Nota: Se procura pela forma de castigo físico, veja Corredor polonês (punição).

Corredor polonês ou Corredor polaco é a denominação dada a uma estreita faixa de terra na qual se encontra a maior parte do curso inferior do rio Vístula, na Polônia.

Mapa da Polónia em 1920

Sua extensão é de 150 km, e a largura variável entre 30 a 80 km, aproximadamente, tendo sua posse sido transferida do Império Alemão para a recém-recriada Polônia no ano de 1919, em virtude da imposição do Tratado de Versalhes. Pelos termos do tratado, a cidade alemã de Danzig (hoje Gdańsk) teria um governo autônomo, apesar de sua localização geográfica no meio do Corredor Polonês.[1][2]

De 1919 até 1939, a disputa por essa região provocou inúmeros e continuados atritos entre os dois países, mas durante esse período a Segunda República Polaca construiu várias linhas ferroviárias no referido "corredor".

Porém, em março de 1939 a Alemanha Nazi pediu a devolução de parte desse território, e diante da recusa polonesa, criou-se uma divergência que contribuiu de forma decisiva para a eclosão da Segunda Guerra Mundial. Invadida e ocupada pelos alemães em 1 de setembro de 1939, a região foi devolvida à Polônia em 1945, ao final do conflito armado.

Hitler chegou a afirmar que o corredor polonês era "a maior monstruosidade do Tratado de Versalhes".

Antecedentes

editar

A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia, a Lorena, o norte de Schleswig, a Posnânia e a Prússia Ocidental. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda alemã e desemprego em massa naquele país, fatores que, explorados pelos nazistas, contribuíram para que Adolf Hitler chegasse ao poder em 1933.

Mas em 1935 a Alemanha já se reerguera, reiniciando a produção de armamentos e restabelecendo o serviço militar obrigatório, o que contrariava o Tratado de Versalhes, ao mesmo tempo em que se aproximava da Itália fascista de Benito Mussolini, da Espanha de Francisco Franco, e do Japão, além de ter anexado a Áustria em 1938, sob a justificativa de tratar-se de um povo de ascendência germânica (ver Pangermanismo).

No ano seguinte, com a conivência da França e do Reino Unido, o governo alemão incorporou ao seu território os Sudetos, região da Tchecoslováquia que abrigava minorias alemãs, e por fim assinou com Josef Stalin, da União Soviética, um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos, relacionado ao desmembramento do Estado polaco mediante intervenção de ambos os países.

O início da guerra

editar

Diante da tensão já existente entre a Alemanha e Polônia, agravada pelo caso Danzigue, da suposta ridicularização proferida sobre a máquina de guerra alemã pelos poloneses e pelos órgãos de imprensa internacional e do suposto estopim polaco, o ataque a um posto de fronteira alemão (na verdade uma ataque feito por soldados das SS com uniformes do Exército Polaco para criar um motivo para a mais que projectada invasão), as tropas alemãs finalmente invadem a Polônia no dia 1º de setembro de 1939, sob o comando de Adolf Hitler. A "guerra-relâmpago" (Blitzkrieg) derrotou o exército polonês. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, iniciando assim a Segunda Guerra Mundial.

Os preparativos para o ataque à Polônia iniciaram em abril de 1939. Caberia à Luftwaffe o apoio aos exércitos terrestres em seu avanço a Varsóvia. A Luftflotte 1 (comandada pelo General Albert Kesselring) auxiliaria o Grupo Norte do Exército a atravessar o Corredor Polonês, ligando a Pomerânia à Prússia Oriental e daí em direção a Varsóvia. A Luftflotte 4 (comandada pelo General Alexander Lohr) daria suporte ao Grupo Sul do Exército, que avançaria em direção Norte, partindo da Silésia e da Eslováquia. Os ataques conduzidos ao sistema ferroviário entre 02 e 05 de setembro, por exemplo, destruíram as ferrovias. Os ataques à Infantaria também foram constantes e a 13ª divisão polonesa foi exterminada quase que totalmente por ataques aéreos.

editar

Corredor polonês é o nome popular dado a uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas alinhadas lado a lado, todas voltadas para o centro. O objetivo é maltratar, seja com pancadas ou com o uso de porretes ou arma branca, quem é forçado cruzar a passagem, como forma de represália a alguém que se posiciona contrário a certo ideal ou pessoa.

Referências

  1. A History of Western Civilization, autor Roland N. Stromberg, pagina 382, Dorsey Press, (1969).
  2. The Scandinavians in History, autor Stanley Mease Toyne, pagina 174, Ayer Publishing, (1970)


  Este artigo sobre geografia da Polónia é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.