Crise financeira de 2007–2008: diferenças entre revisões

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== Análises e prognósticos ==
 
;=== Soros ===
[[George Soros]], em seu livro ''The New Paradigm for Financial Markets'' (2008), diz que "estamos em meio a uma crise financeira não vista desde a crise de 1929"<ref name=SOROS1>[http://www.nybooks.com/articles/21352 SOROS, George e WOODRUFF, Judy. ''The Financial Crisis: An Interview with George Soros.'' New York: ''The New York Review of Books'', Volume 55, N° 8, maio de 2008]</ref> e declara que essa crise poderia, em tese, ter sido evitada:
 
{{quote1|desgraçadamente temos a ideia de [[fundamentalismo de livre mercado]], que hoje é a [[ideologia]] dominante, e que pressupõe que os mercados se corrigem; e isso é falso porque geralmente é a intervenção das autoridades que salvam os mercados quando eles se atrapalham. Desde 1980 tivemos cinco ou seis crises: a crise bancária internacional de [[1982]], a falência do banco Continental Illinois em [[1984]] e a falência do ''Long-Term Capital Management'', em 1998, para citar três. A cada vez, são as autoridades que salvam os mercados, ou organizam empresas para fazê-lo. As autoridades têm precedentes nos quais se basear. Mas, de alguma maneira, essa ideia de que os mercados tendem ao equilíbrio e que seus desvios são aleatórios ganhou aceitação geral e todos estes instrumentos sofisticados de investimentos foram baseados nela.<ref name="SOROS1"/>}}
 
;=== Luigi Zingales ===
 
; Paulo Vicente dos Santos
Doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas, é professor na Fundação Dom Cabral, falando em sua palestra sobre a estratégia de crescimento. Santos afirma que a crise brasileira de 2015 entre outros fatores foi provocada por uma política que se mantém a 30 anos, sem obtenção de resultados por não priorizar um plano de longo prazo para o país. Acredita que a pior fase da crise ainda está por vir, e que poderá ocorrer em meados de dezembro de 2016. E que medidas imediatistas não irão gerar melhorias para a economia a longo prazo, pelo contrário irá prejudicar; o melhor a se fazer nesta situação de acordo com Santos é um planejamento que fortaleça a economia a longo prazo. Santos afirma que a economia brasileira ainda é "muito protegida" dos grandes investidores estrangeiros, e que quando essa proteção diminuir ou cessar o país irá crescer, estima que isso ocorrerá entre cinco e dez anos.<ref>{{Citar web|título = Crise econômica continuará e terá pior momento em dezembro de 2016, analisa Paulo Vicente dos Santos|URL = http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/economia/negocios/noticia/2015/05/crise-economica-continuara-e-tera-pior-momento-em-dezembro-de-2016-analisa-paulo-vicente-dos-santos-4770289.html|acessadoem = 2015-06-28}}</ref>
 
; Luigi Zingales
Em seu livro [[Luigi Zingales]] o atual sistema financeiro se arruinou graças a sua falta de coordenação e comunicação, essa falta de estrutura gera uma falha no sistema que as indústrias usam para evitar a regulamentação.
 
Para o autor, a ''alternativa de centralização'' representa problemas quanto a sua eficiência e a''proximação funcional'' possui problemas quanto a sua abrangência em situações intercambiáveis (por exemplo o caso de aumento dos empréstimos [[Citibank]], qual era de natureza de segurança de preços e financeira), esse modelo também apresenta problemas quando deve nomear uma agência por tomar responsabilidade por uma má administração, tornando um “jogo de culpa” no qual nenhuma das agências está disposta a tomar a responsabilidade.<ref>[http://www.publishersweekly.com/978-0-465-02947-1]</ref>
 
;=== Nassim Nicholas Taleb ===
[[Nassim Taleb]], ex-corretor de [[derivativos]] e atual professor de engenharia de risco do ''Polytechnic Institute'' da [[New York University]], descreve o mundo socioeconômico como pouco influenciado por ações cotidianas. Segundo o autor, o que realmente muda o curso da história são eventos imprevisíveis, que abalam todo o sistema. Sua proposta se concentra no que ele denomina de ''antifragilidade'', ou seja, a capacidade de instituições de resistir a tais eventos, que ele chama "cisnes negros". Taleb propõe cinco regras que podem ajudar a estabelecer a antifragilidade como um princípio da nossa vida socioeconômica.<ref>[http://online.wsj.com/article/SB10001424127887324735104578120953311383448.html Learning to Love Volatility.] Por Nassim Nicholas Taleb. ''[[Wall Street Journal]]'', 16 de novembro de 2012.</ref>