Hoje, host no DETOUR, podcast sobre cinema de gênero.
Antes na Contracampo, Interlúdio, Paisa e diversos veículos para onde colaborei
Nada contra a televisão servir de refúgio pra cineastas veteranos, o que sempre existiu e serve de sustento pra artistas experientes como o Gregg Araki é hoje. Entre os trabalhos dele pro formato de tv ou streaming, o único notável foi mesmo em Riverdale, sendo que alguns dos trabalhos dele pra séries da Netflix realmente me perturbaram por usarem a plástica tradicional de suas obras pra um fim que é desagradável no pior dos sentidos, pra pegar leve.
O Totally…
revisão remix farrinha de fim de ano: o som original deu lugar ao Sgt. Peppers dos Beatles. nada calculado, mas foi tão incrível que merecia um registro. apenas gênios afinal.
Meu segundo Rohmer preferido dos anos 80, ainda creio que Pauline na Praia seja imbatível. Sobre sentimentos inevitáveis, a impossibilidade de uma expressão pura e justa ao próximo. Todos discursam, interpretam, versões ideais de si: a absoluta doçura de Luise, o intelectual 'garanhão' de Octave, a retidão de Remi. Desmontam-se em cena.
Os primeiros 50 minutos me soaram bastante curiosos, embora não tirem a impressão pessoal de que o Villeneuve é um cineasta pouco visual tentando arbitrar num mundo puramente estético. O imenso trabalho de Amy Adams e Jeremy Renner garante também um tanto do interesse, especialmente ela. Dali em diante me parece que o filme perde progressivamente em mistério e desfaz-se entre a encenação política obvia e a cafonice progressiva. A partir do momento em que a personagem de Amy compreende sua nova percepção do tempo, o filme parece uma versão menos talentosa dos recentes filmes do Terrence Malick.