Por Memória Globo


Luiz Fernando de Azevedo Mercadante é filho de um contador e uma professora. Morou parte da infância no Rio de Janeiro, mas retornou ainda adolescente para São Paulo, onde retomou os estudos no Liceu Pasteur. Começou sua carreira no jornalismo na sucursal paulista da Tribuna da Imprensa. Com a morte de Getúlio Vargas, em 1954, e o aumento da demanda de trabalho no jornal, Luiz Fernando Mercadante abandonou os estudos para se dedicar integralmente ao trabalho como repórter de Geral e Política. Transferiu-se para a Tribuna da Imprensado Rio de Janeiro, cidade onde passou a residir. Na época, começou a cobrir como repórter os acontecimentos políticos, ao lado de Carlos Lacerda, o dono do jornal. Já no fim da década de 1950, foi convidado a integrar a equipe dirigida pelo jornalista Odylo Costa Filho, responsável pela reforma gráfica e editorial do Jornal do Brasil.

Ainda no Rio de Janeiro, trabalhou também nas revistas Manchete, Veja e Realidade. Em 1966, ganhou o Prêmio Esso de reportagem pela matéria 'Brasileiros, Go Home!', sobre a presença de tropas brasileiras na República Dominicana, publicada na revista Realidade. De volta a São Paulo, começou a trabalhar como repórter no Estado de S. Paulo, onde permaneceu por dois anos. Depois, transferiu-se para o Jornal da Tarde, também do grupo Estadão. No vespertino paulista, conviveu com Luís Edgar de Andrade, que o indicou, em 1976, para trabalhar com Armando Nogueira e Alice-Maria na Globo. Tornou-se editor-chefe da emissora em São Paulo, tendo sido responsável por um processo de profissionalização e de ampliação da participação da sucursal paulista nos telejornais de rede.

Uma das suas principais medidas ao assumir o cargo foi reforçar a equipe de profissionais, contratando novos repórteres e nomes conhecidos da imprensa escrita, como Woile Guimarães, Paulo Patarra, Eurico Andrade, Dante Matiussi, Narciso Kalili, Raul Bastos, José Hamilton Ribeiro, Chico Santa Rita e Humberto Pereira.

Em São Paulo, Luiz Fernando Mercadante acompanhou a implantação do sistema de edição de imagens conhecido como ENG (Eletronic News Gathering). A sucursal foi usada pela empresa como praça de testes para a implantação da nova tecnologia, que trazia mais agilidade ao jornalismo. Também participou da criação do Bom Dia São Paulo, o primeiro telejornal matinal da grade de programação, inaugurando quadros como a entrevista no café da manhã gravada na casa da própria personalidade.

Em 1980, foi responsável pelo projeto do Globo Rural, junto com Humberto Pereira, que assumiu a função de editor-chefe do programa. Em seguida, foi transferido para a Globo do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1982. Em 1984, o jornalista assumiu o cargo de diretor de programação da TV Cultura e da Rádio Cultura, em São Paulo. Em 1986, tornou-se o responsável pelos programas de TV do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).

Luiz Fernando Mercadante foi coautor, com Marília Balbi, do livro 'Victor Civita: uma Biografia', publicado pela Fundação Victor Civita. Em 1994, lançou '20 Perfis e uma Entrevista', publicado pela Editora Siciliano. Ao lado de Audálio Dantas, Caco Barcellos, Carlos Wagner, Domingos Meirelles, Joel Silveira, José Hamilton Ribeiro, Lúcio Flávio Pinto, Marcos Faerman, Mauro Santayana e Ricardo Kotscho, foi um dos jornalistas que participaram do livro 'Repórteres', publicado pela Editora Senac em 1997.

Afastado do jornalismo desde o início dos anos 2000, Luiz Fernando Mercadante morreu em São Paulo em 31 de julho de 2012.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Luiz Fernando Mercadante em 28/01/2004.
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