Einsatzgruppen (chamados oficialmente Einsatzgruppen der Sicherheitspolizei und des SD) foram esquadrões da morte subordinados à Schutzstaffel (SS) na Alemanha Nazista responsáveis por diversas execuções em massa, primordialmente a tiros, durante a Segunda Guerra Mundial (1939–45). Os Einsatzgruppen tiveram um papel importante na implementação da chamada "solução final da questão judaica" (Die Endlösung der Judenfrage) nos territórios europeus ocupados pelas forças alemãs, especialmente no leste. Quase todas as pessoas assassinadas eram civis, incluindo intelectuais, comissários políticos, judeus e ciganos, além de pessoas envolvidas com movimentos partisans na Europa Oriental.[1]

Einsatzgruppen
Einsatzgruppen
Judeus de Kiev sendo executados por membros do Einsatzgruppen, próximo a Ivangorod, Ucrânia. Na imagem, uma mãe com uma criança no colo enquanto um soldado alemão se prepara para executa-la.
Judeus de Kiev sendo executados por membros do Einsatzgruppen, próximo a Ivangorod, Ucrânia. Na imagem, uma mãe com uma criança no colo enquanto um soldado alemão se prepara para executa-la.
Resumo da Força paramilitar
Formação c. 1939
Órgãos precedentes Einsatzkommando
Dissolução c. 1945
Tipo Força paramilitar
Jurisdição Alemanha Nazista Alemanha Nazista
Territórios da Europa Ocupada
Sede RSHA, Prinz-Albrecht-Straße, Berlim
Empregados c. 3 000 (1941)
Ministros responsáveis Heinrich Himmler, Reichsführer-SS
Executivos da Força paramilitar Reinhard Heydrich, SS-Obergruppenführer, diretor da RSHA (1939–1942)
Ernst Kaltenbrunner, SS-Obergruppenführer, diretor da RSHA (1943–1945)
Agência mãe Allgemeine SS e RSHA
Execução em massa de civis soviéticos pelo Einsatzgruppen, em meados de 1941.

Sob a direção do Reichsführer-SS Heinrich Himmler e supervisionado pelo SS-Obergruppenführer Reinhard Heydrich, os Einsatzgruppen operaram em territórios ocupados pelas forças armadas alemãs logo após a invasão da Polônia em setembro de 1939 e a Operação Barbarossa (a invasão da União Soviética) em 1941. Os Einsatzgruppen trabalhavam ao lado da Ordnungspolizei na frente leste para realizar operações de assassinato em massa, que podiam durar alguns dias, como o massacre em Babi Yar onde 33 771 judeus foram assassinados em 48 horas, e o Massacre de Rumbula (onde cerca de 25 000 foram mortos também em dois dias). Seguindo ordens de Adolf Hitler, a Wehrmacht frequentemente cooperava com os Einsatzgruppen e lhes fornecia apoio logístico para suas operações.[2]

O historiador Raul Hilberg estima que entre 1941 e 1945, os Einsatzgruppen e suas unidades auxiliares teriam matado quase 2 milhões de pessoas, incluindo 1,3 milhões de judeus. O total de judeus mortos durante o Holocausto é estimado em mais de 6 milhões.[3]

Após a Segunda Grande Guerra, cerca de vinte e quatro oficiais de alta patente da Einsatzgruppen foram julgados entre 1947 e 1948, acusados de crimes de guerra e contra a humanidade. Quatorze foram executados e dois receberam sentenças de prisão perpétua. Em outros julgamentos, feitos por diversas nações, mais integrantes do Einsatzgruppen também receberam condenações.[4]

Referências

  1. Edeiken, Yale F. (22 de agosto de 2000). «Introduction to the Einsatzgruppen». Holocaust History Project. Consultado em 5 de novembro de 2017 
  2. Streim, Alfred (1989). «The Tasks of the SS Einsatzgruppen». In: Marrus, Michael. The Nazi Holocaust, Part 3, The "Final Solution": The Implementation of Mass Murder, Volume 2. Westpoint, CT: Meckler. pp. 436–454. ISBN 0-88736-266-4 
  3. Rhodes, Richard (2002). Masters of Death: The SS-Einsatzgruppen and the Invention of the Holocaust. New York: Vintage Books. ISBN 0-375-70822-7 
  4. «The "Einsatzgruppen Case" (United States v. Otto Ohlendorf et al)». Ess.uwe.ac.uk. Consultado em 5 de novembro de 2017