Once Upon a Time in a Forest

Once Upon a Time in a Forest

Cobrindo um festival internacional me deparo com filmes de muitos lugares que nem sempre estão no radar no dia a dia, e certamente os Finlandeses são os que causam maior impacto nas diferenças culturais. Em Once Upon a Time in a Forest, a diretora Virpi Suutari opera como uma observadora silenciosa que mantém certa distância do grupo de ativistas que registra, deixando que eles conversem, protestem, se relacionem e vivam livremente enquanto suas lentes capturam suas maneiras de existir. Percebe-se logo que o grupo possui uma maneira própria de se comunicar, por exemplo, que aos poucos compreendemos intuitivamente, e embora Ida e Minka sejam as personagens indicadas com mais destaque, todo o pequeno grupo é retratado no filme como uma unidade importante justamente pelo coletivo. Filmar essas jovens é como um exercício de compreender as inquietudes e frustrações típicas dessa fase da vida, ao ver seu futuro em risco por atitudes grandes de um sistema destrutivo, e é no grupo ativista que elas encontram possibilidades de agir, por estarem juntos. As belezas naturais em total comunhão com essas pessoas são contempladas com um trabalho de fotografia fascinante, enquanto Suutari parece buscar não apenas a movimentação política dos jovens, mas também a própria vida, suas emoções, como se divertem e como encontram nessas paisagens naturais mais do que algo para defender. 

Crítica completa.

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