Miguel de Almeida, 4.º conde de Abrantes
Miguel de Almeida (1560 - 28 de Novembro de 1650), senhor do Sardoal,[1][2] foi um dos Quarenta Conjurados com um papel preponderante na Restauração da independência do Reino de Portugal e do Algarve em 1640,[3] fidalgo que pertencia à Casa de Abrantes, sendo o 4º conde de Abrantes e alcaide-mor de Abrantes, de Punhete e da Amêndoa.
Miguel de Almeida, 4.º conde de Abrantes | |
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Nascimento | 1560 |
Morte | 28 de novembro de 1650 |
Cidadania | Reino de Portugal |
Título | Conde de Abrantes |
Depois, de ter feito parte do principal comando da operação que deu por fim o domínio filipino, pela mão do seu rei D. João IV foi chamado para ser vedor da Fazenda,[4] encarregue da repartição do Reino, mestrados e ilhas, em 6 de Janeiro de 1641;[5] passou a fazer parte do seu Conselho; foi conduzido para ocupar o lugar de mordomo-mor da rainha D. Luísa de Gusmão.[6] Nessa altura igualmente recebeu o referido título de conde de Abrantes na sucessão do seu primo D. Lopo de Almeida.
Na Restauração da Independência de Portugal, nome pelo qual é conhecida a referida revolução do 1 de Dezembro, participou no assalto ao Paço da Ribeira, encarregando-se de dar o sinal para a revolta, com um tiro de pistola, e de aclamar D. João IV da janela, perante o povo.[7]
A sua presença consta no 1.º "Auto do Levantamento e Juramento d' El-Rei Dom João IV" (de fidelidade) realizado no dia 15 de Dezembro de 1640.[8]
Nascido em 1560[7] veio a falecer, sem descendência, em 28 de Novembro de 1650, tendo sido enterrado na hoje destruída Capela de São Roque, na Igreja do Convento do Carmo, em Lisboa.[9]
Dados Genealógicos
editarEra filho de D. Diogo de Almeida, comendador de Pensalvos, e de D. Leonor Coutinho.
Casou, em 1575, com: Mariana de Castro, filha de Miguel de Moura Teles, alcaide-mór de Muge e de Maria de Castro.
Referências
- ↑ «Casa Grande ou dos Almeidas (I)», Sardoal em Memória, por Luís Gonçalves
- ↑ «Casa Grande ou dos Almeidas», por C. M. S., 07 de Maio de 2007, Município de Sardoal (cm-sardoal.pt)[ligação inativa]
- ↑ «Relação de tudo o que passou na felice Aclamação do mui Alto & mui Poderoso Rei Dom João o Quarto, nosso Senhor, cuja Monarquia prospere Deos por largos anos». Texto publicado em 1641, sem indicação do autor, impresso à custa de Lourenço de Anveres e na sua oficina (atribuído ao Padre Nicolau da Maia de Azevedo)
- ↑ D. Miguel de Almeida (Abrantes), in Infopédia, Porto Editora, 2003-2011, Consulta em 2011-09-13.
- ↑ «História de Portugal: nos séculos XVII e XVIII», por Luis Augusto Rebello da Silva, tomo IV, Imprensa Nacional, Lisboa, ano de 1869, pág. 219
- ↑ "PROCURAÇÃO DA RAINHA D. LUÍSA PARA O CONDE DE ABRANTES FAZER EM NOME DE SUA MAJESTADE JURAMENTO, PREITO E HOMENAGEM NO LEVANTAMENTO DO REI D. AFONSO VI"[ligação inativa]
- ↑ a b D. Miguel de Almeida (Abrantes). In Infopédia, Porto Editora, 2003-2011, Consulta em 2011-09-13.
- ↑ «Auto do Levantamento e Juramento d' El-Rei Dom João IV». Consultado em 14 de setembro de 2011. Arquivado do original em 2 de abril de 2015
- ↑ Igreja do Convento do Carmo/Museu Arqueológico do Carmo, Portugal, Lisboa, Sacramento, autores: Paula Figueiredo em 2008, Paula Noé 1990 a 1994, Sistema de Informação para o Património Arquitectónico (SIPA)