Até tem boas ideias. Uma IA que aprendesse a lidar com a humanidade passando anos circulando livremente na internet sem nenhum tipo de monitoramento, com acesso à deep web e à porra toda, provavelmente se tornaria mesmo um monstro frio e manipulador.
Mas o filme não sabe muito bem como desenvolver a lógica do funcionamento e das motivações desse chat bot do inferno, mudando as regras do jogo o tempo todo pra atender às necessidades imediatas do (curto) roteiro.
Amo John Cho e Katherine Waterston, mas o elenco infantil é bem fraco.
A produção é bem feita e eu gosto do Gabriel Leone como Senna, principalmente por ele ter o biotipo do piloto, mas não cair na tentação de ficar tentando imitá-lo; mas o roteiro da minissérie vai além da dramatização e abraça sem vergonha nenhuma a romantização do personagem-título.
Todo mundo sabe, por exemplo, que a família de Senna tinha grana. Então por que ficar fingindo que eles lutaram financeiramente pra financiá-lo no automobilismo? Já em relação a sua rivalidade com…
Um filme sobre ausência e arbitrariedade.
Em um núcleo familiar clássico da classe média carioca da década de 70, não existe espaço para escassez: os Paiva tem festas, comida boa, futevôlei na praia, intercâmbio na Inglaterra e suflê da mamãe – até que o que falta é alguém.
Acho lindo como a performance da Fernanda Torres, tão elogiada lá fora e tão aguardada aqui dentro, se baseia na contenção. Sofrendo tortura psicológica, Eunice diminui a empostação da voz quase ao…
