Por Memória Globo

Frame de vídeo / Globo

Entre 1975 e 1990, o Líbano passou por uma sangrenta guerra civil, envolvendo cristãos do Partido Falangista, muçulmanos da Organização para Libertação da Palestina (OLP) e judeus israelenses. Duas invasões do exército de Israel marcaram as fases mais violentas do conflito: 1978 e 1982. Na segunda incursão, Israel exigia a retirada da OLP de Beirute, acordo que só seria firmado no ano seguinte. Até a trégua estabelecida em 1983, centenas de milhares de pessoas morreram e a capital cosmopolita, Beirute, foi reduzida a ruínas.

Décadas depois, em 12 de julho de 2006, o grupo extremista Hezbollah atacou Israel, deixando oito soldados mortos e sequestrando outros dois. O episódio gerou uma resposta do Estado israelense: 40 ataques aéreos. Dias depois, fora declarada a Segunda Guerra do Líbano. O conflito se estendeu durante 30 dias, quando foi estabelecido um cessar-fogo mediado pela ONU, mas violado diversas vezes por Israel. Em setembro daquele ano, tropas internacionais desembarcaram em Beirute para auxiliar na manutenção da trégua e no socorro aos feridos. Os últimos soldados israelenses deixaram as bases no Líbano no dia 1 de outubro.  

Dois anos depois, em julho de 2008, líderes do Hezbollah entregaram os corpos dos dois soldados israelenses sequestrados às vésperas do início da guerra.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata na fronteira entre Israel e Líbano. Jornal Nacional, 12/06/1982.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata na fronteira entre Israel e Líbano. Jornal Nacional, 12/06/1982.

EQUIPE E ESTRUTURA

A base da cobertura da Globo durante os episódios que configuraram a Guerra do Líbano, ou Primeira Guerra do Líbano, em 1982, era no escritório de Londres. De lá, produtores e repórteres reuniam as informações sobre o caso e, dependendo da urgência, partiam para o Oriente Médio para acompanhar os acontecimentos in loco.  Os correspondentes Silio Boccanera, José Wilson da Mata, Paulo César Araújo, Luís Fernando Silva Pinto e Paulo Pimentel e o produtor Gonçalo Gomes foram enviados em períodos intercalados, ao longo de dois anos, a Israel e ao Líbano, gerando material para o Brasil. 

Quando eclodiu a Segunda Guerra do Líbano, em 2006, a estrutura internacional da Globo tinha mudado. A emissora contava com um correspondente permanente em Israel, Marcos Losekann. Durante o período da guerra, o correspondente enviou periodicamente matérias para os principais telejornais da emissora, com as últimas notícias das incursões de Israel contra possíveis pontos de concentração do grupo extremista islâmico. Além disso, testemunhou ataques aéreos em Jerusalém e outras cidades do território israelense.

A Globo também contou com a colaboração do jornalista Mounir Safatli que, de Beirute, enviava audiotapes com informações sobre as consequências da guerra em território libanês. No final do conflito, Marcos Uchoa e Sérgio Gilz, que cobriam a situação dos refugiados de guerra na fronteira com a Turquia, entraram no Líbano para acompanhar os trabalhos de resgate e reconstrução do país islâmico, realizado pelas tropas humanitárias internacionais. 

A GUERRA DE 1982

Correspondentes pegos de surpresa

Os correspondentes da Globo em Londres Silio Boccanera e José Wilson da Mata cobriam um encontro do G7 em Paris, cuja pauta tratava da situação política no Oriente Médio, quando Israel anunciou o ataque ao Sul do Líbano, em 6 de junho de 1982. Em depoimento ao Memória Globo, Boccanera lembrou que a ordem do escritório era clara: correr para Jerusalém e, de lá, tentar chegar a Beirute. Antes de embarcar, os correspondentes fecharam uma matéria para o Fantástico sobre a resolução dos líderes mundiais ali reunidos: eles repudiavam o ataque.

Mais tarde, de Londres, Luís Fernando Silva Pinto atualizava a edição do Fantástico com informações sobre o conflito, afirmando que o estopim da invasão teria sido um atentado que ocorreu em Londres na semana anterior. “O embaixador de Israel na Inglaterra foi emboscado por três árabes quando saía de um hotel, baleado na cabeça”, explicava.

Direto do Front

Silio Boccanera e José Wilson da Mata chegaram em Israel no dia seguinte. No dia 12 de junho, os correspondentes gravaram uma reportagem para o Jornal Nacional na fronteira entre os dois países, mostrando uma coluna de tanques que se formara. Além disso, helicópteros israelenses davam voos rasantes, à procura de alvos. A equipe só conseguiu entrar em Beirute no dia 20 de junho, quando a cidade estava parcialmente tomada pelo exército inimigo, conforme mostrou a reportagem do Fantástico daquela noite.

Ao Memória Globo, Silio Boccanera narrou como era sua rotina de trabalho na cidade sitiada, onde permaneceu durante alguns dias: “Eu dividia meu trabalho baseado no horário dos bombardeios: no meio da tarde, quando os jatos israelenses atacavam, a gente se dava ao luxo até de subir para o terraço do hotel para ver os aviões chegando. Como nós não éramos o alvo propriamente, eles passavam por cima e conseguíamos filmar. Cessado o bombardeio, eu podia apurar os locais que tinham sido atingidos, prédios derrubados, pessoas que tinham morrido e, então, conseguia a reportagem. Era nessa hora de calmaria que eu aproveitava também para entrevistar os palestinos contra quem Israel estava agindo – via o lado deles, o que eles estavam fazendo, como se organizavam”.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre a cidade de Beirute, sitiada pela guerra com Israel. Fantástico, 20/06/1982.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre a cidade de Beirute, sitiada pela guerra com Israel. Fantástico, 20/06/1982.

Entrevista com Ariel Sharon

Após um cerco de sete semanas a Beirute, Israel decidiu iniciar negociações de paz com o Líbano e exigiu a retirada dos palestinos, membros da OLP, da capital libanesa. Na edição do Jornal Nacional do dia 19 de agosto de 1982, o Ministro da Defesa israelense Ariel Sharon explicou, em entrevista para Luís Fernando Silva Pinto, em Jerusalém, quais eram os planos de Israel para Beirute, após a saída dos palestinos. A promessa era de terminar a guerra.

Do outro lado do conflito estava Silio Boccanera que, para a mesma edição do JN, mostrou o clima de medo e insegurança vivido por quem morava em Beirute, mesmo sob a promessa de cessar-fogo. Silio entrevistou combatentes da OLP que viam na retirada de seus soldados da cidade uma forma de evitar a destruição do local. Diziam-se orgulhosos de terem resistido durante 70 dias.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre o acordo de paz entre israelenses e palestinos durante a guerra do Líbano. Jornal Nacional, 19/08/1982.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre o acordo de paz entre israelenses e palestinos durante a guerra do Líbano. Jornal Nacional, 19/08/1982.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre o acordo de paz firmado entre Israel e Líbano. Jornal Nacional, 19/08/1982.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre o acordo de paz firmado entre Israel e Líbano. Jornal Nacional, 19/08/1982.

Massacres de Sabra e Chatila

Silio Boccanera retornou a Londres, sendo substituído por Luís Fernando Silva Pinto, que montou sua base em Tel Aviv, junto com o repórter-cinematográfico Paulo Pimentel e o produtor Gonçalo Gomes. Era agosto de 1982, e a promessa entre os lados da guerra era de paz.

A equipe da Globo permaneceu no local até setembro daquele ano, viajando entre os dois países para averiguar os termos das negociações de paz. Justamente naquele mês, no dia 14, um atentado terrorista tirou a vida do presidente do Líbano, Bashir Gemayel.

Dois dias depois, irromperam-se dois massacres em campos de refugiados palestinos, conhecidos como Sabra e Chatila, de autoria da Falange Libanesa. No Fantástico do dia 19 de setembro, Luís Fernando Silva Pinto passou por telefone a repercussão do assassinato em massa: muitos grupos protestavam contra a permissão concedida pelo governo a milícias cristãs de entrar nos campos de refugiados. Mais consequências da notícia foram repercutidas no Jornal Nacional do dia 22. Além de Luís Fernando em Tel Aviv e Beirute, contribuiu com a edição o jornalista Paulo César Araújo, que estava em Jerusalém.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre a busca por diversão pela população civil de Beirute durante o cessar-fogo com Israel. Fantástico, 15/08/1982.

Reportagem de Silio Boccanera com imagens de José Wilson da Mata sobre a busca por diversão pela população civil de Beirute durante o cessar-fogo com Israel. Fantástico, 15/08/1982.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre a manifestação em Tel-Aviv contra o governo israelense pelo massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila. O repórter também entrevista com exclusividade Shimon Peres, que afirmou estar chocado com o episódio. Fantástico, 19/09/1982.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre a manifestação em Tel-Aviv contra o governo israelense pelo massacre nos campos de refugiados de Sabra e Chatila. O repórter também entrevista com exclusividade Shimon Peres, que afirmou estar chocado com o episódio. Fantástico, 19/09/1982.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre o enterro das vítimas do massacre palestino em Chatila. Jornal Nacional, 22/09/1982.

Reportagem de Luís Fernando Silva Pinto sobre o enterro das vítimas do massacre palestino em Chatila. Jornal Nacional, 22/09/1982.

Ao Memória Globo, Luís Fernando Silva Pinto lembra: “A primeira dificuldade foi não poder pernoitar em Beirute, porque a cidade estava em blecaute, não havia como transmitir o nosso material. A única solução: ir e voltar de Beirute a Tel Aviv todo dia, de carro. Transmitíamos o material de lá ou de Nahariya, também em Israel. Quando havia uma chance, mandávamos as fitas para Damasco. A viagem era sempre um caos, durava cerca de três horas. Pela primeira vez na vida enfrentei um engarrafamento de tanques de guerra: eles ficavam parados para entrar na fronteira, faziam o mesmo trajeto que nós estávamos fazendo. Muitas vezes dava briga, gritaria”.

Para Paulo Pimentel, o perigo estava em toda parte, principalmente em Beirute. “Depois da saída dos palestinos, o Líbano virou uma caixa de pólvora, porque quando Israel estava ocupando, eles controlavam os extremistas. Quando eles saíram, os palestinos entraram, era terra de ninguém. Eu me assustava muito com as celebrações deles. Quando eles faziam alguma conquista, soltavam muito tiro para o alto. Mesmo ao nosso lado, eles pegavam o fuzil, o Kalashnikov, e começavam a disparar para o alto. Era assustador.”

Desfecho

A retirada oficial do Exército israelense ocorreu conforme o previsto em acordo, mas a guerra civil libanesa se estendeu até 1990. Nesse período, acordos de paz foram firmados e também desrespeitados. Insurgiu nessa época o grupo fundamentalista Hezbollah, que protagonizaria a Segunda Guerra do Líbano, em 2006.

A GUERRA DE 2006

Em julho de 2006, Israel investiu a maior ofensiva contra o Líbano desde 1982. Era uma guerra declarada contra o grupo fundamentalista islâmico Hezbollah, que sequestrara dois soldados israelenses e matara outros três. O correspondente da Globo em Jerusalém, Marcos Losekann estava lá e contou, ao Memória Globo, que “foi tudo de repente”. Em seu depoimento, ele revelou bastidores dos mais de 30 dias em que permaneceu no front de batalha, cobrindo, pelo lado israelense, as incursões no território libanês. Atormentado pelos bombardeios e mísseis que riscavam o céu de Jerusalém à noite, Losekann preparou reportagens para todos os telejornais, ao menos uma por dia.

A primeira delas foi exibida no dia 12 daquele mês, no Jornal Nacional. Nela, o correspondente mostrou que o esforço israelense era para evitar a fuga dos membros do Hezbollah. Explodiram pontes e lançaram uma ofensiva pelo ar. Naquele dia, 19 palestinos de uma mesma família, morreram.

Losekann conta: “No campo de batalha, eu mesmo filmei as primeiras operações da artilharia, ataques aéreos e bombardeios navais sobre aproximadamente quarenta locais no sul do Líbano – quase todos redutos do Hezbollah, segundo Israel. Além de preparar matéria especial e completa para o Jornal Nacional, entrei ao vivo, por telefone, em todos os jornais da Globo, bem como no programa Mais Você. Foi uma jornada longa e intensa.”

Fogo cruzado

Ao acompanhar os tanques israelenses, Losekann se viu em meio a fogo cruzado. Na reportagem exibida no Jornal Nacional do dia 4 de agosto, um foguete do Hezbollah caiu a poucos metros de onde ele gravava sua matéria, na cidade de Metula. “Eu gravava uma “passagem” explicando que a cidade estava vazia justamente porque os moradores receberam ordens para deixar suas casas a fim de fugir das bombas do Hezbollah que caíam a esmo. De repente, um foguete katyusha, de fabricação rudimentar, caiu a menos de cinquenta metros de onde estávamos. Sorte que entre nós e o local atingido havia uma plantação de macieiras”.

Reportagem de Marcos Losekann sobre os conflitos na cidade de Metula, na fronteira de Israel com o Líbano. Durante a passagem do repórter, um foguete do Hezbollah cai a poucos metros da equipe. Jornal Nacional, 04/08/2006.

Reportagem de Marcos Losekann sobre os conflitos na cidade de Metula, na fronteira de Israel com o Líbano. Durante a passagem do repórter, um foguete do Hezbollah cai a poucos metros da equipe. Jornal Nacional, 04/08/2006.

Correspondente em Beirute

O correspondente Mounir Safatli, colaborador da Globo em Beirute entre 1996 e 2014, estava em solo libanês quando eclodiu o conflito, em 2006. Sem estrutura para enviar reportagem em vídeo, o jornalista gravava audiotapes para o Brasil, narrando a destruição na capital libanesa. Ele entrava ao vivo para a GloboNews durante o dia e também mandava material para os telejornais da Globo.

Sua primeira matéria exibida no Jornal Nacional foi ao ar no dia 18 de julho. Por telefone, ressaltou o espírito de solidariedade do povo libanês, que se unia para ajudar os desabrigados e refugiados. No dia 20 de julho, Mounir informou ao público brasileiro que já não existiam mais abrigos suficientes para a quantidade de desabrigados no país. Faltavam alimentos e objetos de higiene pessoal para as vítimas da guerra. Em entrevista ao Memória Globo, Mounir, que é de origem libanesa, contou que foi um momento difícil em sua carreira, “pois precisava ser preciso em relação às informações.” E comenta: “Era muito difícil a gente ter uma noção exata da situação. Claro, dava para ver a destruição, mas além da destruição, o que estava acontecendo? A gente não sabia. Ninguém imaginava que a guerra iria durar apenas 30 dias, era uma guerra para durar muito mais. Não imaginávamos que sobraria alguma coisa do Líbano. Sobrou e Israel bateu em retirada diante da pressão do Hezbollah, que é um movimento de resistência dentro do Líbano, dentro das fronteiras libanesas.”

Até aquela edição 311 libaneses haviam morrido desde o início do conflito no Oriente Médio. No dia seguinte, Israel declarou oficialmente a guerra.

Ajuda humanitária no Líbano

No dia 15 de agosto, Israel começou a retirar suas tropas do Sul do Líbano e anunciou que passaria o controle da região para a ONU em até dez dias, conforme mostrou reportagem de Marcos Losekann para o Jornal Nacional naquele dia. Neste momento, os enviados especiais Marcos Uchoa e Sérgio Gilz conseguiram entrar no Líbano e passaram a acompanhar o trabalho de ajuda humanitária e reconstrução de Beirute, enviando reportagens para os telejornais da Globo durante duas semanas.

Para Uchoa, em entrevista ao Memória Globo, a ideia da viagem era “equilibrar a cobertura” e mostrar imagens do ponto de vista de quem morava em Beirute. Já que havia uma comunidade brasileira muito grande no país, o que mobilizou o governo para retirar pela Turquia quem quisesse fugir da guerra.

A primeira matéria dos correspondentes foi exibida naquele dia 15 e mostrava seus primeiros momentos no país: entraram de avião, acompanhando o Ministro de Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim. “Quando a gente chegou lá, o Líbano estava com um cenário muito separado. Existia a área cristã e a área sunita, que não estavam afetadas pela guerra. Havia também um bairro ao sul de Beirute, que chama Dária, que era do Hezbollah, completamente destruído. Eram edifícios relativamente altos, dez andares, e muitos vieram abaixo. Era impressionante o nível de destruição. A guerra tinha tecnicamente acabado, mas a população estava revoltada, porque o Líbano tinha vivido quase 20 anos de guerra civil, foi muito destruído, e tinha acabado de se reconstruir.”

Uchoa complementa que uma das missões mais interessantes de suas reportagens na guerra foi a de mostrar a história dos vivos. Daqueles que sobreviveram aos bombardeios e às minas terrestres instaladas pelo Exército de Israel, e o que faziam para se reerguer – conforme mostrou o Bom Dia Brasil do dia 23.

Muitas dessas ações eram apoiadas e promovidas pelo Hezbollah, que Uchoa, assim como Mounir Safatli, prefere chamar de movimento guerrilheiro, devido a seu caráter social. “Foi muito interessante, porque o que deu para aprender que a situação é muito mais complexa do que falar apenas terroristas do Hezbollah. A gente entrevistou o presidente do Líbano, que na época, estava apoiando o Hezbollah, porque houve realmente essa sensação de que a agressão acabou sendo a todos, se destruiu a economia local.” A entrevista exclusiva com o presidente do Líbano Émile Lahoud foi exibida no Jornal Nacional do dia 16.

FONTES

Edições de telejornais: Jornal Nacional (12/06/1982; 23/08/1982; 17/09/1982; 22/09/1982; 12/07 a 23/08/2006). Fantástico (7/6/1982; 20/06/1982; 15/08/1982; 19/08/1982; 19/09/1982); Bom Dia Brasilde 23/08/2006. Depoimentos concedidos ao Memória Globo por: Marcos Uchoa, em 27/09/2010; Mounir Safatli, em 26/05/2017; Marcos Losekann, em 02/06/2017. Luis Fernando Silva Pinto e Paulo Pimentel, em 12/04/2017; Silio Boccanera, em 10/03/2017.
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