Por Memória Globo

Renato Velasco/Memória Globo

O jornalista Albert Alcouloumbre Júnior começou sua vida profissional, ainda universitário, na Rio Gráfica Editora, no fim de 1976. Fundada por Roberto Marinho em 1952, a editora, que tinha então um leque de publicações restrito a histórias em quadrinhos e algumas revistas femininas, acertou a criação de três revistas, consideradas inovadoras na temática: Arte Hoje, Vela e Motor, e Tênis Sport. Também foi repórter e editor executivo no jornal O Globo, antes de mudar o foco de sua atuação para planejamento e gestão. Foi gerente de produto da CBN e diretor de planejamento e projetos sociais da então Central Globo de Comunicação, sendo responsável por projetos de destaque como Criança Esperança.

Albert Alcouloumbre, 2010 — Foto: Renato Rocha Miranda/Globo

Início da carreira

Albert Alcouloumbre Júnior é filho do comerciante Albert Alcouloumbre e da dona de casa Maria Júlia Alencar Araripe. Cursou Jornalismo no Centro Unificado Profissional, uma faculdade experimental que daria origem à Faculdade de Cidade, no Rio de Janeiro, e fez pós-graduação na Coppead, da UFRJ. Começou sua vida profissional, ainda universitário, na Rio Gráfica Editora, no fim de 1976. Fundada por Roberto Marinho em 1952, a editora, que tinha então um leque de publicações restrito a histórias em quadrinhos e algumas revistas femininas, acertou a criação de três revistas, consideradas inovadoras na temática: Arte Hoje, Vela e Motor, e Tênis Sport.

Como repórter da recém-criada Tênis Sport, acabou fazendo um pouco de tudo: editava, traduzia textos, fotografava, diagramava e, por vezes, fazia reportagens para outras revistas da Rio Gráfica, então comandada pelo jornalista Milton Coelho da Graça. Em 1977, cobriu o centenário do torneio de tênis de Wimbledon, na Inglaterra. Na época, a Globo iria exibir as finais do torneio, e o editor da revista, Henrique Coutinho, que também trabalhava na emissora, sugeriu que o jovem repórter fosse enviado para atuar como comentarista. Foi a primeira vez que a Globo exibiu ao vivo as finais de um torneio de tênis.

Albert permaneceu na Tênis Sport até 1980, quando, apesar do seu pioneirismo, a revista deixou de ser publicada. Continuou fazendo reportagens como freelancer para a Rio Gráfica Editora, até começar a trabalhar no jornal O Globo, cujo editor-chefe era o próprio Milton Coelho da Graça.

Jornal O Globo

Contratado como repórter da editoria Geral, participou da cobertura de episódios marcantes, como a primeira visita do Papa João Paulo II ao Brasil, em 1980. Naquele ano, também cobriu os atentados à bomba na sede carioca da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e na Câmara dos Vereadores. Albert Alcouloumbre, que estava trabalhando na sala de imprensa da Câmara e chegou a ouvir a explosão, relatou tudo que se seguiu ao atentado em reportagem especial publicada por O Globo no dia seguinte, 28 de agosto de 1980.

Paralelamente, escreveu matérias para o Segundo Caderno, que, na época, além de notícias relacionadas à área de cultura propriamente dita, também publicava matérias de saúde e comportamento. Em uma das reportagens que fez, no início dos anos 1980, relatou o clima na cidade de Búzios às vésperas do julgamento de Doca Street, que seria condenado pelo assassinato da socialite Ângela Diniz.

Em 1984, passou a cuidar do recém-criado caderno de turismo de O Globo. Apesar de uma equipe fixa pequena, o suplemento se valia da boa estrutura de sucursais do jornal, contando com matérias produzidas por vários correspondentes. Em sua primeira passagem por O Globo, acompanhou mudanças importantes como a introdução das cores nas páginas do jornal.

Segundo Caderno

Albert deixou o jornal para trabalhar na revista Vela e Motor, agora editada pela Grupo Um Editora. Também trabalhou na revista Playboy, da Editora Abril, e no Jornal do Brasil, antes de voltar ao jornal O Globo, no início dos anos 1990, como editor-assistente do Segundo Caderno. Na época, O Globo passava por uma série de mudanças estruturais em áreas como marketing, circulação, financeiro e tecnologia, que modernizaram a gestão da empresa. Na redação, ao mesmo tempo, completava-se o processo de introdução dos microcomputadores, iniciado em 1985, abandonando definitivamente as antigas máquinas de escrever.

Editor de internacional

Em janeiro de 1993, tornou-se editor de Internacional, investindo pesadamente na edição do material recebido via agências de notícias, como forma de contrabalançar a então pequena rede de correspondentes internacionais que o jornal mantinha. Na função, comandou a cobertura de diversos episódios importantes, entre os quais as duas invasões do Iraque pelos Estados Unidos.

Editor-executivo

Menos de dois anos depois, Albert Alcouloumbre foi nomeado editor-executivo de O Globo. Acompanhou de perto a gestação do novo projeto gráfico do jornal, que seria inteiramente modificado em 1995. A principal mudança prevista era a desfragmentação das notícias, partindo de uma diagramação em blocos de textos grandes ancorados a uma foto.

Agência o Globo

Em seguida, transferiu-se para a Agência O Globo, o que significou uma mudança no seu foco da atuação. Tornou-se então um profissional de planejamento, estratégia e gestão, encarregado de gerar receita por meio de matérias, fotografias, colunas e até suplementos inteiros, que eram, e ainda são, vendidos para diversos veículos espalhados pelo Brasil. Também na Agência, acompanhou a criação de diferentes serviços de distribuição de conteúdo para assinantes, como O Globo em Tempo Real, o Globo Fax e o Jornais de Hoje.

CBN

Em 1996, assumiu o cargo de gerente de produto da CBN, com a função de coordenar as diferentes áreas da rádio, além de cuidar da expansão da rede através de afiliadas. Em seguida, tornou-se gerente executivo. No cargo, com uma política de redução de custos, mudança de conteúdo e o lançamento de uma campanha publicitária, ajudou a viabilizar economicamente a CBN, até então deficitária.

TV Globo

Albert Alcouloumbre deixou a CBN, em 2000, para trabalhar na Central Globo de Comunicação. Em maio de 2011, tornou-se diretor de planejamento e projetos sociais da então Central Globo de Comunicação, respondendo pela imagem institucional da Globo, pelo relacionamento da empresa com a imprensa, pelo Centro de Documentação e por toda a área de projetos sociais. Sob sua responsabilidade estavam os projetos Criança Esperança, Amigos da Escola, entre outros.

Em 2013, deixou suas funções na TV Globo e passou a atuar na área institucional do Grupo Globo.

FONTE:

Depoimento concedido ao Memória Globo por Albert Alcouloumbre em 21/05/2001 e 05/11/2012.
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