Mostrar código-fonte de Revolta no Barém de 2011

{{Info/conflito civil
| título         = Revolta no Barém
| subconflitode  = [[Primavera Árabe]]
| imagem         = [[Imagem:BahrainUprising.png|300px]]
| legenda        = 
| período        = Principais protestos: <br />14 de fevereiro de 2011 – 18 de março de 2011<br />Protestos ocasionais:<br />18 de março de 2011 – 22 de novembro de 2014
| local          = {{flag|Barém}}
| coordenadas    = 
| causas         = <nowiki></nowiki>
* Corrupção
* Discriminação contra os xiitas
* Desemprego
* Ritmo lento da democratização<ref name="aljaz_febdominos">{{citar jornal|autor = Staff|título= Calls for Weekend Protests in Syria&nbsp;– Social Media Used in Bid To Mobilise Syrians for Rallies Demanding Freedom, Human Rights and the End to Emergency Law|data=4 de fevereiro de 2011|publicado= [[Al Jazeera]]|url=http://english.aljazeera.net/news/middleeast/2011/02/201122171649677912.html |acessodata=31 de março de 2011 |arquivourl=http://www.webcitation.org/5wLygnerq |arquivodata=8 de fevereiro de 2011 |urlmorta= não}}</ref><ref>Imtiaz, Saba (17 March 2011). [http://tribune.com.pk/story/133526/pakistani-workers-seek-cover-amid-bahrain-turmoil/ "Pakistani Workers Seek Cover Amid Bahrain Turmoil"]. ''[[The Express Tribune]]''. Retrieved 15 April 2011.</ref>
* [[Primavera Árabe|Inspiração dos protestos simultâneos regionais]]
| situação       = 
| objetivos      = 
* Abdicação do [[Hamad bin Isa Al Khalifa|Rei Hamad]]<ref name="guard_downwiththeking">{{citar jornal|autor =[[Staff writer]] |título= Bahrain Mourners Call for End to Monarchy&nbsp;– Mood of Defiance Against Entire Ruling System After Brutal Attack on Pearl Square Protest Camp That Left at Least Five Dead |data=18 de fevereiro de 2011 |publicado=Associated Press (via ''[[The Guardian]]'') | url = http://www.guardian.co.uk/world/2011/feb/18/bahrain-mourners-call-downnfall-monarchy |acessodata=31 de março de 2011 |arquivourl= http://www.webcitation.org/5waOzlomm |arquivodata=18 de fevereiro de 2011 |urlmorta= não|local=London}}</ref>
* Monarquia constitucional
* Deportação de mercenários estrangeiros<ref>Ahmad, Imtiaz (25 March 2011).  [http://www.hindustantimes.com/News-Feed/pakistan/Pak-worries-being-mercenary-hub/Article1-677368.aspx "Pak Worries Being Mercenary Hub"]. ''[[Hindustan Times]]''. Retrieved 15 April 2011.</ref>
* Reescrever a Constituição
* Acabar com as violações dos direitos humanos e econômicos<ref name="aljaz_febdominos" />
* Igualdade para os xiitas
* Eleições justas e liberdade<ref>Abdo, Genieve; Ali, Jasim Husain&nbsp;– essay (3 April 2011).  [http://english.aljazeera.net/indepth/opinion/2011/03/201132982742988712.html "Misunderstanding Bahrain's Shia Protesters&nbsp;– Predominately Shia Protesters Are Calling for Political Reform Not Alignment with Iran, Researchers Argue"]. [[Al Jazeera English]]. Retrieved 15 April 2011.</ref>
| resultado      = 
| métodos        = <nowiki></nowiki>
* [[Resistência civil]]
* Manifestações
* Greves gerais
* [[Auto-imolação]]<ref name="Al Wasat 14.1.2012">{{citar jornal|autor =[[Staff writer]] |título= وفاة بحرينية بعد إحراق نفسها في السنابس |data=14 de janeiro de 2012 |publicado=[[Al-Wasat (Bahraini newspaper)]] | url = http://www.alwasatnews.com/3416/news/read/621851/1.html |acessodata=14 de janeiro de 2012 |língua=ar}}</ref>
| lado1          = {{flagicon|Barém}} Partidos de oposição do Barém<br />
| lado2          = {{flagicon|Barém}} Governo do Barém<br />
[[Ficheiro:Flag of the Cooperation Council for the Arab States of the Gulf.svg|22px]] [[Conselho de Cooperação do Golfo]]
*[[Força do Escudo da Península]] liderada pela {{flag|Arábia Saudita}}
{{flagicon|Jordânia}} [[Forças Armadas Jordanianas]]<ref>{{ar}} [http://www.manamavoice.com/index.php?plugin=news&act=news_read&id=7466 "أحزاب المعارضة الأردنية تدين مشاركة قوات أردنية في قمع الاحتجاجات البحرينية"] {{Wayback|url=http://www.manamavoice.com/index.php?plugin=news&act=news_read&id=7466 |date=20170928060245 }}. United Press International (via [[Manama Voice]]). 6 September 2011. Retrieved 23 July 2012.</ref><ref>[http://www.manamavoice.com/index.php?plugin=news&act=news_read&id=7470 "الأردن تنفي وجود قوات لها في البحرين لقمع الأحتجاجات الشعبية"] {{Wayback|url=http://www.manamavoice.com/index.php?plugin=news&act=news_read&id=7470 |date=20170928060256 }}. Manama Voice. 7 September 2011. Retrieved 23 July 2012.</ref>
| lado3          = 
| líderes1       = {{flagicon|Barém}} Líderes da oposição
| líderes2       = {{flagicon|Barém}} [[Al Khalifa|Família Al Khalifa]]<br />
[[Ficheiro:Flag of the Cooperation Council for the Arab States of the Gulf.svg|22px]] [[Conselho de Cooperação do Golfo]]
| líderes3       = 
| total1         = 
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| total3         = 
| baixas1        = 93 civis mortos<br />2 900 feridos<br />2 929 presos
| baixas2        = 846 policiais feridos e 11 mortos (segundo o governo)
| baixas3        = 
| legenda_baixas = 
| notas          = 
}}

A '''Revolta no [[Barém]]'''<ref group=nota>Nome também grafado em português nas seguintes variações: '''Barein''', '''Bahrein''', '''Bahrain''' e '''Bareine'''. Ver secção ''[[Bahrein#Etimologia|Etimologia]] no artigo do país.''.</ref> foi uma série de violentas manifestações que ocorreram no país como parte da série de [[Protestos no mundo árabe em 2010-2011|protestos que ocorrem no mundo árabe]]. No país, os protestos tinham, em grande parte, o objetivo de uma troca do sistema de governo do país, da [[monarquia constitucional]] por um [[Parlamentarismo|sistema parlamentarista]], além de mais liberdades democráticas, de maior igualdade entre a maioria [[xiita]] do país, que se queixa de suposta discriminação por parte da dinastia [[sunita]] que os governa, a família Al-Khalifa.<ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,tres-paises-arabes-vivem-dia-de-protestos,679573,0.htm Três países árabes vivem dia de protestos]</ref>

Os protestos foram inicialmente destinados a obter maior liberdade política e igualdade para a maioria da população [[xiita]],<ref>[http://www.telegraph.co.uk/news/wikileaks-files/bahrain-wikileaks-cables/8334600/BAHRAINS-SHIA-POLITICAL-LEADERS-VISIT-IRAQ.html "Bahrain Shi Leaders Visit Iraq"]. ''[[The Daily Telegraph]]''. Obtido 20 de Janeiro de 2011.</ref> logo se expandiram para acabar com a monarquia do Rei Hamad<ref name="guard_downwiththeking" /> na sequência de um ataque mortal na noite de 17 de fevereiro de 2011 contra manifestantes na [[Praça da Pérola]] em [[Manama]],<ref name="bbc231injured">{{citar jornal|autor = Equipe de redação | url = http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12490286 |título= Bahrain Protests: Police Break Up Pearl Square Crowd |publicado=BBC News  |data=17 de Fevereiro de 2011 |acessodata=15 de Abril de 2011|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110405191818/http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12490286|arquivodata= 5 de Abril de 2011 <!--DASHBot-->|urlmorta= não}}</ref> conhecida localmente como a [[Quinta-Feira Sangrenta]].

Os manifestantes em Manama estavam acampados há dias na Praça da Pérola, que funcionava como o ponto central dos protestos. Depois de um mês, o governo solicitou tropas ao [[Conselho de Cooperação do Golfo]], que chegaram em 14 de março: reforçado por tropas da [[Arábia Saudita]] e dos [[Emirados Árabes Unidos]] pela [[Força do Escudo da Península]], o braço militar do [[Conselho de Cooperação do Golfo]],<ref>{{citar web|url=http://www.elmundo.es/elmundo/2011/03/14/internacional/1300122963.html|título=Soldados de países del Golfo entran en Bahrein|data=15/03/2011|publicado=[[El Mundo (Espanha)|El Mundo]]}}</ref> o que permitiu ao rei esmagar a oposição. A monarquia saudita impõe sua hegemonia sobre a região,<ref name="cetri-ajoury">Antoine Ajoury, Laurence Louër, « [http://www.cetri.be/spip.php?article2148&lang=fr L’Arabie saoudite réaffirme son leadership sur les monarchies du Golfe] », ''Centre tricontinental'', publicado em 24 de março de 2011, consultado em 30 de maio de 2011</ref> mas essa repressão aumenta o antagonismo entre as comunidades e classes dentro do país.<ref name="crisisgroup0604">ICG, « [http://www.crisisgroup.org/~/media/Files/Middle%20East%20North%20Africa/Iran%20Gulf/Bahrain/105-%20Popular%20Protests%20in%20North%20Africa%20and%20the%20Middle%20East%20-III-The%20Bahrain%20Revolt.ashx Popular Protests in North Africa and the Middle East (III): The Bahrain Revolt] {{Wayback|url=http://www.crisisgroup.org/~/media/Files/Middle%20East%20North%20Africa/Iran%20Gulf/Bahrain/105-%20Popular%20Protests%20in%20North%20Africa%20and%20the%20Middle%20East%20-III-The%20Bahrain%20Revolt.ashx |date=20110603064005 }} », ''International Crisis group'', Middle East/North Africa Report no 105, publicado em 6 de abril de 2011, consultado em 8 de junho</ref>
Um dia depois da intervenção, o [[rei do Barém]] declarou [[lei marcial]] e um [[estado de emergência]] de três meses.<ref name="BBCBahr15Mar">{{citar jornal|título= Bahrain King Declares State of Emergency after Protests |autor =Staff writer | url = http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12745608 |publicado=BBC News  |data=15 de Março de 2011 |acessodata=15 de Abril de 2011|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110405202821/http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12745608|arquivodata= 5 de Abril de 2011 |urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar jornal|autor =Cloud, David S.; Banerjee, Neela | url = http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-bahrain-flashpoint-20110316,0,1785627.story |título= Bahrain Protests: In Bahrain, Forces Move Against Protesters in Capital&nbsp;– Military Units and Police Push into Pearl Square Early Wednesday; Shooting Is Heard, But There Is No Word on Casualties&nbsp;– A Day Earlier, Bahrain's King Imposed a Three-Month State of Emergency and Ordered the Military To Battle the Unrest |obra=Los Angeles Times |data=16 de Março de 2011 |acessodata=15 de Abril de 2011|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110523070156/http://www.latimes.com/news/nationworld/world/la-fg-bahrain-flashpoint-20110316,0,1785627.story|arquivodata= 23 de Maio de 2011 |urlmorta= não}}</ref> A Praça da Pérola foi “limpa” de manifestantes e a estátua icônica em seu centro foi destruída. Depois do levante do estado de emergência em 1 de junho, o partido de oposição [[Al Wefaq]] organizou diversos protestos semanais<ref>Andrew Hammond (4 de Junho de 2012). [http://www.dailystar.com.lb/News/Middle-East/2012/Jun-04/175661-bahrain-says-group-follows-violent-shiite-cleric.ashx#axzz24wXQscSa "Bahrain says group follows violent Shi'ite cleric"]. Reuters. ''[[The Daily Star (Lebanon)|The Daily Star]]''. Obtido 6 de Setembro de 2012.</ref> normalmente com a presença de dezenas de milhares de pessoas.<ref>[http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/bahrain-forces-quash-protests-2253207.html "Bahrain forces quash protests"]. Reuters. ''[[The Independent]]''. 25 de Março de 2011. Obtido 6 de Setembro de 2012.</ref> Uma das suas marchas organizadas em 9 de março de 2012 participaram mais de 100 mil<ref name="AJE 10.3.2012">{{citar jornal|autor =Staff writer |título= Bahrain's Shias demand reform at mass rally |data=10 de Março de 2012 |publicado=Al Jazeera English | url = http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/03/201239144334860869.html |acessodata=10 de Março de 2012}}</ref> e uma das suas manifestações recentes em 31 de agosto atraiu dezenas de milhares de pessoas.<ref>[http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/08/2012831212940407882.html "Tens of thousands join protest in Bahrain"]. Al Jazeera English. 31 de Agosto de 2012. Obtido 6 de Setembro de 2012.</ref> Protestos e confrontos diários de menor escala continuaram principalmente fora dos distritos de negócios de Manama.<ref name="JSC live blog 25 January 2012">{{citar jornal|autor =Staff writer |título= Bahrain live blog 25 Jan 2012 |data=25 de Janeiro de 2012 |publicado=[[Al Jazeera English]] | url = http://blogs.aljazeera.com/liveblog/bahrain-jan-25-2012-1836 |acessodata=17 de Fevereiro de 2012}}</ref><ref name="JSC 15 February 2012">{{citar jornal|autor =Staff writer |título= Heavy police presence blocks Bahrain protests |data=15 de Fevereiro de 2012 |publicado=Al Jazeera English | url = http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/02/201221415146400277.html?utm_campaign=default&utm_source=social_flow&utm_medium=twitter |acessodata=17 de Fevereiro de 2012}}</ref> Em abril de 2012, mais de 80 pessoas morreram durante o levante.<ref name="AJE 23 April 2012">Gregg Carlstrom (23 de Abril de 2012). [http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2012/04/20124231124916976.html "Bahrain court delays ruling in activists case"]. Al Jazeera English. Obtido 14 de Junho de 2012.</ref>

A resposta da polícia foi descrita como uma repressão "brutal" contra os manifestantes pacíficos e desarmados, inclusive médicos e blogueiros.<ref name="BBC News">Law, Bill (6 de Abril de 2011).  [http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12975832 "Police Brutality Turns Bahrain Into 'Island of Fear']. ''[[Crossing Continents]]'' (via [[BBC News]]). Obtido 15 de Abril de 2011.</ref><ref>[[Press release]] (30 de Março de 2011).  [http://www.scoop.co.nz/stories/WO1103/S01049/usa-emphatic-support-to-saudi-arabia.htm "USA Emphatic Support to Saudi Arabia"].  [[Zayd Alisa]] (via [[Scoop (website)|Scoop]]).  Obtido 15 de Abril de 2011.</ref><ref>[[Patrick Cockburn|Cockburn, Patrick]] (18 de Março de 2011).  [http://www.independent.co.uk/news/world/middle-east/the-footage-that-reveals-the-brutal-truth-about-bahrains-crackdown-2245364.html "The Footage That Reveals the Brutal Truth About Bahrain's Crackdown&nbsp;– Seven Protest Leaders Arrested as Video Clip Highlights Regime's Ruthless Grip on Power"]. ''[[The Independent]]''. Obtido 15 de Abril de 2011.</ref> A polícia realizou incursões em casas a noite em bairros xiitas, espancamentos nos postos de controle, e negação de cuidados médicos em uma campanha de intimidação.<ref>Wahab, Siraj (18 de Março de 2011).  [http://arabnews.com/middleeast/article320723.ece "Bahrain Arrests Key Opposition Leaders"]. ''[[Arab News]]''. Obtido 15 de Abril de 2011.</ref><ref>Law, Bill (22 de Março de 2011). [http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12817106 "Bahrain Rulers Unleash 'Campaign of Intimidation'"]. ''[[Crossing Continents]]'' (via [[BBC News]]). Obtido 15 de Abril de 2011.</ref><ref>{{registration required|date=April 2011}} [http://www.ft.com/cms/s/0/3f6c2574-54b6-11e0-b1ed-00144feab49a.html "UK&nbsp;– Bahrain Union Suspends General Strike"]. ''[[Financial Times]]''.  22 de Março de 2011. Obtido 9 de Abril de 2011.</ref><ref>Chick, Kristen (1 de Abril de 2011). [http://www.csmonitor.com/World/Middle-East/2011/0401/Bahrain-s-calculated-campaign-of-intimidation "Bahrain's Calculated Campaign of Intimidation&nbsp;– Bahraini Activists and Locals Describe Midnight Arrests, Disappearances, Beatings at Checkpoints, and Denial of Medical Care&nbsp;– All Aimed at Deflating the Country's Pro-Democracy Protest Movement"]. ''[[The Christian Science Monitor]]''.  Obtido 15 de Abril de 2011.</ref> Mais de 2.929 pessoas foram presas,<ref name="aljazeera">http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2011/11/20111123125645404851.html</ref><ref>[http://www.washingtonpost.com/opinions/applying-pressure-on-bahrain/2011/05/09/AF3sV6bG_story.html Applying pressure on Bahrain], 2011 May 9, Retrieved 2011 May 9</ref> e pelo menos cinco pessoas morreram devido à [[tortura]] enquanto estavam sob custódia da polícia.<ref name="bici">{{citar web|título=Report of the Bahrain Independent Commission of Inquiry |tipo=Report|publicado=Bahrain Independent Commission of Inquiry |url=http://files.bici.org.bh/BICIreportEN.pdf |data=23 de novembro de 2011}}</ref>{{rp|287–8}}

== Precedentes ==
As raízes da revolta datam do início do {{séc|XX}}. O povo do Barém têm protestado esporadicamente ao longo das últimas décadas exigindo direitos sociais, econômicos e políticos. As manifestações estiveram presentes no início dos anos 1920 e na primeira eleição municipal foi realizada em 1926.<ref name="FA 28.2.2011">Jane Kinninmont (28 de Fevereiro de 2011). [http://www.foreignaffairs.com/articles/67553/jane-kinninmont/bahrains-re-reform-movement?page=show "Bahrain’s Re-Reform Movement"]. ''[[Foreign Affairs]]''. Obtido 21 de Julho de 2012.</ref>

Na década de 1990, um [[Distúrbios no Barém entre 1994 e 2000|levante]] fez com que [[Esquerda (política)|esquerdistas]], [[Liberalismo|liberais]] e [[islamismo|muçulmanos]] unissem forças contra o governo. A revolta terminou depois de [[Isa bin Salman al-Khalifa]] se tornar [[Emirado|emir]] em 1999<ref>{{en}}[http://www.acrli.org/countryprofiles/bahrain.html "Country Profiles Bahrain"] The Arab Center for the Development of the Rule of Law and Integrity Retrieved 2010-12-01</ref> e um referendo realizado em 14e 15 de fevereiro de 2001, unanimente, apoiou a [[Carta de Ação Nacional do Barém]], o que fez do país uma [[monarquia constitucional]].<ref name="UNDP-POGAR">{{en}}{{citar web|título=Country Theme: Elections: Bahrain|publicado=[[United Nations Development Programme|UNDP]]-Programme on Governance in the Arab Region|ano=2011| url =http://www.pogar.org/countries/theme.aspx?t=3&cid=2|acessodata=9 de fevereiro de 2011 |arquivourl=http://www.webcitation.org/5wNSNDw42 |arquivodata=9 de fevereiro de 2011|urlmorta= não}}</ref> As [[Eleições parlamentares no Barém em 2010|eleições de 2010]] também foram controversas.

=== História ===
{{multiple image
 | width1    = 170
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 | align     = 
 | footer    = Da esquerda para a direita: O Comitê da União Nacional em 1954 e o bloco religioso em 1973 no Parlamento.
   | image1    = National Union Committee of Bahrain.jpg
   | image2    = Bahrain Parliament 1973, religious block.jpg
}}
Governado pelos [[Al Khalifa]] desde 1783, o Barém foi um [[protetorado]] britânico na maior parte do {{séc|XX}}. Em 1926, [[Charles Belgrave]], um britânico operando como um "conselheiro" para o governante tornou-se o governante ''de facto''.<ref name="BBC 11.5.2012">[[Adam Curtis]] (11 de Maio de 2012). [http://www.bbc.co.uk/blogs/adamcurtis/2012/05/if_you_take_my_advice_-_id_rep.html "If you take my advice - I'd repress them"]. [[BBC News]]. Obtido 27 de Junho de 2012.</ref> O [[Comitê da União Nacional]] (NUC), formado em 1954, foi o primeiro grande desafio ao ''status quo''.<ref name=Khalaf>{{citar conferência|url=http://www.smi.uib.no/pao/khalaf.html |título= Contentious Politics in Bahrain, From Ethnic to National and Vice Versa |primeiro =Abdulhadi |último =Khalaf |autorlink =Abdulhadi Khalaf |conferencia=The Fourth Nordic Conference on Middle Eastern Studies: The Middle East in a Globalizing World, Oslo, 13–16 August 1998 |acessodata=22 de Julho de 2012}}</ref> Dois anos depois de sua formação, os líderes do NUC foram presos e deportados pelas autoridades. Em 1965, uma revolta de um mês que irrompeu pelos [[Bahrain Petroleum Company|trabalhadores petroleiros]] foi esmagada. No ano seguinte, um novo "conselheiro" britânico foi nomeado. [[Ian Henderson]] era então conhecido por supostamente ordenar a tortura e assassinatos no [[Quênia]]. Ele foi encarregado da designação e desenvolvimento da agência de inteligência.<ref name="BBC 11.5.2012"/>

[[Ficheiro:Essa bin Salman Al-Khalifa 1998.jpg|150px|thumb|O falecido Emir, [[Isa bin Sulman al-Khalifa]] dissolveu o Parlamento e suspendeu a Constituição em 1975]]

Em 1971, o Barém tornou-se um Estado independente e, em 1973, o país realizou sua primeira eleição parlamentar. No entanto, apenas dois anos depois, a Constituição foi suspensa e a Assembléia dissolvida pelo [[Isa bin Sulman al-Khalifa|posterior emir]].<ref name="BBC 11.5.2012"/> O estado dos direitos humanos se deteriorou no período entre 1975 e 2001, que viu uma grande repressão. Um suposto golpe de Estado foi tentado em 1981. Em 1992, 280 líderes da sociedade exigiram o retorno do parlamento e da constituição, o que o governo rejeitou.<ref name="HRW report">[http://www.unhcr.org/refworld/docid/45cafc9e2.html "Routine Abuse, Routine Denial: Civil Rights and the Political Crisis in Bahrain"]. [[Human Rights Watch]]. [[UNHCR]]. 1 de Janeiro de 2006. Obtido 19 de Julho de 2012.</ref> Dois anos depois, uma [[Distúrbios no Barém entre 1994 e 1999|revolta popular]] entrou em erupção. Ao longo do levante grandes manifestações e atos de violência ocorreram. Mais de 40 pessoas foram mortas, incluindo vários detidos sob custódia da polícia e pelo menos três policiais.<ref name="BBC 11.5.2012"/><ref name="HRW report"/>

Em 1999, [[Hamad bin Isa Al Khalifa]] sucedeu seu pai. Ele encerrou com sucesso o levante em 2001, depois da introdução de uma vasta gama de reformas, que 98.4 por cento dos bareinitas votaram favoravelmente por meio de um referendo em todo o país. No ano seguinte, as associações de oposição "se sentiram traídas", após o governo emitir uma nova constituição unilateral. Apesar das promessas anteriores, os nomeados da metade superior do parlamento receberam mais poderes do que os eleitos da metade inferior.<ref name="FA 28.2.2011"/>  O emir se tornou um rei com poderes executivos amplos.<ref name="bici"/>{{rp|15}} Quatro partidos de oposição boicotaram a eleição parlamentar de 2002, no entanto, em 2006 um deles, o [[Al Wefaq]] conquistou a maioria.<ref>[http://www.electionguide.org/country-news.php?ID=18 "Bahrain – News Archive"]. Election Guide. 24 de Setembro de 2011. Obtido 2 de Julho de 2012.</ref>  A participação nas eleições aumentou a divisão entre as associações da oposição. O [[Movimento Haq]] foi fundado e utilizou protestos de rua para buscar mudanças, em vez de trazer a mudança dentro do parlamento.<ref name="FA 28.2.2011"/> O período entre 2007 e 2010 foi marcado por protestos esporádicos que foram seguidos por grandes prisões.<ref name="HRW Torture Redux">[http://www.hrw.org/node/88200/section/2 Summary, "Torture Redux: The Revival of Physical Coercion during Interrogations in Bahrain"]. [[Human Rights Watch]]. 8 February 2010. ISBN 1-56432-597-0. Obtido 19 de Junho de 2011.</ref> Desde então, as tensões aumentaram "perigosamente".<ref name="Deep roots">Michele Dunne (18 de Fevereiro de 2011). [http://carnegieendowment.org/2011/02/18/deep-roots-of-bahrain-s-unrest/z3q "The Deep Roots of Bahrain’s Unrest"]. Carnegie Endowment for International Peace. Obtido 22 de Julho de 2012.</ref>

=== Direitos humanos ===
O estado dos direitos humanos no Barém foi criticado no período entre 1975 e 2001. O governo havia cometido vastas violações incluindo tortura sistemática.<ref name="Amnesty 27.9.1995">{{citar jornal|autor =[[Staff writer]] |título= Bahrain Sa'id 'Abd al-Rasul al-Iskafi |data=27 de Setembro de 1995 |publicado=[[Amnesty International]] | url = http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE11/019/1995/en/ae21a4fd-eb34-11dd-92ac-295bdf97101f/mde110191995en.html |acessodata=2 de Fevereiro de 2012}}</ref><ref name="HRW 1.6.1997">{{citar jornal|autor =[[Staff writer]] |título= Routine abuse, routine denial |data=1 de Junho de 1997 |publicado=Human Rights Watch | url = http://www.hrw.org/legacy/reports/1997/bahrain/ |acessodata=2 de Fevereiro de 2012}}</ref> Após reformas em 2001, os direitos humanos melhoraram significativamente<ref name=USstate2>US Department of State, [http://www.state.gov/g/drl/rls/hrrpt/2001/nea/8246.htm Bahrain Country Report on Human Rights Practices for 2001], and [http://www.unhchr.ch/Huridocda/Huridoca.nsf/0/80eb9dc26952a053c1256ba70051df4a?Opendocument Working group on arbitrary detention], para 90.</ref> e foram elogiados pela [[Anistia Internacional]].<ref name="AI_Bahr_promising">{{citar periódico|título=Bahrain: Promising human rights reform must continue|publicado=[[Amnesty International]]|data=13 de Março de 2001|url=http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE11/005/2001/en/d76b504c-f84c-11dd-a0a9-2bd73ca4d38a/mde110052001en.pdf|formato=PDF|acessodata=9 de Fevereiro de 2011|arquivourl=https://www.webcitation.org/5wNVoYKJs?url=http://www.amnesty.org/en/library/asset/MDE11/005/2001/en/d76b504c-f84c-11dd-a0a9-2bd73ca4d38a/mde110052001en.pdf|arquivodata=2011-02-09|jornal=|urlmorta=no}}</ref> Entretanto, começaram a deteriorar-se no final de 2007, quando a tortura e táticas de repressão estavam sendo usadas novamente.<ref name="HRW Torture Redux"/> Em 2010, a tortura tornou-se comum e o registro dos direitos humanos do Barém foi descrito como "sombrio" pela [[Human Rights Watch]].<ref>[http://www.hrw.org/en/world-report-2011/world-report-2011-bahrain "World Report 2011: Bahrain"]. Human Rights Watch. Obtido 26 de Junho de 2012.</ref> A maioria xiita há muito reclama do que chamam de discriminação sistemática.<ref name="AJE 13.2.2011">[http://www.aljazeera.com/news/middleeast/2011/02/2011213185556388117.html "Bahrain opposition calls for rally"]. Al Jazeera English. 13 de Fevereiro de 2011. Obtido 24 de Junho de 2012.</ref> Eles acusam o governo de sunitas naturalizados de países vizinhos<ref name="Issues behind">{{citar jornal| url = http://www.660news.com/news/world/article/185883--issues-behind-protests-in-bahrain|título= Issues Behind Protests in Bahrain|agência=Associated Press|obra= 660 News|data=18 de Fevereiro de 2011|acessodata=21 de Janeiro de 2012 }}</ref> e ''[[gerrymandering]]'' de distritos eleitorais.<ref>[http://www.indexoncensorship.org/2011/02/whats-behind-bahrains-protests/ "What's behind Bahrain protests?"]. [[International Freedom of Expression Exchange]]. 18 de Fevereiro de 2011. Obtido 21 de Julho de 2012.</ref>

A família real é [[sunita]], porém a comunidade xiita é majoritária (cerca de 70% da população), sendo vítima de discriminação no acesso à habitação, saúde e empregos no setor público<ref>{{citar web|url= http://tempsreel.nouvelobs.com/actualite/monde/20110216.FAP5146/poursuite-de-la-contestation-a-bahrein.html|website= [[Le Nouvel Observateur|NouvelObs]]|data= 16 fevereiro 2011|título= Cópia arquivada|acessodata= 2012-11-03|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110220180608/http://tempsreel.nouvelobs.com/actualite/monde/20110216.FAP5146/poursuite-de-la-contestation-a-bahrein.html|arquivodata= 2011-02-20|urlmorta= yes}}</ref> (empregos na área de segurança são proibidos, por exemplo<ref name="tisseron">[[Antonin Tisseron]], « [http://www.institut-thomas-more.org/actualite/bahrein-un-confetti-au-centre-des-luttes-dinfluence-dans-le-golfe-arabo-persique-2.html Bahreïn : un confetti au centre des luttes d’influence dans le golfe Arabo-persique] {{Wayback|url=http://www.institut-thomas-more.org/actualite/bahrein-un-confetti-au-centre-des-luttes-dinfluence-dans-le-golfe-arabo-persique-2.html |date=20120917170408 }} », ''Institut Thomas More'', publicado em 12 de abril, consultado em 5 de maio. Disponível em {{pdf}} : [http://www.institut-thomas-more.org/upload/media/tisseron-april2011-fr.pdf ICI]{{ligação inativa|data=novembro de 2020|1=2020-02-28}}</ref>). O regime privilegia imigrantes de religião sunita, incluindo naturalizados, a fim de fortalecer a comunidade sunita supostamente para apoiá-los.<ref name="crisisgroup0604"/>

=== Economia ===
O Barém é relativamente pobre quando comparado com os seus vizinhos ricos em recursos petrolíferos do Golfo; seu [[petróleo]] "praticamente secou"<ref name="Issues behind" /> e depende do setor bancário e do turismo.<ref name=EDB>{{citar web|título=Bahrain's economy praised for diversity and sustainability|url=http://www.bahrainedb.com/EDBInBahrain.aspx?id=2134|publicado=Bahrain Economic Development Board|acessodata=24 de Junho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101228154653/http://www.bahrainedb.com/EDBInBahrain.aspx?id=2134|arquivodata=2010-12-28|urlmorta=yes}}</ref>
É, portanto, um quase-protetorado da Arábia Saudita, cuja empresa petrolífera, [[Aramco]], explora seus campos de petróleo ainda em operação no Barém,<ref name="cetri-beaugrand">Claire Beaugrand, « [http://www.cetri.be/spip.php?article1480&lang=fr Bahreïn : mise au pas de l’opposition légaliste, surenchère de la minorité radicale] », ''Centre tricontinental'', publicado em 16 de dezembro de 2010, consultado em 30 de maio de 2011</ref> a Abou Safaa. A maioria das receitas públicas do Barém deste campo, depende da boa vontade de seus vizinhos para pagar a sua parte dos lucros.<ref name="cetri-ajoury"/> A produção do petróleo é complementada por refino, o Barém é uma refinaria do petróleo saudita.<ref name="iremmo-fichebahrein">IREMMO, « [http://www.lesclesdumoyenorient.com/Bahrein.html Bahrein] », ''Institut de recherche et d’études Méditerranée Moyen Orient'', consultado em 13 de junho de 2011</ref>

A taxa de desemprego no Barém está entre as maiores da região.<ref>Elizabeth Broomhall (7 de Julho de 2011). [http://www.arabianbusiness.com/bahrain-oman-have-highest-gulf-unemployment-rates-409116.html "Bahrain and Oman have highest Gulf unemployment rates"]. ''[[Arabian Business]]''. Obtido 9 de Julho de 2012.</ref> A [[pobreza extrema]] não existe no país, onde a renda média diária é de US$ 12.8, mas 11 por cento dos cidadãos sofrem de [[pobreza relativa]].<ref>[http://www.undp.org.bh/Files/MDG03/Goal1.pdf "Bahrain"]. [[United Nations Development Programme]]. Obtido 21 de Julho de 2012.</ref>

=== Relações internacionais ===
O Barém hospeda a [[Atividade de Apoio Naval do Barém]], porto-base da [[Quinta Frota dos Estados Unidos|Quinta Frota]], que assegura o abastecimento de petróleo dos [[Estados Unidos]]: 1.500 soldados estadunidenses estão permanentemente implantados no Barém. O [[Departamento de Defesa dos EUA]] considera o local como fundamental para suas tentativas de combater o poder militar iraniano na região.<ref name="Issues behind" /> O governo da [[Arábia Saudita]] e outros governos da [[Golfo Pérsico|região do Golfo]] apoiam fortemente o [[Rei do Barém]].<ref name="Issues behind"/><ref>{{citar jornal| url= http://www.theworldreporter.com/2011/03/saudi-arabian-troops-enter-bahrain.html|título= Saudi Arabian Troops Enter Bahrain, Bahrain Opposition Calls It War|autor =Shrivastava, Sanskar |obra=[[The World Reporter]]|data=15 de Março de 2011 |acessodata=15 de Abril de 2011 }}</ref> Embora oficiais do governo e meios de comunicação, muitas vezes acusam a oposição de serem influenciados pelo Irã, uma comissão nomeada pelo governo não encontrou nenhuma evidência que apoia essa reivindicação.<ref name="huffpost">{{citar jornal|autor =Staff writer |título=Human Rights in Bahrain, a Casualty of Obama's Double-Standard|data=10 de Novembro de 2011 |publicado=[[The Huffington Post]] | url =http://www.huffingtonpost.com/ahmed-shihabeldin/obama-bahrain-human-rights_b_1422011.html|acessodata=15 de Abril de 2012}}</ref> O Irã tem historicamente reivindicado o Barém como uma província,<ref>Adrian Blomfield (6 de Setembro de 2011). [http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/middleeast/bahrain/7983095/Bahrain-hints-at-Iranian-involvement-in-plot-to-overthrow-government.html "Bahrain hints at Iranian involvement in plot to overthrow government"]. ''The Telegraph''. Obtido 1 de Setembro de 2012.</ref> mas o pedido foi abandonado depois que um [[Consulta sobre a independência do Barém em 1970|referendo]] da [[ONU]] em 1970, revelar que a maioria das pessoas do Barém preferem a independência sobre o controle iraniano.<ref>Kenneth Katzman (21 de Março de 2011). [http://fpc.state.gov/documents/organization/159344.pdf "Bahrain: Reform, Security, and U.S. Policy"]. [[Congressional Research Service]]. Obtido 2 de Julho de 2012</ref>

== Cronologia dos protestos ==
{{desatualizado}}

=== 13 de fevereiro ===

No domingo à noite, três policiais ficaram feridos em confrontos com uma centena de pessoas que participavam numa manifestação não autorizada em [[Carzacane]].<ref name="Polícia">[http://www.jornaldamadeira.pt/not2008.php?Seccao=5&id=175564&sup=0&sdata= Polícia do Bahrein reprime protestos]{{ligação inativa|data=novembro de 2020|1=2020-02-28}}</ref>

=== 14 de fevereiro ===
Manifestantes protestaram, contra o governo e as forças de segurança carregaram sobre os manifestantes, tendo lançado bombas de [[gás lacrimogêneo]] e balas de borracha para dispersar protestos antigovernamentais em [[Nuaidrate]] antes de um comício que clamaria por reformas políticas. Foi o segundo confronto com os manifestantes desde 13 de fevereiro. No mesmo dia que o país comemora o novo aniversário da [[Constituição do Barém|Constituição de 2002]], que instaurou a eleição parlamentar no país. Mas a oposição exige mudanças mais profundas na dinastia que governa o Estado, apelando para uma transferência de poder dos monarcas para o parlamento. Dois manifestantes morreram no durante a repressão dos protestos, e, isso fez com que as redes sociais na Internet estivessem inundadas de apelos de grupos políticos de juventude, ativistas de direitos humanos e outros para participação na manifestação do dia anterior. Foi o dia mais violento de protestos até agora, que acabou ficando conhecido como "Dia de Raiva".<ref name="Polícia" /><ref>[http://pt.euronews.net/2011/02/14/dia-de-raiva-no-bahrein/ “Dia de Raiva” no Bahrein]</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=247331 |titulo=Bahrein: forças de segurança carregam sobre manifestantes |acessodata=2011-02-15 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120117200411/http://www.abola.pt/mundos/ver.aspx?id=247331 |arquivodata=2012-01-17 |urlmorta=yes }}</ref>

=== 15 de fevereiro ===
O bloco xiita no [[Parlamento do Barém]], que tem 18 deputados de um total de 40, anunciou que suspendeu sua participação na Assembleia em resposta à repressão das manifestações. "O movimento Al Wefaq suspendeu a participação no Parlamento, em consequência das reações selvagens às manifestações, que provocaram duas mortes", declarou [[Khalil Ibrahim al-Marzuq]], representante do grupo.<ref>[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5glUWEyAYpLaLt9u2gvwDbaZ9BKgQ?docId=CNG.41b52fb715dcbef87128f2a7914444bd.e1 Oposição xiita suspende participação Parlamento do Barém]</ref>

Após a morte dos dois rapazes, milhares de manifestantes ocuparam a [[praça da Pérola]], em [[Manama]], capital barenita. Na praça, rebatizada de 'praça da Nação', os manifestantes gritavam: "Nem sunitas, nem xiitas, somos todos barenitas". Mais cedo, policiais dispersaram cerca de 10 mil pessoas que protestavam em frente ao hospital, em luto por um dos manifestantes mortos ontem.<ref name="Grande protesto">[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,apos-duas-mortes-manifestantes-ocupam-praca-na-capital-do-bahrein,679864,0.htm Após duas mortes, manifestantes ocupam praça na capital do Bahrein]</ref>

=== 16 de fevereiro ===

Milhares de pessoas participaram dos funerais do manifestante morto na véspera pelas forças de segurança, enquanto outros acamparam em uma praça do centro da capital Manama para reclamar reformas e a emissão do primeiro-ministro. Depois que no dia anterior o rei, criticou a morte de manifestantes, o ministro Interior, xeque {{ilc|Raxide ibne Abedalá Alcalifa||Rashed bin Abdullah al-Khalifa}}, em um discurso exibido na televisão, manifestou "profundo pesar" e pediu desculpas pela morte dos manifestantes. Anunciou a detenção dos supostos assassinos. "Os responsáveis pela morte dos dois manifestantes foram detidos e iniciamos uma investigação para determinar as circunstâncias das mortes".

Mais de 2.000 pessoas, algumas pedindo a queda do regime, participaram no enterro de Fadel Salman Matruk em Mauz, um bairro xiita de Manama. Em função das mortes, a Associação do Acordo Nacional Islâmico ([[Al Wefaq]]), que ocupa 18 das 40 cadeiras da Câmara, suspendeu sua participação no Parlamento do reino de maioria xiita. Fadel Salman Matrouk teria sido morto no dia 15 em frente a um hospital, onde amigos e parentes estavam reunidos para o funeral de Msheymah Ali, falecido em decorrência dos ferimentos depois que a polícia dispersou, no dia 14, um protesto em uma cidade ao leste de Manama. Os dois homens foram referido como "mártires".<ref>[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jnFXsWwCUkCWty_dwoGbG9MbRZ8A?docId=CNG.d506fb4fce0fb4dbc14db2fdb5ac4512.3d1 Manifestantes prosseguem com protestos contra o regime de Bahrein]</ref>

Na noite do dia 14, a polícia reprimiu com violência uma manifestação. Os números oficiais gerais apontam para pelo menos dois mortos, mais de 320 feridos desde o começo dos confrontos.

=== 17 de fevereiro ===

As forças de segurança começaram a usar [[Tanque de guerra|tanques]], veículos de polícia e [[arame farpado]] para cercar e isolar a praça central. Milhares de manifestantes foram retirados à força da praça durante a madrugada pelos policiais, que usaram bombas de gás lacrimogêneo e golpes de bastão. O ministro do Interior, Raxide ibne Abedalá Alcalifa, fez um pronunciamento no canal de televisão estatal, proibindo novos protestos e alertando que o Exército tomará todas as medidas necessárias para garantir a segurança. Os líderes dos protestos avisaram que vão intensificar as manifestações, a maior delas está marcada para o dia 19 (sábado). O exército anunciou em comunicado que tem o controle de, praticamente, toda a capital (Manama) e que as manifestações continuam proibidas. Fontes médicas citadas por agências de notícias internacionais indicaram que pelo menos quatro pessoas morreram na repressão da manifestação de 17 de fevereiro. O comunicado do exército também sugere aos cidadãos a evitarem "as concentrações em zonas vitais do centro da capital".<ref>[http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=1786438]</ref>

Uma reunião extraordinária foi convocada para o dia 17 pelo [[Conselho de Cooperação do Golfo]] (CCG). O órgão é integrado por Barém, [[Arábia Saudita]], [[Emirados Árabes Unidos]], [[Omã]], [[Catar]] e [[Cuaite]].<ref name="Mortos e feridos">[http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2011/02/17/policia-usa-tanques-para-dispersar-manifestantes-contrarios-ao-governo-em-bahrein/ Polícia usa tanques para dispersar manifestantes contrários ao governo em Bahrein]</ref> Os chefes das diplomacias dos países mostraram seu apoio ao Barém. "Nossa segurança é uma responsabilidade coletiva e está fora de questão aceitar ingerências externas", dizia o texto. Por outro lado, o ministro de Relações Exteriores justificou diante da imprensa a intervenção das forças de segurança contra os manifestantes pela necessidade de impedir um conflito e uma crise econômica.<ref name="Conselho de Cooperação do Golfo">[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jbD4rdgPc_Qs_h6h6nIU-4CQ_4HQ?docId=CNG.a41fb1a52e885b2417de92436f1310b6.1181 Monarquias do Golfo anunciam apoio a Bahrein]</ref>

O Governo do Barém afrima estar disposto a conversar sobre possíveis reformas políticas, mas antes quer entrar em acordo com diferentes partidos da oposição, afirmou um político do Parlamento, Adel al-Mouwda. "O Governo está disposto a conversar, mas isso leva tempo", afirmou o legislador, do partido al-Asalah, em declarações à rede de televisão [[Al Jazeera]]. Segundo o legislador de seu partido, a população barenita tem de acalmar-se e buscar canais de negociação "para não arrastar o país a uma situação pior".<ref>[http://noticias.terra.com.br/noticias/0,,OI4950324-EI188,00-Governo+do+Bahrein+disposto+a+dialogar+sobre+reformas.html Governo do Bahrein disposto a dialogar sobre reformas]{{ligação inativa|data=novembro de 2020|1=2020-02-28}}</ref> O número geral da crise política no país já soma seis mortes e pelo menos 95 feridos.<ref name="Mortos e feridos" />

=== 18 de fevereiro ===

Milhares de bareinitas protestaram na cidade de [[Sitra (cidade)|Sitra]], dando adeus aos três jovens mortos no dia 17 durante a repressão policial a um movimento pacífico. Gritando "O povo quer a queda do regime" ou "Morte aos Alcalifa", a multidão marchou por horas no centro desta cidade xiita na periferia de Manama, onde foram enterrados três dos quatro manifestantes mortos no dia anterior por policiais na Praça da Pérola, apelidada de "Praça da Libertação" pelos manifestantes. Avançando lentamente, a multidão acompanhou cada um dos três "mártires" (como foram apelidados os mortos pelas forças de segurança) em uma procissão que acabou se transformando em um verdadeiro movimento político. Agitando a [[Bandeira do Barém|bandeira vermelha e branca]] do país, oradores tentavam não dar dimensões confessionais à procissão, entoando um slogan que ficou popular no país: "Nem xiitas, nem sunitas. Unidade Nacional".<ref name="Dia 18" />

Os gritos da manifestação que exigia a saída do rei e do seu círculo próximo foram abafados por tanques e forte ofensiva policial – quatro pessoas morreram e 231 ficaram feridas. Mas os protestos voltaram à praça. E desta vez foram soldados a controlar a situação. "Há muitos feridos, alguns em estado crítico", afirmou à [[Reuters]] Jalal Firooz, da [[Al-Wefaq]].<ref>{{Citar web |url=http://www.publico.pt/Mundo/militares-do-bahrein-dispararam-contra-centenas-de-pessoas-na-praca-perola_1481046 |titulo=Militares do Bahrein dispararam contra centenas de pessoas na praça Pérola  |acessodata=2011-02-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110222163504/http://www.publico.pt/Mundo/militares-do-bahrein-dispararam-contra-centenas-de-pessoas-na-praca-perola_1481046 |arquivodata=2011-02-22 |urlmorta=yes }}</ref> "De manhã, o rei lamenta as mortes; a noite, nos ataca", esbravejou um aposentado.<ref name="Dia 18" />

"Na Praça da Pérola, vocês impuseram suas vontades às autoridades, que tentaram lhes reprimir com violência", lançou o militante islâmico Abdel Wahab Hussein, antes de acrescentar que a repressão é "a prova do colapso do regime". Falando para a multidão através de um megafone, ele enumerou as reformas políticas reivindicadas pela oposição, antes de destacar que "o ministro do Interior e os dirigentes que deram a ordem de atirar contra os manifestantes no dia 17 deveriam ser julgados". "Enquanto vivermos, não esqueceremos jamais o sangue dos mártires", respondeu a multidão, de forma sincronizada e organizada. "Peço aos irmãos sunitas para que sejam solidários, pois, um dia, eles podem ser as próximas vítimas" do regime, declarou Ahmed.<ref name="Dia 18" />

Até mesmo contra a organização da [[Fórmula 1]] os protestos foram dirigidos. "Senhor Ecclestone, será que vale sacrificar nossas vidas pelo prêmio de Fórmula 1?", proclamava uma faixa agitada por jovens, à frente do cortejo. [[Bernie Ecclestone]] era o grande chefe da Fórmula 1, cuja temporada 2011 deveria começar no dia 13 de março, no [[Circuito Internacional do Barém]].<ref name="Dia 18">[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iFpwYTOH4GxlXLh_8jSV0j8NElbg?docId=CNG.37d1e9b8df335e5bef72653eaeb542ac.01 Funeral de 'mártires xiitas' em Barém termina em passeata política]</ref>

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 | footer    = <center>A tropa de choque e manifestantes confrontando-se violentamente em Manama em 13 de Março.</center>
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 | footer    = <center>A tropa de choque e forças do exército apoiadas por veículos blindados e um helicóptero militar na Praça da Pérola em 16 de Março.</center>
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}}

== Reações ==
=== Domésticas ===
*O rei Al-Khalifa, lamentou, em um discurso na TV estatal, a morte dos dois manifestantes xiitas e anunciou a formação de uma comissão de investigação ministerial. Ele também ofereceu condolências às famílias das vítimas e prometeu implementar reformas, entre as quais aliviar a restrição à imprensa e à internet.<ref name="Grande protesto" /><ref name="Doméstica">[http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5iUQlWq0jRnz9YETnedVf7sUUMcqw?docId=CNG.41b52fb715dcbef87128f2a7914444bd.5f1 Rei do Barém lamenta mortes de xiitas e anuncia investigação]</ref>

*A fim de protestar contra a repressão das manifestações e a morte de dois homens, o principal bloco de oposição xiita do Parlamento suspendeu sua participação na assembleia.<ref name="Doméstica" />

=== Internacionais ===
A revolta teve consequências para o Barém por parte da [[comunidade internacional]], bem como os investidores estrangeiros, incluindo a Fórmula Um, que cancelou o [[Grande Prêmio do Barém de 2011|Grande Prêmio do Barém]], devido à instabilidade e protestos pelos atos do governo do Barém.<ref>Equipe de redação (21 de Fevereiro de 2011).  [http://news.bbc.co.uk/sport1/hi/motorsport/formula_one/9402871.stm "Bahrain Grand Prix Called Off After Protests"]. BBC News. Obtido 19 de Abril de 2011.</ref> Os governos ocidentais e organizações geralmente têm expressado mais magnanimidade para com o governo do Barém, visto como um aliado-chave da [[União Europeia]] e dos [[Estados Unidos]] e um baluarte próximo contra o [[Irã]], do que têm para com outros governos acusados de violar os [[direitos humanos]] de manifestantes durante a [[Primavera Árabe]].<ref>Phillips, Leigh (23 de Março de 2011).  [http://www.guardian.co.uk/world/2011/mar/23/bahrain-protest-crackdown-eu-envoy "Bahrain Protest Crackdown Defended by European Union Envoy&nbsp;– EU Foreign Policy Adviser Robert Cooper Downplays Violence Against Pro-Democracy Protesters Saying 'Accidents Happen'"]. ''[[The Guardian]]''. Obtido de 19 de Abril de 2011.</ref><ref name="Askari">Askari, Hossein; essay (18 de Março de 2011). [http://nationalinterest.org/commentary/marriage-made-hell-5039?page=2 "A Marriage Made in Hell"]. ''[[The National Interest]]''.  Obtido 21 de Abril de 2011.</ref><ref>{{citar jornal|primeiro =Hugh|último =Tomlinson|agência=The Australian|data=21 de Julho de 2011|acessodata=21 de Julho de 2011|título=US may quit troubled Bahrain|url=http://www.theaustralian.com.au/news/world/us-fleet-may-quit-troubled-bahrain/story-e6frg6so-1226098580227|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110720214621/http://www.theaustralian.com.au/news/world/us-fleet-may-quit-troubled-bahrain/story-e6frg6so-1226098580227|arquivodata= 20 de Julho de 2011 <!--DASHBot-->|urlmorta= não}}</ref> Os Estados Unidos e o [[Reino Unido]] condenaram o uso da violência por parte das autoridades do Barém. Não exigem mudança de regime ou ameaçam com sanções.<ref>{{citar jornal|autor =Staff writer |data=19 de Fevereiro de 2011 | url = http://www.bbc.co.uk/news/uk-12514696 |título= Hague Condemns Violence in Libya, Bahrain and Yemen |publicado=BBC News  |acessodata=21 de Abril de 2011|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110405190549/http://www.bbc.co.uk/news/uk-12514696|arquivodata= 5 de Abril de 2011 <!--DASHBot-->|urlmorta= não}}</ref><ref>{{citar jornal|url=http://www.politico.com/politico44/perm/0411/long_distance_116efb9e-ca50-4ba7-be23-f14cd0105462.html|agência=Politico|data=30 de abril de 2011|acessodata=1 de Maio de 2011|título=Obama dials Bahrain, Kazakhstan}}</ref>

O Irã expressou forte apoio para os manifestantes, a maioria dos quais seguem o [[Islã]] [[xiita]], a religião estatal iraniana.<ref>Equipe de redação (16 de Março de 2011).  [http://www.irishtimes.com/newspaper/breaking/2011/0316/breaking3.html "Iran Condemns Bahraini Assault"].  [[Reuters]] (via ''[[The Irish Times]]'').  Obtido 19 de Abril de 2011.</ref><ref>{{citar web |autor=Equipe de redação |data=16 de Março de 2011 |url=http://www.isna.ir/ISNA/NewsView.aspx?ID=News-1735952&Lang=E |título=Iran FM Discusses Bahrain Crisis with UN, AL Chiefs |publicado=[[Iranian Students News Agency]] |acessodata=19 de Abril de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110318085822/http://isna.ir/ISNA/NewsView.aspx?ID=News-1735952&Lang=E |arquivodata=2011-03-18 |urlmorta=yes }}</ref> As relações entre [[Teerã]] e [[Manama]] esfriaram consideravelmente durante o levante, com ambos os países expulsando embaixadores uns dos outros.<ref>Equipe de redação (20 de Março de 2011).  [http://www.upi.com/Top_News/World-News/2011/03/20/Iran-escalates-diplomatic-row-with-Bahrain/UPI-81421300644104/ "Iran Escalates Diplomatic Row with Bahrain"]. [[United Press International]]. Obtido 19 de Abril de 2011.</ref><ref>{{citar web|autor =Equipe de redação | url = http://www.gulf-daily-news.com/NewsDetails.aspx?storyid=301887 |título= Bahrain Recalls Envoy to Iran |obra=[[Gulf Daily News]] |data=16 de Março de 2011 |acessodata=19 de Abril de 2011}}</ref> O Irã se juntou ao [[Iraque]], em oposição a intervenção militar do [[Conselho de Cooperação do Golfo]] no Barém.<ref name="autogenerated1">{{citar web|autor =Equipe de redação |data=17 de Março de 2011 | url = http://www.abc.net.au/news/stories/2011/03/17/3166047.htm?section=justin |título= Shiites Rally Behind Bahrain Protesters |publicado=[[Agence France-Presse]] (via [[ABC News (Australian Broadcasting Corporation)|ABC News]]) |acessodata=20 de Abril de 2011}}</ref> Aliados do governo do Barém, como a [[Arábia Saudita]] e outros Estados membros do CCG, que por outro lado culparam o Irã por incitar turbulência no pequeno arquipélago e questionaram a legitimidade das reivindicações dos manifestantes,<ref>{{citar jornal|url=http://www.washingtonpost.com/world/bahrain-crackdown-fueling-tensions-between-iran-saudi-arabia/2011/04/21/AFVe6WPE_story.html|agência=The Washington Post|data=22 de Abril de 2011|acessodata=21 de Julho de 2011|título=Bahrain crackdown fueling tensions between Iran, Saudi Arabia|primeiro =Greg|último =Jaffe}}</ref> ecoando declarações de Manama.<ref>{{citar jornal|url=http://ipsnews.net/news.asp?idnews=56562|agência=IPS News|data=20 de Julho de 2011|acessodata=21 de Julho de 2011|título=Bitter Divides Persist Below Bahrain's Relatively Calm Surface|último =Slavin|primeiro =Barbara}}</ref>

Milhares de manifestantes xiitas surgiram no Iraque e [[Qatif]], na Arábia Saudita, em oposição à [[Força do Escudo da Península|intervenção liderada pelos sauditas]] no Barém. O Conselho de Cooperação do Golfo e o governo saudita defendem a ação como necessária para restaurar a estabilidade e a segurança no país.<ref>al-Ansary, Khalid (16 de Março de 2011).  [http://www.reuters.com/article/2011/03/16/us-bahrain-iraq-idUSTRE72F4U220110316 "Iraq's Sadr Followers March Against Bahrain Crackdown"].  [[Reuters]].  Obtido 15 de Abril de 2011.</ref><ref>{{citar jornal|autor =Arango, Tim |título= Shiites in Iraq Support Bahrain’s Protesters |obra=The New York Times |data=2 de Abril de 2011 | url = http://www.nytimes.com/2011/04/02/world/middleeast/02iraq.html}}</ref>

Organizações de direitos humanos, incluindo a [[Anistia Internacional]] e ''Physicians for Human Rights'' têm documentado supostas atrocidades no Barém e a dura resposta das autoridades condenado à revolta.<ref>[[Press release]] (17 de Março de 2011).  [http://amnesty.org/en/news-and-updates/report/evidence-bahraini-security-forces%E2%80%99-brutality-revealed-2011-03-16 "Evidence of Bahraini Security Forces' Brutality Revealed"]. [[Amnesty International]]. Obtido 21 de Abril de 2011.</ref><ref>Press Release, Physicians for Human Rights, PHR Condemns Arrest of Prominent Bahraini Human Rights Activist and Family Members; Urges Immediate US Government Intervention  http://physiciansforhumanrights.org/press/press-releases/news-2011-04-09.html</ref> O tratamento de profissionais médicos acusados de financiar ativistas da oposição tem sido uma fonte particular de perigo para os críticos do governo, incluindo tanto os defensores dos direitos humanos e jornalistas que trabalham na região.<ref>{{citar jornal|url=http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-i-saw-these-brave-doctors-trying-to-save-lives-ndash-these-charges-are-a-pack-of-lies-2297100.html|agência=The Independent|primeiro =Robert|último =Fisk|data=14 de Junho de 2011|acessodata=14 de Junho de 2011|título=Robert Fisk: I saw these brave doctors trying to save lives – these charges are a pack of lies|local=London|arquivourl= http://web.archive.org/web/20110708210729/http://www.independent.co.uk/opinion/commentators/fisk/robert-fisk-i-saw-these-brave-doctors-trying-to-save-lives-ndash-these-charges-are-a-pack-of-lies-2297100.html|arquivodata= 8 de Julho de 2011 <!--DASHBot-->|urlmorta= não}}</ref>

==== Órgãos supranacionais ====
*{{EUR}}: A chefe da diplomacia da UE fez saber que os 27 integrantes do bloco estão muito preocupados com a violência e com as mortes e feridos dos confrontos.<ref name="Reações">[http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Internacional/Interior.aspx?content_id=1786472 Apelos internacionais à calma no Barém]</ref>

==== Países ====
*{{BRA}}: O governo do Brasil acompanha com preocupação o agravamento da crise no país e apelou para que as autoridades busquem um acordo com os manifestantes, envitando mais confrontos e violência. Por meio do Ministério das Relações Exteriores, o governo conclamou as partes a buscarem encaminhamento pacífico para as demandas e manifestou a expectativa de que as autoridades do Reino do Barém garantam, sem o recurso à violência, a liberdade de expressão e os direitos civis da população.<ref>{{Citar web |url=http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=11532432&canal=401 |titulo=Governo brasileiro acompanha crise no Barém com preocupação |acessodata=2011-02-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120111070117/http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=11532432&canal=401 |arquivodata=2012-01-11 |urlmorta=yes }}</ref>
*{{EUA}}: O país está entre os que pedem um travão na violência confessando preocupação com este velho aliado. É no Barém que está estacionada a quinta frota da [[Marinha dos Estados Unidos|marinha norte-americana]], responsável pela segurança no [[Golfo Pérsico]], no [[mar Vermelho]], no [[mar Arábico]] e na costa leste da África até ao [[Quênia]]. Por isso, o Pentágono segue de perto todos os desenvolvimentos da situação barenita. Em 15 de fevereiro, o departamento norte-americano de defesa pediu ao Governo do país que trave a violência.<ref name="Reações" /> O presidente [[Barack Obama]] conversou no dia 18 com o [[rei do Barém]], e condenou a violência das forças do governo. Obama "reafirmou que condena a violência utilizada contra os manifestantes pacíficos, e exigiu do governo do Barém que mostre moderação e puna os responsáveis pela violência".<ref>[http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4952936-EI294,00-Obama+fala+com+rei+do+Bahrein+e+condena+repressao.html Obama fala com rei do Bahrein e condena repressão]</ref>
*{{ISR}}:O primeiro-ministro [[Benjamin Netanyahu]] disse que o mundo árabe está passando por um "terremoto", mas que ele espera "o melhor" para os países envolvidos. O chefe de governo israelense disse esperar que a crise entre os países árabes fortaleça os acordos de paz e gere novos pactos, mas afirmou que seu país permanece "preparado para qualquer possibilidade". Israel tem tratados com alguns países da região, mas o clima de instabilidade preocupa as autoridades.<ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,netanyahu-mundo-arabe-esta-passando-por-terremoto,679567,0.htm Netanyahu: mundo árabe está passando por 'terremoto']</ref>

==== Organizações ====
*[[Ficheiro:Flag of the Cooperation Council for the Arab States of the Gulf.svg|20px|border]] [[Conselho de Cooperação do Golfo]]: O órgão, em reunião extraordinária no dia 17 de fevereiro deu total apoio ao governo do Barém. "Expressamos o nosso total apoio a Barém no plano político, econômico, de segurança e de defesa", asseguraram em um comunicado os representantes do CCG.<ref name="Conselho de Cooperação do Golfo" />
*[[Ficheiro:Flag of the United Nations.svg|20px|border]] [[Organização das Nações Unidas]]: A alta comissária de Direitos Humanos da ONU, [[Navi Pillay]], criticou duramente o governo do Barém (além também  do governo da [[Líbia]])  pelas violentas repressões aos manifestantes. Ela qualificou de "ilegal e excessivamente pesada a reação de vários governos [...] às exigências legítimas de seu povo."<ref>[http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,onu-critica-repressao-na-libia-e-no-barein,681396,0.htm ONU critica repressão na Líbia e no Barein]</ref>
* O [[Grande Prêmio do Barém]], que estava marcado para ser realizado no dia 13 de março, marcando a abertura da temporada 2011 da [[Fórmula 1]], foi cancelado.<ref>{{citar web|url=http://esporte.uol.com.br/f1/ultimas-noticias/2011/02/21/manifestacoes-politicas-no-bahrein-mudam-local-da-1-etapa-da-formula-1.jhtm|titulo=Manifestações políticas no Bahrein mudam local da 1ª etapa da Fórmula 1|autor=UOL Esportes|publicado=UOL|data=21 de fevereiro de 2011|acessodata=12 de março de 2011}}</ref>

== Ver também ==
*[[Primavera Árabe]]
**[[Revolução de Jasmim]]
**[[Revolução no Egito em 2011]]
**[[Revolta no Iêmen em 2011-2012]]
**[[Guerra Civil Líbia (2011)|Guerra Civil Líbia]]
**[[Guerra Civil Síria]]
*[[Mundo árabe]]
*[[Irmandade Muçulmana]]

{{Referências|col=3}}

== Notas ==
<references group="nota"/>

{{Protestos Mundo Árabe}}
{{Conflitos na Ásia do pós-Guerra Fria}}
{{Portal3|Política|Barein|História|Eventos atuais}}

[[Categoria:Primavera Árabe|Barém]]
[[Categoria:Política do Barém]]
[[Categoria:Revolta no Barém em 2011-2012| ]]
[[Categoria:Conflitos em 2011]]
[[Categoria:2011 no Bahrein]]
[[Categoria:2012 no Bahrein]]
[[Categoria:Conflitos em 2012]]
[[Categoria:Conflitos entre sunitas e xiitas]]
[[Categoria:Revoluções não violentas]]
[[Categoria:Conflitos em 2013]]
[[Categoria:Conflitos em 2014]]
[[Categoria:Conselho de Cooperação do Golfo]]