Mostrar código-fonte de Godos

[[Imagem:Young Folks' History of Rome illus368.png|thumb|upright=1.5|Godos]]
Os '''godos''' ({{langx|got|''Gut-þiuda''}}; {{langx|de|''Goten''}}; em [[Sueco antigo]] ''Gutar''; {{langx|la|''Gothi''}}) eram uma tribo [[germanos|germânica]], composta por uma amálgama de grupos e clãs com diversos líderes. A sua origem é objeto de controvérsias. Estão mencionados pela primeira vez em {{DC|98|x}}, como habitando a foz do [[Rio Vístula]] na atual Polónia. Por volta do ano 200 começaram a deslocar-se em direção ao [[Mar Negro]], tendo-se fixado na atual [[Ucrânia]] e [[Bielorrússia]]. No encontro com o [[Império Romano]] no {{séc|IV}}, os godos dividem-se em [[Ostrogodos]] e [[Visigodos]]. Os ostrogodos acabaram por se estabelecer na [[Península Itálica]] e na [[Panónia]], e os visigodos na [[Gália]] e na [[Hispânia]]. No {{séc|VI}} os ostrogodos são derrotados pelo [[Império Bizantino]] e no {{séc|VIII}} os visigodos pelos [[Árabes]].<ref>{{citar revista |issn =1517-2120 |último =FRIGHETTO |primeiro =RENAN |título=Religião e política na Antiguidade Tardia: os godos entre o arianismo e o paganismo no {{séc|IV}} |revista=Dimensões – Revista de História da Ufes |ano=2010 |número=25 |páginas=114-130 |acessodata=14 de novembro de 2018 |url =http://www.periodicos.ufes.br/dimensoes/article/viewFile/2546/2042}}</ref><ref name=KULIKOWSKI>{{citar livro |autor=KULIKOWSKI, Michael |título=Guerras Góticas de Roma|edição=1 |local-publicacao=São Paulo |editora=Madras|ano=2008 |páginas=246| volume=1 |isbn=978-85-370-0437-1}}</ref><ref name=langer>{{citar web |url=https://books.google.se/books?hl=sv&id=gbJIDwAAQBAJ&dq=%22em+Trondheim%22&q=Godos#v=snippet&q=Godos&f=false |título=Dicionário de História e Cultura da Era Viking  |publicado=Editora Hedra  |autor=Johnni Langer  |acessodata=4 de julho de 2018}}</ref><ref>{{citar revista |issn =1519-9053 |autor=Verônica da Costa Silveira |título=Os godos na Aquitânia e a Queda do Império Romano Ocidental |revista=Brathair-Revista de Estudos Celtas e Germânicos |ano=2015 |número=15|acessodata=14 de novembro de 2018|url =http://ppg.revistas.uema.br/index.php/brathair/article/view/1082}}</ref><ref>{{citar web |url=https://popularhistoria.se/samhalle/gamla-gater-kring-gamla-goter |título=Gamla gåter kring gamla goter (''Velhos enigmas à volta dos velhos godos'')|publicado=Populär historia, março 2001 |autor=Anna Larsdotter |língua=sueco |acessodata=14 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar jornal|issn=1101-2412 |último =Harrison |primeiro =Dick |título=Var de gotiska kungarna svenska? |obra=[[Svenska Dagbladet]] |acessodata= |data=9 de março de 2018 |url=http://blog.svd.se/kunglighistoria/2010/03/09/var-de-gotiska-kungarna-svenska/?mobile=true}}</ref>

== História ==

Os testemunhos históricos conhecidos apresentam os godos, e os seus ramos ostrogodo e visigodo, como uma comunidade migrando desde o {{séc|I}} até o {{séc|VIII}}, e deslocando-se sucessivamente da foz do [[Rio Vístula]] na atual Polónia para as margens do [[Mar Negro]], para a [[Itália]] e para a [[Península ibérica|Península Ibérica]].<ref name=langer/>

=== O mito da origem dos godos ===
No {{séc|VI}}, o historiador gótico-bizantino [[Jordanes]] afirma na sua obra [[Gética]] que os godos tinham a sua origem numa ilha do Mar Báltico chamada [[Scandza]], presumivelmente a [[Península da Escandinávia]] ou a ilha da [[Gotlândia]].

{{Cquote|''Ex hac igitur '''Scandza''' insula quasi officina gentium aut certe velut vagina nationum cum rege suo Berigo '''Gothi''' quondam memorantur egressi.''}}

[[Imagem:Origins 200 AD.png|thumb|300px|esquerda|Possíveis locais de origem dos godos, 200]]
Estava assim lançada a hipótese da origem escandinava dos Godos, segundo a qual eles teriam emigrado por volta de {{AC|1490|x}} da Escandinávia, atravessando o Mar Báltico em 3 barcos, e desembarcado na foz do [[rio Vístula]], na Europa Continental, onde teriam atacado os [[rúgios]], que viviam na costa, expulsando-os de seus domínios, e depois, derrotado os seus novos vizinhos, os [[vândalos]].<ref name=origine>{{citar web |url=http://www.thelatinlibrary.com/iordanes1.html |título=Iordanis de Origine Actibusque Getarum |língua=latim |acessodata=24 de abril de 2014}}</ref><ref name=beskrivning>{{citar web |url=https://www.diva-portal.org/smash/get/diva2:1224862/FULLTEXT01.pdf |título=Jordanes' beskrivning av ön Scandia (''A descrição de Jordanes da ilha da Scandia'')|publicado=Fornvännen (''Journal of Swedish Antiquarian Research'') |autor=J. Svennung |língua=sueco |acessodata=16 de novembro de 2018}}</ref><ref name=sw>{{Citar livro |autor=Stig Welinder |título=Sveriges historia |subtítulo=13000 a.C-600 d.C |idioma=sueco |local= Estocolmo |editora= [[Norstedts]] |ano= 2009|páginas=502 |página=445 |capítulo=Goternas utvandring (''A emigração dos Godos'')|isbn=978-91-1-302376-2 |acessodata=}}</ref><ref name=reedemed>{{citar web |url=https://etd.ohiolink.edu/rws_etd/document/get/osu1245386187/inline|título=Jordanes Redeemed - A Reconsideration of the Purpose and Literary Merit of the Getica|publicado=The Ohio State University|autor=Brian Sidney Swain|língua=inglês|acessodata=17 de novembro de 2018}}</ref><ref name=stenroth>{{Citar livro |sobrenome=Stenroth  |nome=Ingmar |título=Goternas historia |idioma=sueco |local=Gotemburgo |editora=Citytidningen CT |ano=2015 |páginas=243 |página=9-14|capítulo=Jordanes |isbn=978-91-974194-8-2 |acessodata= }}</ref><ref>{{citar web |url=https://books.google.se/books?id=AcLDHOqOt4cC&pg=PA255&lpg=PA255&dq=Goths+Scandza&source=bl&ots=ezFJTxwOei&sig=13OlwGQCHZ--LQlH6Htq-62k1cs&hl=sv&sa=X&ved=2ahUKEwjk8q2H1ODeAhWDfywKHXZ9CUQQ6AEwA3oECAkQAQ#v=onepage&q=Goths%20Scandza&f=false |titulo=The Description of Scandza |acessodata=19 de novembro de 2018 |autor=Arne Søby Christensen |obra=Cassiodorus, Jordanes and the History of the Goths: Studies in a Migration Myth |data=  |lingua=inglês}}</ref>

Não existe nenhuma fonte primária ou secundária que mencione esta longa migração, e as evidências arqueológicas não sustentam essa hipótese. Sabemos também que os barcos escandinavos dessa época longínqua eram rudimentares, movidos a remos e com pequenas tripulações.<ref name=origine/><ref name=beskrivning/><ref name=sw/><ref name=reedemed/>

A teoria construída por Jordanes estava apoiada na ideia de que os os Godos eram o mesmo povo que os [[Gautas]] do Sul da Escandinávia e os [[Getas]] das margens do [[Mar Negro]], visto terem nomes semelhantes. Na sua obra [[Gética]], publicada em 551, Jordanes apoiava-se numa obra anterior chamada ''História Gótica'', escrita pelo escritor romano [[Cassiodoro]] por volta de 526-533, na qual este afirmava que os Godos eram originários de uma ilha do Mar Báltico chamada Scandza. Este livro de Cassiodoro perdeu-se, e Jordanes parece só ter tido acesso a ele durante três dias para consulta. O próprio Cassiodoro usou como fonte uma outra obra, igualmente perdida, do historiador romano [[Ablávio (escritor)|Ablávio]] do {{séc|V-VI}}, na qual este teria afirmado que os Godos teriam vindo de uma ilha do Mar Báltico, sem todavia indicar o nome.<ref name=origine/><ref name=reedemed/><ref>{{citar web| url= http://www.ucalgary.ca/~vandersp/Courses/texts/jordgeti.html |título= The Origin and Deeds of the Goths|língua= inglês|acessodata= 24 de abril de 2014 }}</ref><ref>{{citar web| url= http://www.mtp.hum.ku.dk/details.asp?eln=200114|título= Cassiodorus, Jordanes, and the History of the Goths: Studies in a Migration Myth|publicado= University of Copenhagen|língua= inglês|acessodata= 22 de abril de 2014}}</ref><ref>{{Citar livro |sobrenome= JANSON |nome= Tore|título=Germanerna |subtítulo= Myten – Historien - Språken |idioma= sueco |local= Estocolmo |editora= Norstedts |ano= 2013|páginas=239 |página= 22, 23|capítulo=Myten|isbn= 9789113032863 |acessodata= 24 de abril de 2013}}</ref><ref name=memorias>{{citar livro |autor=Serafín Bodelón |titulo=Memorias de historia antigua, Volym 15–16 |url=https://books.google.se/books?id=Idzb5uqzcVcC&pg=PA53&lpg=PA53&dq=%22jordanes+era%22&source=bl&ots=pbe7_mD1cH&sig=hhzAOEtH1Idc5XFqUKhthdLhpjU&hl=sv&sa=X&ved=2ahUKEwjE7c7_hODeAhWDs4sKHa0tDQcQ6AEwA3oECAgQAQ#v=onepage&q=%22jordanes%20era%22&f=false |lingua=espanhol |local=Oviedo |editora=Universidad de Oviedo |ano=1994 |isbn=84-7468-066-2}}</ref>

A elite gótica mantinha a sua posição através de alianças de famílias e de um mito de origem da comunidade gótica. Na qualidade de ministro do rei godo {{Lknb|Teodorico,|o Grande}}, Cassiodoro tinha conhecimento dos cânticos góticos que falavam das suas origens, e sabia como era apreciada a história de um passado gótico extraordinário e grandioso. E Jordanes, como funcionário do Império Romano, estava igualmente consciente do interesse dos romanos na reabilitação e elevação dos seus novos aliados godos, esquecendo o seu passado bárbaro.<ref name=sw/><ref name=reedemed/><ref name=stenroth/><ref>SMITH, W. ''Cassiodorus''</ref><ref name=memorias/>

Hoje em dia, os historiadores pendem em geral para uma origem continental europeia, na costa do sul do [[mar Báltico]], algures na [[Polónia]] dos nossos dias, de onde os Godos teriam migrado para o Sul, até se estabelecerem entre o [[rio Danúbio]] e o [[rio Don]], onde acabaram por se dividir em dois ramos, chamados [[tervíngios]] e [[grutungos]], com dinastias reais e territórios separados.<ref name=langer/><ref name=sw/><ref>{{Citar livro |sobrenome=Stenroth  |nome=Ingmar|título=Goternas historia |idioma=sueco |local=Gotemburgo |editora=Citytidningen CT |ano=2015 |páginas=243 |página=9-14, 15-19|capítulo=Jordanes |isbn=978-91-974194-8-2 |acessodata= }}</ref><ref>{{citar web |url=https://books.google.se/books?id=AcLDHOqOt4cC&printsec=frontcover&dq=Cassiodorus&hl=sv&sa=X&ved=0ahUKEwi288qW4dHeAhXsposKHatxDo4Q6AEIMjAB#v=snippet&q=Cassiodorus%2BGoths&f=false |título=Cassiodorus, Jordanes and the History of the Goths: Studies in a Migration Myth |publicado=Livros Google|autor=Arne Søby Christensen |língua=inglês |acessodata=13 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://core.ac.uk/download/pdf/14514682.pdf|título=The Origin of the Goths |publicado=|autor=Frederik Kortlandt|língua=inglês|acessodata=18 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar revista |issn =1519-9053 |autor=Verônica da Costa Silveira|título=Os godos na Aquitânia e a Queda do Império Romano Ocidental|revista=Brathair-Revista de Estudos Celtas e Germânicos  |número= 15 (2)|páginas=96-97|acessodata=18 de novembro de 2018 |data=16 de dezembro de 2015 |url =https://ppg.revistas.uema.br/index.php/brathair/article/view/1082/849}}</ref>

===Do Mar Báltico ao Mar Negro e ao Mar Mediterrâneo===
[[Imagem:Mapa da Europa c.500 (com legenda).png|miniatura|A Europa no ano 500]]
[[Imagem:Ostrogothic Kingdom.png|thumb|Mapa do [[Reino Ostrogótico]] no seu auge, sob [[Teodorico, o Grande]]]]
[[Imagem:Reino de los visigodos-pt.svg|thumb|Mapa do [[Reino Visigótico]], no tempo de {{lknb|Alarico|II}}]]
As primeiras referências históricas aos Godos são feitas pelo historiador romano [[Tácito]], em {{DC|98|x}}, pelo geógrafo grego [[Ptolemeu]], no {{séc|II}}, e pelo naturalista romano [[Plínio, o Velho]], no {{séc|I}}, colocando este povo na área do [[rio Vístula]] na atual [[Polónia]].<ref>{{Citar livro |sobrenome= JANSON |nome= Tore|título=Germanerna |subtítulo= Myten – Historien - Språken |idioma= sueco |local= Estocolmo |editora= Norstedts |ano= 2013|páginas=239 |página= 22|capítulo=Myten|isbn= 9789113032863 |acessodata= 24 de abril de 2013}}</ref><ref name=sw/>

No {{séc|II-III}}, os Godos migram sucessivamente e em pequenos grupos para as margens do [[Mar Negro]]. Quando transpõem as fronteiras do Império Romano, os seus exércitos, compostos por variados grupos étnicos liderados por uma élite gótica, atacam cidades gregas e romanas, até que o imperador {{lknb|Cláudio|II}} os enfrenta e derrota em 269 na [[batalha de Naísso]]. Com o exército godo destroçado, muitos dos seus guerreiros passam a servir como soldados no exército romano e como colonos no povoamento das terras fronteiriças do império. Todavia, muitos outros voltam a reagrupar-se, e voltam a atacar os romanos, juntamento com outros povos bárbaros.<ref>{{Citar livro |sobrenome= JANSON |nome= Tore|título=Germanerna |subtítulo= Myten – Historien - Språken |idioma= sueco |local= Estocolmo |editora= Norstedts |ano= 2013|páginas=239 |página= 99, 105, 109|capítulo=Historien|isbn= 9789113032863 |acessodata= 24 de abril de 2013}}</ref><ref name=ph>{{citar web |url=https://popularhistoria.se/samhalle/gamla-gater-kring-gamla-goter |título=Gamla gåter kring gamla goter (''Velhos enigmas à volta dos velhos godos'')|publicado=Populär historia, março 2001 |autor=Anna Larsdotter |língua=sueco |acessodata=14 de novembro de 2018}}</ref><ref name=sw/>

No {{séc|III}}, se dividem em dois grupos: os [[tervíngios]], depois designados como [[visigodos]] (''os nobres godos''), habitando as margens do rio Danúbio na Roménia, e os [[grutungos]], depois denominados como [[ostrogodos]] (''godos do sol nascente''), habitando as estepes da Ucrânia, junto ao Mar Negro.<ref>{{Citar livro |sobrenome= JANSON |nome= Tore|título=Germanerna |subtítulo= Myten – Historien - Språken |idioma= sueco |local= Estocolmo |editora= Norstedts |ano= 2013|páginas=239 |página= 114|capítulo=Historien|isbn= 9789113032863 |acessodata= 24 de abril de 2013}}</ref>

Os visigodos entram nessa altura na atual Roménia, onde ficam durante um século. Acossados pela invasão dos [[hunos]], os visigodos fazem numerosas incursões no Império Romano no {{séc|IV}}, tendo até saqueado Roma no {{séc|V}}. Depois de inúmeras confrontações com os romanos acabam por se estabelecer no sul da Gália no {{séc|V}}, como aliados dos mesmos romanos. Uma aliança de romanos e visigodos, consegue finalmente derrotar os hunos na [[batalha dos Campos Cataláunicos]] em 451. Com a derrocada do Império a decorrer, os visigodos conquistam por um lado uma parte da Hispânia e perdem por outro lado a Gália para os francos. O [[Reino Visigótico]] da Hispânia respeitou as leis e as instituições da população local, tendo durado até ao {{séc|VIII}}, quando foi invadido e ocupado pelos árabes.<ref name=ph/>

Os ostrogodos também entram em movimento, penetrando no {{séc|III}} na atual Ucrânia e subjugando vários povos locais. A invasão dos hunos - no {{séc|IV}} - esmaga substancialmente os ostrogodos. Mas estes conseguem reerguer-se e recuperar a liberdade, e  acabam conquistando a Itália no {{séc|V}}, onde fundam um reino. Um dos seus reis - [[Teodorico, o Grande]] - governa um reino onde há uma prosperidade e tolerância assinalável entre godos e romanos, entre cristãos e judeus. A atitude positiva dos ostrogodos para com a cultura romana e a língua latina, assim como a sua conversão ao cristianismo, deixaram rastro importante na integração da esfera germânica e latina na Europa. Todavia, o [[Império Romano do Oriente]] invade a Itália em meados do {{séc|VI}}, e os ostrogodos são definitivamente vencidos pelos bizantinos na [[Guerra Gótica (535–554)|Guerra Gótica]], desaparecendo da história.
<ref name=ph/>

===Arqueologia e culturas===
Achados arqueológicos, permitem alguma associação dos Godos à [[Cultura de Vilemberga]], assim como apoiam em alguma medida uma migração de Godos da região do rio Vístula em direção ao sul. Mas não permitem mais do que uma vaga associação à Escandinávia, baseada em algumas semelhanças em alguns montes funerários tardios. Os contactos entre a Escandinávia e o continente europeu existiram sobretudo na forma de intercâmbio comercial nos dois sentidos, e de migração de pequenos grupos de escandinavos, em que alguns se alistaram no exército romano, e alguns outros podem também ter entrado nas hostes godas.<ref>{{citar web |url=https://web.archive.org/web/20100821024903/http://www.popularhistoria.se/o.o.i.s?id=52&vid=183 |título=Var goterna svenska utvandrare? (''Os Godos eram emigrantes suecos?'') |publicado=Populär historia, 5/1997, WayBack Machine |autor=Lars Hermodsson |língua=sueco |acessodata=16 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=http://www.academia.edu/1786963/Reflections_on_culture_connections_Examining_connections_between_South_Scandinavia_and_the_S%C3%AEntana_de_Mures_%C3%87ernjachov_culture_from_AD_270-410_Period_C2_to_D1_ |título=Reflections on culture connections – Examining connections between South Scandinavia and the Sîntana de Mures / Çernjachov culture from AD 270-410 (Period C2 to D1) |publicado= |autor=HENRIETTE ROUED OLSEN |língua=inglês |acessodata=16 de novembro de 2018}}</ref>

<gallery widths="300px" heights="250px">
Przeworsk2.PNG| {{legend|#f00|A [[Cultura de Wielbark]]}} {{legend|#00FF00|A [[Cultura de Przeworsk]]}}
East Europe Archaeological Kievan-Chernyakhov.jpg| [[Cultura de Vilemberga]] (seta em laranja), suposta migração dos godos nos séculos II e III; [[Cultura de Cherniacove]] (linha em laranja) no {{séc|III}} e (linha vermelha) no {{séc|IV}}; [[Cultura de Quieve]] (linha amarela) nos séculos {{séc|III e IV}}.
</gallery>

===Reino godo no mar Negro===
{{AP|Cristandade gótica}}

===Fontes da história e mitologia dos Godos===

Algumas das fontes invocadas para a história e mitologia dos Godos são credíveis e fidedignas, outras são fantasias literárias, e outras ainda, contêm tanto elementos credíveis como elementos fantasiosos.<ref>{{citar web |url=http://samla.raa.se/xmlui/bitstream/handle/raa/2076/1969_014.pdf?sequence=1&isAllowed=y |título=Nordiska folkstammar och folknamn : en översikt  |publicado=Fornvännen (''Journal of Swedish Antiquarian Research'') |autor=Elias Wessén |língua=sueco |acessodata=12 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.diva-portal.org/smash/get/diva2:1226675/FULLTEXT01.pdf |título=Goternas äldsta hem |publicado=Fornvännen (''Journal of Swedish Antiquarian Research'') |autor=Birger Nerman |língua=sueco |acessodata=12 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://books.google.se/books?hl=sv&id=gbJIDwAAQBAJ&dq=%22em+Trondheim%22&q=Godos#v=snippet&q=Godos&f=false |título=Dicionário de História e Cultura da Era Viking  |publicado=Editora Hedra  |autor=Johnni Langer  |acessodata=4 de julho de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.kortlandt.nl/publications/art198e.pdf |título=The Origin of the Goths |autor=Frederik Kortlandt |língua=inglês |acessodata=12 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{Citar livro |autor=Renan Marques Birro|título=Uma Historia da Guerra Viking |editora=Clube de Autores |ano=2017 |páginas=151 |página=18|capítulo=Uma contextualização histórica: os primeiros séculos |isbn=8561857056 |url=https://books.google.se/books?id=MnASgX5DFAIC&pg=PR11&lpg=PR11&dq=Uma+Historia+da+Guerra+Viking&source=bl&ots=ZKqNflCAGV&sig=5Xsxn7ygC7_Sd4a2XrtjdvF2No4&hl=sv&sa=X&ved=2ahUKEwjqra6J19jeAhWjp4sKHSlBANkQ6AEwDHoECAAQAQ#v=onepage&q=Uma%20Historia%20da%20Guerra%20Viking&f=false}}</ref>

* [[Plínio, o Velho]] ({{séc|I}}) - naturalista romano; ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'', gutões (''Gutones'')
* [[Tácito]] ({{séc|I-II}}) - historiador romano; [[Germânia (Tácito)|Germânia]], gotões (''gotones'')
* [[Ptolemeu]] ({{séc|II}}) - geógrafo grego
* [[Amiano Marcelino]] ({{séc|IV}}; ''História'', Liber XXXI)
* [[Ablávio (escritor)|Ablávio]] ({{séc|V-VI}})
* [[Cassiodoro]] ({{séc|VI}}; ''História dos Godos'')
* [[Jordanes]] ({{séc|VI}}) - historiador bizantino; [[Gética]], ''De origine actibusque Getarum''
* [[Procópio de Cesareia]] ({{séc|VI}}; ''Da Guerra Gótica'')

== Línguas ==
{{Ver artigo principal|[[Língua gótica]]}}
{{Ver artigo principal|[[Línguas germânicas orientais]]}}

[[Imagem:Rekonstrukcja gockiego długiego domu w Masłomęczu.JPG|thumb|upright=1.5|Reconstrução de uma fazenda gótica em [[Masłomęcz]] ([[Hrubieszów]]) - {{séc|II}} e III]]

O gótico é uma [[línguas germânicas|língua germânica]] oriental arcaica. É a única com alguns registros escritos dentro de essa família. Tem claro parentesco com as línguas germânicas da Europa Central e do Norte - por exemplo, o alemão, o inglês e o sueco. De acordo com a maior parte dos linguistas, está "grosso modo" tão perto das línguas germânicas ocidentais - p.ex alemão, holandês e inglês - como das línguas germânicas setentrionais - p.ex. sueco, dinamarquês e islandês.<ref>{{citar web |url=http://denstoredanske.dk/Sprog,_religion_og_filosofi/Sprog/Sprog%C3%A6tter_og_sprogfamilier/Germanske_sprog/gotisk |título=Gotisk |publicado=[[Den Store Danske Encyklopædi]] (''Grande Enciclopédia Dinamarquesa'') |autor=Hans Frede Nielsen |língua=dinamarquês  |acessodata=13 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/topic/Gothic-language|título=Gothic language|publicado=[[Encyclopædia Britannica]] (''Enciclopédia Britânica'') |autor= William G. Moulton Anthony F. Buccini | língua= inglês |acessodata=13 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar web |url=https://www.britannica.com/topic/East-Germanic-languages#ref663491 |título=East Germanic languages |publicado=[[Encyclopædia Britannica]] (''Enciclopédia Britânica'') |autor= William G. Moulton e Anthony F. Buccini | língua= inglês |acessodata=13 de novembro de 2018}}</ref>

O fato é que virtualmente todas as características fonéticas e gramaticais que caracterizam as [[línguas nórdicas|línguas germânicas setentrionais]] como um ramo separado da família de [[línguas germânicas]] (sem mencionar as características que distinguem os vários dialetos noruegueses) parecem ter se expandido em um estágio posterior àquele preservado no gótico. O gótico por sua vez, sendo uma forma extremamente arcaica do germânico em muitos aspectos, todavia desenvolveu características próprias que não são compartilhadas com outras línguas germânicas.

No entanto, isto não exclui a possibilidade dos godos, dos ''gutar'' e dos ''gautas'' serem tribos relacionadas. Similarmente, os dialetos saxões da [[Alemanha]] são mais próximos do [[inglês antigo|anglo-saxão]] que qualquer outra língua germânica ocidental que sofreu a mudança consonantal do alto alemão (ver [[lei de Grimm]]), mas as tribos são definitivamente idênticas. Os [[jutos]] (em [[Língua dinamarquesa|dinamarquês]] ''jyder'') da [[Jutlândia]] (em dinamarquês ''Jylland''), na [[Dinamarca]] Ocidental, são pelo menos etimologicamente idênticos aos jutos que partiram daquela região e invadiram a [[Grã-Bretanha]] junto com os [[anglos]] e [[saxões]], no {{séc|V}}. No entanto, não há fontes escritas remanescentes que associem os jutos da Jutlândia com qualquer outro dialeto germânico setentrional, ou os jutos da Grã-Bretanha com qualquer dialeto germânico ocidental. Dessa forma, a língua nem sempre é o melhor critério para distinção étnica ou tribal e sua continuidade.

Os [[gutas]] (gotlandeses) possuíam entre suas tradições orais histórias de uma migração em massa para o sul da Europa, escritas na [[Saga dos Gutas]]. Se os fatos estiverem relacionados, seriam um caso único de tradição oral que sobreviveu a mais de mil anos e que de fato antecede a maioria das principais divisões da família de línguas germânicas.

=== Origem do nome "godo" (*Gut-) ===
Os nomes ''gutar'' e ''godos'' são etimologicamente ditos sinónimos etnônimos. Próximo, mas não da mesma origem, é também o nome tribal escandinavo ''gauta''. Os godos e os ''gutar'' são derivados de ''*Gutaniz'' enquanto ''gauta'' é derivado do [[proto-germânico]] ''*Gautoz'' (plural ''*Gautaz''). ''*Gautoz'' e ''*Gutaniz'' são duas [[apofonia]]s de uma palavra proto-germânica (''*geutan'') que significa "derramar, verter, espalhar" (sueco moderno ''gjuta'', alemão moderno ''giessen'', gótico ''giutan'') e que designa as tribos como "derramadores de sémen", ou seja, "homens".<ref>Andersson (1996).</ref> [[Gauti]], o mais antigo herói gótico, registrado por Jordanes, é geralmente observado como uma corruptela de ''Gaut''.

De forma interessante, registros em norueguês antigo não distinguem os godos dos gutar e ambos são chamados ''Gotar'' em norueguês antigo ocidental. O termo em norueguês antigo oriental para godos e gutar parece ter sido ''Gutar'' (por exemplo, na Gutasaga e na inscrição rúnica da [[Pedra de Rök]]). No entanto, os gautas são claramente distinguidos dos godos/gutar nas literaturas do norueguês antigo e do inglês antigo.

Uma segunda teoria, de menor força, liga o povo com o nome de um rio que atravessa [[Gotalândia Ocidental]] na [[Suécia]], o [[rio Gota (Suécia)|rio Gota]], que escoa do [[lago Vener]] para a baía [[Categate]]. No período pré-histórico, esse rio tinha um fluxo maior que o atual. A interpretação, todavia, utiliza uma analogia de nomeação geral indo-europeia, tal como ''Dutch, Deutsch, man, human'', etc. e era a preferida de [[Jordanes]], que via os godos com procedentes da Escandinávia.

A raiz [[proto-indo-europeu|indo-europeia]] da derivação "espalhar" seria [https://web.archive.org/web/20070429125720/http://www.bartleby.com/61/roots/IE165.html *gheu-d-] como ela está catalogada no ''The American Heritage Dictionary of the English Language'' (AHD) ("Dicionário da Herança Americana da Língua Inglesa"). *gheud- é uma forma ''centum''. O AHD apóia-se em [[Julius Pokorny]] para a mesma raiz (p.&nbsp;447).

* g a partir do *gh e um *t a partir do *d. Esta mesma lei mais ou menos rejeitou [http://www.bartleby.com/61/roots/IE155.html *ghedh-], raiz do inglês "good" no sentido de "goodman" ("pai de família"), como sugerem alguns. O *dh neste caso se transformaria em um *d no lugar de um *t. Quando e onde os ancestrais dos godos deram-se este nome e se eles o usaram na época do indo-europeu ou do proto-germânico permanece uma questão não resolvida de linguística histórica e arqueologia pré-histórica.

De acordo com as regras de apofonia indo-europeia, a graduação plena *gheud- pode ser substituída por *ghud- ou *ghoud-, relatando as várias formas para o nome. O uso de todas as três formas sugere que o nome derive de um estágio indo-europeu.

Um nome composto, ''Gut-þiuda'', o "povo gótico", aparece no calendário gótico (''aikklesjons fullaizos ana '''gutþiudai''' gabrannidai''). Além dos godos, este jeito de nomear uma tribo é apenas encontrado na Suécia.<ref>Ver [[Suíones]] e [[Suiþioð]].</ref>

Como mencionado acima, o nome dos godos é idêntico ao dos gutar, os habitantes de [[Gotlândia]], uma ilha do [[mar Báltico]]. O número de similaridades que existiam entre a [[língua gótica]] e o [[gútnico antigo]] fez o proeminente linguista sueco [[Elias Wessén]] considerar o gútnico antigo como sendo uma forma de gótico. O mais famoso exemplo é que tanto o gútnico quanto o gótico usavam a palavra ''lamb'' para carneiros jovens e adultos. Ainda, alguns reivindicam que o gútnico não é mais próximo do gótico que qualquer outra língua germânica.

== Significado simbólico ==
A relação dos godos com a [[Suécia]] se tornou uma parte importante do nacionalismo sueco, e até o {{séc|XIX}} a opinião de que os suecos eram os descendentes diretos dos godos era comum. Hoje, acadêmicos suecos identificam isso como um [[movimento cultural]] chamado goticismo, o qual inclui um entusiasmo por assuntos em geral do norueguês antigo.

Na [[Espanha]] medieval e moderna, os [[visigodos]] são considerados como sendo a origem da [[nobreza da Espanha]]. Por causa disto, no [[Chile]], [[Argentina]] e [[Ilhas Canárias]], ''godo'' era uma ofensa étnica usada contra espanhóis europeus, que no início do período colonial se sentiam superiores às pessoas nascidas nas colônias (''criollos'').

Esta reivindicação espanhola de origens góticas conduziu a um confronto com a delegação sueca no [[Concílio de Basileia-Ferrara-Florença|Concílio de Basileia]] em [[1434]]. Antes que a assembleia de [[cardeal|cardeais]] e delegações pudessem iniciar as discussões teológicas, eles tinham que decidir como se sentar durante os procedimentos. As delegações das nações mais importantes estavam sentadas mais próximas ao [[papa]], e havia também disputas para quem ficaria com as melhores cadeiras e quem teria seus assentos em esteiras. Neste conflito, o bispo de [[Växjö]], [[Nicolaus Ragvaldi]] invocou que os suecos eram descendentes dos grandes godos, que o povo de [[Gotalândia Ocidental]] (Vestrogócia em [[latim]]) eram os [[visigodos]] e que o povo de [[Gotalândia Oriental]] (Ostrogócia em latim) eram os [[ostrogodos]]. A delegação espanhola então respondeu afirmando que apenas os godos "preguiçosos" e "sem iniciativas" haviam ficado na [[Suécia]], enquanto que os godos "heroicos", por outro lado, tinham deixado a Suécia, invadido o [[Império Romano]] e se estabelecido na [[Espanha]].<ref>Ergo 12-1996.</ref><ref>[http://runeberg.org/samlaren/1896/0195.html Söderberg, Werner. (1896). "Nicolaus Ragvaldis tal i Basel 1434", in ''Samlaren''. p. 187-195.]</ref>

== Ver também ==
{{commonscat|Goths}}
* [[Alfabeto gótico]]
* [[Migrações dos povos bárbaros]]
* [[Saga de Hervör]]
* [[Scandza]]
* [[Úlfilas]]; ''[[Códice Argênteo]]''
* [[Jurate Rosales]]

{{Referências|col=2}}

== Bibliografia ==
{{Refbegin|2}}
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* Dabrowski, J. (1989) Nordische Kreis un Kulturen Polnischer Gebiete (. ''Die Bronzezeit im Ostseegebiet. Ein Rapport der Kgl. Schwedischen Akademie der Literatur Geschichte und Alter unt Altertumsforschung über das Julita-Symposium 1986''. Ed Ambrosiani, B. Kungl. Vitterhets Historie och Antikvitets Akademien. Konferenser 22. Estocolmo.
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* Mastrelli, Carlo Alberto in Volker Bierbauer et al, ''I Goti'' (''Os godos''), Milão: Electa Lombardia, Elemond Editori Associati, 1994.
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* Rodin, L. - Lindblom, V. - Klang, K.: ''Gudaträd och västgötska skottkungar - Sveriges bysantiska arv'', Göteborg: Tre böcker, 1994.
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* Tácito: ''Germania'', (com introdução e comentário de J.B. Rives), Oxford: Clarendon Press, 1999.
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* [[Herwig Wolfram|Wolfram, Herwig]]: ''History of the Goths'' (''História dos Godos''). Nova e completamente revisada a partir da segunda edição alemã. Traduzido para o inglês por Thomas J. Dunlap. Los Angeles: University of California Press, 1988. LC number D137.W6213 1987 940.1.
* "''Barbarians''", Episódio 2: "''The Savage Goths''", documentário em 4 episódios de [[Terry Jones]], exibido pela [[BBC]], exibido no Brasil pela [[TV Escola]] (versão dublada), apresenta o [[Império Romano]] romanos a partir de uma perspectiva não-romana.<ref>[http://www.bbc.co.uk/pressoffice/bbcworldwide/worldwidestories/pressreleases/2006/03_march/barbarians.shtml Terry Jones' Barbarians - Written by Terry Jones & Alan Ereira], em inglês, acesso em 15 de setembro de 2016.</ref><ref>[http://humansarefree.com/2012/04/terry-jones-barbarians-complete.html Terry Jones' Barbarians], acesso em 17 de setembro de 2016.</ref>
{{Refend}}

== Ligações externas ==
* [http://www.acs.ucalgary.ca/~vandersp/Courses/texts/jordgeti.html "The Origins and Deeds of the Goths" ("As origens e feitos dos godos"), by Jordanes, trans. Charles C. Mierow]
* [https://web.archive.org/web/20120414235502/http://www.muzarp.poznan.pl/archweb/gazociag/title5.htm "The Goths in Greater Poland" ("Os godos na Grande Polônia") by Tadeusz Makiewicz]
* [https://web.archive.org/web/20081030120948/http://www.muzarp.poznan.pl/muzeum/muz_eng/wyst_czas/Goci_katalog/index_kat.html "Jewellery of the Goths" ("Joalheria dos Godos"), by Tomasz Skorupka, em um site de um museu polonês]	
* [http://www.wsu.edu:8080/~dee/MA/GERMANS.HTM "The Germans" ("Os Germanos") by Richard Hooker]
* [https://web.archive.org/web/20040821091243/http://www.arkeologi.uu.se/publications/opia/gothicabstract.htm Summary of "Gothic Connections" ("Conexões Góticas") by Anders Kaliff]

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