Um satélite espião (oficialmente referenciado como sendo um satélite de reconhecimento) é um satélite de observação da Terra ou um satélite de comunicação utilizado para fins militares ou de espionagem. A primeira geração de satélites espiões, (Corona[1][2] e Zenit) fotografavam a superfície da Terra e então ejetavam capsulas com os filmes fotográficos, os quais desciam e eram recuperados em solo. Mais tarde, os satélites espiões foram equipados com sistemas de fotografia digital e transmitiam as imagens através de conexões de rádio.

Satélite KH-4B Corona
Lacrosse, satélite de reconhecimento por radar, em construção.

Origens

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Em 16 de março de 1955, a Força Aérea dos Estados Unidos iniciou oficialmente o desenvolvimento de um avançado satélite de reconhecimento para possibilitar uma vigilância contínua de "áreas pré-selecionadas da Terra", a fim de "determinar o status da capacidade bélica de um inimigo em potencial".[3] Em 1961 foi criado o Escritório Nacional de Reconhecimento, uma agência de inteligência para criar e operar os satélites espiões dos Estados Unidos.

Missões

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Exemplo de missões de satélites de reconhecimento:

  • Fotografia de alta resolução (IMINT)
  • Comunicações criptografadas (SIGINT)
  • Comunicações secretas.
  • Detecção de testes nucleares proibidos.
  • Detecção de lançamento de mísseis.
  • Rastreamento veloz

Estados Unidos

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Período Designação Codinome Óptica Notas
1959–1972 KH-1 to KH-4 Corona Resolução: 7,5 m, 2,75 m, 1,8 m
Focal length: 0,6 m
Primeira série de satélites espiões dos EUA; fotografias retornavam no rolo de filme.
1960–1962 Samos Res: 30 to 1,5 m
Foc len: 0,7 to 1,83 m
A maioria dos voos usava rádio para transmitir as imagens; alguns filmes retornavam; provavelmente cancelada devido à má qualidade das imagens.
1961–1964 KH-5 Argon Res: 140 m
Foc len: 76 mm
Filme retornava.
1963 KH-6 Lanyard Res: 1,8 m
Foc len: 1,67 m
Operação de curta duração para imageamento de um sítio específico; usava uma câmera a partir do programa Samos; filme retornava.
1963–1967 KH-7 Gambit Res: 0,46 m Filme retornava.
1966–1984 KH-8 Gambit
Big Bird
Res: 0,5 m Filme retornava.
1971–1986 KH-9 Hexagon
Big Bird
Res: 0,30 m Filme retornava.
cancelado KH-10 Dorian Manned Orbital Laboratory; estação espacial baseada no programa Gemini.
1976–1995 KH-11 Crystal
Kennan
Res: 0,15 m
Mirror: 2,3 m
Primeiro satélite espião que se tem notícia a usar imagens digitais. Tinha um tamanho e layout geral similar ao Telescópio espacial Hubble.
1990—? KH-12 Ikon
Improved Crystal
Res: 0,15 to 0,10? m
Mirror: 2,4 to 4? m
Imagens digitais; possivelmente incorporou baixos níveis de luz e imageamento infravermelho na faixa de 3 a 5 micrômetros.
1999—? KH-13 8X? EIS? Res: 0,10? to 0,04? m
Mirror: 4? m
Pouca informação; possivelmente fazia imagens de radar ou talvez usasse tecnologia stealth.

União Soviética

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Alemanha

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França

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Reino Unido

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Índia

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  • Sinah-1
  • Mesbah (pronto para lançamento)

Israel

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Japão

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Coréia do Sul

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Em ficção

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Satélites espiões são frequentemente vistos em filmes sobre espionagem ou ficção militar. Alguns trabalhos de ficção que focalizam especialmente os satélites espiões incluem:

Referências

  1. «Corona page at NRO». Consultado em 2 de junho de 2007. Arquivado do original em 29 de julho de 2009 
  2. «Corona page at NASA». Consultado em 2 de junho de 2007. Arquivado do original em 11 de março de 2007 
  3. Erickson, Mark. Into the Unknown Together - The DOD, NASA, and Early Spaceflight (PDF). [S.l.: s.n.] ISBN 1-58566-140-6. Consultado em 2 de junho de 2007. Arquivado do original (PDF) em 20 de setembro de 2009 
  4. Rorsat - Encyclopedia Astronautica

Ligações externas

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