Cristinápolis

município brasileiro do estado de Sergipe

Cristinápolis é um município brasileiro do estado de Sergipe. Localizado na região Sudoeste do estado.

Cristinápolis
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Cristinápolis
Bandeira
Brasão de armas de Cristinápolis
Brasão de armas
Hino
Lema Um novo tempo para nossa gente
Gentílico cristinapolitano(a)
Localização
Localização Cristinápolis em Sergipe
Localização Cristinápolis em Sergipe
Localização Cristinápolis em Sergipe
Cristinápolis está localizado em: Brasil
Cristinápolis
Localização Cristinápolis no Brasil
Mapa
Mapa Cristinápolis
Coordenadas 11° 28′ 37″ S, 37° 45′ 43″ O
País Brasil
Unidade federativa Sergipe
Municípios limítrofes Rio Real e Jandaíra em território baiano. Umbaúba, Indiaroba, Tomar do Geru e Itabaianinha em território sergipano
Distância até a capital 115 km
História
Fundação 24 de abril de 1882 (142 anos)
Administração
Prefeito(a) Sandro de Jesus (PT, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [2] 237,699 km²
População total (IBGE/2022[3]) 17 100 hab.
Densidade 71,9 hab./km²
Clima tropical úmido a sub-úmido[1] (As')
Altitude [1] 120 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,553 baixo
PIB (IBGE/2008[5]) R$ 67 968,211 mil
PIB per capita (IBGE/2008[5]) R$ 4 246,42
Sítio cristinapolis.se.gov.br (Prefeitura)

O município faz divisa com o Estado da Bahia, e é cortado pela BR-101.

História

Já foi chamado de Chapada, recebeu o nome de Vila Cristina, em homenagem à imperatriz do Brasil, Dona Tereza Cristina. Mas depois passou a ser chamado em definitivo de Cristinápolis.

As terras que viriam a ser um dos mais importantes municípios da região sul de Sergipe foram encontradas pelos invasores europeus logo após 1500. Uma povoação se formou e se fixou no planalto, entre os rios Urubas de Cima e Urubas de Baixo.

A povoação começou por volta de 1575, com os índios que fugiam do avanço sanguinário dos europeus (como os paiaiás, hoje, seus ascendentes continuam vivendo do litoral baiano em Cachoeira, na bacia do Paraguaçú até o rio São Francisco na Chapada Diamantina. Alguns pesquisadores dizem ser ramificação dos Kiriri). Foi uma espécie de mocambo. Os gentios (indígenas) saíam de Tomar do Geru, Santa Luzia do Itanhi e Indiaroba. Todos se refugiavam na povoação Chapada. Nessa época os índios ou morriam nos massacres ou eram escravizados.

Atrás dos índios e antes dos exploradores, vinham os padres da Companhia de Jesus. Alguns deles se deslocavam da freguesia do Espírito Santo, hoje Indiaroba, e outros de Tomar do Geru. Tinham acesso livre na "Chapada", uma aldeia que crescia muito, e lá construíram uma capela sob a invocação de São Francisco de Assis.

Assim a povoação ficou isolada do elemento branco por muitos anos, que foi chegando timidamente na região. O Governo Provinciano criou uma subdelegacia na Chapada na segunda metade do século XIX para prevenir atentados na região, e em 1849 já havia uma escola primária no local. Em 12 de abril de 1878 o local evoluiu para 'Freguesia da Chapada de São Francisco de Assis' por meio de resolução provincial.

Só em 4 de março de 1882, por meio de lei provincial, o povoado Chapada foi elevado a categoria de "Vila Cristina" (homenagem à Imperatriz brasileira, D. Tereza Cristina), desmembrado do município de Espírito Santo (Indiaroba). Em 28 de março de 1938, Vila Cristina foi elevada a categoria de município permanecendo com o nome de Cristina, e em 31 de dezembro de 1943 foi solicitada pelo interventor federal de Sergipe (governador)Eronildes Ferreira de Carvalho o nome de Cristinápolis em 7 de dezembro só foi rebatizada 1944 foi rebatizada sancionada pelo interventor Augusto maynard gomes, pelo nome de "Cristinápolis".[6][7]

Demografia

População Histórica
AnoPop.±%
1940 5 156—    
1950 6 435+24.8%
1960 5 570−13.4%
1970 5 778+3.7%
1980 7 242+25.3%
1991 10 932+51.0%
2000 14 268+30.5%
2010 16 519+15.8%
2022 17 100+3.5%
Censo demográfico brasileiro[8]

Geografia

Cristinápolis apresenta temperatura média anual de 24,2 °C e uma precipitação de chuvas de 1.420 mm/anos, com período chuvoso de fevereiro a agosto (outono-inverno e parte do verão). O relevo apresenta desde planícies litorâneas (marinhas, fluviais e fluvio-marinhas) a tabuleiros costeiros. A vegetação compreende capoeira e caatinga. O município está inserido na bacia hidrográfica do rio Real, além do Real, os rios Itamirim e da Jiboia e o riacho do Baixão passam pelo território.[1]

Economia

A cidade tem como principal base econômica a citricultura; produzindo laranja, tangerina e limão. Tal atividade é responsável por 75% da renda do município. Outras produções importantes são milho, mandioca, maracujá e manga; além da avicultura de galináceos, e da pecuária de bovinos, suínos e ovinos.[1]

Curiosidades

Segundo estórias populares, nos primórdios do município, um Fazendeiro de nome Manoel Fernandes da rocha braque que era cel. de batente comprado(conhecido como Manuel vaqueiro, que trabalhava para os frades franciscanos da freguesia do Espírito Santo (Indiaroba), procurava por algumas cabeças desgarradas do rebanho e teve que atravessar o riacho Saguim Rio paiaiá (o nome trata dos paiaiás, seus ascendentes vivem do litoral baiano em Cachoeira, na região do rio Paraguaçú até o rio São Francisco na Chapada Diamantina. Alguns pesquisadores dizem ser ramificação dos cariris) nome dado pelos índios e ficou conhecido como rio jiboia depois da morte da cobra jiboia que Manuel matou, e penetrar na mata; após matar uma jiboia em um riacho encontrou uma chapada e lá descobriu uma aldeia indígena. Retornou ao convento e relatou a descoberta aos frades que logo dirigiram-se ao local para evangelizar os índios da chapada. Lá construíram uma pequena capela feita de palha sob a proteção de São Francisco de Assis Pelo frei Paulo Antônio di domele de rovgno, onde os indígenas se dirigiam para ouvir os sermões. A capela foi aumentada e virou a Igreja São Francisco de Assis, mas ainda era muito simples sem torres. Só em 1924 ela foi reformada e toda a estrutura modificada, tomando como modelo a Igreja de Santo Antônio, em Aracaju.[7]

 

O rumor da invasão de Lampião

Em meados dos anos 1930, surgiu um rumor que o cangaceiro Lampião estava se dirigindo a Vila Cristina apavorando os moradores. O prefeito da localidade reuniu alguns cidadãos e se juntaram ao destacamento policial (um cabo e dois soldados) para a defesa da vila. Requisitaram armas e transformaram a igreja matriz em um ponto de defesa. Foi proibido aos seus habitantes deixar a vila, mas isso não impediu que vários se escondessem nas matas próximas. Por meio do telégrafo tentavam em vão se comunicar com a cidade de Itabaianinha para avisar da situação da vila. Somente no final do dia conseguiram notícias de Itabaianinha avisando que o bando de cangaceiros encontrava-se em Capela, sendo assim impossível sua presença naquela região.[7]

Referências

  1. a b c d Projeto Cadastro da Infra-Estrutura Hídrica do Nordeste, Diagnóstico do Município de Cristinápolis, 2002.
  2. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. «Estimativa populacional de 2019». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 25 de novembro de 2019 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 26 de agosto de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. Acervo Biblioteca IBGE, Acervo documentação territorial: Cristinápolis-SE.
  7. a b c CINFORM - História dos Municípios. Edição Histórica. Globo Cochrone. 2002
  8. «IBGE, censos demográficos e população 1872-2022» 
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