Rapsódia é uma composição livre que obedece características especiais ou clássicas, é uma justaposição, de escassa unidade formal de melodias populares e de temas conhecidos, extraídos com frequência de óperas e operetas.[1] Também pode ser associada a uma peça próxima ao improviso, com fulcro em temas de inspiração folclórica (como podemos ainda ver na literatura, em Macunaíma, de Mário de Andrade); recitação de um poema (épico, geralmente), como ocorria na Grécia antiga; episódio de poema homérico.

Ilustração de um condutor

As rapsódias caracterizam-se por terem apenas um movimento, mas podendo integrar fortes variações de tema, intensidade, tonalidade, sem necessidade de seguir uma estrutura pré-definida. A sua forma consegue ser mais livre que as variações, uma vez que não há necessidade de repetir os temas, podem-se criar novos ao sabor da inspiração. As variações de Sergei Rachmaninoff sobre um tema de Niccolò Paganini possuem uma estrutura tão livre que o próprio Rachmaninoff as intitulou de Rapsódia sobre um tema de Paganini.

Os compositores românticos tiveram um interesse especial pelas rapsódias. Alguns declararam que a rapsódia os ajuda a dar corpo a uma música como os rasgos do tordo (Turdus philomelos) descrito por Robert Browning no seu Home Thoughts, from Abroad (1845).

Rapsódias

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A cena de loucura da heroína na ópera Lucia di Lammermoor de Donizetti está escrita de forma rapsódica. Mas, para uma melhor compreensão das características de uma rapsódia, podem-se citar alguns exemplos mais conhecidos:

Ver também

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Referências

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  1. «Rapsódia». Biblioteca Nacional da Alemanha (em alemão). Consultado em 15 de maio de 2020 
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