Odo Russell: diferenças entre revisões

{{Info/Biografia/Wikidata|nome= Odo Russell

|nome legenda = Odo Russell, 1.º Barão Ampthill<br, /><small>[[Ordem do Banho|GCBlitografia]], [[Ordem de SãoJosef Miguel e São Jorge|GCMG]]Kriehuber, [[Conselho Privado do Reino Unido|PC]]</small>1846

'''Odo William Leopold Russell, 1.º Barão Ampthill''' <small>[[Ordem do Banho|GCB]] [[Ordem de São Miguel e São Jorge|GCMG]] [[Conselho Privado do Reino Unido|PC]]</small> ([[Florença]], [[20 de fevereiro]] de [[1829]] — [[Potsdam]], [[25 de agosto]] de [[1884]]), conhecido por '''Lorde Odo Russell''' entre 1872 e 1881, foi um [[Diplomacia|diplomata]] e embaixador [[Reino Unido|britânico]] e o primeiro embaixador britânico no [[Império Alemão]]. Nasceu em Florença em 1829 na família Russell, uma das mais influentes [[Partido Whig (Reino Unido)|whig]]/liberais famílias aristocráticas inglesas. Seu pai foi o major-general [[Lorde George Russell|Lorde George William Russell]], segundo filho do [[John Russell, duque de Bedford|6.º Duque de Bedford]] e sua mãe foi Elizabeth Anne, [[Lady William Russell]], sobrinha do [[Francis Rawdon-Hastings|Marquês de Hastings]], que foi [[Governador-geral da Índia]] durante o final da luta contra os [[Império Maratha|maratas]]. Seu tio foi o primeiro [[John Russell, 1.º Conde Russell|Conde Russell]], por duas vezes [[Primeiro-ministro do Reino Unido|Primeiro-ministro]].

Sua educação, assim como a de seus dois irmãos, [[Francis Russell|Francis]], que se tornou, posteriormente, 9.º Duque de Bedford, e Arthur, que ocupou por uma geração uma cadeira na [[Câmara dos Comuns do Reino Unido|Câmara dos Comuns]] como deputado por Tavistock, foi realizada totalmente em sua casa, sob a direção geral de sua mãe.

Em março de 1849, Odo foi nomeado pelo [[James Harris|Lorde Malmesbury]], [[adido militar]] em [[Viena]]. De 1850 a 1852 foi temporariamente empregado nas relações exteriores, por ocasião de sua passagem por [[Paris]]. Permaneceu lá, porém, apenas dois meses, e foi transferido para Viena. Em 1853 se tornou adido em Paris, e em agosto de 1854 foi transferido para [[Istambul|Constantinopla]], sob a direção de [[Stratford Canning|Lorde Stratford de Redcliffe]]. Cuidou da embaixada durante as duas visitas de seu chefe à [[Crimeia]] em 1855, mas deixou o Oriente para trabalhar sob a direção do [[Francis Napier|Lorde Napier]] em [[Washington, D.C.|Washington]] em 1857. No ano seguinte se tornou secretário de legação em Florença, mas foi destacado daquele lugar para residir em [[Roma]], onde permaneceu por doze anos, até agosto de 1870. Durante todo esse período foi o real, embora não oficial representante da Inglaterra no [[Cidade do Vaticano|Vaticano]], e seu tato consumado permitiu-lhe fazer de tudo, e mais do que tudo, que um homem comum poderia ter feito naquela posição de poder.

O sucesso pessoal de Russell com [[Otto von Bismarck]] levou à sua nomeação como embaixador em Berlim, em outubro de 1871. Sempre prudente, discreta, e justa, a sua direção da embaixada foi um claro contraste com a de seu predecessor, o Lorde Augustus Loftus, 'tola ... pomposa e inclinada a arrogância "“(Derby, diário, 10 de novembro de 1884, Stanley MSS, Lpool RO ). Russell admirava a nova Alemanha e gostava dos alemães: durante os seus treze anos, em Berlin, nunca perdeu a confiança de Bismarck. Assim como ele compreendia o seu chefe em Constantinopla, Stratford de Redcliffe, e nunca se abalou com seus acessos suspeitos de fúria, conseguiu também uma compreensão solidária de Bismarck. Resistiu às fúrias do Chanceler de Ferro sobre conspirações reais ou imaginárias, dissipou suas piores suspeitas em relação à política britânica, e penetrou até o âmago dos motivos e estratégias bismarckianas. Russell tinha a confiança da princesa Frederick e dos Hohenzollerns, mas a sua cordialidade com os inimigos de Bismarck nunca foi maculada pela suspeita de intriga. Nem foi a objetividade de seus despachos comprometida por sua crença particular de que a Kulturkampf deveria fracassar, ou por sua aversão à perseguição de Bismarck ao catolicismo romano. Desde o início, reconheceu as aspirações coloniais da Alemanha, embora sua apreciação desta situação complexa fosse imperfeita. Em 1879 foi o responsável pela novidade de anexar um especialista comercial ao pessoal da embaixada em Berlim.

Em 5 de maio de 1868, Russell casou com [[Emily Russell|Lady Emily Villiers]] (filha de [[George Villiers, Conde de Clarendon|George Villiers, 4.º Conde de Clarendon]]) e tiveram seis filhos:

* [[Arthur Russell|Arthur Oliver Villiers Russell, mais tarde 2.º Barão Ampthill]] (1869-1935)