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Álgebra booliana: diferenças entre revisões

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{{Não confundir com|Álgebra booliana (estrutura)}}
Em [[álgebra abstrata]], '''álgebras booleanas''' (ou '''álgebras de Boole''') são estruturas algébricas que "captam as propriedades essenciais" dos operadores lógicos e de conjuntos, ou ainda oferecem uma estrutura para se lidar com "afirmações",<ref name="Scheinerman2003">Edward R. Scheinerman. ''[http://books.google.com/books?id=2jlz6_IkF3UC&pg=PA27 Matemática Discreta - Uma Introdução]''. Cengage Learning Editores; 2003. ISBN 978-85-221-0291-4. p. 27.</ref> são assim denominadas em homenagem ao matemático [[George Boole]].<ref name="LipschutzLipson2004">Seymour Lipschutz; Marc Lipson. ''[http://books.google.com/books?id=2S9bwDmD1P0C&pg=PA454 Matemática Discreta: Coleção Schaum]''. Bookman; 2004. ISBN 978-85-363-0361-1. p. 454.</ref>
Em [[álgebra abstrata]], '''álgebras boolianas'''{{nota de rodapé|O [[Acordo Ortográfico de 1990]] prescreve, na Base V, item 2c: ''Escrevem-se com '''i''', e '''não com e''', antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula '''-iano''' e '''-iense''', os quais são o resultado da combinação dos sufixos '''-ano''' e '''-ense''' com um '''i''' de origem analógica (baseado em palavras onde '''-ano''' e '''-ense''' estão precedidos de '''i''' pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]''. É precisamente o caso de '''booliano(a)''', que antes do Acordo se grafava com '''e'''}} (ou '''álgebras de Boole''') são estruturas algébricas que "captam as propriedades essenciais" dos operadores lógicos e de conjuntos, ou ainda oferecem uma estrutura para se lidar com "afirmações",<ref name="Scheinerman2003">Edward R. Scheinerman. ''[http://books.google.com/books?id=2jlz6_IkF3UC&pg=PA27 Matemática Discreta - Uma Introdução]''. Cengage Learning Editores; 2003. ISBN 978-85-221-0291-4. p. 27.</ref> são assim denominadas em homenagem ao matemático [[George Boole]].<ref name="LipschutzLipson2004">Seymour Lipschutz; Marc Lipson. ''[http://books.google.com/books?id=2S9bwDmD1P0C&pg=PA454 Matemática Discreta: Coleção Schaum]''. Bookman; 2004. ISBN 978-85-363-0361-1. p. 454.</ref>


== História ==
== História ==
{{Main|George Boole}}
{{Main|George Boole}}
O termo "álgebra booleana" é uma homenagem a [[George Boole]], um[[ matemático]] inglês autodidata. Boole introduziu o sistema algébrico, inicialmente, em um pequeno panfleto, o ''The Mathematical Analysis of Logic'', publicado em 1847, em resposta a uma controvérsia em curso entre [[Augustus De Morgan]] e [[William Hamilton]], e mais tarde como um livro mais substancial, '' The Laws of Thought'', publicado em 1854. A formulação de Boole difere das descritas acima em alguns aspectos importantes. Por exemplo, a conjunção e a disjunção em Boole não era um duplo par de operações. A álgebra booleana surgiu na década de 1860, em artigos escritos por William Jevons e [[Charles Sanders Peirce]].<ref name="Souza2002">Hélio Augusto Godoy de Souza. ''[http://books.google.com/books?id=NFJ0MNh9PV4C&pg=PA198 Documentario, Realidade E Semiose]''. Annablume; 2002. ISBN 978-85-7419-224-6. p. 198.</ref> A primeira apresentação sistemática de álgebra booleana e reticulados distributivos é devido ao 1890 Vorlesungen de Ernst Schröder . O primeiro tratamento extensivo de álgebra booleana em inglês foi um 1898 na ''Universal Algebra'' de Whitehead.<ref name="BOLZANI2004">CAIO AUGUSTUS MORAIS BOLZANI. ''[http://books.google.com/books?id=tgTlPE10u68C&pg=PA45 Residências Inteligentes]''. Editora Livraria da Fisica; 2004. ISBN 978-85-88325-25-8. p. 45.</ref><ref name="NullLobur">Linda Null; Julia Lobur. ''[http://books.google.com/books?id=vn-ISIU82t4C&pg=PA140 Princípios Básicos de Arquitetura e Organização de Computadores]''. Bookman; ISBN 978-85-7780-766-6. p. 140.</ref>
O termo "álgebra booliana" é uma homenagem a [[George Boole]], um [[matemático]] inglês autodidata. Boole introduziu o sistema algébrico, inicialmente, em um pequeno panfleto, o ''The Mathematical Analysis of Logic'', publicado em 1847, em resposta a uma controvérsia em curso entre [[Augustus De Morgan]] e [[William Hamilton]], e mais tarde como um livro mais substancial, '' The Laws of Thought'', publicado em 1854. A formulação de Boole difere das descritas acima em alguns aspectos importantes. Por exemplo, a conjunção e a disjunção em Boole não era um duplo par de operações. A álgebra booliana surgiu na década de 1860, em artigos escritos por William Jevons e [[Charles Sanders Peirce]].<ref name="Souza2002">Hélio Augusto Godoy de Souza. ''[http://books.google.com/books?id=NFJ0MNh9PV4C&pg=PA198 Documentario, Realidade E Semiose]''. Annablume; 2002. ISBN 978-85-7419-224-6. p. 198.</ref> A primeira apresentação sistemática de álgebra booliana e reticulados distributivos é devido ao 1890 Vorlesungen de Ernst Schröder . O primeiro tratamento extensivo de álgebra booliana em inglês foi em 1898 na ''Universal Algebra'' de Whitehead.<ref name="BOLZANI2004">CAIO AUGUSTUS MORAIS BOLZANI. ''[http://books.google.com/books?id=tgTlPE10u68C&pg=PA45 Residências Inteligentes]''. Editora Livraria da Fisica; 2004. ISBN 978-85-88325-25-8. p. 45.</ref><ref name="NullLobur">Linda Null; Julia Lobur. ''[http://books.google.com/books?id=vn-ISIU82t4C&pg=PA140 Princípios Básicos de Arquitetura e Organização de Computadores]''. Bookman; ISBN 978-85-7780-766-6. p. 140.</ref>


== Definição ==
== Definição ==
Uma álgebra booleana é uma [[enupla|6-upla]] <math>(X, \vee, \wedge, \neg, 0, 1)</math> consistindo de um conjunto <math>X</math> munido de duas [[operação binária|operações binárias]] <math>\vee</math> (também denotado por <math>+</math>, é geralmente chamado de "[[disjunção lógica|ou]]") e <math>\wedge</math> (também denotado por <math>\ast</math> ou por <math>\cdot</math>, é geralmente chamado de "[[conjunção lógica|e]]"), uma [[operação unária]] <math>\neg</math> (também denotada por <math>\sim</math> ou por uma barra superior, é geralmente chamado de "[[negação|não]]"), e duas [[constante matemática|constantes]] <math>0</math> (também denotada por <math>\bot</math> ou por <math>F</math>, geralmente chamado de "zero" ou de "falso") e <math>1</math> (também denotada por <math>\top</math> ou por <math>V</math>, geralmente chamado de "um" ou de "verdadeiro"), e satisfazendo os seguintes axiomas, [[quantificação universal|para quaisquer]] <math>a, b, c \in X</math>:
Uma álgebra booliana é uma [[enupla|6-upla]] <math>(X, \vee, \wedge, \neg, 0, 1)</math> consistindo de um conjunto <math>X</math> munido de duas [[operação binária|operações binárias]] <math>\vee</math> (também denotado por <math>+</math>, é geralmente chamado de "[[disjunção lógica|ou]]") e <math>\wedge</math> (também denotado por <math>\ast</math> ou por <math>\cdot</math>, é geralmente chamado de "[[conjunção lógica|e]]"), uma [[operação unária]] <math>\neg</math> (também denotada por <math>\sim</math> ou por uma barra superior, é geralmente chamado de "[[negação|não]]"), e duas [[constante matemática|constantes]] <math>0</math> (também denotada por <math>\bot</math> ou por <math>F</math>, geralmente chamado de "zero" ou de "falso") e <math>1</math> (também denotada por <math>\top</math> ou por <math>V</math>, geralmente chamado de "um" ou de "verdadeiro"), e satisfazendo os seguintes axiomas, [[quantificação universal|para quaisquer]] <math>a, b, c \in X</math>:


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Alguns autores também incluem a propriedade <math>0 \neq 1</math>, para evitar a álgebra booleana com somente um elemento.
Alguns autores também incluem a propriedade <math>0 \neq 1</math>, para evitar a álgebra booliana com somente um elemento.


== Exemplos ==
== Exemplos ==
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* Dado um conjunto <math>A</math>, o conjunto <math>P(A)</math> [[conjunto das partes|das partes]] de <math>A</math> munido das operações <math>a \vee b = a \cup b</math>, <math>a \wedge b = a \cap b</math>, <math>\neg a = A \setminus a</math>, e onde <math>0 = \varnothing</math> e <math>1 = A</math>, é uma álgebra booliana.
* Dado um conjunto <math>A</math>, o conjunto <math>\mathcal{P}(A)</math> [[conjunto das partes|das partes]] de <math>A</math> munido das operações <math>a \vee b = a \cup b</math>, <math>a \wedge b = a \cap b</math>, <math>\neg a = A \setminus a</math>, e onde <math>0 = \varnothing</math> e <math>1 = A</math>, é uma álgebra booliana.
<!--Como exemplo, abaixo estão as tabelas das operações de <math>P(\{a, b\})</math>:
<!--Como exemplo, abaixo estão as tabelas das operações de <math>P(\{a, b\})</math>:
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Linha 177: Linha 178:
* <math>\neg (a \wedge b) = \neg a \vee \neg b</math>
* <math>\neg (a \wedge b) = \neg a \vee \neg b</math>


Leis de Absorção
Leis de absorção|Propriedades Absorventes
* <math>a \vee (a \wedge b) = a</math>
* <math>a \vee (a \wedge b) = a</math>
* <math>a \wedge (a \vee b) = a</math>
* <math>a \wedge (a \vee b) = a</math>
Linha 194: Linha 195:


== Ordem ==
== Ordem ==
Dado uma álgebra booliana sobre <math>X</math>, é válido quantificação universal|para quaisquer <math>a, b \in X</math>:
Dado uma álgebra booliana sobre <math>X</math>, é válido [[quantificação universal|para quaisquer]] <math>a, b \in X</math>:
* <math>a \vee b = b</math> se e somente se <math>a \wedge b = a</math>
* <math>a \vee b = b</math> se e somente se <math>a \wedge b = a</math>


A relação binária|relação <math>\leq</math> definida como <math>a \leq b</math> se e somente se uma das duas condições equivalentes acima é satisfeita é uma relação de ordem em <math>X</math>. O supremo e o ínfimo do conjunto <math>\{a, b\}</math> são <math>a \vee b</math> e <math>a \wedge b</math>, respectivamente.
A [[relação binária|relação]] <math>\leq</math> definida como <math>a \leq b</math> se e somente se uma das duas condições equivalentes acima é satisfeita é uma relação de ordem em <math>X</math>. O [[supremo]] e o [[ínfimo]] do conjunto <math>\{a, b\}</math> são <math>a \vee b</math> e <math>a \wedge b</math>, respectivamente.
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São válidas as seguintes propriedades, quantificação universal|para quaisquer <math>a, b, c, d \in X</math>:
São válidas as seguintes propriedades, [[quantificação universal|para quaisquer]] <math>a, b, c, d \in X</math>:
* se <math>a \leq b</math> e <math>c \leq d</math> então <math>a \vee c \leq b \vee d</math>
* se <math>a \leq b</math> e <math>c \leq d</math> então <math>a \vee c \leq b \vee d</math>
* se <math>a \leq b</math> e <math>c \leq d</math> então <math>a \wedge c \leq b \wedge d</math>
* se <math>a \leq b</math> e <math>c \leq d</math> então <math>a \wedge c \leq b \wedge d</math>
Linha 206: Linha 207:
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* Starting with the propositional calculus with &kappa; sentence symbols, form the Lindenbaum-Tarski algebra|Lindenbaum algebra (that is, the set of sentences in the propositional calculus modulo tautology). This construction yields a Boolean algebra. It is in fact the free Boolean algebra on &kappa; generators. A truth assignment in propositional calculus is then a Boolean algebra homomorphism from this algebra to {0,1}.
* Starting with the propositional calculus with &kappa; sentence symbols, form the Lindenbaum-Tarski algebra|Lindenbaum algebra (that is, the set of sentences in the propositional calculus modulo tautology). This construction yields a boolian algebra. It is in fact the free boolian algebra on &kappa; generators. A truth assignment in propositional calculus is then a boolian algebra homomorphism from this algebra to {0,1}.


* For any natural number ''n'', the set of all positive divisors of ''n'' forms a distributive lattice if we write ''a'' &le; ''b'' for ''a'' | ''b''. This lattice is a Boolean algebra if and only if ''n'' is square-free. The smallest element 0 of this Boolean algebra is the natural number 1; the largest element 1 of this Boolean algebra is the natural number ''n''.
* For any natural number ''n'', the set of all positive divisors of ''n'' forms a distributive lattice if we write ''a'' &le; ''b'' for ''a'' | ''b''. This lattice is a boolian algebra if and only if ''n'' is square-free. The smallest element 0 of this boolian algebra is the natural number 1; the largest element 1 of this boolian algebra is the natural number ''n''.
* Other examples of Boolean algebras arise from topology|topological spaces: if ''X'' is a topological space, then the collection of all subsets of ''X'' which are both open and closed forms a Boolean algebra with the operations &or;:= &cup; (union) and &and; = &cap; (intersection).
* Other examples of boolian algebras arise from topology|topological spaces: if ''X'' is a topological space, then the collection of all subsets of ''X'' which are both open and closed forms a boolian algebra with the operations &or;:= &cup; (union) and &and; = &cap; (intersection).
* If ''R'' is an arbitrary [[mathematical ring|ring]] and we define the set of ''central idempotents'' by<br /> ''A'' = { ''e'' &isin; ''R'': ''e''² = ''e'', ''ex'' = ''xe'', &forall;''x'' &isin; ''R'' }<br /> then the set ''A'' becomes a Boolean algebra with the operations ''e'' &or; ''f'' = ''e'' + ''f'' - ''ef'' and ''e'' &and; ''f'' = ''ef''.
* If ''R'' is an arbitrary [[mathematical ring|ring]] and we define the set of ''central idempotents'' by<br /> ''A'' = { ''e'' &isin; ''R'': ''e''² = ''e'', ''ex'' = ''xe'', &forall;''x'' &isin; ''R'' }<br /> then the set ''A'' becomes a boolian algebra with the operations ''e'' &or; ''f'' = ''e'' + ''f'' - ''ef'' and ''e'' &and; ''f'' = ''ef''.


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Um isomorfismo entre duas álgebras boolianas <math>A</math> e <math>B</math> é um homomorfismo [[função bijetora|bijetor]] entre <math>A</math> e <math>B</math>. O [[função inversa|inverso]] de um isomorfismo é um isomorfismo. Se existe um isomorfismo entre <math>A</math> e <math>B</math>, dizemos que <math>A</math> e <math>B</math> são isomorfos.
Um isomorfismo entre duas álgebras boolianas <math>A</math> e <math>B</math> é um homomorfismo [[função bijetora|bijetor]] entre <math>A</math> e <math>B</math>. O [[função inversa|inverso]] de um isomorfismo é um isomorfismo. Se existe um isomorfismo entre <math>A</math> e <math>B</math>, dizemos que <math>A</math> e <math>B</math> são isomorfos.
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== Boolean rings, ideals and filters ==
Every Boolean algebra (''A'', &and;, &or;) gives rise to a ring (algebra)|ring (''A'', +, *)
by defining ''a'' + ''b'' = (''a'' &and; &not;''b'') &or; (''b'' &and; &not;''a'') (this operation is called "symmetric difference" in the case of sets and [[Truth table|XOR]] in the case of logic) and ''a'' * ''b'' = ''a'' &and; ''b''. The zero element of this ring coincides with the 0 of the Boolean algebra; the multiplicative identity element of the ring is the 1 of the Boolean algebra. This ring has the property that ''a'' * ''a'' = ''a'' for all ''a'' in ''A''; rings with this property are called Boolean rings.

Conversely, if a Boolean ring ''A'' is given, we can turn it into a Boolean algebra by defining ''x'' &or; ''y'' = ''x'' + ''y'' + ''xy''
and ''x'' &and; ''y'' = ''xy''.

Since these two operations are inverses of each other, we can say that every Boolean ring arises from a Boolean algebra, and vice versa. Furthermore, a map ''f'': ''A'' ? ''B'' is a homomorphism of Boolean algebras if and only if it is a homomorphism of Boolean rings. The category theory|categories of Boolean rings and Boolean algebras are equivalent.

An ''ideal'' of the Boolean algebra ''A'' is a subset ''I'' such that for all ''x'', ''y'' in ''I'' we have ''x'' &or; ''y'' in ''I'' and for all ''a'' in ''A'' we have ''a'' &and; ''x'' in ''I''. This notion of ideal coincides with the notion of [[ring ideal]] in the Boolean ring ''A''. An ideal ''I'' of ''A'' is called ''prime'' if ''I'' &ne; ''A'' and if ''a'' &and; ''b'' in ''I'' always implies ''a'' in ''I'' or ''b'' in ''I''. An ideal ''I'' of ''A'' is called ''maximal'' if ''I'' &ne; ''A'' and if the only ideal properly containing ''I'' is ''A'' itself. These notions coincide with ring theoretic ones of prime ideal and maximal ideal in the Boolean ring ''A''.

The dual of an ''ideal'' is a ''filter''. A ''filter'' of the Boolean algebra ''A'' is a subset ''p'' such that for all ''x'', ''y'' in ''p'' we have ''x'' &and; ''y'' in ''p'' and for all ''a'' in ''A'' if ''a'' &or; ''x'' = ''a'' then ''a'' in ''p''.
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== Ver também ==
== Ver também ==
* [[Reticulado]]
* [[Reticulado]]
* [[Ultrafiltro]]
* [[Princípio do terceiro excluído]]
* [[Princípio do terceiro excluído]]
* [[Números binários]]
* [[Números binários]]
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* [[Álgebra de Heyting]]
* [[Álgebra de Heyting]]


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[[fr:Algèbre de Boole (structure)]]
[[he:אלגברה בוליאנית (מבנה אלגברי)]]
[[ko:불 대수]]
[[zh:布尔代数]]

Edição atual tal como às 20h05min de 8 de fevereiro de 2023

 Nota: Não confundir com Álgebra booliana (estrutura).

Em álgebra abstrata, álgebras boolianas[nota 1] (ou álgebras de Boole) são estruturas algébricas que "captam as propriedades essenciais" dos operadores lógicos e de conjuntos, ou ainda oferecem uma estrutura para se lidar com "afirmações",[1] são assim denominadas em homenagem ao matemático George Boole.[2]

Ver artigo principal: George Boole

O termo "álgebra booliana" é uma homenagem a George Boole, um matemático inglês autodidata. Boole introduziu o sistema algébrico, inicialmente, em um pequeno panfleto, o The Mathematical Analysis of Logic, publicado em 1847, em resposta a uma controvérsia em curso entre Augustus De Morgan e William Hamilton, e mais tarde como um livro mais substancial, The Laws of Thought, publicado em 1854. A formulação de Boole difere das descritas acima em alguns aspectos importantes. Por exemplo, a conjunção e a disjunção em Boole não era um duplo par de operações. A álgebra booliana surgiu na década de 1860, em artigos escritos por William Jevons e Charles Sanders Peirce.[3] A primeira apresentação sistemática de álgebra booliana e reticulados distributivos é devido ao 1890 Vorlesungen de Ernst Schröder . O primeiro tratamento extensivo de álgebra booliana em inglês foi em 1898 na Universal Algebra de Whitehead.[4][5]

Uma álgebra booliana é uma 6-upla consistindo de um conjunto munido de duas operações binárias (também denotado por , é geralmente chamado de "ou") e (também denotado por ou por , é geralmente chamado de "e"), uma operação unária (também denotada por ou por uma barra superior, é geralmente chamado de "não"), e duas constantes (também denotada por ou por , geralmente chamado de "zero" ou de "falso") e (também denotada por ou por , geralmente chamado de "um" ou de "verdadeiro"), e satisfazendo os seguintes axiomas, para quaisquer :

Propriedades Associativas
Propriedades Comutativas
Propriedades Absortivas
Propriedades Distributivas
Elementos Neutros
Elementos Complementares

Alguns autores também incluem a propriedade , para evitar a álgebra booliana com somente um elemento.

  • O exemplo mais simples de álgebra booliana com mais de um elemento é o conjunto munido das seguintes operações:
  • Um outro exemplo de álgebra booliana é o conjunto (o elemento é geralmente chamado de "desconhecido" ou de "talvez") munido das seguintes operações:
  • Dado um conjunto , o conjunto das partes de munido das operações , , , e onde e , é uma álgebra booliana.
  • O intervalo munido das operações , , e , é uma álgebra booliana. Essa álgebra booliana recebe o nome de lógica fuzzy.

Dado uma álgebra booliana sobre , são válidos para quaisquer :

Propriedades Idempotentes

Dupla Negação

Leis de De Morgan

Leis de Absorção

Elementos Absorventes

Negações do Zero e do Um

Definições alternativas da operação binária (também denotado por , é geralmente chamado de "xor" ou de "ou exclusivo")

Dado uma álgebra booliana sobre , é válido para quaisquer :

  • se e somente se

A relação definida como se e somente se uma das duas condições equivalentes acima é satisfeita é uma relação de ordem em . O supremo e o ínfimo do conjunto são e , respectivamente.

Homomorfismos e isomorfismos

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Um homomorfismo entre duas álgebras boolianas e é uma função que para quaisquer :

Uma consequência é que .

Um isomorfismo entre duas álgebras boolianas e é um homomorfismo bijetor entre e . O inverso de um isomorfismo é um isomorfismo. Se existe um isomorfismo entre e , dizemos que e são isomorfos.

Notas e referências

Notas

  1. O Acordo Ortográfico de 1990 prescreve, na Base V, item 2c: Escrevem-se com i, e não com e, antes da sílaba tónica/tônica, os adjetivos e substantivos derivados em que entram os sufixos mistos de formação vernácula -iano e -iense, os quais são o resultado da combinação dos sufixos -ano e -ense com um i de origem analógica (baseado em palavras onde -ano e -ense estão precedidos de i pertencente ao tema: horaciano, italiano, duriense, flaviense, etc.): açoriano, acriano (de Acre), camoniano, goisiano (relativo a Damião de Góis), siniense (de Sines), sofocliano, torriano, torriense [de Torre(s)]. É precisamente o caso de booliano(a), que antes do Acordo se grafava com e

Referências

  1. Edward R. Scheinerman. Matemática Discreta - Uma Introdução. Cengage Learning Editores; 2003. ISBN 978-85-221-0291-4. p. 27.
  2. Seymour Lipschutz; Marc Lipson. Matemática Discreta: Coleção Schaum. Bookman; 2004. ISBN 978-85-363-0361-1. p. 454.
  3. Hélio Augusto Godoy de Souza. Documentario, Realidade E Semiose. Annablume; 2002. ISBN 978-85-7419-224-6. p. 198.
  4. CAIO AUGUSTUS MORAIS BOLZANI. Residências Inteligentes. Editora Livraria da Fisica; 2004. ISBN 978-85-88325-25-8. p. 45.
  5. Linda Null; Julia Lobur. Princípios Básicos de Arquitetura e Organização de Computadores. Bookman; ISBN 978-85-7780-766-6. p. 140.
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