História da astronomia: diferenças entre revisões
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{{mais notas|data=janeiro de 2012
[[Ficheiro:Stonehenge (sun).jpg|thumb|300px|[[Sol]] sobre o [[Stonehenge]], durante o solstício de inverno. Desde o início, o homem sempre observou o céu em busca de possíveis relações entre suas histórias e os fenômenos cósmicos<ref name="Marcelo Gleiser Poeira">[[Marcelo Gleiser]]. [[Poeira das estrelas]]. Rio de Janeiro: Globo, 2006;</ref>]]
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== Origem da Astronomia ==
[[Ficheiro:Newgrange.JPG|thumb|right|250px|O [[Newgrange]], monumento [[pré-história|pré-histórico]] localizado na [[Irlanda]], foi construída em torno de 3200 aC, durante o [[período Neolítico]]. O monumento está
{{principal|Arqueoastronomia}}
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No [[período neolítico]], a fim de melhorar a memorização das estrelas, foram atribuídas aos [[asterismo (astronomia)|asterismos]] nomes semelhantes, nem sempre [[antropomórfico]], aludindo a aspectos e elementos da vida [[agricultor|agrícola]] e [[pastor]]al. A [[Zodíaco|constelação do zodíaco]], que se encontram perto da linha percorrida pelo [[sol]] durante o ano ([[eclíptica]]), foi uma das primeiras a ser codificada no céu, principalmente por razões práticas. Dada a importância da economia baseada numa agricultura-pastoral, se fez necessário conhecer as diferentes épocas do ano a fim de melhorar a semeadura, as [[agricultura|plantações]], a [[Pecuária|criação de animais]] e todas as outras práticas relacionadas ao homem primitivo.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
==
=== Mesopotâmia ===
{{Artigo principal|Astronomia babilônica}}
[[File:Babylonian tablet recording Halley's comet.jpg|thumb|right|Tábua babilônica que registra a passagem do [[cometa Halley]] em [[164 a.C.]]]]
As origens da astronomia Ocidental podem ser encontradas na [[Mesopotâmia]], a "terra entre dois rios", [[Tigre]] e [[Eufrates]], eram onde os reinos antigos dos [[Sumérios]], [[Assírios]], e [[Babilônia|Babilônios]] eram localizados. Uma forma de escrita conhecida como [[escrita cuneiforme|cuneiforme]] surgiu entre os sumérios aproximadamente em 3500-3000 a.C. Os sumérios somente praticavam uma forma básica de astronomia, mas tiveram uma importante influência na sofisticação da astronomia dos babilônios. A Teologia Astral, que deu aos deuses planetários um papel importante na Mitologia e religião mesopotâmica, começou com os sumérios. Eles também usavam um sistema numérico sexagesimal (base 60), que simplificava a tarefa do registro de números muito grandes ou muito pequenos. A prática moderna de dividir um círculo em 360 graus, de 60 minutos cada, começou com os sumérios. Para mais informações, veja os artigos em numerais babilônios e [[matemática]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
Fontes clássicas normalmente usam o termo Caldeus para os astrônomos da Mesopotâmia, que foram, na verdade, sacerdotes escribas especializados em astrologia e outras formas de [[divinação]]. As atividades mais antigas de astrônomos babilônios foram as observações de fenômenos astronômicos significativos que eram considerados presságios. O melhor exemplo conhecido é a [[Tábua de Vênus de Ammisaduqa]], um registro da primeira e última visibilidade observada do planeta Vênus no século XVI a.C. Os textos do tablete de [[Vênus (planeta)|Vênus]] foi posteriormente incluído em um extenso compêndio de presságios chamado de Enuma Anu Enlil.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
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Um aumento significante tanto na freqüência quanto na qualidade das observações babilônias surgiu durante o reinado de [[Nabonassar]] (747-733 a.C). O registro sistemático de fenômenos considerados como mau agouro em diários astronômicos que se iniciou nesse período, permitiu que fosse descoberto um ciclo repetitivo de eclipses lunares a cada 18 anos, por exemplo. O astrônomo grego [[Ptolomeu]] posteriormente usou os registros feitos na época de Nabonassar para consertar o início de uma era, já que ele sentiu que as observações usáveis mais antigas haviam sido feitas naquela época.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
O último estágio no desenvolvimento da astronomia babilônia ocorreu durante o
As influências Mesopotâmicas na astronomia ocidental são extensas. Foi dos mesopotâmicos que os gregos ganharam seus conhecimento sobre os planetas visíveis e as constelações do zodíaco, os séculos de registros de observações astronômicas e até a ideia de que os movimentos dos planetas poderiam ser preditos com precisão.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
=== Grécia
{{Artigo principal|Astronomia na Grécia Antiga}}
[[Ficheiro:NAMA Machine d'Anticythère 1.jpg|thumb|250px|esquerda|O principal fragmento da Máquina de Anticítera, o primeiro computador analógico da história.]]
Os [[Grécia Antiga|gregos antigos]] desenvolveram a astronomia, a qual eles relacionavam como um ramo da matemática, a um nível bem sofisticado.
No [[século IV a.C.]], o [[astrônomo]] [[Eudoxo de Cnido]] mediu o ano solar como sendo composto por 365 dias e 6 horas, havendo também proposto um modelo geométrico tridimensional para o movimento planetário, em que o [[Sol]], a [[Lua]] e os outros planetas moviam-se em um sistema complexo de 27 esferas concêntricas à [[Terra]].<ref name= astro-kepler>{{citar web|url=http://astro.if.ufrgs.br/livro.pdf|título=Astronomia e Astrofísica|website=IF - UFRGS|data=|acessodata=31 de agosto de 2018|publicado=|ultimo=S.O. Kepler|primeiro=Maria de Fátima Oliveira Saraiva}}</ref> Seu contemporâneo mais jovem, [[Heraclides do Ponto]], propôs que a Terra rodava ao redor de seu eixo.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
[[Aristóteles]] (384-322 a.C) desenvolveu uma ideia de Universo, com a Terra no seu centro e com todo o resto rodando ao seu redor em órbitas que eram círculos perfeitos, que tinha um poder explanatório considerável e prevaleceu por séculos. Ao desenvolver e popularizar esse modelo cosmológico, Aristóteles tenha talvez mais ajudado o conhecimento do que o prejudicado.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
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A [[Máquina de Anticítera]], um dispositivo originário da Grécia antiga que calculava os movimentos dos planetas, data de aproximadamente 80-87 a.C.e foi o primeiro ancestral dos [[computador]]es astronômicos. Foi encontrado nos destroços de um antigo naufrágio na ilha grega de [[Anticítera]], entre [[Cítera]] e [[Creta]]. O dispositivo ficou famoso por usar uma engrenagem diferencial, que anteriormente se acreditava ter sido inventada no [[século XVI]], e pela miniaturização e complexidade de suas partes, que foram comparadas a um relógio feito no [[século XVII]]. O mecanismo original está exposto na Coleção do Bronze do Museu Nacional Arqueológico de Atenas, acompanhado por uma replica. Outra replica está em exposição no Museu do Computador Americano em Bozeman, Montana.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
O estudo da astronomia pelos gregos antigos não era limitado somente à Grécia, mas foi posteriormente desenvolvido nos séculos II e III a.C, nos estados helenísticos e em particular na [[Alexandria]]. No século III a.C., [[Aristarco de Samos]] foi o primeiro a propor um sistema inteiramente [[Heliocentrismo|heliocêntrico]],<ref name= astro-kepler/> enquanto [[Eratóstenes]]
No século seguinte, [[Hiparco]] fez inúmeras contribuições importantes, incluindo a primeira medição da [[Precessão dos equinócios|precessão]] e a compilação do primeiro catálogo de estrelas.<ref name= astrometria>{{citar web|url=http://astro.if.ufrgs.br/telesc/astrometria.htm|título=Astrometria|website=IF - UFRGS|data=|acessodata=24 de maio de 2018|publicado=26 de março de 2018|ultimo=Oliveira Filho|primeiro=Kepler de Souza}}</ref> Ele propôs uma física alternativa a de Aristóteles, em um tratado que infelizmente foi perdido. Hiparco, que foi o primeiro astrônomo grego a insistir na precisão das medições, foi a fonte principal de Ptolomeu que escreveu a obra de arte da astronomia geocêntrica, o ''Magale Syntaxis'' (Grande Síntese), mais conhecido pelo seu título árabe [[Almagesto]], que teve um efeito duradouro na astronomia até a [[Renascença]]. Hiparco também propôs nosso sistema moderno de [[magnitude aparente]].
=== China ===
{{Artigo principal|Astronomia chinesa}}
A astronomia na China tem uma longa história. Casas em Banpo de 4000 a.C.eram orientadas a uma posição coincidente com a culminação da constelação Yingshi (Parte do que chamamos de [[Pegasus]]), logo após o solstício de inverno. Isso era feito com o propósito de fornecer uma boa quantidade de luz solar para a casa. Mosaicos de duas das quatro mega-constelações (Dragão, Fênix, Tigre, Tartaruga) flanqueavam um sepultamento [[Cultura Longshan|Longshan]] em Puyang praticamente na mesma época. O observatório astronômico de Taosi (2300-1900 a.C) usava as colinas ao leste como marcador.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
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A divinação astrológica também era uma parte importante da astronomia chinesa. Astrônomos faziam anotações cuidadosas sobre as "estrelas novatas" que apareciam repentinamente entre as [[estrelas fixas]]. Eles foram os primeiros a registrar uma supernova, nos Anais Astrológicos do Houhanshu em 185 d.C. Por exemplo, a supernova que criou a [[Nebulosa do Caranguejo]] em 1054 é um exemplo de uma "estrela novata" observada por astrônomos chineses, embora tal fenômeno não tenha sido registrado pelos europeus contemporâneos. Registros astronômicos antigos de fenômenos como supernovas e cometas são algumas vezes usados em estudos astronômicos modernos.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
=== Leste da Ásia ===
O primeiro observatório astronômico do leste da Ásia foi desenvolvido em Silla, um dos Três Reinos da Coreia, sobre o reinado da Rainha Seondeok de Silla. Foi batizada de Cheomsongdae, e é uma das mais antigas instalações científicas que ainda existe da Terra.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
=== Civilizações Mesoamericanas ===▼
== Astronomia Islâmica e da Idade Média ==▼
{{Artigo principal|Calendário maia|Calendário asteca}}
Os gregos realizaram contribuições importante no campo da Astronomia, mas o progresso tornou-se estagnado na [[europa]] [[Idade Média|medieval]]. A [[Europa Ocidental]] entrou na Idade Média com grandes dificuldades que prejudicaram a produção intelectual do continente. Muitos dos tratados da [[Antiguidade Clássica]](em grego) não estavam disponíveis, restando somente sumários e compilações simplistas. Em contraste, os textos gregos prosperaram no mundo [[Árabe]] e nas mãos de padres em paróquias remotas que necessitavam de conhecimentos básicos em astronomia para calcular a data exata da [[Páscoa]], um procedimento chamado de [[Cálculo da Páscoa]]. O mundo árabe, sobre a influencia do Islã, havia se tornado mais culto, e muitos trabalhos importante da Grécia antiga foram traduzidos para o árabe, usados e guardados em bibliotecas. O astrônomo persa do final do século IX al-Farghani (Abu'l-Abbas Ahmad ibn Muhammad ibn Kathir al-Farghani), escreveu extensivamente sobre o movimento de corpos celestes. Seu trabalho foi traduzido para o [[latim]] no [[século XII]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}▼
Os [[códices maias]] incluíam tabelas detalhadas para calcular as [[fases da Lua]], a repetição de eclipses e o aparecimento e desaparecimento de [[Vênus (planeta)|Vênus]] como a estrela da manhã ou como da tarde. Acredita-se que os [[Civilização maia|Maias]] orientavam um grande número de estruturas em relação ao extremo nascer e pôr de Vênus. Para os antigos maias, Vênus era o patrono da guerra, e acredita-se que muitas das batalhas que foram registradas tenham sido sincronizadas com os movimentos desse planeta. [[Marte (planeta)|Marte]] também é citado e preservado em códices astronômicos antigos e na antiga [[mitologia]] maia.<ref>A. F. Aveni, Skywatchers of Ancient Mexico, (Austin: Univ. do Texas Pr., 1980), pp. 173-199. {{En}}</ref>▼
Embora o calendário Maia não seja atrelado ao Sol, John Teeple propôs que os Maias calcularam o ano solar de com mais precisão que o calendário Gregoriano.<ref>A. F. Aveni, Skywatchers of Ancient Mexico, (Austin: Univ. do Texas Pr., 1980), pp. 170-173. {{En}}</ref> Tanto a astronomia quanto intrincados esquemas numerológicos para medir o tempo eram componentes de vital importância para a [[Religião Maia]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}▼
== Astronomia medieval no Oriente médio ==
{{Artigo principal|Astronomia islâmica}}
▲Os gregos realizaram contribuições importante no campo da Astronomia, mas o progresso tornou-se estagnado na [[
No final do século X, um grande observatório foi construído perto de [[Teerã]], no [[Irã]], pelo astrônomo al-Khujandi que observou uma série de trânsitos meridianos do Sol, que o permitiu calcular a obliquidade do elíptico, também conhecido como a [[Inclinação axial]] da Terra em relação ao Sol. Na [[Pérsia]], [[Omar Khayyām|Omar Khayyam]] compilou muitas tabelas e realizou uma reforma no calendário que era um pouco mais preciso que o [[Calendário Juliano|Juliano]] e bem próximo ao [[Calendário Gregoriano|Gregoriano]]. Uma grande façanha foi seu cálculo do ano que foi de 365,24219858156 dias, que é preciso até a sexta casa decimal.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
{{Mais informações|Ciência medieval}}
No ano de 1100, a Europa começava a experimentar um aumento de interesse pelo estudo da natureza como parte da [[Renascimento do Século XII|Renascença do século XII]]. A astronomia, na época, foi considerada uma das sete [[artes liberais]], fazendo-o um dos assuntos centrais de qualquer [[Studium Generale]] (conhecido como "Universidade"). O modelo dos gregos mais relembrado durando a Idade Média foi o modelo geocêntrico, no qual a Terra esférica estava no centro do cosmos ou universo, com o Sol, a Lua e os outros planetas cada um ocupando sua própria esfera concêntrica. As estrelas fixas compartilhavam a esfera mais distante.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
No século XIV, [[Nicole d'Oresme]], posteriormente bispo de [[Lisieux]], mostrou que nem as escrituras sagradas ou os argumentos contra o movimento da Terra eram demonstráveis e apresentou o argumento de simplicidade para a teoria de que a Terra é que move, e não o céu. Entretanto ele concluiu: "todos mantém, e eu penso, que o céu que se move e não a Terra: Já que Deus estabeleceu um mundo que não pode ser movido.<ref>Nicole d'Oresme, Le Livre du ciel et du monde, xxv, ed. A. D. Menut e A. J. Denomy, trans. A. D. Menut, (Madison: Univ. de Wisconsin Pr., 1968), citação na pp. 536-7.</ref>" No século XV o [[cardeal]] [[Nicolau de Cusa]] sugeriu em alguns de seus escritos científicos, que a Terra girava em torno do Sol, e que cada estrela era na verdade um sol distante. Entretanto, ele não estava descrevendo uma [[teoria]] científica verificável sobre o [[Universo]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
▲== Civilizações Mesoamericanas ==
▲Os [[códices maias]] incluíam tabelas detalhadas para calcular as [[fases da Lua]], a repetição de eclipses e o aparecimento e desaparecimento de [[Vênus (planeta)|Vênus]] como a estrela da manhã ou como da tarde. Acredita-se que os [[Civilização maia|Maias]] orientavam um grande número de estruturas em relação ao extremo nascer e pôr de Vênus. Para os antigos maias, Vênus era o patrono da guerra, e acredita-se que muitas das batalhas que foram registradas tenham sido sincronizadas com os movimentos desse planeta. [[Marte (planeta)|Marte]] também é citado e preservado em códices astronômicos antigos e na antiga [[mitologia]] maia.<ref>A. F. Aveni, Skywatchers of Ancient Mexico, (Austin: Univ. do Texas Pr., 1980), pp. 173-199. {{En}}</ref>
▲Embora o calendário Maia não seja atrelado ao Sol, John Teeple propôs que os Maias calcularam o ano solar de com mais precisão que o calendário Gregoriano.<ref>A. F. Aveni, Skywatchers of Ancient Mexico, (Austin: Univ. do Texas Pr., 1980), pp. 170-173. {{En}}</ref> Tanto a astronomia quanto intrincados esquemas numerológicos para medir o tempo eram componentes de vital importância para a [[Religião Maia]].{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
== A Revolução de Copérnico ==
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== Bibliografia ==
*[[Asger Aaboe|Aaboe, Asger]]. ''Episodes from the Early History of Astronomy''. Springer-Verlag 2001 ISBN 0-387-95136-9 {{En}}
* Aveni, Anthony F. ''Skywatchers of Ancient Mexico''. University of Texas Press 1980 ISBN 0-292-77557-1 {{En}}
* [[John Dreyer|Dreyer, J. L. E.]] ''History of Astronomy from Thales to Kepler'', 2nd edition. Dover Publications 1953 (revised reprint of ''History of the Planetary Systems from Thales to Kepler'', 1906) {{En}}
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