Aung San Suu Kyi

política e ativista birmanense; Nobel da Paz de 1991

Aung San Suu Kyi (birmanês: အောင်ဆန်းစုကြည်; AFI[àuɴ sʰáɴ sṵ tɕì]; Rangum, 19 de junho de 1945), é uma ativista e política birmanesa, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 1991 e secretária-geral da Liga Nacional pela Democracia (LND). Suu Kyi é a terceira dos filhos de Aung San, considerado o pai da Birmânia moderna (atual Mianmar). Foi conselheira de estado do país de 2016 até 2021, quando foi deposta por um golpe militar.[1]

Aung San Suu Kyi
အောင်ဆန်းစုကြည်

Aung San Suu Kyi em 2013
Conselheira de Estado de Myanmar
Período 6 de abril de 2016 a 1 de fevereiro de 2021
Ministra de Relações Exteriores
Período 30 de março de 2016 a 1 de fevereiro de 2021
Antecessor(a) Wunna Maung Lwin
Líder da Oposição
Período 2 de maio de 2012
a 29 de janeiro de 2016
Antecessor(a) Thein Sein
Sucessor(a) Sai Hla Kyaw
Presidente da Liga Nacional pela Democracia
Período 18 de novembro de 2011
a atualidade
Antecessor(a) Aung Shwe
Dados pessoais
Nome completo အောင်ဆန်းစုကြည်
Nascimento 19 de junho de 1945 (79 anos)
Yangon, Myanmar
Nacionalidade Myanmar birmanesa
Alma mater Universidade de Deli
Universidade de Oxford
Universidade de Londres
Prêmio(s) Nobel da Paz (1991)
Cônjuge Michael Aris (1972-1999)
Filhos(as) 2
Partido LND
Religião Budismo Teravada
Ocupação Ativista
Política
Assinatura Assinatura de Aung San Suu Kyi

Durante a eleição geral de 1990, a LND, partido liderado por Suu Kyi, obteve 59% dos votos em todo o país, conquistando 81% (392 de 485) dos assentos no parlamento - o que deveria fazer dela a primeira-ministra da Birmânia.[2][3][4][5][6][7][8] No entanto, pouco antes das eleições, foi detida e colocada em prisão domiciliar, condição em que viveu por quase 15 dos 21 anos que decorreram desde o seu regresso à Birmânia, em 20 de julho de 1989, até sua libertação, depois de forte pressão internacional, em 13 de novembro de 2010.[9][10][11] Ao longo desses anos, Suu Kyi foi uma das mais notórias prisioneiras políticas do mundo.[12][13] Em 2010, após ser libertada, ela boicotou as eleições daquele ano, exigindo mais abertura política contra o governo dos militares. Em 2015, liderou o seu partido a uma vitória esmagadora nas eleições legislativas. Como não podia concorrer à presidência devido a uma cláusula na constituição (Aung San era casada com um estrangeiro e tinha filhos estrangeiros), o cargo de Conselheiro de Estado foi criado para ela.

Por muito tempo considerada um ícone pela liberdade, desde que foi apontada como Conselheira de Estado, Aung San Suu tem sido criticada dentro e fora de Myanmar por suas ações dentro do governo do país.[14] Segundo seus detratores, ela não demonstrou qualquer simpatia ou interesse em resolver a questão da perseguição ao povo Rohingya, em 2016, no estado de Rakhine, e recusou-se a aceitar ou reconhecer que o exército de Myanmar perpetrou qualquer massacre.[15][16][17][18] Ao longo da sua gestão no governo, Myanmar intensificou a perseguição aos jornalistas.[19] Em 1 de fevereiro de 2021, Aung San foi derrubada da sua posição de Conselheira de Estado após um golpe orquestrado pelas força armadas do país.[1]

Biografia

Suu Kyi é filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia (também chamado Mianmar), ex-colônia britânica, que foi assassinado pouco antes da independência do país (proclamada em 4 de janeiro de 1948), quando ela tinha dois anos de idade.

Suu Kyi foi educada nas melhores escolas de Rangum - antiga capital e maior cidade do país. Também estudou na Índia, onde sua mãe, Khin Kyi, foi embaixadora, e na Universidade Oxford, onde conheceu Michael Aris, um especialista em civilização tibetana, com quem viria a se casar.[20] Após a graduação, entre 1969 e 1971, ela trabalha na ONU, em Nova York. Em janeiro de 1972, casa-se com Michael. O casal teve dois filhos, Alexander (Londres, 1973) e Kim (Oxford, 1977).[21][22]

Em 1988, Suu Kyi regressa ao seu país, a princípio para cuidar de sua mãe, que se encontrava enferma. Porém, logo se envolve com o movimento pró-democracia. Por ser descendente de um prócer da independência, sua presença inflama o movimento. Seu retorno coincide com a eclosão de uma revolta popular contra os vinte e seis anos de governo do general Ne Win, que resultaram em alto grau de repressão política e colapso da economia do país. Em 23 de julho, o general Ne Wan renuncia, mas as manifestações populares de protesto continuam. O movimento é brutalmente reprimido. Mais de 5 000 manifestantes são mortos em 8 de agosto de 1988 na chamada Revolta 8888. Em 18 de setembro instala-se uma junta militar no governo do país. Alguns dias depois, em 24 de setembro, um novo partido é formado - a Liga Nacional pela Democracia, LND -, tendo Suu Kyi como secretária-geral. Ela se torna a principal líder do movimento pró-democratização. Naquele mesmo ano, dez mil pessoas morreriam na luta contra o regime militar birmanês.[carece de fontes?] Entre outubro e dezembro, Suu Kyi percorre o país, pregando a não violência e a desobediência civil, em grandes comícios. Em dezembro, morre sua mãe, Daw Khin Kyi, aos setenta e seis anos.[20]

Em 1989, Suu Kyi é presa pela primeira vez, ficando impedida de apresentar sua candidatura às eleições gerais do ano seguinte - as primeiras no país desde 1962.[22] Mesmo assim, seu partido, a LND, obtém uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, conquistando 81% das cadeiras em disputa. A junta militar se recusa a reconhecer o resultado das eleições.

 
Manifestação pela liberação de Aung San Suu Kyi, 2005
 
Manifestação pela liberação de Aung San Suu Kyi, em Nova York, 2003

Ainda em 1990, o Parlamento Europeu concede a Suu Kyi o prémio Sakharov de liberdade de pensamento. Em 1991 foi galardoada com o Nobel da Paz. Em 10 de dezembro, seus filhos, Alexander e Kim, recebem o prêmio, em nome de sua mãe. Suu Kyi permanece presa e recusa-se a deixar o país, conforme lhe propõe o governo birmanês. O movimento por sua libertação cresce em todo o mundo.[20]

Em 1995, o regime militar decide levantar a pena de prisão domiciliária imposta a ela, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade dura pouco. Logo estará novamente em prisão domiciliar.[23]

No Natal de 1995, Michael consegue permissão para visitar a esposa. Será o último encontro do casal. Em 27 de março de 1999 morreu de câncer, em Londres, sem ter conseguido voltar a Mianmar para ver Suu Kyi. O governo sempre insistia que ela fosse encontrar sua família, na Inglaterra, mas ela sabia que, se concordasse em sair do país, as autoridades birmanesas não a deixariam retornar. Assim, ela assume essa separação como um sacrifício a ser feito por seu país.

Manifestações de apoio

 
Barack Obama e Aung San Suu Kyi em setembro de 2012

Em 2000, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada "Walk On". Em 2005, Damien Rice e Lisa Hannigan escreveram a canção "Unplayed Piano" em sua honra e tocaram-na ao vivo no Nobel Peace Prize Concert (Nobels fredspriskonsert)" em Oslo, Noruega.

Em 2008, Suu Kyi foi considerada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar.[24]

Nove ganhadores do Nobel manifestaram apoio a Aung San Suu Kyi, que estava sendo julgada.[25] Segundo a Secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, a detenção de Suu Kyi, a poucos dias de sua liberação, visava afastá-la do processo eleitoral. O objetivo do regime era chegar às eleições legislativas de 2010 sem entraves. "Trata-se de um estado que vive sob o terror há vinte anos".[26] Suu Kyi, mantendo-se em seu país, marca resistência pacífica mas firme ao regime autoritário.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, qualificou de escandaloso o processo contra Aung San Suu Kyi. "É escandaloso que ela seja julgada e continue a ser detida em razão de sua popularidade", declarou Clinton em Washington.[27]

Em 30 de maio, os dois juízes militares responsáveis pelo julgamento da principal opositora birmanesa adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra ela, de 1 de junho para 5 de junho. "O tribunal pronunciará a sentença depois das razões finais" − disse Kyi Win, um dos três advogados que defendiam Aung San Suu Kyi.[28]

Em 19 de junho de 2010, Aung San Suu Kyi completou 65 anos ainda em prisão domiciliar. Na ocasião o presidente americano Barack Obama fez um apelo ao governo de Myanmar para que a libertassem, assim como aos demais presos políticos.[29]

Libertação

Em 13 de novembro de 2010, Suu Kyi foi finalmente libertada da prisão domiciliar, ficando autorizada a deslocar-se livremente. Ao discursar para cerca de 4.000 simpatizantes, defendeu a democracia e a "reconciliação nacional". "Estou preparada para conversar com qualquer um. Não guardo ressentimento de ninguém", disse ela. Em 15 de agosto de 2011, encontrou-se com o presidente Thein Sein e manifestou o seu apoio à abertura iniciada pelo governo, que inclui a libertação dos numerosos presos políticos do país.[30]

Em 1 de abril de 2012 o seu partido, a Liga Nacional pela Democracia, anunciou que ela havia sido eleita para o Pyithu Hluttaw, a câmara baixa do parlamento birmanês, representando o distrito eleitoral de Kawhmu, na região de Yangon.[31] Seu partido também conquistou 43 dos 45 assentos vacantes da câmara baixa.[32] No dia seguinte os resultados da eleição foram confirmados pela comissão eleitoral oficial.[33]

Eleições legislativas de 2015

 
Aung San Suu Kyi e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi

Nas eleições legislativas de novembro de 2015, a Liga Nacional para a Democracia conquistou 80% dos votos, elegendo 390 cadeiras. Apesar do resultado, 25% do total de parlamentares são deputados militares que não são eleitos, conforme determinação da Constituição, que também lhes garante automaticamente os Ministérios da Defesa e do Interior. [34]

Com essa configuração do Parlamento, há grande dificuldade na aplicação de alterações na Constituição, em razão da necessidade de aprovação de por 75% nas duas câmaras, quórum improvável de alcançar sem os votos dos militares.[34]

Em abril de 2016, o Parlamento realizou a eleição do Presidente que substituiria o ex-general Thein Sein. Htin Kyaw, aliado de Aung San Suu Kyi, foi eleito com o voto de 360 dos 652 deputados. Aung San Suu Kyi, no entanto, era a líder de facto do país, sendo responsável pelas pastas do Exterior, Educação, da Energia, além da Casa Civil, mas sem exercer controle sobre o comando militar. [35][36]

Em Myanmar, o presidente é chefe de Estado e de Governo, tendo o cargo de primeiro-ministro sido abolido em março de 2011. Aung San Suu Kyi não poderia assumir a presidência em razão de a lei impedir quem tem filhos estrangeiros de chegar à chefia do Estado. [35]

Conselheira de Estado (2016-2021)

Em abril de 2016, foi publicada a lei de criação do cargo de Conselheiro de Estado, com funções semelhantes às de um primeiro ministro, permitindo trabalhar em todas as áreas de governo e atuar como elo entre o executivo e o legislativo. O cargo permitiu que Aung San Suu Kyi tivesse um papel maior no governo, tendo assumido o cargo em 06 de abril de 2016.[37][38]

Em 28 de março de 2018, Win Myint foi eleito presidente de Myanmar pelo Parlamento, também um aliado da líder de fato Aung San Suu Kyi. Htin Kyaw renunciou ao cargo, por razões de saúde. O ex-presidente havia realizado diversas viagens ao exterior para tratamento médico.[39]

Genocídio rohyngia

 
A conselheira de estado e o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, durante a 33ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático

Em agosto de 2017, o Exército de Myanmar lançou uma incursão em Rakhine, o estado do norte do país que abriga mais de um milhão de muçulmanos da etnia rohingya e deixou cerca de 25 mil mortos e mais de 700 000 refugiados. [40][41]

Conforme relatos do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, o exército teria incendiado vilarejos, matado civis e espalhado minas terrestres na fronteira com Bangladesh.[40]

O povo rohingya é uma minoria étnica muçulmana que, em sua maioria, vive no estado de Rakhine, um dos estados mais pobres de Myanmar.[40]

Desde a independência do país em 1948, os rohingyas tem sido vítimas de tortura, negligência e repressões e são alvos de violência étnica. O governo de Myanmar não permite o seu acesso à cidadania e são considerados apátridas, sendo proibido a eles casar ou viajar sem a permissão de autoridades, além de possuir terras ou propriedades.[40]

Enquanto os rohingyas afirmam serem autóctones do estado de Rakhine, o governo aponta que os mesmos seriam de origem bengali e teriam migrado para o país durante a ocupação britânica.[40]

Aung San Suu Kyi, no entanto, se manifestou tardiamente sobre a perseguição do exército birmanês à minoria, desmentindo as alegações de atrocidades e negando as denúncias de limpeza étnica. A conselheira sofreu pesadas críticas internacionais, sendo acusada de cúmplice dos militares, tendo sido retiradas algumas de suas condecorações e prêmios, entre os quais o da Anistia Internacional.[38]

Em dezembro de 2019, Aung San Suu Kyi declarou que iria representar pessoalmente Myanmar diante do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, após Gâmbia iniciar um processo contra o país por violação à convenção da ONU para prevenção e punição do genocídio.[42][43][38]

Eleições legislativas de 2020

 
Joko Widodo, presidente da Indonésia, e Aung San Suu Kyi durante a 34ª Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático

Em novembro de 2020, a Liga Nacional para a Democracia novamente saiu vitoriosa no pleito eleitoral, com 346 cadeiras, vencendo 83% dos cargos em disputa e ampliando os resultados em relação aos de 2015.[44]

O Partido da Solidariedade e Desenvolvimento da União (PSDU), alinhado com os militares, obteve 25 cadeiras. O partido contestou a eleição, alegando que a mesma não foi livre nem justa e pediu a renúncia dos integrantes da Comissão Eleitoral da União (UEC). O PSDU solicitou a convocação de novas eleições.[44]

Golpe de Estado

Em 1º de fevereiro de 2021, o exército de Myanmar derrubou o governo eleito, prendeu líderes políticos, bloqueou estradas, fechou o acesso à internet e suspendeu os voos ao país.[45]

Foram presos membros do NDL, a conselheira Aung San Suu Kyi, o presidente Win Myint, juntamente com ministros, governadores regionais, políticos da oposição, escritores e ativistas.[45]

Os militares alegaram irregularidades nas eleições realizadas em novembro, acusando os resultados de fraudulentos.[45]

O golpe foi anunciado em uma rede de televisão pertencente aos militares. Foi decretado estado de emergência por um ano, com fechamento do Parlamento.[45]

 
Protestos contra o golpe em Myanmar, com cartazes com a foto de Aung San Suu Kyi

Protestos pela democracia se seguiram nas semanas seguintes, reprimidos violentamente pelas Forças Armadas. A Associação de Ajuda a Presos Políticos informou que 570 pessoas havia sido mortas pelas forças de segurança.[45][46]

Aung San Suu Kyi, colocada sob prisão domiciliar, enfrenta acusações de violação de uma lei sobre telecomunicações, incitação à desordem pública e por se encontrar na posse de dois rádios de comunicação que teriam sido importados ilegalmente e usados sem permissão.[45][47]

Prêmios e honrarias

  • Prêmio Rafto (1990)
  • Prêmio Nobel da Paz de 1991
  • Prêmio Sakharov para a Liberdade de Pensamento (1990) - retirado em 2020 devido à sua recusa em condenar a violência contra o povo rohingya[48]
  • Prêmio Jawaharlal Nehru para a Compreensão Internacional, concedido pelo governo da Índia (1992)
  • Prêmio Internacional Simón Bolívar, do governo da Venezuela (1992)
  • Prémio Liberdade de Edimburgo (2005) - prêmio retirado em 2018 devido à sua recusa em condenar a violência contra o povo rohingya
  • Cidadania honorária do Canadá, concedida pelo governo daquele país (2007).[49] Até então, o título só havia sido concedido a três outras pessoas.[50]
  • Prémio Internacional Catalunha (2008)
  • Medalha Wallenberg (2011)[51]

Ver também

Referências

  1. a b «Líder de Mianmar, Nobel da Paz Suu Kyi é presa e militares tomam poder». CNN Brasil. Consultado em 1 de fevereiro de 2021 
  2. Aung San Suu Kyi should lead Burma, Pravda Online. 25 de setembro de 2007
  3. The Next United Nations Secretary-General: Time for a Woman. Equality Now.org. Novembro de 2005.
  4. MPs to Suu Kyi: You are the real PM of Burma. The Times of India. 13 de junho de 2007
  5. Resenha do livro Letters from Burma, de Aung San Suu Kyi (em inglês).
  6. Sentence for Burma's Aung San Suu Kyi sparks outrage and cautious hope. Deutsche Welle, 11.08.2009. Citação: "A LND conquistou uma convincente maioria nas eleições de 1990, as últimas votações com algum traço de justiça realizadas da Birmânia. Isso deveria fazer de Suu Kyi a primeira-ministra, mas os líderes militares imediatamente anularam o resultado. Agora seu partido deve decidir se vai participar de uma próxima eleição com poucas perspectivas de ser justa." No original: "The NLD won a convincing majority in elections in 1990, the last remotely fair vote in Burma. That would have made Suu Kyi the prime minister, but the military leadership immediately nullified the result. Now her party must decide whether to take part in a poll that shows little prospect of being just."
  7. The Hon. PENNY SHARPE. Discurso: "Em 1990, a Daw (Dama) Aung San Suu Kyi apresentou-se com candidata da Liga Nacional pela Democracia a primeira-ministra, nas eleições gerais birmanesas. A LND venceu por ampla maioria. No entanto, em vez de ela assumir seu lugar de direito, como nova primeira-ministra da Birmânia, a junta militar recusou-se a devolver o poder." No original: "In 1990 Daw Aung San Suu Kyi stood as the National League for Democracy's candidate for Prime Minister in the Burmese general election. The National League for Democracy won in a landslide. But instead of her taking her rightful place as Burma's new Prime Minister, the military junta refused to hand over power." Página 52
  8. A twist in Aung San Suu Kyi's fate. Patrick Winn — GlobalPost. Citação: "Desde 1990, quando a junta militar do país não aceitou a eleição de Suu Kyi para o cargo de primeiro-ministro, ela tem vivido a maior parte do tempo presa. Laureada com o Prêmio Nobel da Paz, Suu Kyi continua a ser apoiada por integrantes do movimento pró-democracia no exílio, muitos dos quais também votaram por um Parlamento que nunca houve em Myanmar." No original: "Suu Kyi has mostly lived under house arrest since 1990, when the country's military junta refused her election to the prime minister's seat. The Nobel Peace Laureate remains backed by a pro-democracy movement-in-exile, many of them also voted into a Myanmar parliament that never was." 21 de maio de 2009.
  9. «Libertada a ícone da democracia birmanesa Aung San Suu Kyi». IG:Último Segundo. 13 de novembro de 2010. Consultado em 18 de novembro de 2011 
  10. Nobel da Paz San Suu Kyi é libertada após período em prisão domiciliar
  11. Burma releases Aung San Suu Kyi. BBC News, 13 de novembro de 2010.
  12. Aye Aye Win, Myanmar's Suu Kyi Released From Hospital, Associated Press (via The Washington Post, 10 de junho de 2006.
  13. «Aung San Suu Kyi, uma vida dedicada a Mianmar». Deutsche Welle. Abril de 2014. Consultado em 1 de outubro de 2016 
  14. «From peace icon to pariah: Aung San Suu Kyi's fall from grace». The Guardian. Consultado em 17 de setembro de 2019 
  15. Taub, Amanda; Fisher, Max (31 de outubro de 2017). «Did the World Get Aung San Suu Kyi Wrong?». Consultado em 14 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2017 – via NYTimes.com 
  16. Beech, Hannah (25 de setembro de 2017). «What Happened to Myanmar's Human-Rights Icon?». Consultado em 14 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2017 – via www.newyorker.com 
  17. «Dispatches – On Demand – All 4». www.channel4.com. Consultado em 14 de maio de 2018. Cópia arquivada em 15 de maio de 2018 
  18. Arquivado em 2018-11-12 no Wayback Machine
  19. Nebehay, Stephanie; Naing, Shoon; Collett-White, Mike. «Myanmar army, government aim to silence independent journalism: U.N.». Reuters. Consultado em 13 de setembro de 2018. Cópia arquivada em 12 de setembro de 2018 
  20. a b c The Nobel Peace Prize 1991. Aung San Suu Kyi
  21. A biography of Aung San Suu Kyi.
  22. a b Ativista é filha de líder da independência.Folha de S.Paulo, 14 de novembro de 2010
  23. Presidente do Parlamento Europeu apela à libertação de Suu Kyi. 18 de junho de 2009.
  24. Le pouvoir birman a la responsabilité de la survie de Mme Suu Kyi
  25. EFE, 21 de maio de 2009 Termina 4ª audiência de Suu Kyi sem informações sobre julgamento
  26. http://www.france-info.com/spip.php?article294451&theme=81&sous_theme=188 Entrevista concedida por Rama Yade, em 20 maio de 2009(em francês)
  27. Reuters, 21 de maio de 2009 Hillary Clinton juge le procès d'Aung San Suu Kyi scandaleux.
  28. Rádio Vaticano, 30 de maio de 2009 Adiada apresentação de argumentação contra Aung San Suu Kyi
  29. Euronews, 19 de junho de 2010 Aung San Su Kyi faz 65 anos
  30. Dissidente pede diálogo com junta de Mianmar: Nobel da Paz Aung San Suu Kyi foi libertada anteontem por militares. Folha de S.Paulo, 15 de novembro de 2010.
  31. Fuller, Thomas, Democracy Advocate Elected to Myanmar’s Parliament, Her Party Says, The New York Times, 1° de abril de 2012.
  32. Voz da Rússia (1º de abril 2012). «Oposição de Myanmar festeja vitória» 
  33. NLD Claims Suu Kyi Victory, The Irrawaddy, 4 de abril de 2012.
  34. a b Ferreira, Ana Gomes. «Partido de Aung San Suu Kyi tomou posse do Parlamento da Birmânia». PÚBLICO. Consultado em 10 de abril de 2021 
  35. a b Presse, Da France (15 de março de 2016). «Htin Kyaw, braço direito de Suu Kyi, é novo presidente de Mianmar». Mundo. Consultado em 10 de abril de 2021 
  36. Welle (www.dw.com), Deutsche. «Mianmar empossa primeiro governo civil em décadas | DW | 30.03.2016». DW.COM. Consultado em 10 de abril de 2021 
  37. Pernambuco, Diario de; Pernambuco, Diario de (7 de abril de 2016). «Novo cargo de Aung San Suu Kyi liga alerta em militares de Mianmar». Diario de Pernambuco. Consultado em 10 de abril de 2021 
  38. a b c Welle (www.dw.com), Deutsche. «Aung San Suu Kyi, de ícone democrático a pária internacional | DW | 01.02.2021». DW.COM. Consultado em 10 de abril de 2021 
  39. «Win Myint toma posse como novo presidente de Mianmar». noticias.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2021 
  40. a b c d e «Quem são os rohingyas, povo muçulmano que a ONU diz ser alvo de limpeza étnica». BBC News Brasil. Consultado em 10 de abril de 2021 
  41. «Myanmar's military accused of genocide in damning UN report». the Guardian (em inglês). 27 de agosto de 2018. Consultado em 10 de abril de 2021 
  42. «O silêncio de uma Nobel da Paz face ao massacre dos Rohingya». Jornal Expresso 
  43. James Bennett (14 de dezembro de 2017). «Rohingya death toll likely above 10,000, MSF says amid exodus». ABC News 
  44. a b «Em Mianmar, partido de Aung San Suu Kyi vence eleições criticadas pela falta de participação de minoria étnica». G1. Consultado em 10 de abril de 2021 
  45. a b c d e f «Entenda o golpe militar em Mianmar». G1. Consultado em 10 de abril de 2021 
  46. «Entenda a crise provocada pelo golpe militar em Mianmar». CNN Brasil. Consultado em 10 de abril de 2021 
  47. «Polícia de Mianmar indicia líder civil Aung San Suu Kyi por ter aparelho de comunicação por rádio em casa». G1. Consultado em 10 de abril de 2021 
  48. «Parlamento Europeu retira prêmio de líder birmanesa devido a massacre de rohingyas». Folha de S.Paulo. 10 de setembro de 2020. Consultado em 10 de setembro de 2020 
  49. «Canada makes Myanmar's Suu Kyi an honorary citizen». Reuters. 17 de outubro de 2007 
  50. «Update: Mawlana Hazar Imam is made an honorary citizen of Canada». The Ismaili. 19 de junho de 2009 
  51. Recipients of the Wallenberg Medal. Wallenberg.umich.edu.

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