Joseph-Marie Vien, ou Joseph-Mary Wien, nascido na cidade de Montpellier (18 de junho de 1716 - Paris, 27 de março de 1809) foi um pintor, desenhista e gravurista francês, precursor do Neoclassicismo. Ganhou o Prix de Roma em 1743, e esteve na capital italiana de 1744 a 1750.[1]

Joseph-Marie Vien
Joseph-Marie Vien
Joseph Marie Vien, retratat per Joseph Duplessis (1784).
Nascimento 18 de junho de 1716
Montpellier
Morte 27 de março de 1809 (92 anos)
Paris
Sepultamento Panteão
Cidadania França
Cônjuge Marie-Thérèse Reboul
Filho(a)(s) Joseph-Marie Vien le jeune
Alma mater
Ocupação pintor, político, designer
Prêmios
  • primeiro prêmio de Roma em pintura (1743)
  • Comandante da Legião de Honra
  • residente da Villa Medici (1743–1750)
Obras destacadas Two Women Bathing, The sweet melancholy
Título conde

No período em que Vien esteve em Roma, as escavações em Herculano e Pompéia, causaram uma empolgação no meio artístico, e o interesse dele nas pinturas romanas antigas que foram desenterradas, o ajudou a adquirir certa reputação como pioneiro do estilo neoclassicista.[1]

Biografia

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Protegido pelo Conde de Caylus, entrou no estúdio de Natoire ainda bem jovem. Depois de ser treinado por ele, ganhou o Prêmio de Roma (Prix de Roma), em 1743, pela obra David se résigne à la volonté du Seigneur, qui a frappé son royaume de la peste.[2]

Durante seu tempo em Roma, se dedicou aos estudos sobre a natureza e ao desenvolvimento de suas técnicas, a partir de obras-primas ao seu redor. Ao retornar a Paris, foi admitido à academia graças a obra Daedalus e Icarus, (encontrada no Museu do Louvre)[3] e foi professor de muitos estudantes, dentre eles, Jacques-Louis David e François-André Vincent, que viriam a se tornar neoclassicistas. Vien foi um dos primeiros pintores desse movimento artístico.[2][4]

Em 1776, no auge de sua reputação, foi nomeado diretor da Academia da França em Roma e, se recusou a levar David com ele, alegando que era muito velho para ensinar um jovem artista. Cinco anos depois, retornou a cidade e suas fortunas haviam sido destruídas devido a Revolução Francesa. Apesar disso, continuou trabalhando e com a idade de oitenta anos (1796) ganhou um prêmio em uma competição pública.[3] Napoleão o recompensou por ter sido o "pai" do neoclassicismo francês, tornando-o senador.[1]

Casou-se com Marie-Thérèse Reboul (1728–1805), que também fazia parte da academia e teve um filho, Joseph-Marie the Younger, que também foi pintor.[3]

Vien morreu em Paris e foi enterrado na cripta do Panthéon. Deixou para trás muitos outros alunos, dentre eles, François-André Vincent, Jean-Antoine-Théodore Giroust, Jean-Baptiste Regnault, Joseph-Benoît Suvée, Jean-Pierre Saint-Ours, François-Guillaume Ménageot e Jean-Joseph Taillasson.[3]

Algumas obras do artista

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Na França

Nos Estados Unidos

Em Porto Rico

Referências

  1. a b c «Joseph-Marie Vien - Oxford Reference» (em inglês). doi:10.1093/oi/authority.20110803115718994# 
  2. a b «Joseph Marie Vien (French, 1716 - 1809) - The Athenaeum». www.the-athenaeum.org. Consultado em 24 de setembro de 2017 
  3. a b c d «Vien, Joseph Marie». 1911 Encyclopædia Britannica. Volume 28 
  4. Société de l’histoire de l’art français (France), CNRS, Bulletin de la Société de l’histoire de l’art français, F. de Nobele, 1972, (ISSN 0301-4126)p. 210.

Atribuições

  • Este artigo baseia-se na tradução do artigo correspondente da Wikipédia francesa e inglesa. Uma lista de contribuidores pode ser encontrada na seção de Histórico.

Ligações externas

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