Exército Vermelho Japonês
O Exército Vermelho Japonês (日本赤軍 Nihon Sekigun?) foi um grupo comunista que surgiu em meados de 1969.[1] Sua principal base social eram estudantes universitários japoneses, e o grupo seguia uma linha marxista-leninista, anti-monarquista e anti-imperialista.
Exército Vermelho Japonês 日本赤軍 | |
---|---|
Líder | Fusako Shigenobu
Tsuyoshi Okudaira |
Fundador | Fusako Shigenobu |
Fundação | 1971 |
Dissolução | 2001 |
Ideologia | Marxismo-leninismo Republicanismo Socialismo revolucionário Anti-imperialismo Antifascismo |
Espectro político | Extrema-esquerda |
Dividiu-se de | Red Army Faction (赤軍派, Sekigun-ha) |
País | Japão |
A fundadora do grupo, Fusako Shigenobu, foi presa em Osaka em novembro de 2000 e em 2001 declarou que o grupo foi dissolvido.[2]
História
editarSuas origens podem ser traçadas à organização revolucionária Liga Comunista (Japão), e à sucessora Fração do Exército Vermelho (Japão).[3] Neste último, onde militava Fusako Shigenobu, era feita uma defesa à revolução armada e ao terrorismo como métodos para obter o socialismo e abolir a monarquia no japão. O grupo foi duramente reprimido, e 200 dos membros restantes, Fusako entre eles, se uniram a militantes maoistas para formar o Exército Vermelho Unificado (連合赤軍, Rengō Sekigun), que posteriormente se tornaria o Exército Vermelho do Japão
O Exército Vermelho Japonês tinha relações próximas com a FPLP e com o líder terrorista Wadie Haddad.[4]
Ao longo dos anos, o Exército Vermelho foi autor de diversas ações de grande repercussão internacional e se tornou, após o massacre do Aeroporto de Lod, um dos grupos armados de esquerda mais conhecidos do mundo. Dentre elas há vários desvios de aviões e ataques a embaixadas Ocidentais, como exemplo:
- 30 de maio de 1972: o massacre do Aeroporto de Lod; um ataque com armas e granadas no Aeroporto Lod de Israel em Tel Aviv, agora Aeroporto Internacional Ben Gurion, matou 26 pessoas; cerca de 80 outros ficaram feridos. Um dos três atacantes cometeu suicídio com uma granada, outro foi baleado no fogo cruzado. O único atacante sobrevivente foi Kōzō Okamoto. Muitas das vítimas eram peregrinos cristãos.[5]
- Em 4 de agosto de 1975, uma dezena de seus militantes ocuparam o consulado dos Estados Unidos em Kuala Lumpur, exigindo a libertação de sete companheiros detidos no Japão, cinco dos quais saíram do cárcere e em 1986 atacaram com rockets as embaixadas dos Estados Unidos e Canadá em Jacarta, Indonésia.
- Em 1987 atacaram do mesmo modo as embaixadas dos Estados Unidos e Grã-Bretanha em Roma. Em 1990 atacaram com rockets de fabricação artesanal os palácios imperiais em Tóquio e Kyoto.
Referências
- ↑ «Japanese Red Army (JRA)». Terrorism Research and Analysis Consortium
- ↑ «Shigenobu declares end of japanese red army». Japan Times. 16 de abril de 2001. Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ «Japanese Red Army (JRA) Anti-Imperialist International Brigade (AIIB)». Consultado em 24 de setembro de 2021
- ↑ Smith 1994, p. 144.
- ↑ Axell, Albert; Kase, Hideaki (2002). Japan's Suicide Gods (em inglês). [S.l.]: Longman
Bibliografia
editar- Smith, Brent L. (1994). Terrorism in America: Pipe Bombs and Pipe Dreams. [S.l.]: State University of New York Press. ISBN 978-0791417607