Terreiro do Bogum
Terreiro do Bogum ou Zoogodô Bogum Malê Rundó[1] está localizado na Ladeira do Bogum, antiga Manoel do Bonfim, no Bairro do Engenho Velho da Federação, em Salvador, Bahia, Brasil.
Religiões afro-brasileiras
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Terreiro do Bogum ou |
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O Terreiro de Bogum, de Nação Jeje, Candomblé de tradição Jeje Mahin, tem muitas diferenças em relação aos outros terreiros de Salvador. A principal diferença é a língua falada nos rituais. Como explica Jaime Sodré (ogã da casa há 35 anos), no culto dos Voduns do Daoméa a língua falada pelos jeje é o éwé, do povo fon, com tradição ligada ao Benin. A maioria dos candomblés baianos é de tradição nagô e utiliza como língua o yoruba. Além da língua, alguns rituais dos jeje são diferentes. No Terreiro do Bogum não existem Orixás, lá se cultuam os Voduns e recebem outras denominações. Tem alguma semelhança com o Vodou haitiano.[2]
Segundo historiadores, foi no local onde está o Bogum que Joaquim Jêje, herói do movimento de insurreição de escravos malês, deixou o bogum (baú) onde estavam os donativos que permitiram a famosa Revolta dos Malês ocorrida em Salvador em janeiro de 1835.
Esses escravos sabiam ler e escrever em árabe, tinham grande poder de organização e articulação e pretendiam fundar um "reino africano" em terras brasileiras, mas foram traídos e a "revolução foi descoberta.
O termo "bogum" também pode ser explicado pelo dialeto Gun[3] (dialeto do fon com muitos elementos do yoruba), falado na região de Porto Novo, no Benin, significando "lugar (igbo) dos fon (gun)".
A missa em homenagem a São Bartolomeu[4] é feita anualmente há 200 anos, tendo-se tornado uma tradição do Terreiro do Bogum, segundo informações da Fundação Cultural Palmares.
As festas anuais começam no dia 1º de janeiro e termina em meados de abril.
Sacerdotisas
Nome - período que exerceu o cargo
- Ludovina Pessoa - fundadora
- Mãe Romana de Possú - Gaiaku Romaninha - irmã de santo de Ludovina
- Luiza Franquelina da Rocha - Gaiaku Luiza - iniciada por Mãe Romaninha entre (1944-1945)
- Mãe Romana de Possú - Gaiaku Romaninha - irmã de santo de Ludovina
- Maria Emiliana Piedade dos Reis - 1935-1950 [5][6]
- Mãe Runhó - Valentina Maria dos Anjos Costa - 1960-1975
- Mãe Nicinha, Gamo Lokossi - Evangelista dos Anjos Costa - 1978-1994
- Mãe Índia - Zaildes Iracema de Mello - 2003- [7]
Cargos
- Pejigan é o responsável pelo Peji do terreiro.
- Abajigan é uma espécie de mordomo entre outras designações.
- Onoon hevié, título usado por homem iniciado a Hevioso, e responsável pelos segredos de Ayinoon, no Brasil só tem um Onoon pelo que consta nos dados registrados de representantes de culturas de outras etnias na Union Culture Off African to Brasil de acordo com a família Faryné, se chama "Onoon Paulo de Voodoun Androghevié", Iniciado em Dassa Zoumé pela família de Faryné. Representante no Brasil do culto a raiz, Odiídi Idaxpó Ewé Wú Ayinoon, sendo assim esta informação que foi sedida pela UCAB, fica esta importante informação sobre a cultura Voodoun no Brasil na imagem deste Sr Onoon Hevié Voodoun, com isso a ritualistica liturgica e etnológica desta cultura só pode ser representada por Sacerdotes que fazem e fizeram História no Brasil.
Referências
- ↑ Terreiro do Bogum, Zoogodô Bogum Malê Rundó pelo Prof. Dr. Ordep Serra
- ↑ Visita da Federação Nacional dos Praticantes de Vodu Haitiano
- ↑ dialeto Gun
- ↑ Missa do Bogum
- ↑ Fotos do livro Mulheres negras do Brasil
- ↑ id=88KI6pZyjDwC&pg=PA254&dq=Emiliana+Piedade+dos+Reis&hl=pt-BR&sa=X&ei=tMEgT5SzIcrx0gHTrLHYCA&ved=0CEQQ6AEwAQ#v=onepage&q=Emiliana%20Piedade%20dos%20Reis&f=false Nei Lopes em Enciclopédia brasileira da diáspora africana
- ↑ Mãe Índia