Romário fica no banco em estreia do America e brinca: “Não mandarei o treinador embora”

Nos minutos finais do jogo, com o placar consolidado para o America, existia a expectativa de que o Romário entrasse. Mas com só uma substituição para fazer, o técnico Marcus Alexandre mandou o filho do Baixinho, Romarinho, para o campo e adiou os planos de Romário jogar.

- Estava tudo combinado, estava tudo certo. Claro que, por mais que seja um minutinho, teria sido legal ter jogado, pela expectativa que foi criada, mas a gente tem que entender principalmente que a gente que está fazendo um trabalho muito sério aqui na América. A gente prioriza o que é o mais importante, a parte técnica. E isso que prevaleceu hoje. A gente saiu daqui com três pontos, uma estreia bem interessante.

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Romário também reconheceu que gostaria de ter entrado em campo ao comentar sobre os torcedores que foram ao jogo e ficaram frustrados por não terem visto o Baixinho em campo. De acordo com o atacante, o objetivo era priorizar a parte técnica.

- Eu falei para vocês que a gente vai sempre priorizar a parte técnica. O mais importante é o America fazer três pontos nesses jogos. Foi um jogo muito difícil, como a gente esperava. Existia a real possibilidade de eu entrar, vim conversando com o treinador, a gente conversou umas duas, três vezes. E a gente entendeu que hoje, infelizmente, não foi esse dia. Saíram aqui alguns torcedores frustrados. Eu também gostaria muito de ter entrado, dado uma alegria para todos que estiverem aqui, assistiram pela televisão. Mas tudo tem o seu momento. Eu posso dizer pra vocês que eu estou feliz com a estreia.

Romário não garantiu que estará no banco em todos os jogos do America na competição. Mas afirmou que a ideia é estar presente em todas as partidas em casa do time.

- Eu não vou te afirmar que eu vou em todos os jogos. Mas eu posso te dizer que todos os jogos em casa, enquanto eu me sentir bem e não tiver nenhum tipo de lesão, você pode ter certeza que eu estarei aqui no banco.

Romário viveu intensamente o jogo, mesmo nos momentos em que estava no banco de reservas. Por algumas vezes, se levantou para reclamar com o juiz, foi à beira do campo para orientar os jogadores, acariciou a torcida e comemorou os gols com os torcedores.

Diferente gerações de americanos dividiam a arquibancada. Crianças que sequer haviam nascido quando Romário se aposentou se empolgavam ao lado de torcedores que viram os melhores anos do America e do Baixinho.

Gritos como "ô lele ô lala Romário vem aí e o bicho vai pegar" foram resgatados dos anos 1990. E cantos "ô ô ô coloca o senador" atualizaram os ritmos que embalam o futebol do Baixinho.

Mesmo ganhando de 1 a 0, a torcida sentiu o desempenho ruim do time no segundo tempo. A falta de ofensividade do time da casa fez com que o técnico ouvisse gentilezas impublicáveis vindas da arquibancada. Quatro substituições foram feitas, nenhuma era a esperada pelos torcedores, que passaram a admitir que ver Romário jogar talvez não fosse possível.

Mas aos 39, André recebeu em profundidade na área, e bateu cruzado para ampliar o resultado e acabar com a apreensão dos americanos. O atacante foi comemorar direto com o Baixinho. Em seguida a última substituição. Não era o Baixinho, para a frustração dos torcedores. Mas tinha o DNA. Romarinho, filho do craque, entrou no lugar de André para fechar o jogo. Romário não entrou mas o América deu o primeiro passo para seu objetivo maior, chegar à elite do Carioca.

Com a vitória, o America conquista os primeiros três pontos na Série A2 do Carioca e fica no topo da tabela de classificação - o time aguarda o fim da rodada para saber se fica na primeira posição. Com toda a competição pela frente para promover a reestreia do Romário, o Mecão volta a campo no domingo da semana que vem, dia 26 de maio, quando irá enfrentar a Cabofriense, às 15h, no Luso-Brasileiro.