Por Memória Globo

Memória Globo

Stanislaw Rzepecki nasceu no dia 20 de janeiro de 1913, na cidade de Poznan, na Polônia. Durante a II Guerra Mundial, serviu como voluntário no exército de seu país, que foi invadido pela Alemanha nazista em 1939. Capturado, passou três anos entre a prisão do exército russo e os campos de concentração alemães. Em 1943, conseguiu escapar e acabou se refugiando na Inglaterra.Em 1944, inscreveu-se num curso de cinema no estúdio Denham, em Londres. Lá, encantou-se pela função de maquiador ao ver um jovem sendo transformado em velho por um profissional da área. A partir daí, começou a aprender técnicas de maquiagem, e passou a conviver com estrelas como Lili Palmer, James Mason e Vivien Leigh.

— Foto: Globo

Em 1946, ainda na Inglaterra, conheceu o então embaixador do Brasil em Londres, o ativista cultural Paschoal Carlos Magno. Por intermédio dele, foi para o Brasil, onde, já assinando com o nome artístico de Eric Rzepecki, foi maquiador nos estúdios cinematográficos da Cinédia, Atlântida, Vera Cruz e Herbert Richers, além de nas emissoras TV Rio, TV Excelsior e TV Tupi. Também fez alguns poucos trabalhos como ator, nos filmes 'Pinguinho de Gente' (1949), de Gilda de Abreu, 'A Família Lero-Lero' (1953), de Alberto Pieralisi, e 'É Proibido Beijar' (1954), de Ugo Lombardi. Em 'Pinguinho de Gente' e em 'É Proibido Beijar', conciliou a atuação com o trabalho de maquiador – que também exerceria em outros mais de 20 filmes ao longo de sua vida. Apresentado pela atriz e comediante Dercy Gonçalves, foi para a Globo. Sua estreia na emissora foi em 1967, apenas dois anos depois de sua inauguração, com a novela 'Sangue e Areia', adaptação de Janete Clair do romance homônimo de Blasco Ibañez. Na produção, com o uso de pesada maquiagem, fez com que a atriz Arlete Salles, então com 22 anos, parecesse uma mulher de 45. Em 1972, na novela 'Selva de Pedra', também de Janete Clair, destacou-se novamente ao acentuar os olhos da atriz Dina Sfat com uma sombra escura que caiu rapidamente nas graças das telespectadoras.

Berta Loran com o maquiador Eric Rzepecki — Foto: Memória Globo

Eric Rzepecki ainda faria trabalhos importantes nos anos 1970, como a caracterização de Sônia Braga como a personagem-título da novela Gabriela, de 1975, adaptação de Walter George Durst do romance 'Gabriela, Cravo e Canela', de Jorge Amado. A intenção era mostrar a atriz como uma jovem da caatinga. Em 1977, em outro trabalho marcante, transformou o ator Stênio Garcia no artista Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, em episódio do Caso Especial intitulado 'Poema Barroco'.

Àquela altura, o maquiador já havia enfrentado um grande desafio profissional em sua carreira na televisão: a introdução da cor. A partir de 'O Bem-Amado', de Dias Gomes, primeira novela colorida da Globo, exibida em 1973, todo o conceito de maquiagem precisou ser repensado. Inicialmente, passou-se a evitar tonalidades mais fortes, como o vermelho.

perfil/eric-rzepecki/07_3-768x1152.jpg — Foto: Memoria Globo

Eric Rzepecki assumiu a chefia do departamento de Maquiagem da Globo em 1978. Ocuparia o cargo por quase 20 anos, até o fim da vida. Por suas mãos, passaram as maiores estrelas da casa, como Tony Ramos, Glória Menezes, Tarcísio Meira, Raul Cortez, Regina Duarte, Fernanda Montenegro e Yoná Magalhães.Já como chefe do departamento de Maquiagem, fez outro trabalho marcante: a caracterização de Stênio Garcia como o bobo da corte Corcorán, da novela Que Rei Sou Eu? (1989), de Cassiano Gabus Mendes. A cada apresentação para a corte da rainha Valentine (Tereza Rachel), havia uma pintura facial diferente, além de adereços variados no rosto. O trabalho levava cerca de uma hora e meia para ficar pronto.

Em 1983, Eric Rzepecki lançou uma linha de produtos cosméticos. O maquiador faleceu, em 1993, no Rio de Janeiro.

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