Acidente do Embraer EMB-721 prefixo PT-EGI em 1980
O desastre aéreo de Barra do Garças foi um caso de suicídio de piloto que ocorreu em 1 de junho de 1980 em Barra do Garças. O piloto, Mauro Milhomem, teria tentado jogar seu avião em um hotel chamado Hotel Presidente que era da propriedade de sua sogra, após ele descobrir que sua esposa, Angela Milhomem, o teria traído. O caso pode ser uns dos primeiros casos de suicídio de piloto no Brasil.
Acidente do Embraer EMB-721 prefixo PT-EGI em 1980 | |
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Um Embraer EMB-721, similar ao avião destruído. | |
Sumário | |
Data | 1 de Junho de 1980 |
Causa | Erro humano, violação intencional de procedimentos ou normas[1] |
Local | Barra do Garças, Mato Grosso, Brasil |
Origem | Aeroporto de Aragarças |
Passageiros | 4 |
Tripulantes | 1 |
Mortos | 7 (incluindo 2 em solo) |
Feridos | 4 (em solo) |
Sobreviventes | 4 (feridos em solo) |
Aeronave | |
Modelo | Embraer EMB-721 Sertanejo |
Operador | Táxi Aereo Garapu |
Prefixo | PT-EGI |
Antecedentes
editarAntes do desastre acontecer, Mauro Milhomem teve uma briga com a sua esposa, depois que ele descobriu que ela estava sendo infiel; durante a briga ele ameaçou jogar um avião no hotel de propriedade de sua sogra.[2]
Desastre
editarNo dia 1 de junho, o piloto que trabalhava para um serviço de táxi aéreo chamado Táxi Aereo Garapu, pilotou um Embraer EMB-721 de prefixo PT-EGI com quatro passageiros[3] em direção ao Hotel Presidente, onde sua esposa estava residindo, com a intenção de atingir o hotel; entretanto, o avião não conseguiu atingir seu alvo, mas sim destruiu uma árvore, derrubou vários postes, um pequeno edifício de dois andares, e finalmente caiu sobre um estabelecimento comercial onde funcionava um escritório.[4][2]
Milhomem e três dos passageiros morreram no local. O quarto passageiro morreu enquanto estava sendo transportada para Goiânia. Duas pessoas atingidas em solo morreram dois dias depois. Quatro outras, também atingidas em solo, ficaram feridas, duas seriamente, e foram atendidas em um hospital de Barra do Garças.[2]
Resultado
editarInicialmente Aldirio Oliveira Vieira, um oficial da autoridade aeroportuária Infraero havia dito que o avião estava em voo rasante ao redor do prédio, atingiu um poste com a asa direita, rompendo o tanque de combustível. Em seguida atingiu outro poste e caiu no escritório.[4] Foi constatado depois que o piloto estaria tentado executar um ataque kamikaze ao hotel da propriedade da sua sogra.[2]
A esposa de Mauro Milhomem, Angela Milhomem, teria se suicidado dias depois, embora isso não tenha sido confirmado pela Delegacia de Polícia do município. Angela estava sendo marcada e rejeitada pela população, que acusava a mesma de ser causadora da tragédia.[5]
Mortos
editar- Mauro Milhomem, piloto
- Lourival Bento, funcionário do Dermat
- Hieráclito, funcionário do Dermat
- Vidário Teixeira, funcionário do Bradesco local
- Quarto passageiro, sem identificação
- Outras duas vítimas fatais atingidas em solo, sem identificação
Referências
- ↑ «Flight Operations Briefing Notes - Human Performance - Error Management» (PDF) (em inglês). Airbus. p. Seção II.1, página 2. Cópia arquivada (PDF) em 7 de abril de 2015
- ↑ a b c d Morrem feridos no acidente, Folha de S.Paulo (5 de junho de 1980)
- ↑ ASN Wikibase Occurrence#234812
- ↑ a b Cinco mortos no choque do "Sertanejo", Folha de S.Paulo (3 de Junho de 1980)
- ↑ Mulher se mata depois do marido se suicidar, Tribuna da Imprensa (6 de junho de 1980)
Link adicionais
editar- Acidentes ocorrem mais com aparelhos pequenos, Folha de S.Paulo (26 de maio de 1982)