Serra de Itabaiana

A Serra de Itabaiana é o principal acidente geográfico do município de Itabaiana e consiste no segundo ponto mais alto do relevo do estado de Sergipe, com 659 metros de altitude[1][2]. Está localizada entre os municípios de Itabaiana e Areia Branca. Nela, encontram-se cachoeiras e poços de águas cristalinas, como o Poço das Moças. Recentemente, a serra com parte da região circunvizinha foi elevada à Parque Nacional Serra de Itabaiana por conta de sua ampla biodiversidade preservada.[3][4]

Serra de Itabaiana
Serra
Serra de Itabaiana
Serra de Itabaiana ao fundo
País  Brasil
Região Sergipe
Localidades mais próximas Itabaiana
Altitude 659 m
Coordenadas 10° 46′ 43″ S, 37° 20′ 53″ O

Parque nacional

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No interior da Serra de Itabaiana, atualmente funciona um escritório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis. Sua infraestrutura permite assessorar os estudantes e pesquisadores que se dirigem ao local, com o objetivo de aprofundar seus conhecimentos sobre as potencialidades da Serra. Os funcionários estão preparados para monitorar as visitas pedagógicas exibindo vídeos, slides e mapas, além de levar os interessados a se aventurar nas trilhas naturais que permanecem inalteradas pelo homem.[5][3]

A serra tem convivido ao longo dos anos com diversos problemas decorrentes do desmatamento, queimadas e depredação. A criação da Estação Ecológica da Serra de Itabaiana, em 1978, pelo Governo do Estado, e a criação do Parque Nacional da Serra de Itabaiana, em 2006, pelo Governo Federal, fez com que mais recursos financeiros pudessem ser obtidos para a constante preservação desse ecossistema.[6][7]

Acidente aéreo de 1981

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Em 30 de dezembro de 1981, o avião o tipo Cessna 310 / prefixo PP-CZO pertencente à Abaete Taxi Aéreo Ltda contendo engenheiros que vistoriavam obras do Baneb no município de Pedro Alexandre colidiu com a serra às 18:15 horas da quarta-feira em virtude da péssima visibilidade do local, matando os quatro ocupantes do avião.[8] De acordo com algumas testemunhas, o avião baixou devido à pouca visibilidade causada por nuvens e continuou rumar em direção à serra e, quando aproximou-se mais, ao que parece, o piloto percebeu que não eram apenas nuvens que se encontravam à frente e tentou subir de imediato, quando já era tarde e terminou colidindo com uma parte rochosa da serra às 18:15 horas da quarta-feira.[8]

Referências

  1. SILVA, T. E. Múltiplos olhares sobre o Semi-Árido nordestino: sociedade, desenvolvimento, políticas públicas. Sergipe: Editora Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Sergipe, 2003.
  2. LIMA, Ricardo Junio Feitosa. O Complexo Montanhoso Serra Negra. Athos – Revista de Estudos Integrados, Vol.5, N.1, 2020. ISSN 2674-8002.
  3. a b DANTAS, Túlio Vinicius Paes; RIBEIRO, Adauto de Souza. Florística e estrutura da vegetação arbustivo-arbórea das Areias Brancas do Parque Nacional Serra de Itabaiana/Sergipe, Brasil. Brazilian Journal of Botany, v. 33, n. 4, p. 575-588, 2010.
  4. BEZERRA, Maria de Fatima de Andrade; LADO, Carlos; CAVALCANTI, Laise de Holanda. Mixobiota do Parque Nacional Serra de Itabaiana, SE, Brasil: Liceales. Acta Botanica Brasilica, v. 21, n. 1, p. 107-118, 2007.
  5. FERRARI, Stephen Francis. Parque Nacional Serra de Itabaiana: o futuro. Parque Nacional Serra de Itabaiana: levantamento da biota (CMCarvalho e JC Vilar, Coord.). Universidade Federal de Sergipe, Ibama, Biologia Geral e Experimental, Aracaju 131p, p. 121-131, 2005.
  6. Sobral, I. S.; Oliveira Santana, R. K.; Gomes, L. J.; Ribeiro, G. T.; Santos, J. R.; & Costa, M. Avaliação dos impactos ambientais no Parque Nacional Serra de Itabaiana-SE. Caminhos de Geografia, v. 8, n. 24, 2007.
  7. WHITE, Benjamin Leonardo Alves; DE SOUZA RIBEIRO, Adauto. Análise da precipitação e sua influência na ocorrência de incêndios florestais no Parque Nacional Serra de Itabaiana, Sergipe, Brasil. Ambiente & Água-An Interdisciplinary Journal of Applied Science, v. 6, n. 1, p. 148-156, 2011.
  8. a b SANTOS, Robério. Acidente aéreo em Itabaiana mata quatro, 11° Edição, Jornal OMNIA. Sergipe. 2011.