O ‘Globo Repórter’ de estreia, exibido em 3 de abril de 1973, contou com quatro reportagens, dentre elas sobre a situação dos índios Siouxsie nos EUA. O programa ia ao ar às terças-feiras, às 23h.
No período inicial do 'Globo Repórter', foram ao ar programas com temas variados, como a poluição sonora, a visão dos pampas gaúchos na obra de Érico Verissimo e as riquezas naturais da região Amazônica.
As contribuições de Eduardo Coutinho, João Batista de Andrade, Geraldo Sarno, Washington Novaes, Georges Bourdoukan, Dib Lutfi, Gregório Bacic, Maurice Capovilla, Walter Lima Jr., Hermano Penna e Luiz Carlos Maciel conferiam ao programa uma linguagem cinematográfica, com forte marca autoral.
Em setembro de 1974, o ‘Globo Repórter’ passou a ser exibido mais cedo, às 21h e às segundas-feiras, no horário antes ocupado por programas humorísticos. O novo horário e o novo público - audiência basicamente composta de universitários - levaram a mudanças na linguagem do programa.
Nos anos 1970, por conta da crescente demanda de escolas e entidades culturais que solicitavam cópias dos programas para a realização de debates, foi criada uma filmoteca e impressos roteiros extras para serem distribuídos aos estudantes, que analisavam as reportagens como tarefa de casa.
Sob a chefia de Roberto Feith (de setembro de 1983 a novembro a 1984), o 'Globo Repórter' adotou uma linguagem mais televisiva, tendo menos formato de documentário cinematográfico.
Nos anos 1990, o desafio do 'Globo Repórter' foi tratar dos assuntos de apelo mais abrangente, capazes de interessar ao telespectador de todas as classes. Ganharam destaque temas relacionados à natureza, mostrando para os telespectadores paisagens, curiosidades do mundo animal e a vida em localidades distantes dos grandes centros urbanos.
Reportagens de denúncia ganharam mais espaço no decorrer dos anos 1990, com a exibição de programas premiados, como 'Desaparecidos Políticos'; 'Caso Riocentro, 15 Anos Depois' e 'Caça à Fraudadora'.