Baby

Baby

48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo

Expectativas altas - e correspondidas - com Baby, novo e ótimo filme Marcelo Caetano, um dos ingressos mais concorridos desta mostra.

Com a diversidade LGBTQIAPN+ presente do início ao fim - e naturalizada sem ter que existir grandes justificativas ou explicações -, Caetano aproveita todo o seu tempo na construção de seus protagonistas, Baby e Ronaldo, e a complexa, porém tocante, relação que surge entre eles.

Lindamente fotografado por Joana Luz e Pedro Sotero, estética e tematicamente o filme forma um díptico delicioso com Motel Destino. Mas elogios aqui fica para o elenco, tão bem selecionado a dedo para seus personagens. Kelly Campello nos leva a lágrimas com poucos minutos em cena como Rose, mãe de Baby, e o excelente (e delicioso) Ricardo Teodoro tira o fôlego da plateia cada vez que surge em cena, mas além de todos seus atributos físicos e carisma, cria um personagem bruto e amoroso, lindamente complexo, sendo a grande força do filme. O roteiro peca levemente pelo excesso, mas sem maiores comprometimentos.

Maior concentração LGBTQIAPN+ por metro quadrado da mostra, valeu o esforço para conseguir assistir. Vejo de novo quando voltar.

Block or Report

Tiago liked these reviews