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Ricardo Cravo Albin: diferenças entre revisões

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'''Ricardo Cravo Albin''' ([[Salvador (Bahia)|Salvador]], [[20 de dezembro]] de [[1940]]) é um musicólogo [[brasil]]eiro, sendo considerado um dos maiores pesquisadores da [[Música Popular Brasileira]].
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'''Ricardo Cravo Albin''' {{Pequeno|[[Ordem do Mérito Cultural|OMC]]}} ([[Salvador]], [[20 de dezembro]] de [[1940]]) é um [[advogado]], [[jornalista]], [[historiador]], [[Crítica|crítico]], [[Locutor de rádio|radialista]] e [[Musicologia|musicólogo]] [[brasil]]eiro, sendo considerado um dos maiores pesquisadores da [[Música Popular Brasileira]].<ref name="bio">{{citar web|URL=http://dicionariompb.com.br/personalidade/ricardo-cravo-albin/biografia|título=Ricardo Cravo Albin|data=|acessodata=31/7/2019|publicado=Dicionário MPB|arquivourl=http://archive.fo/QtvRJ|arquivodata=31/7/2019}}</ref>


Sua maior obra é o [[Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira]], com cerca de sete mil verbetes e referência na área musical.<ref name="bio" />
Cravo-Albin fundou e dirigiu o [[Museu da Imagem e do Som]] (MIS) entre [[1965]] e [[1971]]. Historiador de [[MPB]], produtor musical, produtor de [[rádio]] e [[televisão]], crítico e comentarista, Albin foi ainda diretor geral da [[Embrafilme]] e presidente do [[Instituto Nacional de Cinema]] (INC). É também autor, desde [[1973]], de aproximadamente 2500 programas radiofônicos para a [[Rádio MEC]].


== Biografia ==
Uma das grandes conquistas é o [[Instituto Cultural Cravo Albin]], uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede na [[cidade do Rio de Janeiro]], fundada em janeiro de [[2001]] com a finalidade de promover e incentivar atividades de caráter cultural no campo da pesquisa, reflexão e promoção das fontes que alimentam a cultura e, em especial, a música brasileira, visando a divulgação, defesa e conservação do nosso patrimônio histórico e artístico.
Formou-se em Direito, Ciências e Letras pela [[Faculdade de Direito da Universidade do Brasil]] em 1963, no ano seguinte formou-se em Direito Comparado pela [[Universidade de Nova Iorque]], bem como tendo estudado línguas em instituições privadas e entre 1961-1962 o curso do [[Centro de Preparação de Oficiais da Reserva]].<ref name=bio/>


Cravo Albin fundou e dirigiu o [[Museu da Imagem e do Som (Rio de Janeiro)|Museu da Imagem e do Som]] (MIS) do Rio de Janeiro entre [[1965]] e [[1971]], além de outros análogos em várias cidades brasileiras; Albin foi ainda diretor geral da [[Embrafilme]] e presidente do [[Instituto Nacional de Cinema]] (INC). É também autor, desde [[1973]], de aproximadamente 2500 programas radiofônicos para a [[Rádio MEC]].<ref name=bio/>
Sua maior obra é o [[Dicionário Cravo Albin]] da Música Popular Brasileira, disponível em meio digital, com cerca de sete mil verbetes.


Em [[29 de março]] de [[1968]], após três meses daquele ano promovendo a gravação de depoimentos de personalidades da música popular brasileira, em especial representantes dos ranchos e escolas de samba, promoveu o hoje célebre depoimento secreto de [[João Cândido Felisberto]], o líder da [[Revolta da Chibata]], no estúdio do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo como parceiro na entrevista o historiador [[Hélio Silva]].<ref name=bio/>
Ricardo Cravo-Albin publicou diversos livros sobre vários assuntos, entre eles: ''O canto da Bahia'' (monografia/1973); ''De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola'' (1976); ''Da necessidade do fazer popular'' ([[1978]]); ''Índia, um roteiro bem e mal humorado'', Editora Mauad (1996); ''MPB - A história de um século'', edição trilingüe MEC/Funarte (1997).


=== Regime Militar ===
==Bibliografia==
CRAVO ALBIN, Ricardo - ''Dicionário Cravo Albin da MPB''. Rio de Janeiro: 2002.


Durante o [[regime militar]] Ricardo Cravo Albin trabalhou para o [[Conselho Superior de Censura]], onde em seu livro de memórias se expôs como ''"opositor inarredável"'' da censura, ao lado dos outros conselheiros progressistas contra as decisões tidas como estúpidas, tomadas pelos funcionários da DCDP ([[Divisão de Censura de Diversões Públicas]]).<ref> GUEDES, Wallace Andrioli. [https://www.snh2019.anpuh.org/resources/anais/8/1564787778_ARQUIVO_NOTASSOBREAATUACAODOCONSELHOSUPERIORDECENSURA(CSC)NOANO1981.pdf Notas sobre a atuação do Conselho Superior De Censura (CSC) no ano 1981: Entre a memória e a história]. In: 30º Simpósio de História. Recife, 2019 (pp.7) </ref>
== {{Ligações externas}} ==
* [http://www.radiomec.com.br/fm/ricardocravoalbin.asp Programa 'Ricardo Cravo Albim', da Rádio MEC FM]


Ainda em seu livro, ele referiu aos pareceres dos censores como ''"indigentes"'' e ''"amontoado de asneiras e preconceitos"''.<ref>ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a censura: de como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Gryphus, 2002 (pp. 25-33)</ref> Porém, dentre os vários artistas, propostos por Ricardo Cravo Albin para [[censura]] através da DCDP, encontramos [[Raul Seixas]] com exemplo da proibição de difusão do ''[[Rock das 'Aranha']]'' em emissoras de rádio e TV em veto oficializado.<ref> FERREIRA, Mauro. [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2019/11/16/raul-seixas-e-desmistificado-em-biografia-que-expoe-complexidade-do-artista.ghtml Raul Seixas é desmistificado em biografia que expõe complexidade do artista]. [[G1|Portal G1]], 16 de novembro de 2019.</ref>
[[Categoria:Historiadores do Brasil]]
[[Categoria:Baianos de Salvador]]
[[Categoria:MPB]]


=== Conquista ===
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Uma das grandes conquistas é o [[Instituto Cultural Cravo Albin]], uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede na [[Rio de Janeiro (cidade)|cidade do Rio de Janeiro]], fundada em janeiro de 2001 com a finalidade de promover e incentivar atividades de caráter cultural no campo da pesquisa, reflexão e promoção das fontes que alimentam a cultura e, em especial, a música brasileira, visando a divulgação, defesa e conservação do nosso patrimônio histórico e artístico.<ref name=bio/>

== Bibliografia do autor ==
Ricardo Cravo Albin publicou diversos livros sobre vários assuntos, entre eles:
*''O canto da Bahia'' (monografia/1973);
*''De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola'' (1976);
*''Da necessidade do fazer popular'' (1978);
*''Índia, um roteiro bem e mal humorado'', Editora Mauad (1996);
*''MPB - A história de um século'', edição trilíngue, MEC/Funarte (1997).
*''Dicionário Cravo Albin da MPB''. Rio de Janeiro: 2002.

{{referências}}

== Ligações externas ==
* [http://www.dicionariompb.com.br/ Dicionário Cravo Albin]


{{Controle de autoridade}}
[[Categoria:Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural]]
[[Categoria:Alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro]]
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[[Categoria:Musicólogos da Bahia]]
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[[Categoria:Produtores musicais da Bahia]]

Edição atual tal como às 16h29min de 18 de junho de 2023

Ricardo Cravo Albin
OMC

Cravo Albin em 2011.
Nascimento 20 de dezembro de 1940 (84 anos)
Salvador, BA
Residência Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação musicólogo
Outras ocupações
Principais trabalhos MIS-RJ
MIS-SP
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira
Prêmios Ordem do Mérito Cultural
Ordem de Rio Branco

Ricardo Cravo Albin OMC (Salvador, 20 de dezembro de 1940) é um advogado, jornalista, historiador, crítico, radialista e musicólogo brasileiro, sendo considerado um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira.[1]

Sua maior obra é o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, com cerca de sete mil verbetes e referência na área musical.[1]

Formou-se em Direito, Ciências e Letras pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil em 1963, no ano seguinte formou-se em Direito Comparado pela Universidade de Nova Iorque, bem como tendo estudado línguas em instituições privadas e entre 1961-1962 o curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva.[1]

Cravo Albin fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro entre 1965 e 1971, além de outros análogos em várias cidades brasileiras; Albin foi ainda diretor geral da Embrafilme e presidente do Instituto Nacional de Cinema (INC). É também autor, desde 1973, de aproximadamente 2500 programas radiofônicos para a Rádio MEC.[1]

Em 29 de março de 1968, após três meses daquele ano promovendo a gravação de depoimentos de personalidades da música popular brasileira, em especial representantes dos ranchos e escolas de samba, promoveu o hoje célebre depoimento secreto de João Cândido Felisberto, o líder da Revolta da Chibata, no estúdio do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo como parceiro na entrevista o historiador Hélio Silva.[1]

Regime Militar

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Durante o regime militar Ricardo Cravo Albin trabalhou para o Conselho Superior de Censura, onde em seu livro de memórias se expôs como "opositor inarredável" da censura, ao lado dos outros conselheiros progressistas contra as decisões tidas como estúpidas, tomadas pelos funcionários da DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas).[2]

Ainda em seu livro, ele referiu aos pareceres dos censores como "indigentes" e "amontoado de asneiras e preconceitos".[3] Porém, dentre os vários artistas, propostos por Ricardo Cravo Albin para censura através da DCDP, encontramos Raul Seixas com exemplo da proibição de difusão do Rock das 'Aranha' em emissoras de rádio e TV em veto oficializado.[4]

Uma das grandes conquistas é o Instituto Cultural Cravo Albin, uma sociedade civil, sem fins lucrativos, com sede na cidade do Rio de Janeiro, fundada em janeiro de 2001 com a finalidade de promover e incentivar atividades de caráter cultural no campo da pesquisa, reflexão e promoção das fontes que alimentam a cultura e, em especial, a música brasileira, visando a divulgação, defesa e conservação do nosso patrimônio histórico e artístico.[1]

Bibliografia do autor

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Ricardo Cravo Albin publicou diversos livros sobre vários assuntos, entre eles:

  • O canto da Bahia (monografia/1973);
  • De Chiquinha Gonzaga a Paulinho da Viola (1976);
  • Da necessidade do fazer popular (1978);
  • Índia, um roteiro bem e mal humorado, Editora Mauad (1996);
  • MPB - A história de um século, edição trilíngue, MEC/Funarte (1997).
  • Dicionário Cravo Albin da MPB. Rio de Janeiro: 2002.

Referências

  1. a b c d e f «Ricardo Cravo Albin». Dicionário MPB. Consultado em 31 de julho de 2019. Cópia arquivada em 31 de julho de 2019 
  2. GUEDES, Wallace Andrioli. Notas sobre a atuação do Conselho Superior De Censura (CSC) no ano 1981: Entre a memória e a história. In: 30º Simpósio de História. Recife, 2019 (pp.7)
  3. ALBIN, Ricardo Cravo. Driblando a censura: de como o cutelo vil incidiu na cultura. Rio de Janeiro: Gryphus, 2002 (pp. 25-33)
  4. FERREIRA, Mauro. Raul Seixas é desmistificado em biografia que expõe complexidade do artista. Portal G1, 16 de novembro de 2019.

Ligações externas

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