apesar de acreditar que vivemos a pior fase da história do cinema blockbuster, não me considero entre os mais pessimistas dentro do assunto. mas gosto de fazer o seguinte exercício: há quinze anos, seria difícil crer que o cinema pós-marvel seria uma tsunami de remakes e franquias pasteurizadas tão avassaladora quanto duraodura e deprimente.
se você gosta de um filme feito entre 80 e 2000, são altas as chances de uma continuação ou remake já ter sido criada ou estar…
um trem descarrilhando em câmera lenta, uma implosão de imagem pública, um manifesto de alguém desesperada pra falar e sem nada a dizer.... o the room de j-lo
discorre sobre o maligno e investiga o imagético da violência, do sadismo, do ódio e da crueldade com uma burocracia torturante - necessária pra se fazer entender um horror quase irrepresentável. ainda não consigo acreditar nessa forma de sensibilidade a que assisti, assertiva de um jeito que eu talvez não pensasse que fosse possível de ser. no final, é uma investigação assombrosa do Trabalho. vai ser difícil pensar em outra coisa por um tempo.
um dos melhores filmes de ação que vi nos últimos anos. que safra boa ultimamente. e que se foda esse hiperrealismo e verossimilhança restritivos que tanta gente acredita que o cinema deva assumir em todas as suas obras - john wick faz as suas regras pra depois dobrá-las e amassá-las. a última hora é de um brilhantismo difícil de processar. é o apex da franquia mesmo.