• I’m Still Here

    I’m Still Here

    ★★★★

    Talvez, o filme mais sóbrio que eu me recordo sobre a ditadura militar no Brasil. O silêncio diz muito sobre o engasgo e o medo que rondavam aquele período. A sensibilidade da personagem da Fernanda Torres e o minimalismo de sua atuação, conversam com esse tom discreto, mas não menos impactante. Walter Salles orquestra tudo de forma imersiva não só nos anos 70, mas também no âmago daquela família, de suas alegrias e dores. Um belíssimo e importante filme.

  • Juror #2

    Juror #2

    ★★★★½

    Poucos filmes desse ano me deixaram tão tenso quanto esse. A forma como o véio Clint estabelece o clima e o senso de desconforto através do protagonista é brilhante. O dilema é daqueles que bugam a cabeça e não há resultado que se tornará doce no fim das contas. Grande filme de um grande artista.

  • The Substance

    The Substance

    ★★★★★

    O horror corporal. Acho que poucos filmes definem tão bem essa expressão como “A Substância”. O filme contempla o belo e destroça a imagem de forma visceral, bem-humorada, triste e cruel. São mais de duas horas de pouco texto, e um poder visual que sufoca, seja pela vibração das cores ou pela proximidade das lentes que engolem seus personagens. A junção da diretora Coralie Fargeat e suas protagonistas Demi Moore e Margaret Qualley, dão forma a um filme monstruoso. Um…

  • A Mother's Embrace

    A Mother's Embrace

    ★★★★

    “Abraço de Mãe” abraça vários tropos do terror. Do fantasmagórico, à asilo abandonado, ao Lovecraft, ao psicológico. E faz tudo isso de maneira muito competente. Marjorie Estiano gigante na entrega e na complexidade da personagem. E a direção do argentino Cristian Ponce sabe muito bem manipular as sequências de terror. Um filme corajoso e criativo mesmo com temas comuns. Daqueles que entram como uma grande adição ao gênero no cinema BR.

  • Longlegs

    Longlegs

    ★★★★½

    Se no terror habitam elementos como a estranheza, o desconforto e a tensão quanto ao desconhecido, “Longlegs” dá aula. Uma colagem imagética quase sempre densa e esteticamente poderosa. Os símbolos que Oz Perkins traz ajudam a temperar a mitologia criada e mesmo que simples, integram bem a trama. Terror bonito, formoso e esquisito.

  • The Platform 2

    The Platform 2

    ★★

    Esse segundo filme tem uma pretensão incansável de complicar tudo o que pode. Até os mais simples detalhes. Ele não se contenta na história de sobrevivência de seus personagens  ou mesmo na clara analogia às seitas e ao fanatismo. Ele precisa trazer um emaranhado de informações e pequenos conflitos para ser mais, e acaba sendo muito menos. Ao fim é um filme confuso e pedante, que abusa da conveniência e até mesmo do surrealismo para tentar disfarçar a sua falta…

  • Alien: Romulus

    Alien: Romulus

    ★★★★

    Mais uma carteirada de Fede Alvarez. A forma como ele mescla a essência do primeiro e do segundo da franquia, enquanto tempera com novidades e ainda mais energia, é o que mais chama atenção. Sem contar no espetáculo visual que o filme é até o fim. Filmaço.

  • Silvio

    Silvio

    ★★

    O maior erro aqui é não saber o que quer ser. Um home invasion, ação, drama, cinebiografia. A estrutura do filme é uma bagunça, e a montagem só reforça essa falta de foco. A própria trajetória de Silvio, que deveria ser o mais importante, é jogada e deixada em terceiro plano. Não chega a ser a pior coisa do mundo como o trailer previa, mas falha em coisas demais pra ser relevante o suficiente.

  • The Crow

    The Crow

    ★★

    Deus, eu te pedi um banquete, e não uma marmita requentada de anteontem. Era pra ser um franguinho assado e não um corvo passado. Vou defeca-lo mais tarde e amanhã não mais lembrarei 🙏🙏 🐦‍⬛

  • Deadpool & Wolverine

    Deadpool & Wolverine

    ★★

    Marvel tentando se afastar da Marvel, e sendo completamente Marvel, exaustivamente. A ponto de repetir a mesma piada sete vezes. É um Zorra Total feat Hugh Jackman.

  • Estomago 2: The Cookfather

    Estomago 2: The Cookfather

    ★★½

    O filme diz ser uma continuação, mas ou tem vergonha de assumir seu material base, ou possui uma enorme inabilidade de dar sequência com seus personagens e proposta, enquanto apresenta novas histórias. Muito mais “O Poderoso Chefão” de Taubaté e muito menos “Estômago” e Raimundo Nonato (que é quase um figurante aqui).

  • Joker: Folie à Deux

    Joker: Folie à Deux

    ★★★

    Rever Joaquin Phoenix entregue ao personagem mais uma vez, e a adição simpática porém bem discreta de Lady Gaga ao elenco, por si só, gera bons momentos. O filme se apoia no diferencial da música como forma de expressão de dor e alegria dos personagens, e isso ao mesmo tempo que não compromete o filme, também não marca como poderia. É simples e às vezes até cru demais. Uma experiência mais intimista na dualidade do personagem, que apesar de sua…