Eros

Eros

Em Eros cada personagem se torna diretor, controla a trilha sonora, a qualidade da imagem, os enquadramentos e toda a forma, mas o mais importante é que controlam suas imagens, como querem se exibir, até que ponto e de que maneira serão vistos. Esse fascinante passeio por recortes se dá pelo sexo mas também pelo amor, por desejos, fetiches, emoções reprimidas ou bem resolvidas, e até pela fé. A experiência bastante Brasileira de ir ao motel se revela o oposto do que a profissional do sexo Barbara diz em um dos recortes, são casais, crentes, pessoas de todas os gostos, gêneros, sexualidades, e muitos apaixonados, que vão jantar, passar um tempo, ler um livro, desabafar, interagir, realizar vontades e gozar. Entrar em cada pequeno mundo é um deleite que não busca um olhar pornográfico, mas natural, o sexo faz parte essencial mas no fim o controle e poder do desejo contido nessas imagens é de cada um ali que opera as câmeras de seus celulares.

Crítica completa.

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