Frederico Fernando de Áustria-Teschen: diferenças entre revisões
Ajustes |
|||
(Há 16 revisões intermédias de 13 utilizadores que não estão a ser apresentadas) | |||
Linha 1: | Linha 1: | ||
{{ |
{{Info/Monarca |
||
| nome = |
| nome = Frederico Fernando |
||
| título = |
| título = [[Arquiduque da Áustria]] |
||
| imagem = [[File:Friedrich Ferdinand Leopold 1821 1847 lith1841.jpg|230px]] |
| imagem = [[File:Friedrich Ferdinand Leopold 1821 1847 lith1841.jpg|230px]] |
||
| legenda = |
| legenda = |
||
Linha 11: | Linha 11: | ||
| pai = [[Carlos da Áustria-Teschen|Carlos de Áustria-Teschen]] |
| pai = [[Carlos da Áustria-Teschen|Carlos de Áustria-Teschen]] |
||
| mãe = [[Henriqueta de Nassau-Weilburg]] |
| mãe = [[Henriqueta de Nassau-Weilburg]] |
||
| nascimento = {{ |
| nascimento = {{dni|14|5|1821|si}} |
||
| cidadenatal = [[Viena]], [[Ficheiro:Flag of the Habsburg Monarchy.svg|20px]] [[Império Austríaco|Áustria]] |
| cidadenatal = [[Viena]], [[Ficheiro:Flag of the Habsburg Monarchy.svg|20px]] [[Império Austríaco|Áustria]] |
||
| falecimento = {{morte |
| falecimento = {{morte|5|10|1847|14|5|1821}} |
||
| cidadefalecimento= [[Veneza |
| cidadefalecimento= [[Veneza]], [[Ficheiro:Flag of Kingdom of Lombardy-Venetia.svg|t|20px]] [[Reino Lombardo-Vêneto]] |
||
|}} |
|}} |
||
'''Frederico Fernando Leopoldo de Áustria-Teschen''' (em [[alemão]]: ''Friedrich Ferdinand Leopold von Österreich-Teschen'' |
'''Frederico Fernando Leopoldo de Áustria-Teschen''' (em [[Língua alemã|alemão]]: ''Friedrich Ferdinand Leopold von Österreich-Teschen''; [[Viena]], [[14 de maio]] de [[1821]] - [[Veneza]], [[5 de outubro]] de [[1847]]), foi [[arquiduque da Áustria]] e [[comandante-em-chefe]] da [[Marinha]] [[Império Austríaco|Austríaca]]. |
||
==Biografia== |
==Biografia== |
||
Linha 27: | Linha 27: | ||
===Crise oriental de 1840=== |
===Crise oriental de 1840=== |
||
Durante a [[Crise Oriental de 1840]] entre o [[Egito]] e o [[Império Otomano]], Frederico lutou na companha contra [[Mehmet Ali]], após a '''Convenção de Londres'''. Ele serviu com a frota austríaca ao longo da [[Levante (Mediterrâneo)|Costa Levantina]], como comandante do navio ''Guerriera''.<br /> |
Durante a [[Crise Oriental de 1840]] entre o [[Egito]] e o [[Império Otomano]], Frederico lutou na companha contra [[Mehmet Ali]], após a '''Convenção de Londres'''. Ele serviu com a frota austríaca ao longo da [[Levante (Mediterrâneo)|Costa Levantina]], como comandante do navio ''Guerriera''.<br /> |
||
Pela Convenção, [[Reino Unido]], [[Império Austríaco]], [[Reino da Prússia]] e [[Império Russo]] ofereceram a Mehmet Ali o controle permanente e hereditário sobre o [[Egito]] e a província do [[Acre (Israel)|Acre]] (hoje pertencente a [[Israel]]) com as seguintes condições: que estes territórios continuassem a integrar o [[Império Otomano]] e que Mehmet retirasse suas tropas da [[Síria]] e do [[Monte Líbano]] no prazo máximo de dez dias. Contando com um hipotético apoio da [[França]], Mehmet Ali hesitou em aceitar os termos impostos, até que a [[Marinha Real Britânica]] moveu-se no [[Mediterrâneo]] oriental contra a Síria e a [[Alexandria]]. Após o bloqueio da costa do [[Delta do Nilo]] por navios britânicos e austríacos (os últimos, comandados pelo arquiduque Frederico), [[Beirute]] (em [[11 de setembro]] de [[1840]]) e Acre (em [[3 de novembro]]) assinaram a rendição, obrigando Ali a aceitar os termos do acordo, em [[27 de novembro]]. |
Pela Convenção, [[Reino Unido]], [[Império Austríaco]], [[Reino da Prússia]] e [[Império Russo]] ofereceram a Mehmet Ali o controle permanente e hereditário sobre o [[Egito]] e a província do [[Acre (Israel)|Acre]] (hoje pertencente a [[Israel]]) com as seguintes condições: que estes territórios continuassem a integrar o [[Império Otomano]] e que Mehmet retirasse suas tropas da [[Síria]] e do [[Monte Líbano]] no prazo máximo de dez dias. Contando com um hipotético apoio da [[França]], Mehmet Ali hesitou em aceitar os termos impostos, até que a [[Marinha Real Britânica]] moveu-se no [[Mediterrâneo]] oriental contra a Síria e a [[Alexandria]]. Após o bloqueio da costa do [[Delta do Nilo]] por navios britânicos e austríacos (os últimos, comandados pelo arquiduque Frederico), [[Beirute]] (em [[11 de setembro]] de [[1840]]) e Acre (em [[3 de novembro]]) assinaram a rendição, obrigando Ali a aceitar os termos do acordo, em [[27 de novembro]]. |
||
Frederico comandou o bombardeio a Beirute e [[Sidon]]. Após a rendição do Acre, o arquiduque conduziu pessoalmente um pequeno grupo de reconhecimento composto por tropas austríacas, britânicas e turco-otomanas, que comprovaram a fuga das tropas egípcias da cidadela e hastearam as bandeiras dos três países no ponto de desembarque. Por sua excepcional liderança durante a campanha, Frederico foi nomeado [[Cavaleiro]] da [[Ordem de Maria Teresa]]. |
Frederico comandou o bombardeio a Beirute e [[Sidon]]. Após a rendição do Acre, o arquiduque conduziu pessoalmente um pequeno grupo de reconhecimento composto por tropas austríacas, britânicas e turco-otomanas, que comprovaram a fuga das tropas egípcias da cidadela e hastearam as bandeiras dos três países no ponto de desembarque. Por sua excepcional liderança durante a campanha, Frederico foi nomeado [[Cavaleiro]] da [[Ordem de Maria Teresa]]. |
||
===Comandante-em-Chefe=== |
===Comandante-em-Chefe=== |
||
Em [[1842]], Frederico partiu para [[Argélia]] e [[Inglaterra]]. Em [[1844]] ele foi promovido ao posto de [[Vice-Almirante]] e tomou posse como [[Comandante-em-Chefe]] da Marinha Imperial Austríaca aos 23 anos de idade. Sua indicação veio após um [[motim]] de oficiais venezianos subalternos, liderado pelos filhos do [[Almirante]] '''Barão Francesco Bandiera'''. |
Em [[1842]], Frederico partiu para [[Argélia]] e [[Inglaterra]]. Em [[1844]] ele foi promovido ao posto de [[Vice-Almirante]] e tomou posse como [[Comandante-em-Chefe]] da Marinha Imperial Austríaca aos 23 anos de idade. Sua indicação veio após um [[motim]] de oficiais venezianos subalternos, liderado pelos filhos do [[Almirante]] '''Barão Francesco Bandiera'''. |
||
Como comandante-em-chefe, Frederico introduziu muitas reformas com o objetivo de modernizar a Marinha, tornando-a menos "veneziana" e mais "austríaca". Na Áustria, até o final do século XVIII, só |
Como comandante-em-chefe, Frederico introduziu muitas reformas com o objetivo de modernizar a Marinha, tornando-a menos "veneziana" e mais "austríaca". Na Áustria, até o final do século XVIII, só houve tentativas limitadas de se estabelecer uma frota própria. Quando os [[Habsburgo]] receberam [[Veneza]], [[Ístria]] e [[Dalmácia]] pelo [[Tratado de Campoformio]] ([[1797]]), essa situação mudou consideravelmente. As forças navais venezianas, bem como suas instalações, passaram a ser controladas pela Áustria e se tornaram a base da futura Marinha austríaca. Porém, até que Frederico assumisse o cargo de comandante-em-chefe, o que se percebia é que a força naval chamada oficialmente de '''Marinha Austríaca''', nada mais era do que tripulações venezianas operando navios venezianos com a bandeira do [[Império Austríaco]]. |
||
Frederico tinha um interesse particular pela frota e com ele a força naval austríaca ganhou seu primeiro defensor influente no seio da Família Imperial. Seu posicionamento foi de suma importância, pois o poderio marítimo nunca esteve entre as prioridades da política externa austríaca, fazendo com que a Marinha fosse pouco conhecida e tivesse pouco apoio popular. De fato, a Marinha só conseguiu atrair atenção e verbas nos três curtos períodos de sua história em que recebeu apoio efetivo de algum príncipe imperial. Seguindo o exemplo de Frederico, os arquiduques [[Maximiliano do México|Fernando Maximiliano]] (futuro [[Império Mexicano|imperador do México]]) e [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria|Francisco Fernando]] tornaram-se grandes entusiastas e militantes ativos da "causa naval". |
Frederico tinha um interesse particular pela frota e com ele a força naval austríaca ganhou seu primeiro defensor influente no seio da Família Imperial. Seu posicionamento foi de suma importância, pois o poderio marítimo nunca esteve entre as prioridades da política externa austríaca, fazendo com que a Marinha fosse pouco conhecida e tivesse pouco apoio popular. De fato, a Marinha só conseguiu atrair atenção e verbas nos três curtos períodos de sua história em que recebeu apoio efetivo de algum príncipe imperial. Seguindo o exemplo de Frederico, os arquiduques [[Maximiliano do México|Fernando Maximiliano]] (futuro [[Império Mexicano|imperador do México]]) e [[Francisco Fernando da Áustria-Hungria|Francisco Fernando]] tornaram-se grandes entusiastas e militantes ativos da "causa naval". |
||
===Morte=== |
===Morte=== |
||
Frederico morreu de [[icterícia]] em [[Veneza]], em [[5 de outubro]] de [[1847]], aos 26 anos de idade e apenas três anos após ter sido nomeado comandante-em-chefe da Marinha Imperial Austríaca. Seu corpo foi sepultado na [[ |
Frederico morreu de [[icterícia]] em [[Veneza]], em [[5 de outubro]] de [[1847]], aos 26 anos de idade e apenas três anos após ter sido nomeado comandante-em-chefe da Marinha Imperial Austríaca. Nunca se casou nem teve descendentes. Seu corpo foi sepultado na [[Igreja de São João em Bragora|Igreja de São João Batista]], em Veneza. |
||
==Nota== |
==Nota== |
||
{{ |
{{Tradução/ref|en|Archduke Friedrich of Austria (1821-1847)|334026775}} |
||
==Referências== |
==Referências== |
||
* Robert L. Dauber: ''Erzherzog Friedrich von Österreich. Admiral und Ordensritter''. Styria, Graz u. a. 1993, ISBN 3-222-12218-0 |
* Robert L. Dauber: ''Erzherzog Friedrich von Österreich. Admiral und Ordensritter''. Styria, Graz u. a. 1993, ISBN 3-222-12218-0 |
||
* [[Constantin von Wurzbach]]: ''Friedrich, Erzherzog'', in: ''Biographisches Lexikon des Kaiserthums Oesterreich'', 6. Band, Wien 1860[http://www.literature.at/viewer.alo?objid=11804&scale=2&page=280&viewmode=fullscreen] |
* [[Constantin von Wurzbach]]: ''Friedrich, Erzherzog'', in: ''Biographisches Lexikon des Kaiserthums Oesterreich'', 6. Band, Wien 1860 [http://www.literature.at/viewer.alo?objid=11804&scale=2&page=280&viewmode=fullscreen] |
||
* ''[[Meyers Konversations-Lexikon]]'', Fünfte Auflage, 1893-1897 |
* ''[[Meyers Konversations-Lexikon]]'', Fünfte Auflage, 1893-1897 |
||
[[Categoria:Arquiduques da Áustria]] |
[[Categoria:Arquiduques da Áustria]] |
||
[[Categoria:Casa de Habsburgo]] |
[[Categoria:Casa de Habsburgo]] |
||
[[Categoria:Naturais de Viena]] |
|||
[[Categoria:Almirantes da Áustria-Hungria]] |
|||
[[de:Friedrich Ferdinand Leopold von Österreich]] |
|||
[[en:Archduke Friedrich of Austria (1821-1847)]] |
|||
[[hu:Habsburg–Tescheni Frigyes Ferdinánd főherceg]] |
Edição atual tal como às 13h28min de 22 de março de 2022
Frederico Fernando | |
---|---|
Arquiduque da Áustria | |
Nascimento | 14 de maio de 1821 |
Viena, Áustria | |
Morte | 5 de outubro de 1847 (26 anos) |
Veneza, Reino Lombardo-Vêneto | |
Casa | Casa Imperial da Áustria |
Dinastia | Habsburgo-Lorena |
Pai | Carlos de Áustria-Teschen |
Mãe | Henriqueta de Nassau-Weilburg |
Frederico Fernando Leopoldo de Áustria-Teschen (em alemão: Friedrich Ferdinand Leopold von Österreich-Teschen; Viena, 14 de maio de 1821 - Veneza, 5 de outubro de 1847), foi arquiduque da Áustria e comandante-em-chefe da Marinha Austríaca.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Família
[editar | editar código-fonte]Frederico era o quarto filho (terceiro varão) do arquiduque Carlos de Áustria-Teschen e da princesa Henriqueta de Nassau-Weilburg. Seus avós paternos foram o imperador Leopoldo II do Sacro Império Romano-Germânico e a infanta Maria Luísa da Espanha, enquanto seus avós maternos foram o príncipe Frederico Guilherme de Nassau-Weilburg e a princesa Luísa Isabel de Sayn-Wittgenstein.
Carreira militar
[editar | editar código-fonte]Ingressou na Marinha Imperial Austríaca em 1837, com apenas dezesseis anos de idade. Dedicado, o arquiduque progrediu rapidamente e, em 1839, comandou um navio pela primeira vez, em viagem ao Oriente.
Crise oriental de 1840
[editar | editar código-fonte]Durante a Crise Oriental de 1840 entre o Egito e o Império Otomano, Frederico lutou na companha contra Mehmet Ali, após a Convenção de Londres. Ele serviu com a frota austríaca ao longo da Costa Levantina, como comandante do navio Guerriera.
Pela Convenção, Reino Unido, Império Austríaco, Reino da Prússia e Império Russo ofereceram a Mehmet Ali o controle permanente e hereditário sobre o Egito e a província do Acre (hoje pertencente a Israel) com as seguintes condições: que estes territórios continuassem a integrar o Império Otomano e que Mehmet retirasse suas tropas da Síria e do Monte Líbano no prazo máximo de dez dias. Contando com um hipotético apoio da França, Mehmet Ali hesitou em aceitar os termos impostos, até que a Marinha Real Britânica moveu-se no Mediterrâneo oriental contra a Síria e a Alexandria. Após o bloqueio da costa do Delta do Nilo por navios britânicos e austríacos (os últimos, comandados pelo arquiduque Frederico), Beirute (em 11 de setembro de 1840) e Acre (em 3 de novembro) assinaram a rendição, obrigando Ali a aceitar os termos do acordo, em 27 de novembro.
Frederico comandou o bombardeio a Beirute e Sidon. Após a rendição do Acre, o arquiduque conduziu pessoalmente um pequeno grupo de reconhecimento composto por tropas austríacas, britânicas e turco-otomanas, que comprovaram a fuga das tropas egípcias da cidadela e hastearam as bandeiras dos três países no ponto de desembarque. Por sua excepcional liderança durante a campanha, Frederico foi nomeado Cavaleiro da Ordem de Maria Teresa.
Comandante-em-Chefe
[editar | editar código-fonte]Em 1842, Frederico partiu para Argélia e Inglaterra. Em 1844 ele foi promovido ao posto de Vice-Almirante e tomou posse como Comandante-em-Chefe da Marinha Imperial Austríaca aos 23 anos de idade. Sua indicação veio após um motim de oficiais venezianos subalternos, liderado pelos filhos do Almirante Barão Francesco Bandiera.
Como comandante-em-chefe, Frederico introduziu muitas reformas com o objetivo de modernizar a Marinha, tornando-a menos "veneziana" e mais "austríaca". Na Áustria, até o final do século XVIII, só houve tentativas limitadas de se estabelecer uma frota própria. Quando os Habsburgo receberam Veneza, Ístria e Dalmácia pelo Tratado de Campoformio (1797), essa situação mudou consideravelmente. As forças navais venezianas, bem como suas instalações, passaram a ser controladas pela Áustria e se tornaram a base da futura Marinha austríaca. Porém, até que Frederico assumisse o cargo de comandante-em-chefe, o que se percebia é que a força naval chamada oficialmente de Marinha Austríaca, nada mais era do que tripulações venezianas operando navios venezianos com a bandeira do Império Austríaco.
Frederico tinha um interesse particular pela frota e com ele a força naval austríaca ganhou seu primeiro defensor influente no seio da Família Imperial. Seu posicionamento foi de suma importância, pois o poderio marítimo nunca esteve entre as prioridades da política externa austríaca, fazendo com que a Marinha fosse pouco conhecida e tivesse pouco apoio popular. De fato, a Marinha só conseguiu atrair atenção e verbas nos três curtos períodos de sua história em que recebeu apoio efetivo de algum príncipe imperial. Seguindo o exemplo de Frederico, os arquiduques Fernando Maximiliano (futuro imperador do México) e Francisco Fernando tornaram-se grandes entusiastas e militantes ativos da "causa naval".
Morte
[editar | editar código-fonte]Frederico morreu de icterícia em Veneza, em 5 de outubro de 1847, aos 26 anos de idade e apenas três anos após ter sido nomeado comandante-em-chefe da Marinha Imperial Austríaca. Nunca se casou nem teve descendentes. Seu corpo foi sepultado na Igreja de São João Batista, em Veneza.
Nota
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Archduke Friedrich of Austria (1821-1847)», especificamente desta versão.
Referências
[editar | editar código-fonte]- Robert L. Dauber: Erzherzog Friedrich von Österreich. Admiral und Ordensritter. Styria, Graz u. a. 1993, ISBN 3-222-12218-0
- Constantin von Wurzbach: Friedrich, Erzherzog, in: Biographisches Lexikon des Kaiserthums Oesterreich, 6. Band, Wien 1860 [1]
- Meyers Konversations-Lexikon, Fünfte Auflage, 1893-1897