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Psocoptera: diferenças entre revisões

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'''Psocoptera''' é uma [[ordem (biologia)|ordem]] de [[inseto]]s que se alimentam de materiais orgânicos como a cola utilizada para encadernar livros, sendo conhecidos em inglês como "piolhos-de-livro" devido à frequência com que são encontrados entre papel velho e materiais semelhantes.<ref name="Intro">{{Citar web | url=http://www.brc.ac.uk/schemes/barkfly/introduction.htm|título=Introduction to barkflies|acessodata=16/12/2013|autor=|data= |formato= |publicado= National Barkfly Recording Scheme (Britain and Ireland)|páginas=|língua=inglês|citação=}}</ref> Eles apareceram pela primeira vez no período [[Permiano]], há 295 a 248 milhões de anos. São muitas vezes considerados como o mais primitivo dos paraneopteras.<ref>{{citar livro|título=Firefly Encyclopedia of Insects and Spiders |autor =Christopher O'Toole |isbn=1-55297-612-2 |ano=2002 |publicado=Firefly Books |local=Toronto}}</ref> Seu nome origina-se do [[língua grega|grego]] ψωκος, ''psokos'' significando "rompido" ou "raspado" e πτερα, ''ptera'' que significa "asas".<ref>{{citar web |url=http://www.cals.ncsu.edu/course/ent425/compendium/psocop~1.html |título=Psocoptera |publicado=[[North Carolina State University]] |autor=John R. Meyer |data=2005-03-05 |acessodata=2013-12-16 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070205021919/http://www.cals.ncsu.edu/course/ent425/compendium/psocop~1.html |arquivodata=2007-02-05 |urlmorta=yes }}</ref> Existem mais de 5.500 espécies em 41 famílias e três subordens. Muitas destas espécies só foram descritas nos últimos anos.<ref>{{citar periódico|url=http://www.mapress.com/zootaxa/2006f/zt01319p014.pdf |título=New genera of Psocoptera (Insecta), from Mexico, Belize and Ecuador (Psoquillidae, Ptiloneuridae, Lachesillidae) |autor =Alfonso N. García Aldrete |periódico=[[Zootaxa]] |volume=1319 |páginas=1–14 |ano=2006}}</ref>


Na década de 2000, a evidência morfológica e molecular mostrou que os parasitas (''Phthiraptera'') evoluíram a partir da subordem psocopterana ''Troctomorpha''.<ref>{{citar periódico|último =Yoshizawa |primeiro =K. |primeiro2 =K. P. |último2 =Johnson |ano=2006 |título= Morphology of male genitalia in lice and their relatives and phylogenetic implications |periódico=Systematic Entomology |volume=31 |número=2 |páginas=350–361 |doi=10.1111/j.1365-3113.2005.00323.x }}</ref><ref>{{citar periódico|último =Johnson |primeiro =K. P. |último2 =Yoshizawa |primeiro2 =K. |primeiro3 =V. S. |último3 =Smith |ano=2004 |título=Multiple origins of parasitism in lice |periódico=Proceedings of the Royal Society of London |volume=271 |número=1550 |páginas=1771–1776 |doi=10.1098/rspb.2004.2798 |pmid=15315891 |pmc=1691793}}</ref> Na sistemática moderna, a ''Psocoptera'' e a ''Phthiraptera'' são tratadas juntamente na ordem Psocodea.<ref>Bess, Emilie, Vince Smith, Charles Lienhard, and Kevin P. Johnson (2006) Psocodea. Parasitic Lice (=Phthiraptera), Book Lice, and Bark Lice. Version 8 October 2006 (under construction). http://tolweb.org/Psocodea/8235/2006.10.08 in The Tree of Life Web Project, http://tolweb.org/</ref>
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==Anatomia e biologia==
Psocídeos são pequenos com um corpo plano relativamente generalizado. Eles se alimentam principalmente de fungos, algas, líquens e detritos orgânicos. Eles têm [[mandíbula]]s e o lóbulo central da maxila é modificado para uma haste delgada. Esta vara é usada para sustentar o inseto enquanto raspa detritos com suas mandíbulas. Eles também têm uma testa inchada, grandes olhos compostos e três [[ocelo]]s. Algumas espécies podem acumular seda a partir das glândulas em sua boca.<ref name=IIBD>{{citar livro|autor = Hoell, H.V., Doyen, J.T. & Purcell, A.H. |ano=1998 |título=Introduction to Insect Biology and Diversity, 2nd ed. |publicado= Oxford University Press |páginas= 404–406|isbn= 0-19-510033-6}}</ref>


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HEMIPTEROIDES
== Biologia geral ==
O grupo dos chamados Hemipteróides é constituído por quatro ordens: Psocoptera, Phthiraptera, Hemiptera e Thysanoptera. São insetos com aparelho bucal adaptado para raspar o alimento sobre superfícies (Psocoptera) ou para sugar fluidos de plantas ou de animais (demais ordens).
Os Psocoptera são importantes por tornarem os recursos da microflora disponíveis pra outros grupos de organismos na teia alimentar.
ORDEM PSOCOPTERA
São pequenos hemipteróides de vida livre, exopterygotos neóptera, com cabeça grande e móvel; antenas filiformes e pós-clípeo bulboso. As mandíbulas são assimétricas, maxilas com lacínia arredondada, palpos labiais reduzidos; quatro asas membranosas mantidas “em telhado” sobre o abdome. Estas têm venação reduzida; braquipteria e apteria de um dos sexos é freqüente no grupo. Os tarsos são dímeros ou trímeros em adultos, mas sempre dímeros nas ninfas. Não apresentam cercos.
O tamanho dos adultos varia de 1 a 10mm. São encontrados em todas as regiões biogeográficas do mundo. A forma da hipofaringe dos Psocoptera é peculiar porque apresenta adaptações anátomo-fisiológicas para absorver vapor de água do ar atmosférico.
É uma ordem relativamente pequena, com pouco mais de 3.000 espécies descritas.
Estágios imaturos
Os ovos são elipsoidais ou oblongos, de córion fino. A eclosão foi estudada em poucas espécies. Nestas, a ninfa é auxiliada no momento da eclosão, por uma estrutura arrebentadora da casca do ovo (“egg burster”), localizada na cutícula da região cefálica do embrião, mas tal estrutura é perdida imediatamente após a eclosão.
As ninfas apresentam por volta de seis instares, mas este número pode variar principalmente nas espécies polimórficas.
Os rudimentos da genitália externa podem ser visualizados nas ninfas de último instar.
Hábitats
Os Psocoptera podem ser encontrados nas folhas, galhos ou troncos de árvores e arbustos, sob ou sobre a casca, em rochas, em cavernas, habitações humanas ou em produtos armazenados (incluindo grãos).
Algumas espécies ocorrem em vários hábitats, mas muitas são confinadas a tipos específicos de vegetação.
Nicho
Se alimentam de algas unicelulares, liquens, hifas de fungos, esporos e fragmentos de plantas ou tecidos de insetos mortos. Algumas espécies podem destruir coleções entomológicas.
Biologia geral
Os Psocoptera são importantes por tornarem os recursos da microflora disponíveis pra outros grupos de organismos na teia alimentar.
Os juvenis, em geral, apresentam comportamento gregário; algumas espécies podem ser encontradas explorando um mesmo recurso ou condição microclimática. Quando são perturbados, se dispersam mas voltam a se juntar após cessada a perturbação. Entretanto, os adultos são solitários e só suportam a convivência com os parceiros durante as épocas de cortejamento e cópula.
Pequenos grupos de adultos e ninfas são algumas vezes encontrados em teias (de seda) comum. O tamanho da teia depende da espécie. Numa das famílias (Archipsocidae), as teias podem ser tão grandes ao ponto de cobrirem totalmente um tronco ou galho de grandes árvores. Ninfas de algumas espécies tornam-se inconspícuas, recobrindo-se com fragmentos do hábitat que tornam-se aderidos ao seus pêlos glandulares. Ninfas e adultos podem se tornar miméticos aos ambientes onde ocorrem, adquirindo o mesmo padrão de cor. Não se sabe se cromatóforos estão envolvidos neste processo.
Algumas espécies apresentam um órgão estridulatório na coxa. Um espécie da Nova Guiné parece apresentar estrutura estridulatória no tórax e base das asas. Certas espécies que ocorrem em construções humanas produzem um barulho audível, friccionando ou batendo o abdome contra o substrato.
O polimorfismo é comum em várias famílias, envolvendo principalmente a perda ou redução das asas nas fêmeas. Mas pode ocorrer também em ambos os sexos. O controle do polimorfismo, pelo menos em parte e, para algumas espécies, parece ser governado por fatores ambientais.
A perda ou redução das asas é geralmente acompanhada da perda dos tricobótrios (pêlos sensoriais muito finos dos tarsos), dos ocelos e órgãos coxais. Além disso há a retenção de um par de cerdas nos paraproctos (um par de lobos látero-ventrais ao ânus) nos adultos, indicando que aquele polimorfismo é associado com o fenômeno da neotenia.


Os juvenis, em geral, apresentam comportamento gregário; algumas espécies podem ser encontradas explorando um mesmo recurso ou condição microclimática. Quando são perturbados, se dispersam mas voltam a se juntar após cessada a perturbação. Entretanto, os adultos são solitários e só suportam a convivência com os parceiros durante as épocas de cortejamento e cópula.
Reprodução
A cópula, via de regra, é precedida por uma dança nupcial: o macho se expõe à face da fêmea e, em seguida, ele se apresenta de costas à fêmea tentando passar por baixo dela, pela frente. Em algumas espécies a fêmea apresenta um comportamento ativo de corte, às vezes, chega a ser dominante.
Pequenos grupos de adultos e ninfas são algumas vezes encontrados em teias (de seda) comum. O tamanho da teia depende da espécie. Numa das famílias (Archipsocidae), as teias podem ser tão grandes ao ponto de cobrirem totalmente um tronco ou galho de grandes árvores. Ninfas de algumas espécies tornam-se inconspícuas, recobrindo-se com fragmentos do habitat que tornam-se aderidos ao seus pêlos glandulares. Ninfas e adultos podem se tornar miméticos aos ambientes onde ocorrem, adquirindo o mesmo padrão de cor. Não se sabe se cromatóforos estão envolvidos neste processo.
O cortejamento varia de poucos segundos a 10min. e a cópula demora de poucos segundos à várias horas, dependendo da espécie. Os espermatozóides são transferidos em um espermatóforo.

Os ovos são postos isolados ou em grupo, sob ou sobre cascas ou folhas; neste último caso, geralmente na face inferior, adjacente a uma veia foliar. Podem ser recobertos por seda ou incrustados com fragmentos do ambiente.
Algumas espécies apresentam um órgão estridulatório na coxa. Um espécie da [[Nova Guiné]] parece apresentar estrutura estridulatória no tórax e base das asas. Certas espécies que ocorrem em construções humanas produzem um barulho audível, friccionando ou batendo o abdome contra o substrato.
A viviparidade ocorre em espécies de Archipsocopsis (Archipsocidae) e a partenogênese obrigatória é freqüente. Machos são raros em algumas espécies. Em outras, eles ocorrem em alguns períodos do ano mas não em outros; a partenogênese facultativa também ocorre.
Desenvolvimento
O [[polimorfismo]] é comum em várias famílias, envolvendo principalmente a perda ou redução das asas nas fêmeas. Mas pode ocorrer também em ambos os sexos. O controle do polimorfismo, pelo menos em parte e, para algumas espécies, parece ser governado por fatores ambientais.
As estratégias variam de espécie para espécie, podendo variar intraespecificamente, também, sob diferentes condições ambientais.
Os psocópteros podem ser univoltinos com um período de diapausa; multivoltinos facultativos, ou com reprodução contínua e sobreposição de gerações ao longo do ano.
A perda ou redução das asas é geralmente acompanhada da perda dos tricobótrios (pêlos sensoriais muito finos dos tarsos), dos ocelos e órgãos coxais. Além disso há a retenção de um par de cerdas nos paraproctos (um par de lobos látero-ventrais ao ânus) nos adultos, indicando que aquele polimorfismo é associado com o fenômeno da neotenia.
Inimigos naturais

Seus predadores podem ser pássaros, pererecas, geconídeos (lagartos), aranhas, pseudoescorpiões, larvas de Neuroptera, formigas, reduviídeos, cimicoídeos, vespas e tripes.
=== Habitats ===
Os Psocoptera podem ser encontrados nas folhas, galhos ou troncos de árvores e arbustos, sob ou sobre a casca, em rochas, em [[caverna]]s, habitações humanas ou em produtos armazenados (incluindo grãos).
Algumas espécies ocorrem em vários habitats, mas muitas são confinadas a tipos específicos de vegetação.

=== Dieta ===
Se alimentam de [[alga]]s unicelulares, liquens, hifas de fungos, esporos e fragmentos de plantas ou tecidos de insetos mortos. Algumas espécies podem destruir coleções entomológicas.

=== Estágios imaturos ===
Os ovos são elipsoidais ou oblongos, de córion fino. A eclosão foi estudada em poucas espécies. Nestas, a ninfa é auxiliada no momento da eclosão, por uma estrutura arrebentadora da casca do ovo (“egg burster”), localizada na cutícula da região cefálica do embrião, mas tal estrutura é perdida imediatamente após a eclosão.

As ninfas apresentam por volta de seis instares, mas este número pode variar principalmente nas espécies polimórficas. Os rudimentos da genitália externa podem ser visualizados nas ninfas de último instar.

=== Reprodução ===
A [[cópula]], via de regra, é precedida por uma dança nupcial: o macho se expõe à face da fêmea e, em seguida, ele se apresenta de costas à fêmea tentando passar por baixo dela, pela frente. Em algumas espécies a fêmea apresenta um comportamento ativo de corte, às vezes, chega a ser dominante.

O cortejamento varia de poucos segundos a 10 minutos, e a cópula demora de poucos segundos à várias horas, dependendo da espécie. Os espermatozóides são transferidos em um espermatóforo.

Os ovos são postos isolados ou em grupo, sob ou sobre cascas ou folhas; neste último caso, geralmente na face inferior, adjacente a uma veia foliar. Podem ser recobertos por seda ou incrustados com fragmentos do ambiente.
A viviparidade ocorre em espécies de Archipsocopsis (Archipsocidae) e a partenogênese obrigatória é freqüente. Machos são raros em algumas espécies. Em outras, eles ocorrem em alguns períodos do ano mas não em outros; a partenogênese facultativa também ocorre.

As estratégias de desenvolvimento variam de espécie para espécie, podendo variar intraespecificamente, também, sob diferentes condições ambientais.

Os psocópteros podem ser univoltinos com um período de [[diapausa]]; multivoltinos facultativos, ou com reprodução contínua e sobreposição de gerações ao longo do ano.

=== Inimigos naturais ===
Seus [[predador]]es podem ser pássaros, pererecas, geconídeos (lagartos), aranhas, pseudoescorpiões, larvas de [[Neuroptera]], formigas, reduviídeos, cimicoídeos, vespas e tripes.
Como parasitas destacam-se fungos, nematóides e protozoários; e entre os parasitóides destacam-se os himenópteros Mymaridae e Braconidae.
Como parasitas destacam-se fungos, nematóides e protozoários; e entre os parasitóides destacam-se os himenópteros Mymaridae e Braconidae.
Importância econômica Podem causar certo prejuízo a produtos (incluindo grãos) armazenados, mas, de um modo geral, só têm acesso aos produtos mal-acondicionados. São de maior importância econômica em coleções entomológicas, herbários, bibliotecas e livrarias.
Geralmente ocorrem em residências, onde causam mais nojo que prejuízos. É provável que algumas espécies sejam hospedeiras intermediárias de platelmintos parasitas, como as fascíolas de ovinos.


== Importância econômica ==
[[categoria:Insectos]]

Podem causar certo prejuízo a produtos (incluindo grãos) armazenados, mas, de um modo geral, só têm acesso aos produtos mal-acondicionados. São de maior importância econômica em coleções entomológicas, herbários, bibliotecas e livrarias.
Geralmente ocorrem em residências, onde causam mais nojo que prejuízos. É provável que algumas espécies sejam hospedeiras intermediárias de platelmintos parasitas, como as fascíolas de ovinos.
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[[ja:チャタテムシ]]
[[lt:Šiengraužiai]]
[[nl:Stofluis]]
[[no:Støvlus]]
[[pl:Psotniki]]
[[sl:Prašne uši]]

Edição atual tal como às 15h12min de 29 de novembro de 2020

Como ler uma infocaixa de taxonomiaPsocoptera
Graphopsocus cruciatus
Graphopsocus cruciatus
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Subclasse: Pterygota
Superordem: Paraneoptera
Ordem: Psocoptera
Subordens
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Psocoptera é uma ordem de insetos que se alimentam de materiais orgânicos como a cola utilizada para encadernar livros, sendo conhecidos em inglês como "piolhos-de-livro" devido à frequência com que são encontrados entre papel velho e materiais semelhantes.[1] Eles apareceram pela primeira vez no período Permiano, há 295 a 248 milhões de anos. São muitas vezes considerados como o mais primitivo dos paraneopteras.[2] Seu nome origina-se do grego ψωκος, psokos significando "rompido" ou "raspado" e πτερα, ptera que significa "asas".[3] Existem mais de 5.500 espécies em 41 famílias e três subordens. Muitas destas espécies só foram descritas nos últimos anos.[4]

Na década de 2000, a evidência morfológica e molecular mostrou que os parasitas (Phthiraptera) evoluíram a partir da subordem psocopterana Troctomorpha.[5][6] Na sistemática moderna, a Psocoptera e a Phthiraptera são tratadas juntamente na ordem Psocodea.[7]

Anatomia e biologia

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Psocídeos são pequenos com um corpo plano relativamente generalizado. Eles se alimentam principalmente de fungos, algas, líquens e detritos orgânicos. Eles têm mandíbulas e o lóbulo central da maxila é modificado para uma haste delgada. Esta vara é usada para sustentar o inseto enquanto raspa detritos com suas mandíbulas. Eles também têm uma testa inchada, grandes olhos compostos e três ocelos. Algumas espécies podem acumular seda a partir das glândulas em sua boca.[8]

Referências

  1. «Introduction to barkflies» (em inglês). National Barkfly Recording Scheme (Britain and Ireland). Consultado em 16 de dezembro de 2013 
  2. Christopher O'Toole (2002). Firefly Encyclopedia of Insects and Spiders. Toronto: Firefly Books. ISBN 1-55297-612-2 
  3. John R. Meyer (5 de março de 2005). «Psocoptera». North Carolina State University. Consultado em 16 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 5 de fevereiro de 2007 
  4. Alfonso N. García Aldrete (2006). «New genera of Psocoptera (Insecta), from Mexico, Belize and Ecuador (Psoquillidae, Ptiloneuridae, Lachesillidae)» (PDF). Zootaxa. 1319: 1–14 
  5. Yoshizawa, K.; Johnson, K. P. (2006). «Morphology of male genitalia in lice and their relatives and phylogenetic implications». Systematic Entomology. 31 (2): 350–361. doi:10.1111/j.1365-3113.2005.00323.x 
  6. Johnson, K. P.; Yoshizawa, K.; Smith, V. S. (2004). «Multiple origins of parasitism in lice». Proceedings of the Royal Society of London. 271 (1550): 1771–1776. PMC 1691793Acessível livremente. PMID 15315891. doi:10.1098/rspb.2004.2798 
  7. Bess, Emilie, Vince Smith, Charles Lienhard, and Kevin P. Johnson (2006) Psocodea. Parasitic Lice (=Phthiraptera), Book Lice, and Bark Lice. Version 8 October 2006 (under construction). http://tolweb.org/Psocodea/8235/2006.10.08 in The Tree of Life Web Project, http://tolweb.org/
  8. Hoell, H.V., Doyen, J.T. & Purcell, A.H. (1998). Introduction to Insect Biology and Diversity, 2nd ed. [S.l.]: Oxford University Press. pp. 404–406. ISBN 0-19-510033-6 
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