Angolana enraizada no Brasil deixa para tomar decisão de participar da São Silvestre mais para frente
A angolana enraizada no Brasil, mais especificamente no Oeste Paulista, Felismina Cavela, ainda pensa se fechará o ano com a participação na 99ª Corrida Internacional de São Silvestre. Na última edição, ela terminou no sexto lugar e foi a melhor brasileira no pelotão de elite. Na prova masculina, o país também teve a sexta colocação como melhor marca, com Johnatas Oliveira.
O ano de 2024 começou de forma complicada para Felismina. Depois de ir bem em São Paulo, ela passou um período lesionada. A retomada representou volta por cima, e a lista de pódios pelo Brasil ganhou corpo.
Ela comemorou o segundo lugar obtido na Corrida Prova Pedestre, de Apucarana (PR), vista como uma das mais difíceis dentre as encaradas no ano. Isso se deve, conforme a avaliação da fundista, tanto pelo nível das competidoras, até em nível internacional, quanto pelo percurso.
– A prova me marcou muito. É difícil, com atletas de elite, top, e também um percurso desafiador. Consegui ficar em segundo. Nunca havia ficado entre as quatro, apenas cheguei ao quinto lugar.
Além do jejum encerrado no Paraná, Felismina Cavela superou contexto parecido na Corrida do Pantanal, em Campo Grande (MS). Ela ficou atrás apenas de duas quenianas. Outro bom resultado comemorado foi a vitória na tradicional Corrida Integração, em Campinas (SP).
Felismina Cavela é a melhor brasileira na Corrida de São Silvestre 2023 com a sexta colocação
Os treinos seguem em Presidente Prudente – a cerca de 560km da capital paulista –, sob o comando de Márcio Antônio Ferreira da Silva. São dois trabalhos diários, nos mais diversos terrenos. Em média, são percorridos 140km semanalmente.
Além disso, a equipe tem realizado treinos em estradas rurais de Santo Inácio (PR), a cerca de 90km de Prudente. Se a atual boa fase poderia ser sinônimo de embalo, acabou se tornando a mesma razão para repensar a ida à São Silvestre.
Felismina venceu a Corrida Integração nesta temporada
Portanto, o desgaste acumulado durante uma temporada iniciada com lesão faz Felismina Cavela e o treinador pensarem bem acerca da presença na tradicional prova de São Paulo.
O ânimo conquistado, entretanto, pode ser decisivo positivamente, caso as metas sejam cumpridas nos treinamentos até meados de dezembro. Em 2024, a agenda ainda diminuiu de 36, no comparativo com 2023, para no máximo 20 corridas encaradas.
– Isso vai depender muito dos treinos. Se conseguir treinar bem durante os próximos dias, estaremos no dia 31 na São Silvestre – disse Márcio.
Ainda conforme o treinador, a decisão deve ser tomada no dia 19 ou 20 de dezembro, prazo final para a resposta. Caso não participe da São Silvestre, ela deve voltar a competir apenas em janeiro, provavelmente em Cuiabá (MT).
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