Por Memória Globo

Acervo/Globo

Renato Gomide Corte Real ingressou no mundo artístico em 1953, pela antiga TV Paulista, após vencer um concurso de calouros, com imitação de uma garota-propaganda. Uma semana depois, já contratado pela emissora, começava a sua carreira de comediante, contracenando com a atriz Vera Nunes em 'As Aventuras de Suzane', interpretando um cientista louco. Nas décadas de 1960 a 1970, passou por diversas emissoras (TV Record, TV Tupi, TV Excelsior e TV Bandeirantes) e por alguns dos programas humorísticos mais famosos da história da televisão brasileira. Um deles foi o 'Grande Show União' (1961), na TV Record, no qual contracenava com Nair Bello no quadro Epitáfio e Santinha, baseado na antiga história em quadrinhos Pafúncio e Maroca.

Entre 1962 e 1966, ainda na TV Record, fez 'Papai Sabe Nada', sátira de uma sitcom americana chamada 'Papai Sabe Tudo'. No programa, dividiu a tela com o humorista Jô Soares, com quem trabalharia outras vezes e de quem se tornaria amigo. 'Papai Sabe Nada' fez enorme sucesso, assim como 'Corte Rayol Show' (1965), da TV Record, no qual encarnava com o cantor Agnaldo Rayol uma espécie de versão tupiniquim de Jerry Lewis e Dean Martin. Dois anos depois, ainda na TV Record, outro sucesso: o programa 'Família Trapo', nome inspirado na família Von Trapp, do filme 'A Noviça Rebelde' (1965), de Robert Wise. Na comédia, que girava em torno da família do título, contracenou com Ronald Golias e, novamente, com Jô Soares. Atuou também em novelas, como 'Ceará Contra 007' (1965), de Marcos César, na TV Record, e o sucesso 'Beto Rockfeller' (1968), de Bráulio Pedroso, na TV Tupi.

Renato Corte Real em Alô Brasil, Aquele Abraço — Foto: Acervo/Globo

Início na Globo

Em 1969, na Globo, Renato Corte Real participou do programa 'Alô, Brasil, Aquele Abraço', que promovia uma animada gincana entre vários estados do Brasil. Além dos apresentadores Maria Cláudia e José Augusto Branco, a atração contava com diversos representantes regionais, entre eles Renato, que ficava em São Paulo.

Renato Corte Real e Celia Biar em Alô Brasil, Aquele Abraço — Foto: Acervo/Globo

Humor

Renato participou de seu primeiro humorístico na emissora em 1970, em 'Faça Humor, Não Faça Guerra', considerado pioneiro ao explorar as possibilidades da linguagem de televisão. Isto porque, se até o final da década de 1960, os humorísticos da Globo eram basicamente adaptações de formatos inventados e consagrados no rádio e no teatro de revista. 'Faça Humor, Não Faça Guerra' começou a usar quadros de no máximo quatro minutos, alinhavados por piadas rápidas e uma edição que privilegiava os cortes secos.

Quadro “Lelé & Dakuca”, com Jô Soares e Renato Corte Real.

Quadro “Lelé & Dakuca”, com Jô Soares e Renato Corte Real.

No programa, Renato Corte Real voltava a contracenar com Jô Soares. A dupla era a estrela da atração, escoltada por um elenco de apoio. Com ele, dividia o quadro Lelé & Dakuka, no qual viviam dois malucos – devidamente fantasiados de Napoleão – que cavalgavam cavalinhos de pau enquanto diziam um texto nonsense. Outros personagens que interpretou estavam o psicanalista Sigismundo Fraude, o faxineiro Humirde e a velhinha Dona Florisbela.

Agildo Ribeiro, Luiz Carlos Miele, Renato Corte Real e Jô Soares em Faça Humor, Não Faça Guerra — Foto: Acervo/Globo

Em 1973, participou de outro humorístico, 'Satiricom', novamente com Jô Soares, além de Luiz Carlos Miele e Agildo Ribeiro, entre outros. O programa era uma sátira aos meios de comunicação, parodiando novelas, jornalismo, programas de rádio, clássicos do cinema, programas de auditório etc. Como em 'Faça Humor, Não Faça Guerra', 'Satiricom' tinha quadros curtos, de cerca de dois minutos. Com Jô Soares, Renato Corte Real também participou da redação do programa.

Renato Corte Real em Satiricom — Foto: Acervo/Globo

Anos 1970 e 1980

Na segunda metade dos anos 1970, deixou o dia a dia da televisão e passou a fazer shows pelo interior do Brasil e em clubes. Ainda fez algumas participações em programas como 'Deu a Louca no Show' e 'Domingo é Dia de Graça', ambos da TV Tupi. Só voltaria à televisão em 1981, agora no SBT, tendo sido um dos pioneiros na emissora. Participou do primeiro humorístico do canal, 'Reapertura', inspirado no programa 'Apertura', da TV Tupi. Era contratado da emissora quando morreu em Campinas, sua cidade natal, no dia 9 de maio de 1982, vítima de câncer no fígado e no pâncreas. Deixou a mulher Teresa Ferreira Corte Real, a Bisu – com quem era casado havia 36 anos e contracenara em alguns programas no início de sua carreira – e os filhos Renato Jr. e Ricardo.

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