um filme sobre se apaixonar pela imagem e tudo o que está contido dentro dela; decupagem, slow motion, montagem, telas, planos, som, digital, humano, pessoas e principalmente a mulher que talvez você conheça, mas com certeza ama — além de quaisquer materialidades físicas; são conceitos e sentimentos humanos que resistem as leis da física, são pessoas e amantes que resistem no limiar entre a predestinação e a mutabilidade contida nessas imagens vibrantes, capturadas e digitalizadas, e que só conseguem existir quando em reprodução, assim como você só existe se continuar em frente por aquele que ama — até que o seu amor transcenda o tempo, realidade e a física, e seja finalmente eternizado na efemeridade mutável da reprodução infinita das imagens. uma história maluca, será que alguém vai acreditar se eu contar? talvez. a única certeza que tenho é que já aconteceu, continuará acontecendo e sempre acontecerá — o amor contra todas as barreiras, naturais e artificiais, onde recordar e revisar imagens se torna um dos maiores atos concebidos no mundo. 

muito injusto Interstellar ter a fama que tem, quando esse filme é melhor em literalmente tudo.