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Mídia dos EUA: conflito na Ucrânia e militarização da China geram dúvidas sobre poder bélico do G7
Mídia dos EUA: conflito na Ucrânia e militarização da China geram dúvidas sobre poder bélico do G7
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Já se passou uma década desde que o G7 expulsou a Rússia do grupo. Agora "as maiores economias do mundo", que representam 44% da economia global, aceitaram as... 13.06.2024, Sputnik Brasil
2024-06-13T15:25-0300
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Nesta quinta-feira (13) começa a cúpula do G7 no sul da Itália. O evento, que acontecerá até sábado (15), tentará elaborar uma solução criativa e primorosamente política sobre como usar os juros dos ativos congelados russos para apoiar a Ucrânia.No entanto, mesmo com importantes líderes marcando presença para demonstrar força e unidade, muitos deles estão "em apuros em seu próprio país", escreve a mídia.Diante de tantos desafios, e confrontado com dois conflitos internacionais, conseguirá o G7 reunir poder econômico, militar e de persuasão suficiente?Na visão da Bloomberg, nenhuma questão ilustra melhor o isolamento do G7 do que o conflito na Ucrânia. O grupo e a União Europeia forneceram a grande maioria da ajuda militar estrangeira – enquanto quase todas as outras nações evitaram a briga ou até se alinharam com a Rússia.O conflito na Ucrânia, combinado com a intensificação militar da China, levantou dúvidas sobre o domínio militar do grupo, incluindo se os EUA seriam capazes de ajudar a defender Kiev e, ao mesmo tempo, responder a qualquer ação em Taiwan, escreve a agência.As fortes sanções inicialmente uniram o grupo em torno do corte do seu comércio bilateral com a Rússia, mas o desvio de mercadorias através de países terceiros ainda permite a Moscou manter sua posição e avançar na meta da sua operação.Além disso, Pequim preencheu as lacunas de que a Rússia necessita, impulsionando o seu comércio bilateral.De acordo com uma análise da Bloomberg feita a partir de dados do Banco Mundial, as economias do G7 "estão em um bom caminho para serem eclipsadas pelo resto do G20 em termos de produto interno bruto [PIB] até 2030". Um número considerável desse "resto do G20" compreende os países do Sul Global — um contrapeso ao Ocidente liderado por Pequim e Moscou, destaca a mídia.As economias asiáticas têm desfrutado de um rápido crescimento, impulsionado por uma população em expansão, pela globalização e por uma classe média emergente.Talvez unindo-se em torno de tais preocupações, os chefes financeiros do G7 marcaram, nesta semana, uma mudança de estratégia ao destacar a China no seu comunicado e prometer considerar medidas para garantir condições de concorrência equitativas.Mesmo que haja alguma unidade dentro do G7 sobre a utilização dessas ferramentas econômicas contra a China, não passou despercebido por Pequim que a ênfase está em punir os concorrentes — e não em recompensar os amigos.Todos estão perfeitamente conscientes de que "as chamadas cenouras, bem como os castigos", terão de ser empunhados para trazer o Sul Global para o lado do Ocidente.
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Mídia dos EUA: conflito na Ucrânia e militarização da China geram dúvidas sobre poder bélico do G7
15:25 13.06.2024 (atualizado: 19:20 14.06.2024) Já se passou uma década desde que o G7 expulsou a Rússia do grupo. Agora "as maiores economias do mundo", que representam 44% da economia global, aceitaram as suas limitações e testam sua resiliência, escreve a Bloomberg.
Nesta quinta-feira (13) começa a
cúpula do G7 no sul da Itália. O evento, que acontecerá até sábado (15), tentará elaborar uma solução criativa e primorosamente política sobre
como usar os juros dos ativos congelados russos para apoiar a Ucrânia.
No entanto, mesmo com importantes líderes marcando presença para demonstrar força e unidade, muitos deles estão "
em apuros em seu próprio país",
escreve a mídia.
"O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está atrás de Donald Trump em muitas pesquisas antes das eleições de novembro. O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, está a caminho da derrota em julho. O francês Emmanuel Macron está afastando rumores de que renunciaria em uma eleição legislativa antecipada que não precisava convocar, no próximo mês", lista a agência norte-americana.
Diante de tantos desafios, e confrontado com dois conflitos internacionais, conseguirá o G7 reunir poder econômico, militar e de persuasão suficiente?
Na visão da Bloomberg, nenhuma questão ilustra melhor o isolamento do G7 do que o conflito na Ucrânia. O grupo e a União Europeia forneceram a grande maioria da ajuda militar estrangeira – enquanto quase todas as outras nações evitaram a briga ou até se alinharam com a Rússia.
O conflito na Ucrânia, combinado com a intensificação militar da China, levantou dúvidas sobre o domínio militar do grupo, incluindo se os EUA seriam capazes de ajudar a defender Kiev e, ao mesmo tempo, responder a qualquer ação em Taiwan, escreve a agência.
"Para o G7, defender a Ucrânia é uma questão de princípio e uma defesa da própria democracia. Para muitas outras nações, é apenas mais um sinal de um mundo multipolar e do alcance cada vez menor do Ocidente."
As fortes sanções inicialmente uniram o grupo em torno do corte do seu comércio bilateral com a Rússia, mas o desvio de mercadorias através de países terceiros ainda permite a Moscou manter sua posição e avançar na meta da sua operação.
Além disso, Pequim preencheu as lacunas de que a Rússia necessita,
impulsionando o seu comércio bilateral.
"Em ambos os aspectos — China e desvio comercial através de países terceiros — há um grande problema. A Rússia não está economicamente isolada", disse Robin Brooks, investigador sênior do grupo de pesquisa Brookings Institution, em Washington, à mídia.
De acordo com uma análise da Bloomberg feita
a partir de dados do Banco Mundial, as economias do G7 "estão em um bom caminho para serem eclipsadas pelo resto do G20 em termos de produto interno bruto [PIB] até 2030". Um número considerável desse "resto do G20" compreende os países do Sul Global — um contrapeso ao Ocidente liderado por
Pequim e Moscou, destaca a mídia.
As economias asiáticas têm desfrutado de um rápido crescimento, impulsionado por uma população em expansão, pela globalização e por uma classe média emergente.
"Para a China, em particular, e para outros grandes mercados emergentes de rápido crescimento, como a Índia, esse poder econômico em expansão é uma precondição necessária para a sua crescente influência geopolítica", disse Ben Bland, diretor do programa Ásia-Pacífico do think tank Chatham House, também ouvido pela mídia.
Talvez unindo-se em torno de tais preocupações, os chefes financeiros do G7 marcaram, nesta semana, uma mudança de estratégia ao destacar a China no seu comunicado e prometer considerar medidas para garantir condições de concorrência equitativas.
Mesmo que haja alguma unidade dentro do G7 sobre a utilização dessas
ferramentas econômicas contra a China, não passou despercebido por Pequim que a ênfase está em punir os concorrentes — e não em recompensar os amigos.
Todos estão perfeitamente conscientes de que "as chamadas cenouras, bem como os castigos", terão de ser empunhados para trazer o Sul Global para o lado do Ocidente.
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