PRODUÇÃO
'Sétimo Sentido' teve cenas gravadas em Casablanca, no Marrocos. A equipe de produção, no entanto, encontrou algumas dificuldades durante as gravações devido a uma lei que proibia a filmagem de lugares públicos. A solução foi viajar a lugarejos próximos da cidade para fazer algumas externas.
FIGURINO E CARACTERIZAÇÃO
A equipe de figurino, liderada por Marco Aurélio, caprichou no visual de Regina Duarte para mostrar a diferença radical entre as duas personagens que a atriz interpretava. A discreta Luana usava roupas simples e poucos acessórios, ao contrário da exuberante Priscila, que parecia estar sempre pronta para uma festa.
A maquiagem também ajudou a marcar a diferença entre as duas personalidades. Quando Luana se transformava em Priscila, entravam em cena cílios postiços, batons de cores forte e muito blush.
CENÁRIOS
Os diretores Roberto Talma e Guel Arraes inovaram ao realizar algumas cenas de 'Sétimo Sentido' no Consulado Geral de Portugal, que nunca havia sido aberto a uma gravação. Em suas estranhas visões, Luana (Regina Duarte) revive um baile de máscaras do início do século nos elegantes salões do prédio, que chamam atenção por detalhes arquitetônicos do norte português e preciosidades como pisos em mármore da Árrabida, móveis do século XVII e lanternas barrocas.
BASTIDORES
Em 'Sétimo Sentido', Janete Clair fez uma homenagem ao marido, o dramaturgo Dias Gomes. Em determinado momento da história, a atriz Priscila Capricce está em cartaz com a peça O Santo Inquérito, de Dias Gomes. Priscila interpretava Branca Dias, personagem vivida por Regina Duarte no teatro, em 1978. A cena de Priscila como Branca foi marcante.
CURIOSIDADES
Em 'Sétimo Sentido', Janete Clair volta ao tema da dupla – ou mesmo múltipla – personalidade, já explorado pela autora em outras novelas como 'Irmãos Coragem' (1970), em que Glória Menezes vivia Lara, uma mulher que assumia duas outras personalidades, e 'Selva de Pedra' (1972), na qual Simone, também papel de Regina Duarte, assumia a identidade de Rosana Reis. Regina Duarte e Francisco Cuoco voltaram a fazer par romântico em uma novela de Janete Clair. A primeira vez foi em 'Selva de Pedra', no ano de 1972.
Para escrever as cenas de Luana, Janete Clair contava com a assessoria da parapsicóloga nicaragüense Telma Tablada. Diversos estudiosos do espiritismo, no entanto, criticaram a trama criada por Janete Clair. Alegavam ser impossível a possessão de um espírito sobre uma pessoa durante tanto tempo. A autora afirmou ter estudado durante um ano temas relativos à paranormalidade, parapsicologia, espiritismo e inconsciente e divulgou em diversas entrevistas à imprensa que, apesar de tentar manter o compromisso com a realidade, estava escrevendo uma ficção.