Entrevistado pela agência RIA Novosti, Moiseev ressaltou que "a China está buscando ampliar os serviços de lançamento ao espaço ao desenvolver novos foguetes auxiliares para diferentes segmentos do mercado".
Moiseev destaca que essa competição entre os dois países aumentará significativamente nos próximos anos.
No entanto, o diretor ressalta que a Rússia já deu uma resposta à indústria espacial da China "baixando os preços dos lançamentos de seus foguetes Proton e está desenvolvendo novos propulsores multifuncionais com base no Proton".
Em setembro, o Centro de Tecnologia Espacial Khrunichev, responsável pelos foguetes Proton, anunciou o desenvolvimento de duas versões do propulsor de tamanho menor para conquistar uma parcela maior do mercado de lançamentos comerciais.
Stephen Clark, representante de Spaceflight Now, fonte online de notícias sobre o espaço, faz uma análise detalhada dos foguetes Proton de tamanho reduzido, frisando que "as novas configurações têm o tamanho certo para o mercado atual de lançamentos, sendo que alguns satélites comerciais de comunicações estão se tornando menores com a introdução de tecnologias inovadoras como, por exemplo, a propulsão elétrica".
Na opinião de Clark, "as versões do Proton vão providenciar para o cliente capacidades diversificadas de lançamento por meio de um veículo de lançamento de dois estágios".
Vale destacar que o programa espacial chinês não se limita apenas a serviços para países terceiros. Antes o país lançou dois astronautas ao espaço a partir do Centro de Lançamentos Jiuquan, no norte da China, usando a nave espacial Shenzhou-11.