Mostrar código-fonte de História da teoria gravitacional

{{multiple image
| perrow = 2
| total_width = 250
| header = Pioneiros da teoria gravitacional
| header_align = center
| caption_align = center
| image1 = Aristotle Altemps Inv8575.jpg
| caption1 = [[Aristóteles]]
| image2 = Galileo.arp.300pix.jpg
| caption2 = [[Galileu Galilei]]
| image3 = GodfreyKneller-IsaacNewton-1689.jpg
| caption3 = [[Isaac Newton]]
| image4 = Einstein-formal portrait-35.jpg
| caption4 = [[Albert Einstein]]
}}
Na [[física]], as teorias da [[Gravidade|gravitação]] postulam mecanismos de interação que regem os [[movimento]]s dos [[Corpo (física)|corpos]] com [[massa]]. Existem inúmeras teorias da gravitação desde os [[Idade Antiga|tempos antigos]]. As primeiras fontes existentes que discutem tais teorias são encontradas na [[Filosofia da Grécia Antiga|filosofia grega antiga]]. Este trabalho foi promovido durante a [[Idade Média]] por [[cientista]]s [[indianos]], [[Islão|islâmicos]] e [[Demografia da Europa|europeus]], antes de ganhar grandes avanços durante a [[Renascimento|Renascença]] e a [[Revolução Científica]] — culminando na formulação da [[Lei da gravitação universal|lei da gravidade de Newton]], que foi substituída pela [[teoria da relatividade]] de [[Albert Einstein]] no início do século XX.

O [[filósofo]] [[Gregos|grego]] [[Aristóteles]] ({{fl.|século IV a.C.}}) descobriu que objetos imersos em um meio tendem a cair a velocidades proporcionais ao seu peso. [[Vitrúvio]] ({{Floruit|1.º século a.C.|lk=no}}) entendeu que os objetos caem com base na sua gravidade específica. No século VI d.C., o estudioso [[Império Bizantino|bizantino]] [[Alexandria|alexandrino]] [[João Filopono]] modificou o [[Física aristotélica|conceito aristotélico de gravidade]] com a [[teoria do ímpeto]]. No século VII, o astrônomo indiano [[Brahmagupta]] falou da gravidade como uma força atrativa. No século XIV, os filósofos europeus [[Jean Buridan]] e [[Alberto da Saxônia (filósofo)|Alberto da Saxônia]] — que foram influenciados por certos estudiosos islâmicos{{efn|[[Avicena]] e [[Abu'l-Barakāt al-Baghdādī]], respectivamente.<ref name=Sayili/><ref name=Gutman/>}}—desenvolveram a teoria do ímpeto e ligaram-na à aceleração e à massa dos objetos. Albert também desenvolveu uma lei de proporção relativa à relação entre a [[velocidade]] de um objeto em [[queda livre]] e o [[tempo]] decorrido.

Os [[italianos]] do século XVI descobriram que os objetos em queda livre tendem a acelerar igualmente. Em 1632, [[Galileu Galilei]] apresentou o [[Invariância de Galileu|princípio básico da relatividade]]. A existência da [[Constante gravitacional universal|constante gravitacional]] foi explorada por vários pesquisadores a partir de meados do século XVII, ajudando [[Isaac Newton]] a formular sua lei da gravitação universal. A [[mecânica clássica]] de Newton foi substituída no início do século XX, quando Einstein desenvolveu as teorias [[Relatividade restrita|especial]] e [[Relatividade geral|geral]] da relatividade. Um elementar [[Gráviton|portador de força da gravidade]] é hipotetizado em abordagens da [[Gravitação quântica|gravidade quântica]], como a [[teoria das cordas]], em uma potencialmente unificada [[teoria de tudo]].

== Mundo islâmico ==
{{See also|Física islâmica medieval|astronomia islâmica}}

=== Avicena ===
[[Imagem:1950 "Avicenna" stamp of Iran (cropped)2.jpg|thumb|upright=0.8|Avicena]]
No século IX, o [[polímata]] [[Persas|persa]] [[Avicena]] concordou com a teoria de Filopono de que "o objeto movido adquire uma inclinação do motor" como uma explicação para o [[movimento parabólico]].<ref>{{citar livro|último1=McGinnis|primeiro1=Jon|último2=Reisman|primeiro2=David C.|título=Classical Arabic philosophy: an anthology of sources|url=https://books.google.com/books?id=V9ITPVoGjsoC&pg=PA147|acessodata=16 de junho de 2010|ano=2007|publicado=Hackett Publishing|isbn=978-0-87220-871-1|página=174}}</ref> Avicena publicou então sua própria teoria do ímpeto em ''[[O Livro da Cura]]'' (c. 1020). Ao contrário de Filopono, que acreditava que era uma virtude temporária que declinaria mesmo no [[vácuo]], Avicena a via como persistente, exigindo forças externas, como a [[Arrasto|resistência do ar]], para dissipá-la.<ref name="Espinoza">{{citar periódico|último1= Espinoza |primeiro1= Fernando  |data= 2005 |título= An analysis of the historical development of ideas about motion and its implications for teaching |periódico= Physics Education | volume = 40 |número= 2|página= 141 | doi=10.1088/0031-9120/40/2/002|bibcode = 2005PhyEd..40..139E | s2cid = 250809354 }}</ref><ref name="Nasr">{{citar livro|autor=[[Seyyed Hossein Nasr]] |título=The Islamic intellectual tradition in Persia |último2=Mehdi Amin Razavi |data=1996 |publicado=[[Routledge]] |isbn=978-0-7007-0314-2 |página=72}}</ref><ref name="Sayili">{{citar periódico|autor=Sayili |primeiro=Aydin |autorlink=Aydin Sayili |data=1987 |título=Ibn Sīnā and Buridan on the Motion of the Projectile |periódico=Annals of the New York Academy of Sciences |volume=500 |número=1 |páginas=477–482 |bibcode=1987NYASA.500..477S |doi=10.1111/j.1749-6632.1987.tb37219.x |s2cid=84784804}}</ref> Avicena fez distinção entre 'força' e 'inclinação' (''mayl''), e argumentou que um objeto ganhou ''mayl'' quando o objeto está em oposição ao seu movimento natural. Ele concluiu que a continuação do movimento é atribuída à inclinação que é transferida para o objeto, e esse objeto estará em movimento até que o ''mayl'' acabe.<ref>Espinoza, Fernando. "An Analysis of the Historical Development of Ideas About Motion and its Implications for Teaching". Physics Education. Vol. 40 (2).</ref> O polímata [[Iraque|iraquiano]] [[Alhazém]] descreve a gravidade como uma força na qual um corpo mais pesado se move em direção ao [[Estrutura interna da Terra|centro da Terra]]. Ele também descreve que a força da gravidade só se moverá em direção ao centro da Terra, não em direções diferentes.<ref>{{citar livro|último=Clagett |primeiro=Marshall |url=https://archive.org/details/scienceofmechani0000unse/page/57/mode/1up |título=The Science of Mechanics in the Middle Ages |data=1961 |publicado=University of Wisconsin Press/Oxford University Press |volume=1 |local=Madison, Wisconsin; London, England |páginas=715 |língua=en |via=Internet Archive |número=58}}</ref>

== Renascença europeia ==
{{Artigo principal|Ciência no Renascimento}}

=== Século XIV ===
[[Imagem:Démonstration_de_la_gravité,_Image_du_monde.jpg|link=https://es.wikipedia.org/wiki/Archivo:D%C3%A9monstration_de_la_gravit%C3%A9,_Image_du_monde.jpg|thumb|Uma ilustração do século XIV de [[L'image du monde des babyloniens à Newton|''L'Image du monde'']], de [[Gualtério de Métis]], mostrando a atração gravitacional da [[Terra]] em seus [[antípoda]]s]]

==== Jean Buridan, os calculadores de Oxford e Alberto da Saxônia ====
No século XIV, tanto o filósofo [[Franceses|francês]] [[Jean Buridan]] quanto os [[calculadores de Oxford]] (a Escola Merton) do [[Merton College (Oxford)|Merton College]] de [[Oxford]] rejeitaram o conceito aristotélico de gravidade.{{sfn|Gillispie|1960|p=41}}{{efn|Isso foi interpretado como derivar o peso dos objetos da [[pressão atmosférica|pressão do ar]] abaixo deles.{{sfn|Gillispie|1960|p=41}}}} Eles atribuíram o movimento dos objetos a um ímpeto (semelhante ao momento), que varia de acordo com a velocidade e a massa;{{sfn|Gillispie|1960|p=41}} Buridan foi influenciado pelo ''[[O Livro da Cura|Livro da Cura]]'' de [[Avicena]].<ref name="Sayili" /> Buridan e o filósofo [[Alberto da Saxônia (filósofo)|Alberto da Saxônia]] (c.&nbsp;1320–1390) adotaram a teoria de [[Abu'l-Barakāt al-Baghdādī|Abu'l-Barakat]] de que a aceleração de um corpo em queda é o resultado de seu ímpeto crescente.<ref name="Gutman">{{citar livro|título=Pseudo-Avicenna, Liber Celi Et Mundi: A Critical Edition|primeiro=Oliver|último=Gutman|publicado=[[Brill Publishers]]|ano=2003|isbn=90-04-13228-7|página=193}}</ref> Influenciado por Buridan, Albert desenvolveu uma lei de proporção relativa à relação entre a velocidade de um objeto em queda livre e o tempo decorrido.<ref>{{citar periódico|último=Drake|primeiro=Stillman|autorlink=Stillman Drake|data=1975|título=Free fall from Albert of Saxony to Honoré Fabri|url=https://www.academia.edu/7082532|periódico=Studies in History and Philosophy of Science Part A|língua=en|volume=5|número=4|páginas=347–366|doi=10.1016/0039-3681(75)90007-2|bibcode=1975SHPSA...5..347D|issn=0039-3681|via=[[Academia.edu]]}}</ref> Ele também teorizou que [[montanha]]s e [[vale]]s são causados pela [[erosão]]{{efn|[[Leonardo da Vinci]] testou esta teoria observando vestígios de fósseis,<ref name=advent/> que ele usou para argumentar contra o mito de um [[dilúvio]] universal.<ref>{{citar livro|último=Da Vinci|primeiro=Leonardo |editor-sobrenome=Taylor |editor-nome=Pamela |título=The Notebooks of Leonardo da Vinci |publicado=New American Library|ano=1971|páginas=136–38, 142–48}}</ref>}} — deslocando o centro de [[gravidade da Terra]].<ref name="advent">{{Citar web|último=Knight |primeiro=Kevin |título=Albert of Saxony |url=http://www.newadvent.org/cathen/13504a.htm |website=New Advent |acessodata=10 de julho de 2019 |ano=2017}}</ref>{{efn|Além disso, ele levantou a hipótese de que o planeta está em equilíbrio quando seu centro de gravidade coincide com o de sua massa.<ref name=advent/>}}

{{Notas}}
{{Referências}}

== Bibliografia ==
{{Refbegin}}
*{{citar livro|último=Gillispie |primeiro=Charles Coulston |título=The Edge of Objectivity: An Essay in the History of Scientific Ideas |ano=1960 |publicado=Princeton University Press |isbn=0-691-02350-6 |url=https://archive.org/details/edgeofobjectivit00char}}
*{{citar livro|último=Wallace |primeiro=W. A. |url=https://archive.org/details/domingo-de-soto-and-the-early-galileo/page/n3/mode/1up?view=theater |título=Domingo de Soto and the early Galileo: Essays on intellectual history |publicado=Routledge |ano=2004a |editor-sobrenome=Wallace |editor-nome=W. A. |capítulo=The enigma of Domingo de Soto: Uniformiter difformis and falling bodies in late medieval physics}} (Reprinted from "The enigma of Domingo de Soto: Uniformiter difformis and falling bodies in late medieval physics". (1968). Isis, 59(4), 384–401).
*{{citar livro|último=Wallace |primeiro=W. A. |url=https://archive.org/details/domingo-de-soto-and-the-early-galileo/page/n3/mode/1up?view=theater |título=Domingo de Soto and the early Galileo: Essays on intellectual history |publicado=Routledge |ano=2004b |editor-sobrenome=Wallace |editor-nome=W. A. |capítulo=Domingo de Soto and the Iberian roots of Galileo’s science}} (Reprinted from White, K. (Ed.). (1997). Hispanic philosophy in the age of discovery. Studies in Philosophy and the History of Philosophy 29. Catholic University of America Press).
{{Refend}}
{{Portal3|Ciência}}

[[Categoria:Gravitação]]