo das chaminés das balsas Sealink, de propriedade da BR. A nova identidade corporativa e a Double Arrow foram lançadas em 1965, e a marca da organização foi truncada para "British Rail".[31][30] Este agora é empregado como um símbolo genérico em placas de rua na Grã-Bretanha denotando estações ferroviárias,[34] e ainda é impresso em bilhetes de trem como parte da marca National Rail gerenciada conjuntamente pelo Rail Delivery Group.
Pós-década de 1960
[editar | editar código-fonte]A uniformidade da marca BR continuou até que o processo de setorização foi introduzido na década de 1980. Certas operações da BR, como InterCity, Network SouthEast, Regional Railways ou Rail Express Systems começaram a adotar suas próprias identidades, introduzindo logotipos e esquemas de cores que eram essencialmente variantes da marca British Rail. Eventualmente, como a setorização se transformou em um prelúdio para a privatização, a marca unificada desapareceu, com a notável exceção do Double Arrow, que sobrevive até hoje e serve como uma marca genérica para denotar serviços ferroviários na Grã-Bretanha.[31] O Manual de Identidade Corporativa da empresa é apontado como um pedaço da história do design britânico e há planos para sua reedição.[35]
Rede
[editar | editar código-fonte]Regiões
[editar | editar código-fonte]Com sua criação em 1948, a British Railways foi dividida em regiões que inicialmente se baseavam nas áreas em que as antigas Big Four operavam; posteriormente, várias linhas foram transferidas entre regiões. Notavelmente, estas incluíam as antigas linhas Great Central Railway que passou do Região Leste da British Railway para a Região Londres Midland, e a West of England Main Line da Região Sul para a Região Oeste.
- Região Sul: antigas linhas Southern Railway.
- Região Oeste: antigas linhas Great Western Railway.
- Região Londres Midland: antigas linhas London, Midland and Scottish Railway, na Inglaterra e País de Gales.
- Região Leste: antigas linhas London and North Eastern Railway no sul de York.
- Região Anglia: separada da Região Leste em 1988.[36]
- Região Nordeste: antigas linhas London and North Eastern Railway na Inglaterra, ao norte de York.
- Região Escocesa: todas as linhas, independentemente da empresa de origem, na Escócia.
A Região Nordeste foi fundida com a Região Leste em 1967.
Setorização
[editar | editar código-fonte]Em 1982, as regiões foram abolidas como prestadoras de serviços (mas mantidas para administração) e substituídas por "setores empresariais", um processo conhecido como setorização.
Os setores de passageiros foram (no início de 1990):
- InterCity (serviço expresso).
- Caledonian Sleeper (serviços de trens noturnos, posteriormente transferidos para a ScotRail).
- Gatwick Express (serviço expresso de/para o Aeroporto de Londres Gatwick)
- Network SouthEast (serviços suburbanos de Londres).
- Regional Railways (serviços regionais).
- Alphaline (adicionado em 1994, com serviços regionais expressos aprimorados de passageiros)
- ScotRail (serviços regionais e sub-intermunicipais na Escócia).
- First TransPennine Express (serviços sub-intermunicipais no Norte).
Além disso, os setores sem serviços de passageiros foram:
- Trainload Freight, recebia os trens de frete de carga.
- Railfreight Distribution, recebia o frete não-ferroviário.
- Freightliner, recebia o tráfego intermodal.
- Rail Express Systems, recebia o tráfego de encomendas.
A manutenção e os trabalhos de engenharia restantes foram divididos em uma nova empresa, a British Rail Maintenance Limited. Os novos setores foram subdivididos.
Isso encerrou o período azul da BR à medida que novas pinturas foram adotadas gradualmente. As infraestruturas continuaram a ser da responsabilidade das regiões até à iniciativa "Organisation for Quality" (Organização pela Qualidade) em 1991, altura em que também esta foi transferida para os setores. A Região Anglia foi criada no final de 1987, sendo seu primeiro Gerente-Geral John Edmonds, nomeado em 19 de outubro de 1987. A separação total da Região Leste - além das necessidades de projeto de engenharia - ocorreu em 29 de abril de 1988. Ela administrava os serviços de London Fenchurch Street e Liverpool Street, seu limite oeste sendo Hertford East, Meldreth e Whittlesea.[37][38]
A antiga rede BR, com as rotas troncais da West Coast Main Line, East Coast Main Line, Great Western Main Line, Great Eastern Main Line e Midland Main Line, entre outras linhas.
Segurança
[editar | editar código-fonte]O policiamento da rede foi realizado pela British Transport Police (BTP). Com a criação da British Transport Commission (BTC) por meio do Transport Act 1947, que unificou o sistema ferroviário do país, foi criada a British Transport Commission Police (BTCP) em 1º de janeiro de 1949, formada pelas quatro antigas forças policiais ferroviárias, além da London Transport Police, Canal Police e várias forças portuárias menores. Em 1957, o inquérito Maxwell-Johnson descobriu que os requisitos de policiamento para a ferrovia não podiam ser atendidos pelas forças civis e que era essencial que uma força especializada fosse mantida. Em 1º de janeiro de 1962, a BTCP deixou de cobrir as propriedades da British Waterways (autoridade de navegação para a maioria dos canais, rios e docas na Inglaterra, Escócia e País de Gales).[39] Exatamente um ano depois, quando a BTC foi abolida, o nome da força foi alterado para British Transport Police. Este nome e seu papel no policiamento da rede ferroviária continuaram após 1994, ano de início da privatização do sistema.
Finanças
[editar | editar código-fonte]Apesar de sua nacionalização em 1947 "como um dos pontos-chave da economia",[40] a British Rail não foi lucrativa durante a maior parte[41] de sua história.[42] Jornais noticiaram que, até a década de 1990, o subsídio ferroviário público era considerado dentro do cálculo do lucro da empresa;[43] já em 1961, a British Railways estava perdendo £300.000 por dia.[44]
Embora a empresa fosse considerada a única opção de transporte público em muitas áreas rurais, os Cortes de Beeching tornaram os ônibus o meio disponível em alguns destes locais.[45] Apesar do aumento do congestionamento do tráfego e dos preços dos combustíveis rodoviários começando a subir na década de 1990, a British Rail permaneceu sem uma receita positiva. Após a setorização, a InterCity tornou-se não apenas lucrativa, mas também uma das 150 maiores empresas da Grã-Bretanha, fornecendo viagens de centro a centro de cidade em todo o país, de Aberdeen e Inverness, no norte, a Poole e Penzance, no sul.[46]
Investimentos
[editar | editar código-fonte]Em 1979, o novo governo Conservador liderado por Margaret Thatcher era visto como antiferroviário, não querendo comprometer verba pública com as ferrovias. No entanto, a British Rail foi autorizada a gastar seu próprio dinheiro com a aprovação do governo. Isso levou a uma série de projetos de eletrificação sendo aprovados, incluindo a East Coast Main Line, o ramal da estação de Doncaster para Leeds, e as linhas em East Anglia saindo de London Liverpool Street para Norwich e King's Lynn.
A lista com datas aproximadas de conclusão inclui:
- St Pancras – Bedford 1981–83
- Rock Ferry – Hooton 1985
- Hitchin – Leeds 1985–88
- Colchester – Norwich 1986
- Bishops Stortford – Cambridge 1987
- Watford Junction – St Albans Abbey 1988
- Royston – Cambridge 1988
- Snow Hill Tunnel (Londres) como parte do projeto Thameslink 1988
- Doncaster – York 1989
- Airdrie – Drumgelloch 1989
- York – Edinburgh Waverley 1991
- Carstairs – Edinburgh Waverley 1991
- Cambridge – King's Lynn 1992
- Hooton – Ellesmere Port e Chester 1993–94
- Paddington (Londres) – Heathrow Terminal 4 1993–98
- Leeds e Bradford Forster Square – Skipton e Ilkley 1994
No sudoeste, a South West Main Line de Bournemouth a Weymouth foi eletrificada junto com outra eletrificação do terceiro trilho de 750 V DC no sul. Em 1988, a linha para Aberdare foi reaberta. Um anúncio da British Rail apresentava algumas das estruturas ferroviárias mais conhecidas da Grã-Bretanha, incluindo a Forth Rail Bridge, Royal Albert Bridge, Viaduto Glenfinnan e a estação London Paddington.[47] A estação Liverpool Street foi reconstruída e reinaugurada pela rainha Elizabeth II, e uma nova estação foi construída no Aeroporto de Stansted em 1991. No ano seguinte, a Maesteg Line foi reaberta. Em 1988, a Windsor Link Line foi construída em Manchester e provou ser uma importante peça de infraestrutura.[48]
Bilhete APTIS
[editar | editar código-fonte]Antes da introdução do APTIS (sigla em inglês para Sistema de Emissão de Bilhetes de Passageiros e Contabilidade), a British Rail usava o bilhete ferroviário Edmondson, introduzido pela primeira vez na década de 1840 e eliminado no início dos anos 1970. Os bilhetes emitidos pelo sistema APTIS tinham uma quantidade considerável de informações apresentadas em um formato padrão e consistente. Este formato formou a base para todos os sistemas de emissão de tickets subsequentes introduzidos na rede ferroviária britânica. O APTIS sobreviveu em uso generalizado por vinte anos mas, no início dos anos 2000, foi amplamente substituído por sistemas de bilhética mais modernos. Algumas máquinas deste sistema na área da Grande Londres foram modificadas como APTIS-ANT (sem diferenças óbvias para o bilhete emitido) para torná-los compatíveis com o cartão Oyster.[49] As últimas máquinas APTIS foram removidas no final de 2006, pois não havia opção de atualizá-las para aceitar pagamentos com cartão de crédito com chip e PIN. A última emissão de um bilhete APTIS-ANT no Reino Unido usando uma das máquinas foi na estação de Upminster em 21 de março de 2007.[50][51][52]
Anteriormente à privatização da rede ferroviária, a British Rail introduziu vários cartões de desconto por meio do APTIS, que estavam disponíveis para determinados grupos demográficos, emitidos por esquemas nacionais ou regionais:
- 16–25 Railcard, cartão anual que dá descontos em certos tipos de passagens ferroviárias, disponível para qualquer pessoa com idade entre 16 e 25 anos e alguns estudantes adultos acima dessa faixa etária;
- Network Railcard, destinado a incentivar as viagens ferroviárias de lazer, oferecendo descontos para adultos e crianças acompanhantes nas mais variadas tarifas fora dos horários de pico, tendo sido introduzido em 1986, após a criação do setor Network SouthEast da BR em partes do sul da Inglaterra;
- Disabled Persons Railcard, esquema tarifário que oferece aos passageiros com necessidades especiais benefícios na rede ferroviária nacional, incluindo um desconto de 1/3 nas tarifas. Foi introduzido em 1981 para coincidir com Ano Internacional das Pessoas Deficientes;
- Senior Railcard, cartão anual introduzido em 1970, disponível para pessoas com 60 anos ou mais, oferecendo descontos em certos tipos de bilhetes ferroviários.
Privatização
[editar | editar código-fonte]Em 1989, a Vale of Rheidol Railway, uma ferrovia de bitola estreita, tornou-se a primeira parte da British Rail a ser privatizada. Entre 1994 e 1997, a BR como um todo passou pelo processo de privatização.[53] A propriedade dos trilhos e da infraestrutura passou para as mãos da Railtrack em 1º de abril de 1994. As operações de passageiros foram posteriormente franqueadas a 25 operadoras do setor privado. Das seis empresas de frete, cinco foram vendidas à multinacional canadense Wisconsin Central Ltd. para formar a EWS, enquanto a Freightliner foi vendida em uma operação de compra pela administração.[54]
A Waterloo & City Line, parte da Network SouthEast, não foi incluída na privatização e foi transferida para o metrô de Londres em abril de 1994.[55] As obrigações remanescentes da British Rail foram transferidas para a BRB (Residuary) Limited.
A privatização, proposta pelo governo Conservador de John Major em 1992, teve a oposição do Partido Trabalhista e dos sindicatos ferroviários. Embora os Trabalhistas, inicialmente, propusessem reverter o processo,[56] o manifesto do Novo Trabalhismo de 1997 se opôs aos planos conservadores de privatizar o metrô de Londres.[57] Os sindicatos ferroviários historicamente se opuseram à privatização, mas Lew Adams, ex- secretário geral da Associated Society of Locomotive Engineers and Firemen, entidade representativa de engenheiros e bombeiros ferroviários, passou a trabalhar para o Virgin Rail Group e mudou de posição, afirmando em entrevista a um programa de rádio em 2004: "Todo o tempo que foi no setor público, tudo o que conseguimos foram cortes, cortes, cortes. E hoje há mais membros no sindicato, mais maquinistas e mais trens circulando. A realidade é que funcionou, protegemos empregos e conseguimos mais empregos."[58][59]
O processo de privatização começou quando os setores de passageiros da BR foram divididos em 25 franquias paralelas[60] – estas eram operadoras de propriedade pública que operavam nas áreas de franquia planejadas antes de as franquias reais serem licitadas:
A abertura do Túnel da Mancha viu as operações da Eurostar começarem de estação London Waterloo até Paris e Bruxelas.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Mapas dos serviços de passageiros (em inglês)
Referências
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