Caldelas (Guimarães)

vila e freguesia do município de Guimarães, Portugal
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Caldelas (também conhecida como Caldas das Taipas e, no passado, S. Tomé de Caldelas) é uma freguesia portuguesa do município de Guimarães, com 2,69 km² de área[1] e 6 304 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 2 343,5 hab./km².

Portugal Portugal Caldelas 
  Freguesia  
Ara de Trajano
Ara de Trajano
Ara de Trajano
Símbolos
Bandeira de Caldelas
Bandeira
Brasão de armas de Caldelas
Brasão de armas
Gentílico taipense
Localização
Localização no município de Guimarães
Localização no município de Guimarães
Localização no município de Guimarães
Caldelas está localizado em: Portugal Continental
Caldelas
Localização de Caldelas em Portugal
Coordenadas 41° 29′ 00″ N, 8° 21′ 00″ O
Região Norte
Sub-região Ave
Distrito Braga
Município Guimarães
Código 030808
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 2,69 km²
População total (2021) 6 304 hab.
Densidade 2 343,5 hab./km²
Outras informações
Orago São Tomé
Sítio https://caldasdastaipas.com/

A povoação sede da freguesia, a povoação de Caldas das Taipas, foi elevada à categoria de vila pelo decreto n.º 30 518 de 19 de junho de 1940.[3]

Demografia

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A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Caldelas[4]
AnoPop.±%
1864 853—    
1878 996+16.8%
1890 1 172+17.7%
1900 1 228+4.8%
1911 1 383+12.6%
1920 1 385+0.1%
1930 1 489+7.5%
1940 1 817+22.0%
1950 2 184+20.2%
1960 2 413+10.5%
1970 2 728+13.1%
1981 3 543+29.9%
1991 3 874+9.3%
2001 5 252+35.6%
2011 5 723+9.0%
2021 6 304+10.2%
Distribuição da População por Grupos Etários[5]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 1148 829 2856 419
2011 984 723 3389 627
2021 886 699 3594 1125

História

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A sede da freguesia de Caldelas é conhecida por Caldas das Taipas, devido às termas reconhecidas desde a presença romana. Localiza-se na estrada que liga Guimarães a Braga (EN 101). Dista cerca de 7 km da primeira de 14 km da segunda.

Da época dos romanos, que utilizavam as águas termais de Caldelas com qualidades medicinais, ficaram alguns testemunhos, como a Ara de Trajano, com inscrições ao imperador. Foram encontrados diversos vestígios dessa época no local onde se instalou o primeiro balneário, que entretanto foi reconstruído para o que hoje é conhecido como Banhos Velhos.

A descoberta de novas nascentes de água e a necessidade de construção de novas instalações para as termas, determinaram a localização do que ficou desde então conhecido como Banhos Novos. Depois de um período de interregno, as termas retomaram o seu funcionamento na década de 1980 e têm vindo a desenvolver melhorias técnicas, com objetivo de alargar os serviços.

As qualidades paisagísticas foram outrora descritas por artistas escritores que eternizaram as belezas naturais: Ferreira de Castro e Ramalho Ortigão.

Contudo, a vila teve um grande crescimento quer em termos de população residente, quer em termos de aglomerado urbano. Este crescimento explica-se, num primeiro momento pela instalação expressiva da indústria de cutelarias e num segundo momento, pelo facto da proximidade de duas importantes cidades – Braga e Guimarães e da melhoria das facilidades de acesso às cidades. O crescimento, não tendo sido controlado, levou a situações de rutura e a ligação rodoviária a Guimarães é feita com alguma dificuldade, devido ao elevado tráfego que se regista ao longo daquela via. Indelevelmente, aquele crescimento teve impactes negativos na paisagem e as descrições daqueles autores seriam hoje bastante diferentes.

Para além das termas, existe na localidade um parque de campismo, um complexo de piscinas e um parque natural que margina o rio Ave, que em conjunto, vincam a forte vocação turística da vila, que é ainda potencial e expectante.

Apesar do seu santo padroeiro (orago) ser São Tomé, são mais celebradas, na vila, as romarias relacionadas a São Pedro.

Termas

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A potencialização da atividade termal em Caldelas inicia-se com a romanização. Em 1753, Frei Cristóvão fez rasgados elogios às termas e às suas virtudes terapêuticas, num livro seu sobre locais que visitou.

As ruínas dos Banhos Velhos representam um complexo termal com poço, piscina, tanques, nascentes e balneários, com revestimento de tijolo e mosaico, tendo sido descobertas no século XIX.

Em 1818, a autarquia expropria o campo do Tapadinho para aí construir um balneário. A crescente importância da exploração das águas termais está patente no facto de terem sido expostas na Exposição Industrial de Guimarães, em 1884. Em 1906, José Antunes Machado arremata à Câmara Municipal de Guimarães a concessão da exploração industrial e comercial das nascentes, implementando uma série de infraestruturas: a “buvette” de captação das águas e um moderno balneário. José Machado depressa cede os direitos de exploração a um consórcio: a Empresa Termal das Taipas[6].

Em 1917, seria inaugurado o Hotel das Termas, da autoria do arquiteto portuense Eduardo da Costa Alves. O presidente da República Óscar Carmona esteve aí hospedado, aquando das Comemorações do Duplo Centenário, em 1940. A estância termal assenta num edifício de inspiração neoclássica oitocentista, sendo as únicas termas do país com tratamento eficaz para problemas dermatológicos, além de ótimos tratamentos para os variados problemas. Atualmente, o complexo das Termas é muito mais do que a simples estância termal. Conhecidas como Taipas Termal, existem hoje unidades hoteleiras, bem como um parque de campismo intrínseco ao complexo termal, e ainda as piscinas das Taipas Termal e o Parque de Lazer, entre outros motivos de interesse.

Avepark

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O Avepark encontra-se em construção desde junho de 2006, entre a vila das Caldas das Taipas e a freguesia de Barco, como polo do Ave do Parque de Ciência e Tecnologia do Porto onde em parceria com a Universidade do Minho, se prevê também a instalação, no âmbito de uma candidatura efetuada à União Europeia, do primeiro Centro Europeu de Excelência em território nacional (o Instituto Europeu de Excelência em Engenharia de Tecidos e Medicina Regenerativa).

Património

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Atividades económicas

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Coletividades e Associações

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Feiras, festas e romarias

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  • S. Pedro (Festas da Vila)
  • S. Tomé e Santo Ovídio
  • Feira semanal às segundas-feiras

Atividades culturais e turísticas

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Gastronomia

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  • Rojões com papas de sarrabulho

Outros locais

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  • Parque de lazer com praia fluvial
  • Termas
  • Parque de Campismo
  • Polidesportivo CART,
  • Campo de ténis
  • Piscinas

Política

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Eleições autárquicas

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Data % V % V % V % V % V % V % V
IND PPD/PSD CDS-PP PS AD APU/CDU PSD-CDS
1976 36,70 3 28,10 3 21,83 2 9,96 1
1979 AD AD 22,45 3 61,60 8 14,10 2
1982 40,47 5 48,13 7 9,02 1
1985 35,05 4 21,03 2 34,39 3 7,12 -
1989 34,07 3 10,07 1 49,57 5 4,18 -
1993 28,35 3 5,54 - 59,80 6 3,85 -
1997 35,22 3 15,98 2 35,87 4 8,44 -
2001 29,46 3 46,70 4 19,64 2
2005 8,59 - 45,51 5 2,38 - 29,30 3 10,87 1
2009 57,20 8 1,36 - 33,36 5 4,14 -
2013 CDS-PP PPD/PSD 42,03 6 6,66 1 45,04 6
2017 58,10 8 3,27 - 32,64 5
 
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Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. «https://diariodarepublica.pt/dr/detalhe/decreto-lei/30518-1940-189742». diariodarepublica.pt. Consultado em 13 de dezembro de 2023  Ligação externa em |titulo= (ajuda)
  4. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  5. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 
  6. «Empresa Termal das Taipas». archeevo.amap.pt. Consultado em 25 de dezembro de 2022 
  7. «Lápide das Taipas». IGESPAR. Consultado em 25 de Março de 2014 
  8. «Ponte do Rio Ave». IGESPAR. Consultado em 25 de Março de 2014 
  9. «Ponte sobre o Rio Ave/Ponte das Taipas». SIPA. Consultado em 25 de Março de 2014 


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