Lu Farcetta’s review published on Letterboxd:
Um documentário roteirizado e que poderia ser extremamente potente e transformador. Pouco se entende sobre a história de Georgina e há uma tentativa de se conectar com a história indígena da Colômbia. Aqueles que não tem identidade, não são reconhecidos pelos “brancos” para receber auxílio e mantimentos.
Há um subtexto nessa história sobre a exploração que a branquitide apagou a existência indígena, a existência trans e burocratiza sistema de assistência, saúde e moradia, tornando impossível para que aqueles que já vivem nas terras tenham direitos.
Há uma denúncia em cenas que são capturadas desde as roupas com logos de marcas, uma bíblia jogada no chão, narrativas de pessoas sem emprego ou sem documentação e que quase passam desapercebidas. Uma denúncia de um sistema de auxílio para mantimentos, que só funciona após a votação das pessoas (?)
Um documentário não funciona como denúncia, não funciona como retrato de uma história de uma mulher que se assume trans, um retrato de uma comunidade e a distinção que a branquitude causou para toda a população indígena. Acaba produzindo um efeito de uma grande exploração de imagem e deixando Georgina ainda seu sua história.
Um reprodução de um documentário que poderia ser feito nos anos 1990/2000, que poderia ser “casos de família”