cinema de gênero, ação e melodrama, onde os detalhes são explodidos em uma narrativa de imprevisibilidades que é impulsionada pela integração da câmera aos movimentos dos corpos e ao espaço, convergindo no mesmo propósito e se tornando um só — o verdadeiro caos ordenado, a desconstrução espacial e formal, um balé cinético de reações químicas que dão início a explosões sensoriais, reordenando rapidamente o seu universo cinematográfico com uma cosmologia regida pela mais visceral idealização e fluxo contínuo dos movimentos e da destruição que os acompanha.

um cinema que predominantemente sempre dá ênfase nos seus estímulos hipnotizantes e na sua predileção extrema pela autonomia da movimentação dos corpos, fazendo com que sua câmera e sua mise-en-scène criem vida própria, consequentemente tendo que acompanhar e se adequar ao presente absoluto de fluxos constantes em que os personagens vivem, e não ao contrário. 

um mundo onde se movimentar por esse microcosmo cinético, imprevisível e caótico é mais importante do que qualquer narrativa, um filme de ação e melodrama imagético e sensorial, onde a vida (o nascimento de um bebê) e a morte (se arriscar sendo um guarda-costas), assim como o tempo e a maré, são fluxos constantes, primitivos e eternos. genial. 

”Dizem que no início nada existia. Então, ele criou muitas coisas. Ele criou meus problemas, e nem Ele pode resolvê-los. No fim, Ele criou uma última coisa. A esperança. Com esperança, tudo pode ser recomeçado.”