santy’s review published on Letterboxd:
A ressurreição de Shyamalan na última década tem se baseado em uma fórmula sólida: uma premissa de alto conceito envolvendo um pequeno número de personagens em um local confinado. Os problemas com esses filmes tendem a surgir quando os personagens precisam deixar esses locais. Esse é o principal problema de Trap.
O outro problema de Trap é que, quando sai de seu cenário principal, Shyamalan escolhe colocar sua filha no centro do filme. Isso se mostra desastroso tanto a nível narrativo quanto de performance. Embora Saleka pareça ser uma cantora perfeitamente aceitável, sua atuação neste filme traz fortes vibrações de 'Sofia Coppola em The Godfather III'; mesmo que ela fosse uma atriz talentosa, não tenho certeza se conseguiria fazer algumas dessas reviravoltas na história funcionarem.
Shyamalan parece estar ciente de que Hartnett precisa de alguém com quem contracenar como antagonista na segunda metade do filme, mas ele estraga isso ao dividir esse papel entre Saleka (ruim), Hayley Mills (subdesenvolvida) e a pessoa que deveria ter sido o foco, Allison Pill. Shyamalan percebe isso, mas apenas nos últimos 15 minutos, e nesse ponto já parece que o filme deveria ter terminado 10 minutos antes.