Ary Grandinetti Nogueira nasceu em 22 de março de 1953. É filho do publicitário Ary de Almeida Nogueira e da bancária Rosa Grandinetti Nogueira. Seu pai foi diretor comercial e, depois, superintendente comercial da TV Tupi. É formado em administração de empresas pela Faculdade Cândido Mendes. Começou a trabalhar, como estagiário, na agência McCann-Erickson, em 1973. Meses depois, conseguiu uma vaga, também como estagiário na Globo, na Central Globo de Produção. Passou por todas as áreas da produção, da pré-produção até a pós-produção, incluindo a cenografia e, mais tarde, a divisão de cenotécnica, quando ocupou o cargo de assessor da direção da CGP.
Ary Nogueira participou da implantação, durante a década de 1970, de um novo modelo de gestão, mais estruturado, na CGP. Em dezembro de 1976, foi nomeado para o recém-criado cargo de produtor executivo. Entre suas funções estava o controle dos processos e de elaboração e execução do orçamento dos programas da faixa de horário das 18h. Acumulou as funções de produtor executivo das faixas de horário das 18h, 19h e 20h, até tornar-se diretor de produção do Sistema Globo de Novelas. Passou a cuidar, então, também dos Casos Especiais e Teletemas.
Coordenou o trabalho de construção das primeiras cidades cenográficas produzidas pela emissora, começando pela Ilhéus de 'Gabriela', em 1975 – ou mesmo, antes, na cenarização da cidade de Coroado, montada na Barra da Tijuca para a novela 'Irmãos Coragem', em 1973. Ainda como diretor de produção, trabalhou na equipe de minisséries marcantes como 'Meu Destino é Pecar' e 'Rabo de Saia'.
Em 1985, com a reestruturação da Central Globo de Produção, passou a ocupar a direção de Planejamento e Controle da DRA, Divisão de Recursos Artísticos. Naquele ano, coordenou a produção das minisséries 'O Tempo e o Vento', 'Tenda dos Milagres' e 'Grande Sertão: Veredas', realizadas em comemoração aos 20 anos da Globo. Como diretor de Planejamento e Controle, passou a trabalhar diretamente na contratação e acompanhamento do elenco. Ajudou a implantar as primeiras oficinas de atores e, mais tarde, de autores da Globo. Em 1989, assumiu o cargo de diretor-geral de Recursos Artísticos.
Em 2007, com a criação da Direção-Geral de Entretenimento, comandada por Manoel Martins, Ary Nogueira deixou a função de negociar contratos e passou a chefiar a área de Planejamento da Central Globo de Desenvolvimento Artístico, responsável pela produção de novos projetos para a grade de programação e pela formação dos profissionais de produção e criação.
Em junho de 2013, Ary Nogueira decidiu interromper suas funções na empresa para um período sabático.
FONTE:
Depoimento concedido ao Memória Globo por Ary Nogueira em 08/03/2010. |