Wesley Aguiar’s review published on Letterboxd:
Acredito que muitas pessoas que assistiram ao filme podem ter ficado decepcionadas, e eu entendo esse sentimento. Não é que o filme "não foi feito para todos", mas sim que a forma como a narrativa foi conduzida pode não ter agradado a quem esperava algo diferente.
Antes de aprofundar a análise, gostaria de destacar Austin Butler, um dos atores que mais me impressionaram neste ano. Sua participação em "Duna: Parte Dois" foi completamente inesperada e, até o momento, considero esse o melhor filme do ano. Butler teve um desempenho notável, assim como Jodie Comer, cuja atuação também foi excelente.
A narrativa de "The Bikeriders" é lenta, com diálogos constantes e pouca ação, o que pode não agradar a todos. O filme segue uma história linear, sem um "mundo aberto" no sentido de apresentar cenas dinâmicas e variadas. Em cerca de duas horas, o foco principal é a construção do enredo e o desenvolvimento dos personagens por meio de diálogos, com algumas cenas de ação muito bem feitas, mas em menor quantidade em comparação com as sequências de desenvolvimento narrativo.
O filme tem o objetivo de retratar a história dos Vândalos: como foram criados, o que envolvia as figuras centrais e como a história deles chegou ao fim. Ao invés de apresentar a história por meio de uma sequência de eventos visuais e falas, "The Bikeriders" opta por um formato mais discursivo. Isso pode desagradar alguns espectadores, mas a abordagem escolhida foi bem executada.
Vale a pena conferir o filme, pois, apesar de suas características que podem ser vistas como uma "falha" — com muitas aspas —, a história é, de certa forma, interessante e bem contada.
ENGLISH VERSION
I believe that many people who watched the film might have been disappointed, and I understand that feeling. It’s not that the film “wasn’t made for everyone,” but rather that the way the narrative was crafted may not have appealed to those expecting something different.
Before delving deeper into the analysis, I would like to highlight Austin Butler, one of the actors who impressed me the most this year. His role in “Dune: Part Two” was completely unexpected and, so far, I consider it the best film of the year. Butler delivered a remarkable performance, as did Jodie Comer, whose acting was also excellent.
The narrative of “The Bikeriders” is slow, with constant dialogue and little action, which might not appeal to everyone. The film follows a linear story, lacking an "open world" in the sense of dynamic and varied scenes. Over about two hours, the primary focus is on plot development and character building through dialogue, with some well-executed action scenes, but they are fewer compared to the narrative development sequences.
The film aims to portray the history of the Vandals: how they were formed, what the central figures were involved in, and how their story came to an end. Instead of presenting the story through a sequence of visual events and dialogues, “The Bikeriders” opts for a more discursive format. This might not sit well with some viewers, but the chosen approach was well-executed.
It is worth watching the film because, despite its features that might be seen as a “flaw” — with many quotation marks — the story is, in a way, interesting and well-told.